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Dez animes curtos de 2012

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E voltou! Após quatro meses parada a seção X-Dez retorna com um tema bem simples, que exigiu de mim pouco tempo para monta-lo e exigirá de vocês pouco tempo para ver os animes aqui citados.

Visto que listas de melhores é o que mais surge nessa época, resolvi também não fugir à regra; porém, preferi abordar aqui aquelas animações que são as mais esquecidas nessas horas, as séries curtas. Nada de “Hyouka”, “Sakamichi no Apollon”, “Tonari no Kaibutsu-kun”, “Jinrui wa Suitai Shimashita” e qualquer outro anime conhecido já recomendado aos montes: nesse post os protagonistas serão desde gatinhos fofinhos e redondos a garotas de um clube de tênis que mal jogam tênis, passando por jovens fracassados mas felizes, cachorro(?) pervertido e esquisito e, inclusive, um arquiteto de banhos da Roma Antiga que viaja no tempo. Com exceção de “Poyopoyo Kansatsu Nikki” e “Thermae Romae”, que foram de fato dois animes que realmente se destacaram no ano de 2012, os demais títulos não fizeram muito alarde, e em comunidades como a do My Anime List suas notas são até que bastante baixas e injustas, já que não há como compara-los igualmente com séries de TV de tamanho normal – ou seja, neste caso, que se dane as notas desse site! São divertidinhos e leves no conteúdo, são curtos e rápidos de se ver, ótimos e prazerosos aperitivos, e muitas vezes valem mais a pena do que o prato principal, uma série com episódios de vinte minutos que, não com rara frequência, lhe decepcionará justamente porque você esperava algo dela. A magia de séries pequenas é isso: não crie grandes ou nenhuma expectativa, e desse modo será mais fácil ser surpreendido por elas, nem que seu conteúdo não seja assim tão bom.

Dito isso, segue abaixo os que foram, para mim, os dez melhores animes curtos de 2012:


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Gakkatsu!







De onde saiu: Animação original.

A história: Na escola Inayama, a presidente de classe Takachiho Chiho constantemente inaugura debates absurdos e animados durante o período de estudo livre, onde toda a classe participa. Trazendo à tona diversos temas, ela e seus colegas trocam opiniões em diálogos rápidos e bem humorados, sem, contudo, deixar de fazer de vez em quando algumas observações mais sérias e profundas.

Duração: 25 episódios de 5 minutos cada = 2 horas e 5 minutos.

Nas escolas do Japão é comum deixar os alunos participarem de debates entre si, na maioria das vezes abordando temas de interesse cívico. Uma prática saudável que exercita a retórica de cada um, e em “Gakkatsu!” algo que parece tão enfadonho se transforma em discussões engraçadinhas com um visual infantil e estilizado, onde uma classe inteira trata de temas que, geralmente, não possuem real importância alguma.

Por que os garotos não usam os vasos sanitários da escola? Como oferecer o assento aos idosos no trem quando você já está sentado nele? Você sai de guarda-chuva quando a previsão do tempo afirma que há somente 20% de chances de chover? Essas e outras questões tão inesperadas saem quase sempre da cabecinha da meticulosa Takachiho Chiho, presidente da sala, e como resultado disso alunos de personalidades variadas discutem fervorosamente em busca de uma resposta que satisfaça a todos – ou, ao menos, que sacie a curiosidade de Takachiho. O aparente traço infantil e “chibi” esconde espertos diálogos bem desenvolvidos abundantes em retórica e reviravoltas, que culminam em conclusões imprevisíveis e cômicas – mas, em alguns casos, tais conversas são simplesmente bobas e sem rumo, e em outras ocasiões um pensamento inicialmente tão absurdo abre caminho para reflexões mais sérias e importantes. Entre tantos “slice-of-life” nessa lista que mostram o dia a dia de adolescentes ou animais, “Gakkatsu!” fica ao lado de “Thermae Romae” – apesar da desigualdade gritante quanto à qualidade de cada um - como as únicas animações a terem roteiros mais encorpados e elaborados, de conteúdo. Afinal, “o que fazer com o último pedaço que sobra no prato?” é um dilema universal...


Gokujo.







De onde saiu: Mangá, 5 volumes, em andamento.

A história:É mostrada a vida escolar diária da desbocada Aya Akabane e suas amigas no colégio para garotas “Gokurakuin Jyoshi High School”.

Duração: 12 episódios de 6 minutos cada = 1 hora e 12 minutos.

Ah, uma escola feminina com dormitórios, lar de estudantes puras e delicadas, educadas e gentis, onde muitas desabrocham e descobrem, entre quatro paredes e longe dos homens, um romance proibido, mas tão ingênuo quanto a adolescência e tão suave como o tocar da pele de uma mulher... Isso, definitivamente, não é “Gokujo.”.

Meninas emanando inocência e graça saem de cena e dão lugar a um bando de pervertidas lideradas por Aya Akabane, uma adolescente agressiva, burra e de vocabulário chulo, que tem um péssimo gosto quanto a vestuário e maquiagem. Aquele comportamento idílico presenciado em “Maria sama ga Miteru” e similares é quebrado com garotas de mau comportamento e muito fanservice entre elas, que vão desde cenas de nudez aqui e ali a diversos momentos “nonsense” de “yuri” - que às vezes se concretizam e às vezes ficam no quase, para desespero de alguns. A animação inclusive teve episódios cancelados na televisão devido a sequências mais explícitas (bolas de pingue-pongue e escova de dente elétrica...), que foram exibidos apenas via “streaming”.

Tirando esse teor “ecchi” que dá uma visão machista e sexualizada do que ocorre numa escola feminina, há um humor um tanto idiota e de gosto duvidoso que, sozinho, não compensaria muito em ver o anime, sem falar que as próprias personagens unilaterais não são um atrativo à parte - é mais fácil tomar raiva da estupidez da protagonista do que acha-la legal, para se ter uma ideia. O que vale neste caso é puramente o fanservice, e se você (eu?) espera vinte minutos para flagrar um par de seios pulando em um anime “ecchi” ruim, talvez seja mais lucrativo aguardar somente cinco para ver uma garota arrancar à força a calcinha de outra...


Kuro Majo-san ga Tooru!!







De onde saiu: Novel, 15 volumes, finalizada.

A história: Kurotori Chiyoko é uma estudante da quinta série que adora tudo relacionado ao ocultismo. Por conta disso, uma de suas amigas pede para que ela faça uma adivinhação amorosa, e Chiyoko tenta invocar Cupido, o mensageiro do amor; mas, por ter o nariz entupido devido a um resfriado, ela acaba invocando no lugar Gyubid, uma feiticeira do mundo dos espíritos.

A partir disso Chiyoko é obrigada a aprender feitiçaria com a ajuda de Gyubid, tendo que equilibrar sua vida escolar normal com seus treinamentos diários.

Duração: 32 episódios de 7 minutos cada: 3 horas e 44 minutos.

Entrando mais para completar os dez títulos da matéria do que por qualquer outra coisa, ”Kuro Majo-san” é o único anime listado realmente infantil, vindo inclusive de uma novel voltada às crianças – novel que teve ótimas vendagens, por sinal. E como julgo que praticamente ninguém (ou ninguém mesmo, o mais provável) que lê este ou qualquer outro blog de animes não faz parte de seu público alvo, ele acaba se tornando, em tese, a animação menos interessante daqui - mesmo que, dentro de seu próprio gênero, seja bastante competente.

Segue-se o padrão; uma protagonista sem sal e desengonçada que aos poucos aprende não só a lidar com magia e assim ficar mais forte, como também amadurece internamente conforme passa por diversas aventuras, havendo nesse processo muitos episódios que terminam com uma liçãozinha de moral implícita em suas historinhas. Evitar discussões desnecessárias, confiar nos amigos, não confiar tanto assim em estranhos... E tudo isso abusando de inúmeros e pequenos clichês narrativos, como a coincidência de Chiyoko sempre receber um conselho de Gyubid e, no dia seguinte, conseguir se salvar ou salvar alguém por causa justamente do que lhe foi dito; ou, então, a facilidade dela de encontrar tantas outras crianças feiticeiras na mesma região, na mesma escola, na mesma sala... Ah, detalhes que só mesmo velhos chatos darão atenção, tipo eu. Para tal série podemos fazer vista grossa, mas quando essas e outras acontecem em animes mais “crescidinhos” aí sim não dá para deixar passar...

Muitas produções direcionadas aos mais novos são capazes de exercer um poder de atração nos adultos por inúmeros fatores, como um humor mais inteligente ou personagens carismáticos e espertos; porém esse não é o caso de “Kuro Majo-san”, que possui uma comédia inteiramente típica para a idade de seu consumidor alvo, aliado a um grupo de personagens que exalam uma ingenuidade excessiva e tramas demasiado simplórias na maneira em que são concluídas – e sem, importante ressaltar, cenas e conversas sugestivas que possam fisgar a curiosidade de marmanjos por razões nada honráveis. Mas, por outro lado, a história linear faz com que o anime seja o único da lista a possuir um desenvolvimento real no enredo e em sua protagonista, no caso a Chiyoko. Como mostrado no parágrafo anterior, o caminho que ela percorre para se tornar uma feiticeira e uma pessoa melhor é comum e banal, mas satisfatório para um anime desses. Comete erros, aprende com eles, fica mais perspicaz, passa por obstáculos maiores, conhece novas pessoas, e assim vai - mas claro, jamais deixa de ser desligada em alguns momentos, cometendo gafes aqui e ali e caindo nas constantes brincadeiras de Gyubid, porque essa é sua maior graça. Daqueles animes de público muito restrito, que se harmoniza com aqueles com quem querem dialogar, mas não vão além disso.

Agora, ao invés de uma “mahou shoujo” qualquer, um anime vespertino sobre uma aluna do fundamental que pratica magia negra e pronuncia palavras em latim, muitas vezes proferindo o nome de demônios... No Brasil esses episodiozinhos de sete minutos dariam muito que falar...

Em andamento: iniciado em abril de 2012, o anime permanece em exibição e terá, como dito acima, 32 episódios, mas não há data exata para término – pois há semanas em que ele não é transmitido. Para esse texto foram vistos 21 episódios.


Plastic Nee-san (ONA)







De onde saiu: Mangá (número de volumes indefinido).

A história: Curtas sobre as interações entre três garotas do ensino médio, membros de um clube de modelagem.

Duração: 12 episódios de 2 minutos cada = 24 minutos.

Com episódios lançados a intervalos irregulares durante mais de um ano, esse ONA apresenta outro grupo de garotas; contudo, o ambiente aqui é mais, digamos, “familiar” do que o de “Gokujo.”, pois o que se vê em “Plastic Nee-san” são personagens moe em um clube onde elas fazem de tudo, menos o que é de fato o tema do clube em que são membros. Entretanto, essas meninas estão longe de serem inocentes e perfeitinhas.

Irônicas, sarcásticas, violentas, traiçoeiras; os dois minutos do primeiro episódio já mostram bem o quanto elas não são doces nem frágeis. Uma queda de braço, uma ameaça, brigas, punições dolorosas, conversas sem sentido entre garotas que, sabe-se lá por que, tem cada uma um modelo de plástico preso em suas cabeças... Graças às boas piadas e atuação das seiyuus, “Plastic Nee-san” tem um dos elencos mais engraçados e insanos desta lista, tendo destaque a própria protagonista, a loirinha “Nee-san”, dublada com muita energia e deboche por Mari Kanou.

E, olha só, mais um bando de garotas maliciosas e impuras nos aguardam a frente. Grandes produções e estúdios as renegam, mas os animes curtos abrem os braços para elas...


Poyopoyo Kansatsu Nikki







De onde saiu: Mangá, 10 volumes, em andamento.

A história: Moe Sato é uma jovem mulher que encontra um gato na rua e passa a cuidar dele. Chamado de Poyo devido à sua forma redonda, ele rapidamente se torna querido por todos os membros da família Sato.

Duração: 52 episódios de 3 minutos cada = 2 horas e 36 minutos.

Quase unanimidade quanto a ter sido a melhor série curta de 2012 – divide o posto com “Thermae Romae” – “Poyopoyo Kansatsu Nikki” traz com seus traços claros e meigos o dia a dia de uma fofíssima almofada de pelos ambulante, chamado carinhosamente de Poyo: um gato perfeitamente redondo, irresistivelmente apertável e totalmente imprevisível.

Dublado por Ikue Ootani– uma “expert” em criaturas estranhas, já que ela também dá voz ao Pikachu de “Pokemon” e o Chopper de “One Piece” -, Poyo carrega consigo um anime que sabiamente condensa e harmoniza vários dos elementos que compõem um bom “slice-of-life” “iyashikei”; o habitual mundinho vistoso e aconchegante que “desconecta” o espectador da vida real por alguns minutos, dando-lhe uma sensação de bem estar; os personagens amáveis e alegres de personalidades e relações simples; e, claro, suas histórias mais simples ainda, que se limitam a pequenas e ágeis narrações do cotidiano da família Sato e seus amigos e vizinhos. E tudo isso com uma comédia suave e familiar, que tem lá seu tom infantil, porém vale lembrar que sua origem é um mangá seinen, e de quando em quando há alguns detalhes e acontecimentos mais, digamos, “maduros” – por exemplo, dois gatos machos namorando, que... que coisa...

“Poyopoyo” merece essa rasgação de seda e um pouco mais, e talvez o mais elogiável nele seja a capacidade de montar com pequenos episódios um elenco inteiro de personagens simpáticos e agradáveis, que não ficam apagados e dependentes das aparições de Poyo. Ele é a estrela, todos os amam, seja homem ou animal (e seja macho ou fêmea...); mas a tapada dona Moe possui sua própria vidinha e hábitos, o robusto mas bondoso pai Shigeru e seu irmão Hide também, sem contar os amigos e conhecidos destes. Às vezes, boas risadas saem sem precisar ter em cena um tal felino redondo, algo jamais visto em “Chi’s Sweet Home”, por exemplo, que é outro anime (bem mais popular) que conta a vida de uma gatinha, e onde os donos desta parecem vivem apenas em função de seu querido animal de estimação, já que nunca é mostrada a rotina de cada um longe dela. Uma abordagem, a propósito, que não considero nada negativa ou errada, somente queria deixar claro que Poyo não é o único bom ator no palco, o contrário do que geralmente ocorre em animações que focam em animais – principalmente porque “Chi’s Sweet Home” acaba se sobressaindo em outros pontos, como o amadurecimento de sua pequenina protagonista.

É adorável, é relaxante, é um gato gordo ao lado de uma dezena de humanos e animais que o idolatram; “Poyopoyo Kansatsu Nikki” faz jus à fama obtida durante o ano de 2012, ao ir muito além do que se esperava para um anime curto. Distribui com destreza doses mínimas de um universo feliz e tranquilo, e que doses mais doces são essas.  

Um pouco mais: essa é a segunda matéria da seção que “Poyopoyo Kansatsu Nikki” aparece, sendo que a primeira vez foi em “Dez animes e animais”.


Recorder to Randoseru Do







De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.

A história:É retratada a vida diária de um casal de irmãos peculiar: Miyagawa Atsushi, de 11 anos e 1,80m de altura; e sua irmã Atsumi, que tem 17 anos, mas mede apenas 1,37m. Apesar disso, ambos se comportam de acordo com suas idades, o que acaba gerando uma série de maus entendidos, com foco maior em Atsushi.

Duração: 13 episódios de 3 minutos cada X 2 temporadas = 1 hora e 18 minutos.

Um garotinho grande demais para ser adorável, uma estudante do ensino médio pequena demais para ser levada a sério: antes de ser uma comédia que faz rir, “Recorder to Randoseru” se sobressai pela relação afetuosa entre esses dois irmãos, além da interação deles com os poucos personagens do anime. A piada de um só tom pode cansar rapidamente, mesmo para um anime desse tamanho, mas as demonstrações de carinho dadas principalmente pela serena Atsumi garantem um clima confortável e prazeroso à obra.

É quase sempre o mesmo: Atsushi causando problemas por conta de sua estatura e Atsumi resolvendo tudo, pois atrapalhado e inocente que é ele não toma cuidado no que faz ou fala. Um coitado mal compreendido, que ama a coleguinha de classe Hina, mas que não pode sequer ficar de mãos dadas com ela que em instantes a polícia surge para prendê-lo, pensando se tratar de um molestador – a propósito, coitada de sua professora também, perdida em sentimentos por um aluno do quinto ano que parece um adulto (essa sim está muito mais próxima de ser uma molestadora)... Visitar um amigo e ser mal recebido pelos pais dele, causar um mal entendido ao dar presentes às meninas no Dia dos Namorados, ser abordado na rua ao flagrarem-no falando frases suspeitas para a amiguinha; “Recorder” abusa das situações possíveis para esse cenário, e, invariavelmente, acaba se tornando repetitivo – e em certas ocasiões, banal - nas ideias. É divertido, é engraçado na primeira, segunda ou terceira vez, mas mesmo assim não dá para negar o desgaste do humor e sua falta de criatividade com o passar dos episódios. Todavia, ainda funciona com relativo sucesso para algo de três minutos de duração, que é o que interessa – poderia funcionar melhor, mas em animações curtas a qualidade é geralmente tão baixa que deve-se relevar pequenos defeitos desse tipo nas animações de maior nível, senão jamais acharemos nessa área algo que realmente nos agrade.

Do outro lado, enquanto Atsushi arranca alguns sorrisos pelas suas confusões, Atsumi acabará encantando aqueles que têm uma queda por personagens frágeis e baixinhas, um tipo que a “rainha” do tsundere Kugimiya Rie (“Shakugan no Shana”, “Zero no Tsukaima”, “Toradora!”, “The Idolm@ster”) conhece bem. Mas, aqui, não há espaço para ataques e xingos e gritos agudos, pois dessa vez Kugimiya emprega uma voz bastante calma e comportada à sua personagem, condizente com a personalidade da fofa Atsumi. É praticamente uma tsundere sem seu lado chato...

Em resumo, uma irmã mais velha carinhosa e atenciosa, e um irmão mais novo imaturo e ingênuo; mesmo passando a sensação de que sua premissa parecia mais promissora do que o resultado obtido, “Recorder to Randoseru” consegue ir em frente graças ao carisma dos personagens, que com paciência vão passando pelos maus entendidos causados pela altura de cada um. De qualquer forma, não pensaria duas vezes em chamar a polícia caso visse na rua um homenzarrão suspeito dizer a uma garotinha “Eu vou só olhar, não faço mais nada”...

Continuação: sem intervalos, “Recorder to Randoseru Ré” foi exibido logo após o término da primeira temporada, com treze novos episódios.

Hirano Aya: é outra “seiyuu” conhecida (“Suzumiya Haruhi no Yuustsu”, “Lucky Star”, “Death Note”) que participa do anime, dublando uma personagem coadjuvante.


Teekyuu







De onde saiu: Mangá, 3 volumes, em andamento.

A história: É apresentada a rotina de quatro garotas membros de um clube de tênis.

Duração: 12 episódios de 2 minutos cada = 24 minutos.

Anime mais visualmente pobre da lista, “Teekyuu” segue o mesmo estilo de “Plastic Nee-san”, ao exibir episódios de dois minutos sobre os membros de um clube sem atividade alguma, e tendo também personagens nem um pouco recatadas e tímidas no meio.

Uma riquinha que tenta resolver tudo com dinheiro, uma lésbica assanhada, uma desmiolada esquisita e uma protagonista que é a única de juízo no grupo, que constantemente se estressa com o que suas amigas fazem; quatro meninas que ao invés de jogar tênis perdem seu tempo em diálogos absurdamente rápidos, como se todas tivessem ingerido pela primeira vez uma altíssima quantidade de cafeína. Sempre iniciando sequências que culminam em muitas frases aleatórias e irracionais, “Teekyuu” ostenta uma porção generosa de “nonsense” em suas curtíssimas narrações, onde imperam a malícia e uma boa comédia descerebrada. Igual a “Plastic Nee-san” e, por que não, “Gokujo.”, a série se torna uma indicação válida para quem está um tanto enjoado de bandos de colegiais castas e intocáveis, apesar de suas limitações técnicas. Pena que todos são animes curtos, e muito raramente saem produções maiores desse tipo – pois qual otaku vai querer ter uma menina dessas como “waifu”?

Hanazawa Kana: tão presente em papéis de garotas mais introspectivas e retraídas, ou ingênuas e alegres (“Stein;Gate”, “Binbougami ga!”, “Ore no Imouto”, “Ange Beats”, “Kobato” etc), em “Teekyuu” ela foge do habitual e dubla Marimo, a tarada com tendências lésbicas da imagem acima...


Thermae Romae







De onde saiu: Mangá, 5 volumes, em andamento.

A história:É seguida as desventuras de Lucius Modestus, um arquiteto de banhos públicos da Roma Antiga. Viajando no tempo entre sua terra natal e o Japão moderno sem saber como, ele termina por conhecer as maravilhas tecnológicas dos banheiros atuais, aproveitando as descobertas que faz para aperfeiçoar o estilo romano de tomar banho.

Duração: 6 episódios de 10 minutos cada = 1 hora. Alguns sites dizem que são três, mas isso porque eram exibidos juntos dois episódios por semana.

O bloco da TV Fuji noitaminA surpreendeu muitos ao abrir o ano de 2012 com uma animação em flash, vinda de um mangá popular e premiado; e a surpresa continuou ao se ver um tema tão bizarro render uma ótima comédia histórica, melhor que as séries normais exibidas no bloco na mesma temporada (claro, opinião minha, mas estamos falando de “Guilty Crown” e “Black Rock Shooter”...). Original, divertido e até educativo, “Thermae Romae” está junto com “Poyopoyo Kansatsu Nikki” em um nível de qualidade muito acima dos demais animes citados na matéria, e por serem muito diferentes entre si não arrisco dizer em definitivo qual é o melhor - mesmo pessoalmente gostando mais de “Poyopoyo”. No final, o único ponto em comum entre esses dois é o fato de ambos serem adaptações de mangás seinen.

Segundo a autora Mari Yamazaki, a história aborda duas culturas que mais amam e amaram banhos: os japoneses e os romanos. Em cada episódio Lucius, um homem inicialmente perdido na profissão de arquiteto, viaja misteriosamente para o Japão atual, sempre aparecendo em locais como termas, casas de banho públicas ou simplesmente a minúscula banheira da casa de um senhor de idade. Nunca se cansando de ficar impressionado e de ter o orgulho ferido com as ideias e apetrechos avançados da tribo dos “caras achatadas”, Lucius se aproveita de suas viagens para inserir tais inovações em sua era, se tornando em pouco tempo um homem famoso e admirado – chegando a cair nas graças até do imperador, que pede por seus serviços para o bem de toda a nação romana!

Um dos maiores atributos de "Thermae Romae" é a pseudo seriedade que permeia os seis episódios do anime na pele do sisudo Lucius, que de maneira dramática tira as conclusões mais tontas, cômicas e erradas do que vislumbra no século XXI, como achar que um chapéu usado por crianças para protegerem os olhos da espuma é um símbolo de liderança na estranha tribo amante de banhos. Apoiado com muita música erudita e referências a fatos e curiosidades históricas,"Thermae Romae" é uma insólita retratação de baixo orçamento de uma época e civilização pouco exploradas não só em animes, mas na indústria da animação como um todo. Ainda que repita o mesmo processo a cada episódio (Lucius passando por alguma dificuldade, viagem no tempo repentina, novas descobertas e surpresas a respeito dos costumes japoneses, retorno à Roma, reprodução meio rústica do que aprendeu e solução do problema), sua trama é tão original e inusitada que os argumentos não alcançam um ponto de saturação, visto que antes de isso ocorrer o anime acaba - a obra original, por sua vez, sofre mais com essa fórmula tão engessada.

Se aproveitando do velho e bom humor resultante do choque cultural entre povos tão diferentes um do outro,"Thermae Romae" nos dá a oportunidade de testemunhar um roteiro inteligente onde, na melhor das hipóteses, esperaria-se uma comédia pastelão. Nos surpreendemos tanto quanto Lucius ao ver o mundo dos "caras achatadas", e descobrimos o quão um ato tão rotineiro como tomar banho tem tanta história para contar.

Filme: sucesso de bilheteria, em abril de 2012 foi lançado um “live-action”, que vai um pouco além do que foi mostrado no anime, tomando ares mais dramáticos. Clique aqui para ver um trailer dele no Youtube.

  
Wooser no Sono Higurashi







De onde saiu: Série de curtas publicada na coluna de uma revista.

A história:
Pequenas narrações voltadas em Wooser, um misterioso mascote cuja aparência bonitinha esconde seu real mau caráter.

Duração: 12 episódios de 3 minutos cada = 36 minutos.

Na segunda animação toda em CG da lista, vale mais uma vez aquilo de não deixar se enganar pelo visual à primeira vista inofensivo, pois seu protagonista não passa de um animal estranho – seria um cachorro? – totalmente imoral e depravado, que adora dinheiro, garotas e saias de colegiais.

Cada episódio basicamente se divide em três partes, mostrando Wooser em esquetes sem lógica ou ordem alguma, tendo em boa parte delas a companhia de duas belas garotinhas, Rin e Ren. Reflexões deturpadas e antiéticas, piadas em ambientações aleatórias e Wooser esbanjando arrogância e um ego infladíssimo em monólogos consistem a maioria dessas historinhas, sem esquecer as esporádicas paródias a outros animes – estas focadas mais em produções onde atuou Mamoru Miyano (Yagami Light de “Death Note” e Okabe Rintarou de “Steins;Gate”), dublador que dá uma voz pontualmente sarcástica e vaidosa ao protagonista. “Wooser no Sono Higurashi” não é tão engraçado nem refinado no humor, mas termina chamando a atenção por conta justamente do contraste entre traços tão macios com um conteúdo questionável, visto que o personagem principal chega ao ponto de se deixar ser pisoteado por uma estudante apenas para espiar por debaixo de sua saia. Ele é desprezível, preguiçoso e tem “suborno” como palavra favorita, mas esse comportamento tão errado é o que garante os melhores momentos do anime.


Yurumates 3D






  
De onde saiu: Mangá, 3 volumes, em andamento.

A história: Yurume é uma jovem de 18 anos “ronin” (alguém que terminou o ensino médio, mas ainda não ingressou na faculdade) que se muda para a “Maison du Wish”, um decadente complexo de apartamentos localizado na periferia de Tóquio. Com o intuito de estudar para entrar numa universidade local, Yurume acaba descobrindo que seus vizinhos são pessoas que se encontram em situação semelhante ao dela, três “ronins” veteranos que fracassaram no vestibular e há muito deixaram de estudar.

Duração: 13 episódios de 3 minutos cada X 2 temporadas = 1 hora e 18 minutos.

Chega de estudantes do ensino médio ou fundamental; “Yurumates 3D” traz jovens que já passaram por essa fase, e que agora esperam ingressar no ensino superior. Um dia. Talvez ano que vem, ou nos próximos anos se possível. Enquanto isso não ocorre, que a vida seja aproveitada bebendo e fazendo muita festa.

Com traços que fazem os personagens parecerem crianças de dez anos ou menos, “Yurumates 3D” pega um tema um tanto espinhoso e delicado e o transforma num cenário para muita algazarra e brincadeiras. Yurume e seus amigos podem se lembrar de vez em quando do motivo de estarem ali, épocas como o ano novo trazem à tona suas ambições e objetivos iniciais; mas é só questão de tempo até alguém mudar de assunto para fugir da realidade, e assim voltam à bebedeira e às piadas. É patético, é vergonhoso, é triste caso você se identifique com eles, mas o importante é que esses jovens fracassados sabem como se divertir e gastar tempo inutilmente, tanto faz se destruindo os sonhos um do outro, fazendo disputas e apostas estúpidas ou, apenas, jogando conversa fora. Que se vá adiando as cobranças da vida o quanto puder.

Viva o escapismo! - especialmente porque, para nós, ele só dura barulhentos três minutos...

Continuação: sem intervalos, “Yurumates 3D Plus” foi exibido logo após o término da primeira temporada, com treze novos episódios.



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Meu perfil no MyAnimeList, com indicações semanais de matérias diversas sobre o mundo otaku feitas por este e outros sites;
 

AnimecoteCast #20: SoundTracker Animes 2012

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 Essa é a 1° edição do AnimecoteCast de 2013! E para celebrar o novo ano o podcast começa com uma bela seleção de músicas dos animes de 2012. Foram selicionadas 23 músicas por 6 diferentes pessoas, são elas: Evilásio Junior, Carlírio Neto, Alan Amorin (Ins), Erick Dias, Ewerton e Bebop.
Você pode conferir logo abaixo a lista com as músicas que estão presentes nesse podcast musical. Então coloquem seus fones de ouvido e aumentem o volume!




Download
Duração: 1:18:46

Participantes desse podcast:Evilásio e Ewerton




Música
Anime
Artista
1
Roundabout
JoJo's Bizarre Adventure
Yes
2
Gas Gas Gas
Initial D fifth Stage
Manoel
3
Nippon Egao Kyakkei
Joshiraku
Momoiro Clover Z
4
Feel so Moon
Uchuu kyouday
Unicorn
5
VIP
Magi
SID
6
No place like a Stage
Muv Luv Alternative Total Eclipse
Granrodeo
7
Boku no Invitation
Shirokuma Cafe
JP
8
Sakamichi no Melody
Sakamichi no Apollon
Yuki
9
Anata ni Deawanakereba
Natsuyuki Rendezvous
Aimer
10
Acchi Kocchi
Acchi Kocchi
Acchi Kocchi
11
Yume no Naka no Watashi no Yume
Jinrui wa Suitai Shimashita
Masumi Itou
12
Real World
Jinrui wa Suitai Shimashita
nano.Ripe
13
Vidro Moyou
Ano Natsu de Matteru
Nagi Yanagi
14
Koi no Orchestra
Nazo no kanojo x
Yoshitani
15
Breakthrough
Fairy Tail
Going Under Ground
16
Sora mo Toberu Hazu
Tsuritama
Sayonara Ponytail
17
Egoist
Psycho Pass
Namae No Nai Kaibutsu
18
Yume Miru Sekai
Uchuu Kyoudai
Does
19
Wareta Ringo
Shin Sekai Yori
Risa Taneda
20
Sakura Nagashi
Rebuild of Evangelion 3.0
Utada Hikaru
21
Umikaze no Brave
Robotics;Notes
Fumika
22
Slow Dance
Sukitte
Suneohair
23
JoJo Sono Chi no Sadame
JoJo's Bizarre Adventure
Hiroaki Tominaga
Bônus
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Links:
Animeke - Feel so moon
Nipponsei


Especial: AKROSS Con 2012

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Realizado pelo site russo Akoss desde 2003, o concurso “Akross Con” elege todo ano os melhores AMVs (Anime Music Videos) em diversas categorias, e na semana passada foram divulgados os vencedores da décima edição. Apesar de a maioria dos vídeos terem animes em suas montagens, também é possível participar usando jogos como temas, desde que estes sejam japoneses.




Confira abaixo imagens dos três vídeos eleitos como os melhores, mais a relação completa dos vencedores nas demais categorias. Os links nos títulos dos vídeos (o primeiro nome é do autor ou autores) levam para suas respectivas páginas no Akross, onde podem ser assistidos e baixados, além de ter nelas atalhos para vê-los no Youtube através da página oficial do site. 



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Melhor Vídeo:

1º lugar– Umika – Sincerity

Títulos:Vários, mas com “Hyouka” como principal.


Aos desatentos (eu...) ou quem apenas ainda não assistiu a série, parecerá que esse AMV possui somente cenas de “Hyouka” estilizadas com alguns efeitos: mas esta gif mostra em maiores detalhes como se passou a edição. Além de mudar bastante diversas partes do anime principal, o autor pegou sequências de várias outras animações e as modificou de modo que parecessem todas vindas de um mesmo lugar, contando assim uma história de amor talvez (nah, certamente...) mais forte que a da obra original. Lenta e sentimental, a música usada é intitulada “Halou”, e foi composta pelo Today, um grupo americano de R&B do final da década de oitenta e início de noventa. Pela qualidade técnica e conceito, é justo o posto mais alto.



2º lugar– Echotrooper – Expiation

Títulos: Vários, a destacar mais “Ergo Proxy”.

Um acidente de carro que acaba tendo consequências aterradoras. Do TOP 3 achei esse o mais fraco em se tratando de edição, mas a junção de vários animes com elementos de terror (tais como “Kara no Kyoukai”, “Shiki”, “Hellsing”, “Umineko no Naku Koro Ni” e “Cossette no Shouzou”) combinaram muito bem com a música de rock alternativo “Haunted”, da cantora americana Poe, criando assim um clima bastante sombrio e lúgubre.



3º lugar– Bea$t – Goddess of Destruction

Títulos: “Claymore”.


Particularmente, este teve a música que menos me agradou, porém só as lindíssimas montagens feitas com recortes do mangá de “Claymore” valeram por todo o vídeo, sendo pra mim o AMV mais sedutor em relação a efeitos entre os três primeiros – mas isso não tira o fato de que “Sincerity” foi realmente o mais bem trabalhado. Fora isso... Sangue, sangue e sangue! E corpos mutilados e monstros e lutas mortais, regidas pela música pesada e insana “Oceanquake”, da banda de death metal taiwanesa Chthonic.




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Prêmio AKROSS:
Centurione - Petal (Vários)

Mais um AMV a usar "Hoyuka", mas aqui Chitanda Eru é trocada por Touwa Erio, de "Denpa Onna to Seishun Otoko".

Escolha do Público:
Umika - Sincerity (Vários)

Melhor Ação:
AxisPOV -The Monster (Black Rock Shooter)

Melhor Drama:
NightSlayer - Sincerely Yours (Vários)

Outro a narrar um romance entre personagens de animes diferentes, dessa vez Okazaki Tomoya (Clannad) com Aisaka Taiga (Toradora!).

Melhor Romance / Sentimental:
Umika - Sincerity (Vários)

Mais Divertido:
John - With Lightning Speed (Toaru Kagaku no Railgun)

Ah, muito merecido, com folga o vídeo mais empolgante e engraçado dessa edição...

Melhor Dança:
DigiCat - Each Moment (Vários)

AMV perfeito para testar seu "nível" otaku, pois nele há um grande número de personagens de diversas animações participando de um clássico clipe musical.

Mais Psicodélico:
Okami - Dark City (Vários)

Um amontoado de cenas bizarras de animes estranhos daria nisso...

Melhor Perfil de Personagem:
Kaito -Feelings in between days (Nisemonogatari, Bakemonogatari)

Melhor História:
Echotrooper - Expiation (Vários)

Melhor Trailer:
Hikado95 - Warrior of Honor (Vários)

Melhor Trabalho em Equipe:
Multi-Editor Project - Our Particular World (Vários)

Melhor Conceito Original:
Seliafel - Secrets of emotions (Vários)

Mokona e Kyuubey trabalhando lado a lado!? O vídeo em si pode ser meio cansativo e sem sal, mas parabéns ao autor pela historinha criada, toda descrita na página do AMV.

Melhor Trabalho Técnico:
Umika - Sincerity (Vários)

Melhor Design de Efeitos Visuais:
Umika - Sincerity (Vários)

Melhor Apresentação / Design:
Umika -Sincerity (Vários)

Melhor Design de Motion Graphics:
JustRukia -The New World (Tenco's Story)






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No site do Akrossé possível ver os vídeos vencedores de cada edição desde 2003 – mas os mais velhos só estão disponíveis para download, não há opção de ver online.

Logo, lá podem saber também quem foram os ganhadores de 2011, mas já recomendo aqui dois AMVs em particular dessa penúltima edição, que gostei muito: o primeiro colocado “All that you can't leave behind”, que mescla “Cowboy Bebop” e “Trigun” como se fossem um só anime, ao som da música “Elevation” do U2; e o segundo colocado, “Fate Matrix”, que mostra a protagonista NEET de “Kamisama no Memochou”, Alice, interferindo nos acontecimentos de várias animações com a ajuda de um programa de computador – julgo que esses dois foram melhores em criatividade e edição do que os vencedores deste ano.

Seto no Hanayome

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Ano: 2007
Diretor: Seiji Kishi (“Angel Beats!”, “Jinrui wa Suitai Shimashita”, “Tentai Senshi Sunred”)
Estúdio: Gonzo / AIC
Episódios: 26 + 2 OVAs
Gênero: Comédia / Fantasia / Romance
De onde saiu: Mangá, 16 volumes, finalizado (2002 - 2010).




Uma comédia romântica focada na comédia...


Isto é o que dá pra definir esta série, que tem este enfoque e o contexto um tanto absurdo, mas, é o que “Seto no Hanayome” consegue ser e para quem curte o estilo comédia romântica é um prato cheio para o espectador. Como muitas séries que conhecemos, tem sua origem no mangá do mesmo nome e sua tradução é “A noiva de Seto”, em sentido literal.

A história começa quando Michishio Nagasumi e seus pais vão para a praia, localizada na região de Seto: o que dá pra sacar do personagem e de sua família é serem mais uma típica família japonesa. Viajar a praia deve ser uma delícia, curtir a areia, o mar e tudo que apenas quem vai pode usufruir com prazer. E é este o objetivo de Nagasumi e seus pais, aproveitar estes momentos antes de retornarem a Saitama e às suas vidas cotidianas. Os três ficam na casa da avó paterna, uma senhora que apesar de aparecer apenas no começo da série, podemos ouvir sua voz antes do tema de abertura começar.

Quando Nagasumi vai nadar, ele acaba se afogando e seria morte certa, se uma figura misteriosa não o tivesse salvado no momento e o posto em lugar seguro. Para o rapaz, a figura lembrava uma sereia, uma criatura mitológica bastante conhecida por ser parte mulher e parte peixe, mas, ao contar ao seu pai, acha que é fruto da imaginação dele. Ao retornarem para a casa da avó paterna, enquanto comiam surge uma garota que fala ser responsável por salvar Nagasumi e de repente, ele e seus pais são pegos e levados para o fundo do mar. Veredito? Quem salvou o rapaz foi esta garota, Seto San – Seto Sun, no original - e eles vão conhecer a sua família que, bem... parecem ter saído de um filme de máfia, por ter tanto cara mal-encarado por metro quadrado...

A razão de estarem lá é revelada pelo pai de San, que é o líder do Clã Seto, um grupo de sereios que vivem nesta região: uma lei diz que se um sereio ou uma criatura marinha for vista por um humano, ambos devem ser mortos. Epa! Isso não é nada bom mesmo para o Nagasumi e para a San, pois ele a viu em sua real forma e a lei é bem direta neste quesito.

Quando parecia tudo perdido e ambos receberiam o castigo por infligirem a lei, eis que a mãe de San dá uma ideia salvadora: para que nenhum deles acabe morrendo, vão ter de se casar e viverem juntos. Ou seja, serem marido e mulher, o que não agrada o pai dela, que quer matar o Nagasumi de qualquer jeito e manda seus capangas darem um jeito nele. Mas, seguindo contra a ideia do pai, Seto San salva Nagasumi - de novo - e após algumas confusões, ambos aceitam a proposta de casamento.

Agora, eles vão viver juntos e é aí que as confusões de “Seto no Hanayome” realmente começam: imaginem a seguinte situação, de o personagem ter uma sereia e ser perseguido por todos que discordam de sua união? E se juntar outros personagens que detestam ele e outros que parecem também ter uma quedinha nele? Um prato cheio, isso sim...

A animação possui como principal característica a comédia e o nonsense em proporções elevadas, e cada personagem que aparece são os que perseguem Nagasumi e os que conheciam o personagem antes do ocorrido. Mudanças de cenas cotidianas para tais cenas são tão comuns que simplesmente, não tem como ficar sem rir: é uma série que você dá risadas no começo ao final.  Cada situação que surge acaba sendo assim e mesmo que hajam algumas cenas repetidas, na maioria das vezes, são bem variadas e seus resultados hilariantes.

O traço dos personagens da série não possui nada de inovador ou impactante, seguindo um desenho mais comum e infanto-juvenil, que se encaixa ao perfil da animação em si. Alguns personagens possuem um aspecto físico que os caracterize e que combina com a proposta exigida, não possuindo muita diferença entre os sereios – família de San e outros – dos humanos – Nagasumi e companhia –, claro que cada um tem seu estilo e uns são bem marcantes em como são apresentados ao longo da animação. A série possui um elenco de personagens que aumenta durante sua exibição e dá pra ver todos nos temas de abertura e de encerramento, dando uma mistura do nonsense e do inusitado.


Um fato deveras interessante em “Seto no Hanayome” é justamente o casal principal: Nagasumi e San levam um tempo pra aceitarem a situação de serem casados; sua relação está mais para namorados, pois no começo somente San demonstra gostar de Nagasumi de verdade, até o rapaz perceber o amor dela e trata-la como esposa - apesar das ameaças que ele recebe dos que querem separa-los, o amor deles é inocente e verdadeiro. Não há muita enrolação da parte deles, como ocorre em outras comédias românticas, então, os personagens percebem que se amam e acabam uns aceitando e outros insistem em continuar com as ameaças. Claro que tem as garotas que depois da aparição de Seto San, passam a perceber que tem uma quedinha pelo Nagasumi; no entanto, não chegam a “atrapalhar” o relacionamento dos dois jovens. E claro que eles não podem ficar contando que são casados e vivem na mesma casa, senão, o que pensariam as pessoas se souberem disto?

É preciso dar um destaque aos temas de abertura e de encerramento que são usados na série e nos OVAs: pois é, depois da série de TV foram produzidos dois especiais de vídeo que trazem novas aventuras e que mantém a comicidade em novas situações. O fator é que “Seto no Hanayome” surpreende e muito neste quesito, o normal é que animes de curta duração - a maioria - apenas usem de um a dois temas de abertura e de um ou mais temas de encerramento, com ou sem outras músicas inseridas nos episódios, a não serem as músicas de fundo.

Na série de TV o tema de abertura “Romantic Summer” tem um toque bem verão e mostra os personagens dançando numa praia: quando entra certo personagem no episódio, ele aparece ao lado dos demais personagens e tudo termina em festa. Aberturas com a praia como paisagem não são tão incomuns, mas, são bastante divertidos e a música ajuda a manter o clima. Quem canta a abertura são as dubladoras da série, Momoi Haruko e Nogawa Sakura, que além de cantarem a abertura, cantam ao longo do anime: afinal, suas personagens são sereias e estas criaturas costumam cantar muito bem. E este é um diferencial em “Seto no Hanayome”, já que não é comum fazer os dubladores cantarem em animações, a não ser que tenha este propósito em sua exibição.

Fora a abertura, o anime possui dois temas de encerramento: o primeiro encerramento “Ashita e No Hikari” cantada por Hinoi Asuka é uma música calma e que mostra os personagens da série em uma festa caseira, com direito a muita comida, karaokê e confusão. Conforme aumenta a quantidade de personagens, estes aparecem no tema de encerramento, cada um em seu lugar na festa, tudo é posto em uma única cena e um a um são mostrados, até ver toda a cena em si. Não há movimentação dos personagens como no tema de abertura, sendo um encerramento mais parado e direto.

O segundo encerramento “Dan Dan Dan” cantada pelas dubladoras Momoi Haruko e Nogawa Sakura é extremamente divertido e bem engraçadinho, mostrando cada um dos personagens da trama em formato chibi numa esteira de pratos japoneses e se movimentando ao longo da música. Uns mais animados e outros mais sérios, reagindo conforme a personalidade apresentada na série, dando mais graça durante sua execução. O clip começa com os protagonistas – Nagasumi e San – e vai seguindo até parar nos pais do rapaz, cada um em seu pratinho.

Já nos OVAs, a surpresa: tendo apenas dois episódios – dois segmentos em cada um deles – cada OVA possui um tema de abertura e um tema de encerramento diferentes. Explicando: cada OVA tem um tema de abertura e um tema de encerramento que não são os mesmos, sendo assim, no primeiro OVA o tema de abertura é "Zettai Otome" cantada pelas dubladoras Momoi Haruko e Nogawa Sakura e o tema de encerramento é "Mirai e Go" cantada pelo Dekabancho; já no segundo OVA o tema de abertura é "Tenshi Ranman Love Power", cantada por quatro dubladoras da série e o tema de encerramento é "Kakerashi", cantada pelas dubladoras Momoi Haruko e Nogawa Sakura. Os temas de abertura são bastante divertidos e os de encerramento são mais tranquilos, que se encaixam no perfil da animação e ajudam a manter o clima cômico que caracteriza a trama.

Vale lembrar que não é preciso assistir a série de TV pra acompanhar os OVAs, pois são episódios isolados; contudo, algumas piadas e situações ficam mais compreensíveis pra quem tiver visto a série. Claro que estes especiais têm a mesma proposta da série animada: mostrar as confusões de Nagasumi e San pra se manterem juntos.


Por isso, para os que curtem uma comédia romântica mais direta e sem enrolações, “Seto no Hanayome” é sua opção: afinal, a comédia da série e nos especiais de vídeo pode te pegar desprevenido e acabar lhe envolvendo nesta inocente história de amor. Ou senão, fazer perguntar como é possível uma sereia se relacionar com um humano e ninguém ver problemas com tal situação.



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Escritora Otaku

Golden Apple 2012! (Melhores animes de 2012)

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Animecote orgulhosamente apresenta:
 Golden Apple 2012!


Com o intuito de criar um histórico para verificações futuras, tomei a liberdade de criar uma premiação dos melhores animes do ano de 2012. Esses tipos de premiações são comuns na maioria dos blogs e sites relacionados a assuntos específicos como filmes, quadrinhos e animes. Optei por fazer um pouco diferente do habitual, onde apenas a equipe do blog participa da escolha. Convidei alguns amigos com boa bagagem de animes e que sei que assistiram bastantes obras do ano de 2012. Cada jurado teve 12 pontos por categoria para distribuir entre os animes da mesma, sendo que o máximo de pontos que um anime pode receber de um jurado é 3. A lista de jurados se encontra no fim da postagem. Vale lembrar que apenas os animes que terminaram em 2012 foram aceitos.
 Agora vamos aos vencedores!

 Anime do Ano 

Melhor Ação


 Melhor Comédia


Melhor Fantasia

Melhor Ecchi

 Melhor Drama

Melhor Mistério / Thriller / Terror 
2 - Another
3 -  Gyo

Melhor Romance

Melhor Ficção Científica
3 -  Btooom!

Melhor Slice-of-Life
3 -  Hyouka

 Melhor Anime de Esportes

Melhor Filme
Kokurikozaka kara
2 - K-On! Movie
3 - Hotarubi no Mori e

Melhor OVA
Gyo
2 - Saki: Achiga-hen - Episode of Side-A Specials
3 -  Code Geass: Nunnally in Wonderland

Melhor Anime Curto
Thermae Romae 
2 - Poyopoyo Kansatsu Nikki
3 -  Recorder to Randoseru Do


Melhor Continuação
 Fate Zero 2
2 - Natsume Yuujinchou Shi
3 -  Saki: Achiga-hen - Episode of Side-A

Melhor Abertura
 Sakamichi no Apollon
2 - Tsuritama
3 -  Jormungand


Melhor Encerramento
 Danshi Koukousei no Nichijou
2 - Sakamichi no Apollon
3 -  Jinrui wa Suitai Shimashita


Melhor Trilha Sonora
 Sakamichi no Apollon
2 - Jinrui wa Suitai Shimashita
 3 -  Saki: Achiga-hen - Episode of Side-A


Melhor Arte/Animação
 Sakamichi no Apollon
2 -  Hyouka
3 -  Jinrui wa Suitai Shimashita


Melhor Enredo
 Sakamichi no Apollon
2 - Jinrui wa Suitai Shimashita
3 - Tsuritama


 Melhor Elenco
 Sakamichi no Apollon
2 - Tonari no Kaibutsu-kun
3 - Tsuritama

Melhor Desenvolvimento de personagens
 Sakamichi no Apollon
2 -  Nazo no Kanojo X
3 - Kokoro Connect

Melhor Protagonista Feminino
 Mikoto Urabe (Nazo no Kanojo X)
2 - Mine Fujiko (Lupin the Third: Mine Fujiko to Iu Onna)
3 - Watashi Jinrui wa Suitashi mashita / Rikka Takanashi (Chuunibyou demo Koi ga Shitai!)


Melhor Protagonista Masculino
 Sentarou Kawabuchi (Sakamichi no Apollon)
2 - Haru Yoshida (Tonari no Kaibutsu-kun)
3 -  Takashi Natsume (Natsume Yuunjichou Shi)

Melhor Coadjuvante Masculino
Rider (FateZero 2)
2 - Junichi Katsuragi (Sakamichi no Apollon)
3 - Satoshi Fukube (Hyouka)


Melhor Coadjuvante Feminino
Bungaku Shoujo (Danshi Koukousei no nichijou) / Yurika Fukahori (Sakamichi no Apollon)
2 - Mero Furuya (Sankarea)
3 -  Ibara Mayaka (Hyouka)


 Melhor Vilão
 Miyanaga Teru (Saki: Achiga-hen - Episode of Side-A) / Aomine Daiki (Kuroko no Basket)
2 - Danichirou Sanka (Sankarea)
3 -  Caster (Fate/Zero)


Melhor Direção
Nazo no Kanojo X (Ayumu Watanabe)
2 - Sakamichi no Apollon (Shinichiro Watanabe)
3 -  Tsuritama (Kenji Nakamura)


 Melhor Estúdio de Animação
 A-1 Pictures
2 - Kyoto Animation
3 -  Production I.G

Melhor Anime em Andamento
 Uchuu Kyoudai
2 - Shinsekai yori
3 -  Psycho Pass


Pior Anime do Ano 
 Arcana Famiglia
2 - Kill Me Baby
3 -  Black Rock Shooter TV


Miss Anime
 Chitanda Eru (Hyouka)
Mine Fujiko (Lupin the Third: Mine Fujiko to Iu Onna) 
Sakura Ichiko (Binbougami ga!) 

Agradeço a todos os jurados pela grande ajuda nesse trabalho.
Jurados:
Anachan 
Bebop 
Carlírio Neto 
Erick Dias
Evilásio Júnior
 Ewerton

Saito


http://animeportifolio.wordpress.com
http://www.netoin.com 
http://forum.minnasuki.com 



Essa premiação é um oferecimento de Apo

Seitokai no Ichizon Lv.2

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Ano: 2012
Diretor: Kenichi Imaizumi (“Katekyo Hitman Reborn”)
Estúdio: AIC
Episódios: 10
Gênero: Comédia
De onde saiu: Light novel, 10 volumes, finalizada (2008-2012).
Continuação de: “Seitokai no Ichizon” (2009). Em 2011 foi postada no Anime Haus uma resenha minha sobre a primeira temporada; o texto não é lá essas coisas, mas dá para ter uma ideia do que se trata o anime. Clique aqui para visitar a página (site offline no momento da postagem).



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Novo estúdio, nova equipe, novos dubladores... Apesar de tantas mudanças, a sequência de "Seitokai no Ichizon" segue a mesma cartilha de seu antecessor: erra muito em alguns pontos para acertar em outros.



Nada de “Seitokai no Ichizon Z” ou “New Seitokai no Ichizon”, como sugerido pelos protagonistas no primeiro episódio; exibido em baixa qualidade via stream durante a temporada de outono (e sendo reexibido nesta na televisão), “Seitokai no Ichizon Lv.2” traz de volta os cinco integrantes do conselho estudantil da escola Hekiyou, e novamente eles gastam quase todo o seu tempo em longos e inúteis diálogos dentro de uma sala.

Quatro garotas escolhidas por voto popular; um rapaz prestigiado com a quinta vaga após obter as melhores notas nos exames. É um Harém? Sim, muito mais do que a primeira temporada tentou não ser, para alegria do tarado Sugisaki. Dando maior atenção às interações entre ele e as garotas da sala, sem esquecer os novos belos rostos que surgem aqui (amiga de infância e irmã que sofre de “brocon”? Pelo menos em jogos Sugisaki conhece bem essas rotas...), “Seitokai no Ichizon” praticamente abandona seu lado paródia e o hábito de quebrar a quarta barreira, virando assim uma comédia pseudo-romântica comum e capenga em boa parte de sua duração. E essa é apenas uma das várias mudanças que o anime traz em relação à sua antecessora, exibida três anos atrás.


Tchau, Studio DEEN; olá, AIC. Novo diretor – Kenichi Imaizumi, menos experiente que o anterior, Takuya Satou –, novo “character designer” (Masahito Onoda, também com menos trabalhos no ramo do que o nome da primeira temporada, Kumi Horii), e inclusive novos dubladores, por motivos adultos chatos. Yuka Saitou (Chizuru) eYuki Horinaka (Mafuyu) foram substituídas, respectivamente, por Mina e Iori Nomizu, e a razão disso é que as duas que saíram não fazem mais parte da agência Production Ace, subsidiária da editora Kadokawa, financiadora do anime – os seiyuus de Kurimu, Chinatsu e Sugisaki, por outro lado, permanecem nessa agência, e por isso continuam em seus papéis. Fazer o quê, acontece. Com uma mal se notará a diferença; com a outra, se notará até demais.

Começando no “episódio 0” (que é contado no total dos dez episódios do anime, logo ele é numerado até o 9), há um prólogo mostrando como Sugisaki se interessou e se preparou para entrar no conselho estudantil. No final, surge enfim a sala e as garotas protagonistas, já discutindo brevemente o título do anime e as modificações feitas nele, algo que é mais aprofundado no episódio um, quando debatem sobre as inovações que deveriam ser inseridas para atrair um novo público à série. Brincando com vários artifícios usados nesses casos por outras produções – resetar a história, criar spin-off de um personagem coadjuvante etc – e não deixando de se autodepreciar pelas mudanças feitas (em um grau um tanto exagerado, quase como se pedissem desculpas por tudo isso) o anime dá uma longa amostra daquela prazerosa quebra da quarta barreira tão presente na primeira temporada, mas que aqui, como se verá adiante, será esporádica e deixada em segundo plano. E, se a novidade nos traços e vozes é o que mais chama atenção em um primeiro instante, logo se percebe que a postura dos personagens e o próprio humor também estão muito diferentes, e de uma maneira negativa.

É como se fosse um aquecimento: Sugisaki não parece tão enérgico como lembrávamos ser, e o mesmo se passa com Kurimu, Minatsu, Mafuyu e Chizuru; estão todos ali na sala, conversando e fazendo piadinhas entre si, porém parece mais que acabaram de se conhecer, e não que estão prestes a se separarem após um ano juntos – lembra? A série anterior acabou com a promessa de que as irmãs seriam transferidas e as outras duas meninas se formariam, deixando Sugisaki sozinho. Não é lá uma boa primeira impressão, principalmente ao testemunhar um humor tão forçado e bobo de ritmo sonolento, digno dos piores momentos do anime de 2009. A versão do Studio DEEN nunca chegou a ser algo esplêndido, mas o pontapé inicial da AIC é bastante desanimador e frustrante, principalmente para quem esperava melhoras no anime com a troca de estúdio – já que DEEN não tem exatamente uma boa reputação, muito pelo contrário.


Entretanto, esse marasmo só dura três arrastados episódios, e após isso Sugisaki e companhia retornam aos poucos à boa química de antigamente - e, juntamente, os diálogos e historinhas se tornam mais criativos e engraçados, sendo que às vezes quebram totalmente a limitação de espaço imposta pela sala graças à grande imaginação dos personagens. Sugisaki volta a ter seus ataques de euforia e sonhos de formar um harém, Kurimu volta a ser o elemento mais fofo e moe do grupo, Chinatsu e Mafuyu também retomam seus velhos costumes e trejeitos... Apenas Chizuru nunca consegue "estrear" de fato no anime, por conta de sua seiyuu, Mina. À Mafuyu, Horinaka Yuki dava uma voz lindinha mas até que enjoada demais na primeira temporada, um pouco irritante em certos instantes; e se Iori Nomizu diminui os agudos e confere à personagem um tom mais contido, porém ainda bastante feminino, a sensação de estranheza causada no começo em breve desaparece, e nos acostumamos a ela. Contudo, com Chizuru a situação é mais complicada; Mina não repete e nem se aproxima daquela voz austera, madura e levemente provocante imposta por Saitou Yuka em 2009, e dessa forma suas linhas de diálogo perdem muito em expressividade e força. Ela ameaçando Sugisaki ou mostrando um comportamento doentio para com Kurimu tem menos impacto nas conversas da sala do que deveria, quase como se ela não estivesse ali - na verdade, ela não estando mal faria alguma diferença. E que seja louvado o anonimato na internet: enquanto Iori Nomizu era poupada, na época em que o anime começou a ser exibido, redes sociais e blogs japoneses se encheram de críticas nada educadas de fãs quanto à atuação de Mina, que lamentavam a saída de Yuka. Perdeu-se, em suma, uma boa personagem nesse processo de transição. Mas a série trouxe novas para compensar.

A amiga de infância? Está ali para fazer número no Harém do protagonista, demora a aparecer. A garota de óculos do primeiro episódio que possui grande importância na vida do rapaz? Ótima personagem, mas sua participação se resume mesmo ao passado de Sugisaki. A irmã que sofre de “brocon”? Ah, essa sim, tem apelo, sendo inclusive considerada pelas garotas do conselho estudantil como uma “ameaça” às outras personagens coadjuvantes, que perderiam espaço por conta dela – e nisso entram as já conhecidas da primeira temporada, a jornalista riquinha e sua irmã, que pouco aparecem, mas garantem um bom e (no caso da loli) questionável humor. Presenteada com a voz docíssima de Yunezawa Madoka (Hirasawa Ui de “K-ON!”), a demasiada inocente Sugisaki Ringo será a mais bem-vinda e bela novidade para quem tiver uma queda para esse tipo de personagem tão burrinha e delicada, caso não se sinta incomodado com a gritante tentativa do anime em força-lo a gostar dela, nem com a relação exagerada que há com o irmão – não, não é normal você ficar tentado a ver uma foto provocante da irmãzinha no celular. E Sugisaki, aliás, mesmo sendo tão pervertido e bobalhão, impressiona ao mostrar tanto carinho pelas meninas que o rodeiam, um ponto ao mesmo tempo elogiável e frágil do anime.


Por si só é uma raridade ver o líder masculino de um anime desse gênero ser o preferido dos fãs, mas possivelmente isso se justifica em "Seitokai no Ichizon" não só por Sugisaki ser engraçado, mas também por demonstrar uma preocupação tão grande para as personagens femininas; quem viu a primeira temporada testemunhou isso. Mas, lá, esses momentos de seriedade por sua parte eram escassos, e não tão íntimos. Por sua vez, “Seitokai Lv.2” aumenta a duração dessas sequências e inclusive as faz com cada garota individualmente em certos episódios, dando-lhes um destaque todo especial e não ficando restrito apenas às integrantes do conselho. Uma palavra de apoio, uma palavra de carinho, um elogio sincero; Sugisaki sabe o que falar e quando falar, e seus momentos sentimentais com suas colegas criam, geralmente, uma razoável carga dramática nas historinhas, superior ao visto no primeiro anime. O problema disso? Ainda é um Harém, e um onde o protagonista fica em um eterno campo neutro, manifestando seu amor por todas e tendo noção de que essa sua escolha em não se decidir por nenhuma não é a melhor opção, mas, mesmo assim, prefere seguir nesse caminho. Do lado delas, vão pensando e tentando aceitar que a possível paixão é na verdade uma forte amizade, e assim se conformam em "dividi-lo" com as outras. O anime se esforça em mostrar o quão isso é lindo e tocante, mas, no fim, essas declarações acabam soando um tanto artificiais e pretensiosas, como um óbvio e preguiçoso pretexto para deixar tudo do jeito que está, mas sem abrir mão de dar um "fanservice" ao fãs dessa ou aquela personagem – não que fosse esperada uma conclusão para isso num anime desses, jamais, mas que ao menos não se criasse desculpas tão aparentemente fracas e, por que não, machistas. “Seitokai no Ichizon Lv.2” supera seu antecessor quanto às relações de seu elenco, mas comete as mesmas falhas nas horas em que vai longe e tenta se levar a sério demais, demonstrando grande afetação (cujo ápice é alcançado nos episódios focados em Chinatsu e na amiga da infância) e inconsistência em certas questões (o aparente problema amoroso no passado de Sugisaki fica muito mal explicado para quem não conhece a light novel). Os pseudos-romances são bonitinhos, sem dúvida, mas cansa reparar que isso só dá voltas ao atirar igualmente para todos os lados.


E esse foco mais intenso nos elos dos personagens elimina a oportunidade de se ver com mais frequência a quebra da quarta barreira e, com isso, as paródias e referências que tanto deram popularidade a "Seitokai no Ichizon". No começo eles insistem e dão atenção às piadas em cima dos clichês da indústria e referências a animes diversos, tanto faz se velhos ou não (citações a "Suzumiya Haruhi no Yuuutsu" ou "One Piece" se misturam a títulos recém lançados como "To LOVE-Ru Darkness" ou "Thermae Romae", por exemplo, seja de forma visual ou através de diálogos), mas em seguida o que se presencia são histórias bastante "comuns", fechadas no próprio mundinho dos personagens. Em alguns momentos eles "se lembram" de que estão dentro de uma animação, ao citar uma obra ou brincarem com seus papéis, porém tais ocasiões são bem esporádicas, nada que faça alguém assistir o anime exatamente por causa disso, muito menos que deixe a série dependente dessas piadinhas para ser bom. É um ponto negativo? Nesse caso, deverá ser levado em conta o que você mais gostou na primeira temporada, se de quando satirizavam animes, jogos e eles próprios abertamente ou, somente, das conversas absurdas que tinham quando juntos. E pode-se dizer o mesmo das modificações feitas na animação: substituindo aquela coloração opaca e suave do Studio DEEN, a AIC exibe aqui traços mais coloridos e fortes, e quanto ao "character design" a maior mudança ficará para as personagens femininas, que ganharam risquinhos nas bochechas quase que permanentes, e que muito lembram séries mais antigas. No geral, nota-se uma pobreza na variedade de expressões, e em diversas sequências são flagrados traços anatômicos desproporcionais - mas esse último detalhe pode também ser visto na versão do Studio DEEN, pois independente do estúdio continua sendo um anime de baixo orçamento. Entretanto, injustiça terem diminuído o espaço da sala deles, parece a de um clube qualquer... Vai ver perceberam que não precisavam de uma tão grande e decorada para ficarem sem fazer nada...


Vindo logo após o término da light novel, "Seitokai no Ichizon Lv.2" pode não ter um início animador; porém, felizmente, ele não demora muito a entreter quase na mesma medida aqueles que viram e gostaram do primeiro anime. Faz rir, diverte e comete tropeços feios pelo caminho, mas isso já vem desde 2009. Independente disso, o desfecho será consideravelmente sentimental para quem tinha se afeiçoado a esse quinteto, e no final é isso o que marcará e importará mais, dando aquela vontadezinha de que não fossem somente dez episódios. Alcança a conclusão da obra original, se encerra como um anime mediano em um todo, mas agradável e simpático, e, apesar de já haver uma sequência em light novel em andamento*, sua adaptação animada deve parar por aqui.



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* "Shin (Novo) Seitokai no Ichizon" começou a ser publicado em novembro de 2012, e nele Sugisaki se vê de volta ao conselho estudantil, mas dessa vez com outras garotas no lugar das que foram transferidas (Chinatsu e Mafuyu) ou se formaram (Kurimu e Chizuru).


(clique para uma melhor visualização)












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Meu perfil no MyAnimeList, com indicações semanais de matérias diversas sobre o mundo otaku feitas por este e outros sites;




Entrevista com Akiyuki Shinbou (diretor)

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Mais uma entrevista traduzida do Anime News Network, que traz como destaque Akiyuki Shinbou, principal nome do estúdio SHAFT e diretor de sucessos como "Bakemonogatari", "Mahou Shoujo Madoka Magica", "Hidamari Sketch" e "Sayonara Zetsubou Sensei". Aqui, o centro da conversa foi o anime de 2011 "Denpa Onna to Seishun Otoko".




Essa entrevista foi publicada no dia 07 de fevereiro e realizada por Bamboo Dong, e pode ser lida aqui. Em parceria feita com a NIS America (subsidiária da Nippon Ichi Software, empresa japonesa de jogos que há alguns anos também faz negócios na área de animes), o ANN pediu a seus leitores que enviassem perguntas a serem feitas para Akiyuki Shinbou a respeito de "Denpa Onna to Seishun Otoko", anime exibido no Japão em 2011 e lançado nos Estados Unidos pela NIS America em janeiro desse ano. Os que tiveram suas questões escolhidas ganharam o box de luxo da série, que vem com 2 discos em blu-ray e outros 2 em DVD, além de diversos extras e ilustrações. A entrevista foi traduzida na íntegra.

Box lançado nos EUA. Preço: apenas 55 dólares...




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ANN: Apesar do nome excêntrico, “Denpa Onna to Seishun Otoko” se aproxima mais de um “slice-of-life” do que de uma história de fantasia, porém a atmosfera da série ainda é fantástica. Quais foram os elementos mais importantes na criação desta atmosfera?

Em vez de ser algo voltado a “vida", eu me concentrei na fase onde mais brilhamos, “adolescência”. Desenhei tudo tendo “adolescência” em mente, e não tanto a “fantasia”.


A respeito de algumas personagens como Erio brilharem – Por que essa decisão foi tomada? O que você estava tentando retratar?

A resposta fácil para essa pergunta é porque isso é descrito na light novel original, mas nós nos esforçamos muito mesmo para apresentar isso mais bonito em imagens do que em palavras. Eu pensei em expressar algo como um “símbolo da adolescência”.

A personagem Erio possui um pouco de hikikomori. Ultimamente, parece que o lado mais sombrio da cultura otaku, incluindo NEETs, hikikomori e aqueles com obsessões doentias têm maior presença nos animes atuais. O que você quer que os espectadores otakus, particularmente aqueles propensos a esse tipo de estilo de vida, tirem de seus trabalhos?

A primeira ideia que quero compartilhar é: "Quem se importa se você é um hikikomori?" Se não tivesse esse trabalho eu, também, poderia ter me tornado um NEET. Pensei que seria bom se as pessoas, inclusive eu, pudessem sair e fazer alguma coisa... mas, ao mesmo tempo, quem se importa se você não pode dar esse primeiro passo ainda? O que há de errado em não tomá-lo? (amenizou esse problema tanto quanto fez "Denpa Onna" e faz atualmente "Sasami-san@Ganbaranai"... Esse comentário soou muito otimista.)


Dezenas de estúdios estavam envolvidos na produção de “Denpa Onna to Seishun Otoko”. Como diretor-chefe, quais são os desafios em supervisionar o trabalho de tantos estúdios, e ter a certeza de que o produto final saia completo e coeso?

O primeiro desafio foi reproduzir as ilustrações vistas no original. A equipe realmente prestou muita atenção a tudo, desde reproduzir os traços delicados e únicos dos desenhos a pôr os mesmos em movimento. Os personagens já existiam como ilustrações sobre uma superfície plana, por isso, se as pessoas podem se sentir como se os personagens tivessem ganhado vida a partir dessas ilustrações, podemos pensar que todo nosso trabalho duro valeu a pena.

Ao usar tantos estúdios de animação no meio, o processo de produção deve ficar mais rápido e eficiente, porém você acha que se precisa gastar mais tempo e atenção para manter o controle de qualidade? Como você equilibra isso?

Antes de tudo, a eficiência não aumenta apenas porque muitos estúdios estão envolvidos. Quanto mais variáveis existem, mais discrepâncias na qualidade aparecem. Não é realmente equilibrar isso, mas prestar muita atenção à qualidade no início de um projeto; é fundamental fazê-lo, a fim de imergir os espectadores no mundo da história.


Você já tinha experiência em fazer séries baseadas em romances, como ”Bakemonogatari”, mas a maior parte de sua experiência anterior a “Denpa Onna to Seishun Otoko” havia sido na direção de adaptações de mangás. No que você diria que sua abordagem na direção se diferenciou quando lidou com esses romances, em oposição a lidar com um mangá?

Em vez de abordagem, diria que as diferenças residem quanto à liberdade que eu tenho. Em um mangá, os artistas têm seus personagens agindo e fazendo as coisas de uma forma específica, portanto passamos muito tempo reproduzindo as ações já existentes. Por exemplo, é muito fácil para os leitores de um mangá apontar as diferenças de cenas entre esse e sua adaptação para anime, certo? (sim!!) Por outro lado, os romances dão aos leitores a oportunidade de expandir a imagem do que estão lendo, então naturalmente eles têm muito mais liberdade para pensar o que quiserem. Só para sua informação, no caso de “Bakemonogatari” enfocamos a "visualização das palavras", de modo que foi uma situação bastante diferente.


Ao condensar uma longa light novel para um anime de uma temporada, quais foram algumas das dificuldades? Você achou o tamanho (foram 12 episódios) apertado?

Uma vez que existem outros que trabalham na composição de uma série, significando que eu não fazia isso sozinho, não foi tão difícil. Em relação a ele ter uma temporada, em muitos casos, a série chega ao fim justamente quando todo mundo começa a obter um bom entendimento do anime, por isso não é incomum para nós pensar: "Queremos continuar com isso!".


De que maneira você toma uma decisão complicada, como qual cena cortar e qual inserir? Houve cenas que você desejou adaptar, mas ficaram de fora por falta de tempo?

Como eu disse na resposta anterior, tenho muitos funcionários para me ajudar. Há muitas cenas cortadas da versão televisiva, então, por favor, volte a assistir o box com o romance original em mãos! (ele está se referindo às cenas extras inseridas na mídia).


Muitas vezes adaptações de light novel sofrem um exame minucioso por parte dos fãs da obra original, a fim de se saber o quão ela é fiel ao material de origem. Quando você recebe um projeto como este, você está preocupado com o que os fãs dos livros poderão pensar? Ou você está mais focado em novos fãs que não leram o livro? Como encontra essa harmonia?

Sim, estou muito preocupado, porque eu quero fazer disso um sucesso. Quando há uma fonte original, fico muito ansioso ao ver o anime sair à venda. Acho que quando algo é adaptado de sua fonte original e em um anime, é essencial atrair os fãs dela. Só no momento em que recebermos suas bênçãos poderei considerar um sucesso. Eu realmente me esforço para obter deles o pensamento "Isso é exatamente como o original", ou "Isso é até melhor que o original!". Depois que isso é atingido, considero um super sucesso quando pessoas que não conhecem o original começam a assistir o anime.


Em última análise, o quanto Hitoma Iruma (autor da light novel) contribuiu na adaptação e roteiro final?

Houve uma quantidade mínima de contribuição. Disseram-nos para trazer à tona as partes atraentes de um anime, por isso, praticamente tivemos a decisão final na conclusão do roteiro.


Como diretor-chefe, você teve de tomar qualquer decisão difícil ou impopular durante a produção de “Denpa Onna to Seishun Otoko”?

Nós raramente tivemos divergências sobre as decisões a serem tomadas, então tudo correu muito bem.


A este ponto de sua carreira, você trabalhou em vários gêneros. Tem um gênero preferido para trabalhar?

Eu não tenho um favorito, mas estou interessado em trabalhar em gêneros que ainda não experimentei. Para a maior parte, eu não possuo nenhum gosto ou desgosto quando se trata do que trabalho. É o meu trabalho!


Ao longo da série, Makoto Niwa mantém um sistema de “Pontos da Adolescência” para julgar como um todo sua experiência escolar. Se você tivesse mantido um registro semelhante na escola, como acha que sua pontuação teria sido?

Isso é realmente difícil para eu calcular. Minha adolescência terminou um loooongo tempo atrás * risos * (ele tem 51 anos). Acho que eu me lembro de querer ser o Nobita de Doraemon. Ele sempre teve o luxo de ter o todo poderoso Doraemon com ele, depois de tudo...





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Meu perfil no MyAnimeList, com indicações semanais de matérias diversas sobre o mundo otaku feitas por este e outros sites;



ANIME ARTE 3

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Dessa vez mais de cem imagens, tanto oficiais quanto feitas por fãs, de alguns animes da temporada atual.


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No final do post há um link para download de todas as imagens.



Amnesia




Cuticle Detective Inaba




GJ-bu




Kotoura-san




Love Live! School Idol Project



Maoyuu Maou Yuusha


Mondaiji-tachi ga isekai kara kuru sou desu yo?



Ore no Kanojo to Osananajimi ga Shuraba Sugiru




Sasami-san@Ganbaranai




Senran Kagura



Tamako Market




Vividred Operation



Outros
(passe o mouse por cima para ver a origem da imagem)


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Link para download:Mediafire.

Conhecendo o mercado de mangás nacional (Fevereiro 2013)

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Esse formulário foi criado como um documento do Google para ter seu resultado compartilhado com todos que tiverem sites, blogs, podcasts ou vlogs relacionados a mangá e que participam desta iniciativa. Como não temos números reais da vendagem de mangás no país é pretendido através deste formulário fornecer mensalmente um número focado nas pessoas que acessam estes portais para que assim, todos nós que temos como um das propostas “divulgar os quadrinhos japoneses”, tenhamos uma base próxima do real de vendagens, afim de que possamos utilizar dados concretos em nossas postagens e com isso termos mais credibilidade ao criticar e indicar melhorias ao mercado. Pretende-se divulgar o resultado dos formulários também publicamente ao final de cada trimestre.
Para você que está acessando esta página e tem um blog, site, podcast ou vlog e quer fazer parte desta iniciativa, basta enviar uma solicitação para o e-mail conhecendoomercadodemangas@gmail.com. Vale ressaltar que este formulário foi posto no ar pela primeira vez no dia 1 de dezembro de 2012. Abaixo os sites, blogs, podcast e vlogs que participam deste projeto até o momento:

Anime Portfolio - http://animeportifolio.wordpress.com
AnimeCote - http://www.animecote.com/
Only good animes - http://onlygoodanimes.wordpress.com/
Mangatom - http://mangatom.wordpress.com/

Por fim, peço encarecidamente que participem e chamem seus amigos para participar, pois esse projeto serve com uma base de informação que não existe hoje em dia disponível em nenhum lugar e ela pode servir tanto para os produtores de conteúdo quanto para os fãs conhecerem mais o mercado nacional.
Obrigado a todos que apoiaram e apoiam o projeto!

AnimecoteCast # 21 - Animes da Temporada de Inverno 2013 - Pt1

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Essa é a primeira parte do AnimecoteCast sobre as primeiras impressões dos animes da temporada de Inverno de 2013. Nessa edição falaremos com muito bom humor sobre 13 animes. Na segunda parte do podcast outros 16 animes vão ser abordados. Nessa edição temos a estréia de um antigo integrante da equipe do animecote, o Erick Dias. Também contamos coma ilustre presença do Incubator Leandro Nisishima. O Padrinho Volta a marcar presença, ou seja, teremos ameaças e embates envolvendo o citado convidado. Enfim, espero que se divirtam escutando e não deixem de comentar.
Dá o play Otaku!




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Duração: 1:39:19

Participanetes: Bebop, Carlírio Neto, Erick Dias, Evilásio e Nisishima.


Links:


Sistema de avaliação: 
Maçã vermelha= 1 ponto
Maçã comida = 0,5
Maçã podre = Recebeu pelo menos uma nota menor que 1.
Maçã do amor = Nota máxima por unanimidade.

A nota em maças é a média geral. Para saber a nota individual dos participantes, aperte o play e ouça o podcast!

Chihayafuru 2
 
 Senran Kagura
Tamako Market

 GJ-bu
 Bakumatsu Gijinden Roman

  Boku no imouto wa "Osaka Okan"
  
Da Capo 3

Vividred Operation

Yama no susume

Ishida to Asakura

Senyuu.

 Love live!

 
 Cuticle Tantei Inaba

Mitsudomoe

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Ano: 2010
Diretor:Masahiko Ohta ("Kotoura-san", "Minami-ke", "Yuruyuri")
Estúdio: Bridge
Episódios: 13
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 12 volumes, em andamento.



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O moe politicamente incorreto, mas absurdamente hilário



A ansiedade e o ânimo do novato Satoshi Yabe eram enormes; estava prestes a iniciar sua carreira profissional, ao tornar-se o novo professor de uma turma do sexto ano do ensino fundamental. Tinha confiança, se sentia preparado, era um jovem – virgem... - feliz e com futuro pela frente. Porém, mesmo estando avisado das alunas que encontraria na sala, jamais imaginaria que sua primeira aula fosse terminar com duas pessoas desmaiadas no chão sangrando, sendo ele próprio uma delas...

Independente de ser algo voltado exclusivamente à comédia ou de ter no seu interior um ingênuo romance, a ambientação de todas as produções de Masahiko Ohta seguem um mesmo padrão; relações amenas e engraçadinhas entre os personagens, com um às vezes leve, às vezes nem tanto, toque de malícia. O estilo de "Kotoura-san", uma das surpresas positivas dessa temporada, não chega a ser uma exceção em sua carreira; seu primeiro trabalho como diretor, "Yoake Mae Yori Ruriiro na: Crescent Love", de 2006, também era uma comédia romântica com uma pitada dramática no meio e uma história mais fantasiosa. Contudo, Masahiko ficou popular nos últimos anos através dos "slice-of-life" de garotinhas que comandou, no caso a primeira temporada de "Minami-ke" (o dia a dia de três irmãs), as duas de "Yuruyuri" (o dia a dia de quatro meninas em um clube), e as duas de "Mitsudomoe" (repetição do tema de "Minami-ke"). Este último, em tese, é mais um anime que narra a rotina de garotas estudantes: mas, oras, como é prazeroso descobrir que ele vai muito além disso. 


Mitsuba, uma criança demasiada precoce para sua idade, que se acha superior a todos e adora fazer os outros sofrer. Futaba, uma menina bobinha, bondosa, absurdamente forte e que ama, idolatra, seios. E Hitoha, uma garota organizada, quieta, misteriosa e de poucos amigos. Essas são as irmãs Marui, alunas da sala do pobre Satoshi. Apesar de trigêmeas, são totalmente diferentes entre si - detalhe que o anime realça no início e que nós mesmos não demoramos a perceber.

O que também não leva muito tempo para ser percebida é a agilidade da animação, que a diferencia de outras séries do gênero. “Mitsudomoe” não estreia naquele ritmo moroso e enfadonho; ao invés de sermos apresentados primeiramente a uma garotinha insossa e lerda conversando futilidades com suas amigas, o que presenciamos de cara é uma luta violenta entre Futaba e todos os garotos de sua classe, com ela ganhando com extrema facilidade. No lugar de um ar inocente irritante e exagerado em que a citação de um beijo causaria vergonha e rostos vermelhos, se vê já no primeiro episódio vários palavrões e muitas piadas de cunho sexual, onde a palavra “mamilo” cria um mal entendido imenso e hilário.

E mal entendidos são a base do humor da série. O pai das garotas sendo constantemente abordado pela polícia e preso por conta de sua aparência suspeita, que o faz parecer um aliciador ou ladrão. A amável Hitoha tentando conversar sobre seu “super sentai” favorito, mas sempre provocando interpretações errôneas e levando o diálogo a rumos inesperados, graças à sua incompetência em se comunicar. Confusões com calcinhas, com sutiãs, frases de duplo sentido, frases mal explicadas, cenas ambíguas. Situações diversas que usam de forma eficiente um método manjado para criar uma comédia criativa e inspiradora que faz rir bastante, ainda que seja com piadas às vezes polêmicas e questionáveis.

Digo isso, pois, caso fossem estudantes do ensino médio, esse cenário sensual e sujo seria mais aceitável. Mas, como são pré-adolescentes do sexto ano, quase crianças, há de produzir certo desconforto piadas maliciosas em que os personagens mostram um conhecimento bem maior do que deveriam para temas adultos. Ademais, têm as cenas sugestivas e diálogos que encostam perigosamente na pedofilia; nunca passam de meros mal entendidos, porém continua a ser um humor duvidoso que pode, de vez em quando, fazer-nos sentir culpados por estar achando graça nele, caso estejamos - momentos como os de Satoshi sofrendo injustas acusações de pedofilia ou de ensinar imoralidades aos seus alunos são realmente bem conduzidos, mas com frequência incômodos. Outro ponto censurável é seu fanservice, raramente explícito, mas presente em um bom número de sequências que tiram proveito dos traços macios dos personagens, sem falar nos próprios mal entendidos que arrancam os significados mais sujos das frases ditas com a maior inocência. E deve-se considerar que o anime de “Mitsudomoe” é bem mais leve que o mangá, que possui o ecchi como uma característica marcante.


Entretanto, ao invés de se tornar um intragável "Kodomo no Jikan", anime onde a fraquíssima comédia e os momentos pseudos-sérios e forçados são engolidos por um cenário e seu fanservice ainda mais questionáveis (pois nele as garotas são da terceira série!...), "Mitsudomoe", por sorte, tem contigo nomes que o levam a um caminho diferente e mais bem sucedido, pelo menos na qualidade. A obra original de "Kodomo no Jikan" por si só já era fraca, e o anime, em mãos inexperientes, não foi muito além disso; já "Mitsudomoe" teve não somente Masahiko Ohta na direção como ainda o bom Takashi Aoshima (roteirista de "Yoake", "Karin" e "Kotoura-san") na composição dos episódios - ou seja, entre outras tarefas, a análise e junção dos roteiros feitos por ele e outros escritores antes de passa-los ao diretor. Responsável também nessa área em "Yuruyuri" e "Minami-ke", Aoshima auxilia Masahiko a ampliar e aprimorar o limitado material do mangá, garantindo dinamismo e naturalidade na evolução das pequenas narrações da série – quase todos os episódios são divididos em quatro curtas –, narrações estas onde um acontecimento inicialmente normal toma proporções gigantes de imprevisibilidade. Além disso, como consequência desse aprimoramento, há uma predileção ao desenvolvimento da comédia do que ao ecchi, tornando-a mais importante em um todo - as cenas são boas porque fazem rir, não porque exibem um fanservice com estudantes de onze anos. Apesar disso, o anime permanecerá, igual ao mangá, atraindo lolicons que queiram unicamente ver menininhas em situações maldosas? Lógico, é inevitável e gosto é gosto. Mas se a obra original apelava e apela para isso em um nível alto em sacrifício de todo o resto, a série de TV, por outro lado, mostra-se capaz de não ser tão dependente dessa ferramenta, e assim abre espaço para um público menos hardcore - no mínimo um público que faça, em prol de alguns risos, vista grossa às vulgaridades presenciadas. Mesmo com tudo isso, essa troca de valores não pareceu surtir efeito, visto as baixíssimas vendas de mídia que a série teve. Se fossem garotas intocáveis e puras...

E, às vezes, felizmente fatos isolados, nem o humor deturpado será o o problema, e sim o quão idiota e ridículo ele consegue ser em alguns instantes, como o episódio dois, por exemplo, que traz piadas baseadas em catarro e urina após o ótimo e agitado primeiro episódio. Nessas horas, não se tem Masahiko ou Aoshima algum que salve a situação, já que o melhor a ter sido feito era sequer ter adaptado tais capítulos, igual ao que fizeram a outros com temas discutíveis (alguns deles seriam os de Mitsuba expressando um amor doentio pelo professor; se fossem animados aí sim teríamos o esboço de um novo "Kodomo no Jikan"). Em suma, não será para todos os gostos, claro; mas isso está longe de significar que seja ruim.




Falei até que muito dele; Satoshi Yabe tem realmente papel grande na trama, mas só durante metade da série. Aos poucos as irmãs vão tomando seu espaço e se tornando, como deveriam, as únicas protagonistas. Outro ponto positivo de “Mitsudomoe” em relação a vários "slice-of-life" de estudantes é que há uma harmonia quanto à construção de suas personagens; geralmente somente uma ou duas carregam o anime nas costas, enquanto as outras, de tão apagadas, parecem estar ali apenas para fazer número. Já aqui é fato que Hitoha (quase uma Norio Sakurai animada, autora do original; sim, uma mulher criou toda essa fofa perversão!) tem maior destaque, sendo a que mais aparece como principal nas pequenas histórias; contudo, Futaba e sua cabeça de vento e Mitsuba e sua mania de grandeza também são atraentes, e todas fazem rir por conta de suas personalidades peculiares. A coitada da Hitoha tentando se socializar gera ótimos momentos, tanto faz se terminando com ela fazendo uma careta mais assustadora que a da garota de “O Chamado” ou ficando toda perdida por não saber como é que sua tentativa de comunicação falhou mais uma vez. Vale citar sua seiyuu, Haruka Tomatsu (“Ano Hana”, “Hanasaku Iroha”, "Binbougami ga!"), que deu à personagem uma voz que é simultaneamente forte e frágil. Mitsuba não causa uma boa primeira impressão com sua obsessão de mandar em todos e se achar superior, porém, com o tempo vemos que é uma menina que mais faz escolhas certas do que erradas, e que precisa começar urgentemente um regime se não quiser ficar igual ao pai. Já Futaba é uma aberração sem um pingo de profundidade: não registrei isso, mas certamente não deve ter um episódio em que ela não fale em seios ou não quebre algo – ou alguém – com sua força. É burra, é lenta, mas, oh, como é adorável com sua permanente alegria e seu jeito de terminar as frases em “ssu”. 

Se no início “Mitsudomoe” dá ênfase exclusivamente à comédia, futuramente reserva espaço para pequenas tramas que focam no desenvolvimento das relações das garotas, em especial as familiares. E o que poderia ser um declínio na qualidade da série na verdade se transforma em situações que criam um carinho maior pelas irmãs Marui - e que conseguem usar levemente a comédia no meio para não deixa-las maçantes. Ainda nesse quesito, há de se mencionar os coadjuvantes, que são bem compostos e razoavelmente interessantes, baseando-se muito em estereótipos comuns a esse meio como a riquinha mimada, o tarado da sala ou o bonitinho popular com as garotas. Lidera aqui o pai das trigêmeas, homem de ótima índole, mas que deve conhecer todos os policiais e delegacias da cidade só por causa de sua aparência...


O anime em si, aliás, tem um visual mais contraditório do que o desse bom sujeito; é possível achar na internet textos de pessoas falando que os traços são tanto “a coisa mais açucarada e infantil do mundo” quanto “terrivelmente grotescos e de mau gosto”. Hipérboles à parte, “Mitsudomoe” exibe um "character design" altamente moe que em nada denuncia seu conteúdo real – um contraste tentador para a criação de obras pornográficas feitas por “fãs”. Excluindo o desenho do pai das irmãs, que exibe traços fora de linha e grossos como se tivesse saído de um anime da década de 70 – e que aumentam seu ar suspeito –, a maioria dos personagens ostenta bochechinhas, cotovelos e ombros rosados, cabeças redondinhas, corpos aveludados e boquinhas que parecem ter só um dente; é um visual fofo e bonitinho, apesar de poder parecer estranho num primeiro encontro. Diria que são tão fofos que dá vontade de apertar, que nem Futaba com os sei... Digo, são melhores, ao menos, que os traços da obra original, estes pobres e toscos. E é difícil não cair em amores por Futaba ao vê-la com olhinhos sem fundos que lhe dão uma aura mais idiota e ingênua ou por Hitoha quando bufa de satisfação. Afora isso, o estúdio Bridge fez um trabalho primoroso quanto à movimentação e fluidez na animação – sequências como a luta do primeiro episódio possuem uma qualidade técnica deveras acima do que comumente se vê em animações do tipo. Tendo apenas as duas temporadas de "Mitsudomoe" como produções próprias, só agora o estúdio estará à frente de uma nova série de TV, nesse caso "Devil Survivor 2 The Animation", previsto para estrear em março desse ano.

Por fim, outro nome velho conhecido de Masahiko e Aoshima que vale a pena citar é o de Yasuhiro Misawa, autor das trilhas sonoras desde os já citados "Minami-ke", "Yuruyuri" e "Kotoura-san" a outras séries como "Kokoro Connect". As falsas partes de suspense e drama causadas por mal entendidos, as que mostram verdadeiros acontecimentos “bolas de neve” incontroláveis, os raros instantes de calmaria... Suas execuções pontuais e bem ritmadas dão um sentido e humor maiores a estes momentos, que se aproveitam o quanto podem de uma ferramenta inexistente no mangá. Em relação às músicas de abertura e encerramento, se a primeira não é memorável e original, no mínimo é agradável enquanto se assiste o anime; quanto à segunda, tem-se uma bobinha, mas relaxante música cantada por Saori Atsumi, autora de músicas tema em “Genshiken” e “Midori no Hibi”.


É incorreto, vulgar e de quando em quando inconveniente; mas e daí? O humor de alto nível paga as transgressões que o anime comete em seus treze episódios. Garotinhas puras e conversas fúteis não são ruins; mas o excesso cansa e vicia. E “Mitsudomoe” pode não ser a melhor animação desse gênero, todavia é uma das que mais causa risos - apesar de conseguir isso através de métodos que nem todos aprovarão.


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(clique para uma melhor visualização)






























Meu perfil no MyAnimeList, com indicações semanais de matérias diversas sobre o mundo otaku feitas por este e outros sites;



AnimecoteCast #22 - Animes da Temporada de Inverno 2013 - Pt2

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Essa é a segunda parte do AnimecoteCast sobre as primeiras impressões dos animes da temporada de Inverno de 2013.  Os 16 animes que faltaram na parte 1 estão todos presentes nessa continuação.Nessa edição temos a estréia de um antigo integrante da equipe do animecote, o Erick Dias. Também contamos coma ilustre presença do Incubator Leandro Nisishima. O Padrinho Volta a marcar presença, porém ele teve que sair antes do término da gravação, mas não o fez sem antes deixar registrar uma frase marcante.
As notas mais altas ficaram por conta das continuações, e são em sua maioria individuais.
Enfim, espero que se divirtam escutando e não deixem de comentar.



Nota roubada do Nisishima:
Só para deixar registrado, a nota de AKB0048 é basicamente a do Nisihima, então quem leu o post de introdução do blog Raiburari provavelmente não ficará surpreso, mas quem não viu com certeza vai achar estranho, já que é um anime que normalmente não ganharia uma nota alta. Fica o registro.




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Duração: 1:42:10

Participanetes: Bebop, Carlírio Neto, Erick Dias, Evilásio e Nisishima.

Links:


Sistema de avaliação: 
Maçã vermelha= 1 ponto
Maçã comida = 0,5
Maçã podre = Recebeu pelo menos uma nota menor que 1.
Maçã do amor = Nota máxima por unanimidade.

A nota em maças é a média geral. Para saber a nota individual dos participantes, aperte o play e ouça o podcast!
 Ai Mai Mi
 
 Amnesia

 
 Hakkenden
 
Kotoura san

 
 Inferno Cop

Mangirl
 
Sasami-san@Ganbaranai
 
Minamike Tadaima

Hetalia Beautiful World
  
 Haganai 2

Akb0048 next generation

Nekomonogatari Kuro

Ore no Kanojo to Osananajimi ga Shuraba Sugiru

 Mondaiji tachi ga Isekai kara Kuru sodesuyo?
 
 
 
 Zettai Karen Children: The Unlimited - Hyoubu Kyousuke

 Maoyuu Maou Yuusha
 

Detroit Metal City (DMC)

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Título: Detroit Metal City (DMC)
Ano: 2009
Diretor: Hiroshi Nagahama
Estúdio: Studio 4oC
Episódios: 12
Gênero: Comédia / Musical

Detroit Metal City (DMC) é um anime baseado no manga homônimo de Kiminori Wakasugi. Ele conta a história de uma banda de death metal independente como muitas por aí. No entanto, eles possuem um incrível diferencial em relação a outras bandas. E o que seria esse incrível diferencial? Johannes Krauser II.

O vocalista e guitarrista Krauser II proporciona shows pra lá de empolgantes com suas performances ”demoníacas“. Quando o rei demônio pisa no palco, a platéia vai à loucura, e as selvagerias que ele proporciona, tanto nas letras quanto nas atitudes, levam a multidão ao êxtase. De quebra, ele ainda deixa a produtora ”molhadinha“ e gritando "fuck" sem parar.


 
Além do rei Krauser II, a banda possui mais três integrantes: o baixista Wada Masayuki (Jagi), o baterista Terumichi Nishida (Camus) e o porco capitalista Keisuke Nashimoto. Esse ultimo é um senhor que trabalha como vendedor em uma loja durante o dia. Mas quando chega a noite, o amável senhor coloca para fora o seu hobby de emo... ops... quer dizer, sadomasoquista, e isso acontece durante os shows do DMC, quando ele se transforma no porco capitalista.

Já Soichi Negishi é um jovem romântico, super tímido e apaixonado pela meiga Yuri Aikawa. Seu grande sonho é fazer sucesso com suas músicas românticas, tocando em uma banda de pop sueco. Um rapaz muito humilde, nasceu na fazenda com sua mãe e seu irmão mais novo. Soichi sempre foi um bom filho, educado e obediente, chegou até a ajudar a família nos trabalhos de campo, como cuidar da vaca da fazenda.


Totalmente o inverso de Krauser II, Soichi nunca poderia imaginar, nem mesmo em seu pior pesadelo, que um dia se tornaria o aclamado rei demônio Johannes Krauser II, líder de uma banda de death metal. De letras falando de framboesa e amor, passou para coisas como estupros e assassinatos.

Da pequena Krauser-tan até o rei Krauser II, DMC é um aglomerado de bons personagens, como a presidente da gravadora tendo seus múltiplos orgasmos enquanto escuta as blasfemas letras de DMC, o idoso vizinho do Soichi e os fãs fanáticos pedindo para serem mortos por Krauser II, só para citar alguns.

DMC é um "freak show" da melhor qualidade, um anime empolgante e hilário. As bizarrices da banda mais demoníaca de todos os tempos são muito divertidas. A grande idéia central do anime foi ter criado um protagonista que possui dupla personalidade, é simplesmente brilhante o contraste de dois estilos tão diferentes, não apenas o estilo musical, mas também o estilo de vida.

Nesse anime você encontrará cenas surreais que acontecem o tempo inteiro, situações totalmente absurdas de tão engraçadas que são, personagens com atitude e músicas devastadoras quebrando qualquer barreira de preconceito existente. E o melhor de tudo... Nada de censura!



A parte técnica também mandou muito bem, o Studio 4°C sabe o que faz, e faz bem feito. O enquadramento das cenas segue o mesmo estilo usado no mangá, isso acaba dando mais dinâmica ao anime, deixando as cenas mais movimentadas. A trilha sonora é perfeita, cada música da banda é uma porrada nos tímpanos, ótimo para assustar criancinhas.

Krauser II, com seus ”dez estupros por segundo“, consegue animar até mesmo um morto, Você conseguira sentir toda a energia contida nesse anime logo na abertura. Pena que alguns episódios perdem um pouco o ritmo, mas nada que atrapalhe as façanhas dos metaleiros. DMC é diversão garantida, só tome cuidado para não vacilar, pois Krauser pode matá-lo, depois estuprá-lo, e depois matá-lo novamente. FUCK!
 
PS: Depois desse anime, a Torre de Tóquio nunca mais será vista com os mesmos olhos. 


(Resenha publicada originalmente no site Animehaus em 28 de Agosto de 2009) 

Bebop

Especial: Vencedores do 7º Seiyuu Awards

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O que um gordinho nerd, um policial efeminado homossexual e um jovem aventureiro árabe tem em comum?  Aqui, a resposta certa é a voz, eleita como a melhor de 2012 na área de dublagem.

No dia 28 ocorreu a cerimônia da sétima edição do "Seiyuu Awards", evento que elege desde 2007 as melhores atuações do ramo, em especial as que se referem a animes. Entre premiações a novatos, homenagens e decisões através de votação popular, o não muito conhecido no ocidente Kaiji Yuuki foi o vencedor do prêmio principal masculino, enquanto Asumi Kana foi eleita a melhor voz feminina.

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Confira abaixo os ganhadores das quinze categorias e o resumo de alguns sobre seus papéis recentes e futuros. No nome de todos foi posto um link que o levará à respectiva página de cada um no MyAnimeList, onde se encontram listados os seus trabalhos.




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Melhor Ator: Kaji Yuki
(prêmio para melhor atuação em um papel principal)



Principais papéis em 2012 (como protagonista):

Amata Sora em "Aquarion Evol"
Genzaburou Touhou em "Sakura Taisen: Kanadegumi"
Haruyuki Arita em "Accel World"
Issei Hyoudou em "Highschool DxD
Oscar em "Lupin the Third: Mine Fujiko to Iu Onna"
Sadaie Fujiwara no "Chouyaku Hyakuninisshu: Uta Koi."
Shima Kawauchi em "Kono Danshi, Ningyo Hiroimashita."
Yuuya Haibara em "Danball Senki W"


Na ordem: Alibaba, Haruyuki, Oscar, Amata e Issei


Como coadjuvante: 9 séries de TV e 4 filmes.

Atualmente ele é: 
Alibaba Saluja, em "Magi: The Labyrinth of Magic"
Satoru Asahina em "Shin Sekai Yori"
Tatsurou Kosugi em "Bakuman 3"
Shitei Kizou em "Maoyuu Maou Yuusha"

Futuramente ele será:
Kouichi Tanemura em "Hanasaku Iroha: Home Sweet Home"
Youto Yokodera em "Hentai Ouji to Warawanai Neko."
Eren Yaeger em "Shingeki no Kyojin"


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Melhor Atriz: Asumi Kana


Principais papéis em 2012 (como protagonista):

Arnval Mk.2 em "Busou Shinki"
Carol em "Guilty Crown: Lost Christmas"
Mio Kitahara em "Ano Natsu de Matteru"
Hyaruko em "Haiyore! Nyaruko-san"
Kaoru Hanawa em "Tamayura: Hitotose (OVA)"
Kyouko Todayama em "Ebiten"
Yuno em "Hidamari Sketch x Honeycomb"
Yuu Koutari e Strenght em "Black★Rock Shooter"

Na ordem: Yuno, Hyaruko, Mio, Carol e Arnval


Como coadjuvante: 6 séries de TV, 1 OVA e 1 Especial.

Atualmente ela é:
Aira Harune em "Pretty Rhythm: Dear My Future"
Hinata em "Yama no Susume"
Namika Ishihara em "Boku no Imouto wa "Osaka Okan""
Sasami Tsukuyomi "Sasami-san@Ganbaranai"

Futuramente ela será:
Airi Ban em "Devil Survivor 2 The Animation"
Blanc em "Choujigen Game Neptune The Animation"
Hyaruko em "Haiyore! Nyaruko-san W"
Melty em "Suisei no Gargantia"



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Voto popular: Hiroshi Kamiya
(votação através da internet para fãs do ocidente)


Principais papéis em 2012 (como protagonista):

Araragi Kiyomi em "Nisemonogatari" e "Nekomonogatari: Kuro"
Rick Elwood e Alvin em "Shining Hearts: Shiawase no Pan"
Takashi Natsume em "Natsume Yuunjichou Shi"


Na ordem: Araragi, Natsume e Rick

Como coadjuvante: 4 séries de TV e 3 filmes.

Atualmente ele é:
Erekpyle Dukakis em "Ixion Saga DT"
Penguim em "Shirokuma Cafe"
Riou Satomi "Hakkenden: Touhou Hakken Ibun"
Seinen Shounin em "Maoyuu Maou Yuusha"
Trafalgar Law e Eddy em "One Piece"

Futuramente ele será:
Beelzebub em "Yondemasu yo, Azazel-san. 2nd Season"
Gareki em "Karneval"
Hibiki Kuze em "Devil Survivor 2 The Animation"


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Melhores Atores Coadjuvantes:
(prêmio para melhor atuação em um papel secundário)



Papéis em 2012 (os principais, tanto protagonistas como coadjuvantes):

Kaname Tsukahara em "Kimi to Boku. 2"
Reiji Fujiwara em "High Score"
Ryuuji Tomioka em "Tonari no Kaibutsu-kun"
Taiga Kagami em "Kuroko no Basuke"
Toshiyuki Karasawa em "Danshi Koukousei no Nichijou"
Zenkichi Hitoyoshi em "Medaka Box" e "Medaka Box Abnormal"

Taiga e Kaname

Atualmente ele é: 
Kiyotaka Yoshino em "Da Capo III"
Shigeshige Tokugawa em "Gintama': Enchousen"

Futuramente ele será:
Kannagi em "Arata Kangatari"
Kuigel em "Suisei no Gargantia"
Kyuma Inuzuka em "Kakumeiki Valvrave"
Shirou Ashiya em "Hataraku Maou-sama!"





Papéis em 2012 (os principais, tanto protagonistas como coadjuvantes):

Daiki Aomine em "Kuroko no Basuke"
Junichi Katsuragi em "Sakamichi no Apollon"
Keigo Atobe em "New Prince of Tennis"
Kutou em "Blood-C: The Last Dark"
Maguro Kurokami em "Medaka Box Abnormal"
Narihira Ariwara no em "Chouyaku Hyakuninisshu: Uta Koi."
Seiji Matoba em "Natsume Yuujinchou Shi"
Shinta Fukuda em "Bakuman 3"
Sirzechs Lucifer em "Highschool DxD"

Na ordem: Fukuda, Inaba e Junichi

Atualmente ele é: 
Andy Hinomiya erm "Zettai Karen Children: The Unlimited - Hyoubu Kyousuke"
Eden em "Saint Seiya Omega"
Freed Justine em "Fairy Tail"
Hiroshi Inaba em "Cuticle Detective Inaba"
Jamil em "Magi: The Labyrinth of Magic"
Natsumura Kusaribi em "Zetsuen no Tempest"

Futuramente ele será:
Kaname Asahina em "Brothers Conflict"
Ren Jiguuji em "Uta no☆Prince-sama♪ Maji Love 2000%"
Tarou Jiroumaro em "Hanasaku Iroha: Home Sweet Home"
Yamato Houtsuin em "Devil Survivor 2 The Animation"



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Melhores Atrizes Coadjuvantes:


Papéis em 2012 (os principais, tanto protagonistas como coadjuvantes):

Ayaka Mine em "Area no Kishi"
Haruka Hasegawa em "Moyashimon Returns"
Irisviel von Einzbern em "Fate/Zero 2nd Season"
Mahiru Sakai em "Tari Tari"
Maya Oshiro em "Ai Mai! Moe Can Change!"
Milly Ashford em "Code Geass: Nunally in Wonderland"
Rokka Shimao em "Natsuyuki Rendezvous"
Sofia Valmer em "Jormungand"
Stella Bremer em "Muv-Luv Alternative: Total Eclipse"

Na ordem: Irisviel, Sofia e Rokka

Atualmente ela é: 
Erza Scarlet em "Fairy Tail"
Momiji Kanou em "Zettai Karen Children: The Unlimited - Hyoubu Kyousuke"
Paimon em "Magi: The Labyrinth of Magic"





Papéis em 2012 (os principais, tanto protagonistas como coadjuvantes):

Asuna Yuuki em "Sword Art Online"
Ichika Takatsuki em "Ano Natsu de Matteru!
Lala Satalin Deviluke em "To-LOVE-ru Darkness"
Nana Nishino em "Kokoro Connect"
Ranmaru Rindou em "Binbougami ga!
Shizuku Mizutani em "Tonari no Kaibutsu-kun"
Tarnyang em "Queen's Blade: Rebellion"
Yuka Hanaki em "Natsuiro Kiseki"
Na ordem: Asuna, Shizuku e Ichika

Atualmente ela é: 
Maid Ane em "Maoyuu Maou Yuusha"
Morgiana em "Magi: The Labyrinth of Magic"
Shiho Sannomiya em "Zettai Karen Children: The Unlimited - Hyoubu Kyousuke"

Futuramente ela será:
Hitei em "Katanagatari"
Mataemon Araki em "Hykka Hyouran: Samurai Bride"
Saki Rukino em "Kakumeiki Valvrave"
Yuina Wakura em "Hanasaku Iroha: Home Sweet Home"


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Melhores Atores Novatos:
(prêmio para atuações notáveis de atores que estrearam nos últimos cinco anos)



Papéis em 2012 (todos):

Kaito Kirishima em "Ano Natsu de Matteru"
Kenji Nakanishi em "Sukitte Ii na yo."
Ryou Sakurai em "Kuroko no Basuke"
Taichi Tanaka em "Tari Tari"


Kaito e Taichi

Futuramente ele será:
Ichirou Satou em "Aura: Maryuuinkouga Saigo no Tatakai"
Kazuya Maeda em "Photo Kano"
Shidou Itsuka em "Date A Live"





Papéis em 2012 (todos):

Kio Asuno em "Mobile Suit Gundam AGE"
Yuuya Mochizuki em "Another"

Asuno e Yuuya



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Melhores Atrizes Novatas:



Papéis em 2012 (todos):

Cui Yifei em "Muv-Luv Alternative: Total Eclipse"
Himeko Ichioka em "AKB0048"
Kanna Tanigawa em "Ano Natsu de Matteru"
Konoe Tsuruma em "Kono Naka ni Hitori, Imouto ga Iru!"
Madoka Kyouno em "Rinne no Lagrange"
Metis em "Campione!"
Mina Okura em "Dakara Boku wa, H ga Dekinai."
Muruyama em "Highschool DxD"
Ryuuka Shimizudani em "Saki: Achiga-hen - Episode of Side-A"
Yukina Kurihara em "Kokoro Connect"

Na ordem: Kanna, Konoe e Madoka

Atualmente ela é: 
Aladdin em "Magi: The Labyrinth of Magic"

Futuramente ela será:
Azusa Azuki em "Hentai Ouji to Warawanai Neko."




Papéis em 2012 (todos):

Chinatsu Yoshikawa em "Yuru Yuri♪♪"
Hongou em "Arata naru Sekai: Mirai-hen"
Nobunaga Oda em "Sengoku Collection"
Masamune Date em "Oda Nobuna no Yabou"
Tsumiki Miniwa em "Acchi Kocchi"


Na ordem: Chinatsu, Tsumiki e Nobunaga
Atualmente ela é: 
Mia Ageha em "Pretty Rhythm: Dear My Future"
Pisti em "Magi: The Labyrinth of Magic"



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Melhores Cantoras: 
(prêmio para melhor música cantada por um dublador)


                           Asumi Kana                       Matsuki Miyu                    Otsubo Yuka

OP de "Haiyore! Nyaruko-san"(clique aqui para vê-la no Youtube)



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Personalidade do Rádio: 
(prêmio para melhor artista de rádio ou televisão)

Mitsuo Iwata

Atualmente ele é: 
Sunny em "Toriko"












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Contribuição ao Longo da Vida Especial (Special Lifetime Achievement Award):
(premiação póstuma a quem atuou em diversos gêneros, especialmente em produções estrangeiras, durante a sua carreira)


Aono Takeshi

Faleceu no dia 9 de abril de 2012, aos 75 anos.













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Contribuição ao Longo da Vida (Lifetime Achievement Award):
(premiação a quem atuou em diversos gêneros, especialmente em produções estrangeiras, durante a sua carreira)

                                                 Shinsuke Chikaishi / Masako Nozawa                    

Curiosidade:Masako Nozawa tem como papéis principais na carreira o gato-robô Doraemon de "Doraemon" e os personagens Gohan, Goku e Goten da franquia de "Dragon Ball".

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Prêmio Sinergia (Synergy Award):
(premiação àqueles que auxiliaram no aumento do apelo da dublagem como um todo)




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Prêmio Memorial Tomiyama Kei:
(premiação a um artista masculino que faz uso de sua voz em todo tipo de mídia)



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Prêmio Memorial Takahashi Kazue:
(premiação a um artista feminino que faz uso de sua voz em todo tipo de mídia)


Curiosidade: Dubladora de Shinji Ikari na franquia "Evangelion".


 
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Kids Family Award: 
(premiação decidida através de votos dados por crianças)


Tanaka Mayumi


Atualmente ela é: 
Luffy Monkey D. em "One Piece"


Outros papéis de destaque na carreira:
Kuririn em "Dragon Ball"
Kanna Kirishima em "Sakura Taisen"
Ryuunosuke Fujinami em "Urusei Yatsura"


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Meu perfil no MyAnimeList, com indicações semanais de matérias diversas sobre o mundo otaku feitas por este e outros sites;

Kareshi Kanojo no Jijou

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Alternativo: Karekano
Ano: 1998
Diretor: Hideaki Anno (“Neon Genesis Evangelion”)
Estúdio: Gainax
Episódios: 26
Gênero: Comédia / Drama / Romance
De onde saiu: Mangá, 21 volumes, finalizado.



*****


Uma relação amorosa é uma questão bastante recorrente em séries shoujo, que diferentes das séries shounen, conseguem enfocar o romance entre duas pessoas das mais variadas maneiras. Quem nunca sonhou em ter um romance típico de tais personagens, sem as esquisitices que ocorrem neste tipo de história? Muita gente tem uma visão de enxergar o que se pode ou não ser feito durante o namoro, mas, na maioria das vezes costumamos fantasiar e esquecemos que encontrar aquela “alma gêmea” é um verdadeiro desafio no mundo real.


“Kareshi Kanojo no Jijou” ou “Karekano” – como é mais conhecido – é um exemplo de como se rola um romance juvenil sem rodeios, de forma que dá pra identificar e quem sabe, sonhar que é possível encontrarmos com a pessoa certa ou não. A série iniciou-se no mangá, com 21 volumes encadernados e publicados na revista LALA – bastante conhecida por publicações como “Vampire Knight” e “Kaichou Wa Maid-Sama!”, entre outros mangás – que tem como principal público o sexo feminino. Criado pela mangaká Masami Tsuda, a série logo conquistou o público e foi serializada nos anos de 1995 a 2005, trazendo uma história que mistura o romance, a comédia e o drama nos momentos certos. O mangá já foi publicado no Brasil pela Panini (com o título em português), que trouxe este e “Eensy Weensy Monster” – com dois volumes -, também da mesma autora, publicado depois de “Karekano”.

E o que significa “Kareshi Kanojo no Jijou” pra começo de conversa? A tradução do nome varia muito, contudo, seu sentido é traduzido como “A situação dele e dela”; “As razões dela, os motivos dela” ou “Coisas de Namorados”. Todos são significativos, principalmente o último termo que traz o que esperar a respeito da história por si só: um romance entre dois jovens e seus momentos juntos.

A história de “Karekano” mostra dois estudantes do colegial, Yukino Miyazawa e Arima Shouchirou, que são parecidos: alunos exemplares, estudiosos e populares entre os colegas de classe. Praticamente dois jovens com vidas perfeitas, mas, que no fundo, são completamente diferentes na forma de vida e de como se relacionam com as pessoas. Miyazawa costuma usar uma máscara, disfarçando sua real personalidade para toda a escola: isto ocorre porque ela quer ser o centro das atenções e ama receber elogios de todo mundo. A personagem age como a "Rainha da Vaidade", por causa desta personalidade falsa, sendo contrária quando está em casa: desleixada e orgulhosa de si mesma, completamente o oposto que costuma apresentar no colégio. Já Arima possui uma personalidade de bom rapaz e diferente da Miyazawa, não disfarça sua personalidade, apesar de que não gosta de falar sobre seu passado. O que acontece é que Arima fica mais popular que a Miyazawa e isto deixa a personagem com raiva e ciúmes por ter um rival à altura em questão de popularidade e carisma.

Tudo muda em um dia de domingo, quando Arima acaba indo para a casa de Miyazawa e a depara como ela é fora da escola: a reação da jovem é de desespero, afinal, se souberem como realmente é seria um grande problema e acabaria com a imagem que todos têm dela mesma. Para sua surpresa, Arima não revela o que presenciou naquele dia, e acaba propondo que ela o ajude nas atividades escolares, tipo uma chantagem. Claro que ela aceita no começo e sem mais, sem menos, acaba se apaixonando por ele e vice-versa. O motivo da chantagem de Arima é justamente que ela percebesse seus sentimentos e assim, nasce o amor entre eles.

Oh, que lindo! Um amor à primeira vista e o melhor de tudo: nada forçado ou anormal, apenas um romance juvenil simples e direto...

Mesmo com isso, leva um tempo para Miyazawa perceber que sente o mesmo pelo Arima, por causa de sua personalidade não permitir tal aproximação. Pouco a pouco ela entende e começam o namoro, que passa por provações e experiências que irão amadurecer os dois personagens, e a história prossegue mostrando o passado deles e de outros personagens que passam a interagir com o jovem casal.

“Karekano” é muito similar aos shoujos românticos que conhecemos, todavia, tem suas diferenças e são elas que fazem da história ser o que ela é: a principal é o romance entre os protagonistas, mais natural e palpável, sem anormalidades ou perfeições demais pra identificarmos; outra é a forma que os demais personagens aparecem de acordo com o envolvimento do romance entre Arima e Miyazawa; por último, a forma como cada personagem vive e pensa é mais aceitável e dá pra comparar com situações reais ou similares.

O traço da série não demonstra em nenhum momento um desenho muito fofo ou detalhista demais, sem nada que o torne comum e nem incomum: "normal" seria o termo para o traço usado na série. E ele consegue captar o que a história pretende mostrar ao seu público, misturando os momentos românticos, dramáticos e cômicos na dose certa. Apesar de se tratar de uma série antiga, “Karekano” usa este contexto pra explorar o cotidiano e a vida de cada um dos personagens envolvidos, sem precisar enrolar os acontecimentos e seguir sua história do início ao final.


Em termos musicais, a série tem como tema de abertura “Tenshi no Yukibiri” cantado pela Fukuda Mai e mostra os personagens principais de forma simples e direta, enquanto o tema de encerramento “Yume no Naka E” cantada por Enomoto Atsuko e Suzuki Chihiro aproveita de um dos recursos visuais usados na animação, a foto imagem pra apresentar ambientes reais ao longo da música. Destes dois, o tema de encerramento é o mais expressivo e o curioso deste tema é que se trata de um remake de uma música clássica do pop japonês dos anos 70.

O anime foi produzido em 1998 pela Gainax e fizeram o melhor que puderam pra adaptar a história e realmente conseguiram. Toda a essência que existia no mangá pôde ser animado e o espectador tem a oportunidade de conferir o que “Karekano” tem de tão especial. Devem-se, contudo, levar em consideração dois fatores que podem prejudicar aos que não estejam acostumados com séries antigas: primeiro, a série teve poucos recursos de orçamento para possuir uma melhor qualidade técnica (usando muitos truques vistos em "Evangelion", como longos quadros estáticos, por exemplo); e segundo, é a falta de um final para o anime em si. E o segundo fator é o que fez “Karekano” perder o seu brilho, pois mesmo em séries cujos mangás estejam em andamento, os estúdios até constroem um final caso haja uma possibilidade ou não de uma nova temporada: não foi o que aconteceu nesta série.

A autora Masami Tsuda manifestou publicamente o desgosto que tinha pela adaptação de seu mangá, algo que não agradou o diretor Hideaki Anno; como represália, ele passou a “zoar” com o anime, adicionando elementos incoerentes na história (como EVAs passando no fundo do cenário...), e dessa forma a animação foi cancelada, ficando sem ao menos um encerramento típico de obra em andamento, ao finalizar de maneira abrupta. Uma pena, pois a série tinha potencial de ser encerrada sem precisar deixa-la inacabada: basta assistir o último episódio pra perceber esta falta de consideração...

Claro que como dizem, a “esperança é a última que morre”, existe uma chance da série voltar, quem sabe num remake – como “HunterXHunter” – ou fazerem um dorama  - live-action similar a uma novela – já que o mangá encerrou, seria uma boa oportunidade de conferir a história sem enrolações. Não custa sonharmos...


Por isso, adeptos de romances que estejam cansados de ver enrolação atrás de outra e que querem identificar situações próximas à realidade, esta série pode te agradar. Ou, para os que querem conhecer um anime com enfoque romântico, “Karekano” cumpre bem o seu papel: agora, se quiserem saber como a trama continua, é preciso ler o mangá, pois o anime abordou somente os primeiros oito volumes e muitos fatos ocorrem após o final precoce da animação.





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Escritora Otaku





Resumo do primeiro ano do Animecote! Top com as melhores postagens.

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No dia 12 de março de 2012 o Animecote estreou. De lá para cá muita coisa mudou para melhor. A equipe está cada vez mais sólida e o design do site foi aprimorado graças a permanente contribuição do talentoso web design Alan, também conhecido como Ins.


Antigo Logotipo do Animecote
O AnimecoteCast passou a ter 2 edições por mês e a coluna X-dez escrita pelo Erick Dias deixou de ser mensal. Fora isso a equipe ganhou um peso forte com a entrada da Escritora Otaku, responsável por boas resenhas presentes no site, assim como o meu ”braço direito” Erick Dias.

Na equipe do podcast, o meu grande amigo Evilásio Júnior sempre esteve presente com seus comentários certeiros e seu profundo conhecimento das animações ocidentais. Recentemente o Erick Dias entrou para a equipe principal do AnimecoteCast. 

Algumas pessoas infelizmente não poderão continuar contribuindo para o site por motivos pessoas. Como o Allan Werghi, o Jonh e a Cíntia. De qualquer forma eles já são parte da história do Animecote e sou grato pela colaboração deles.

Além da equipe principal, muitas pessoas ajudaram o Animecote nesse primeiro ano de vida fazendo participações especiais. Dentre elas tivemos nomes conhecidos da blogosfera nacional como o Leandro Nisishima do extinto Subete Animes e o Carlírio Neto, o pai dos wetoins e blogueiro hardcore. 

Agradeço a todos que colaboraram de alguma forma para o Animecote e espero que esse próximo ano de vida do site seja ainda melhor que o anterior.

Fiz uma seleção com algumas postagens importantes e populares do Animecote para relembrar os bons momentos. O link para acessá-las está logo abaixo.


Postagens Populares




 
  AnimecoteCast






X-Dez




Resenhas da Escritora Otaku


Em seu primeiro ano de vida o Animecote teve 119 postagens, 282 comentários e 163.990 visualizações de páginas.



Bebop

AnimecoteCast #23 - Cosplay

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 A 23° edição do AnimecoteCast não é exatamente sobre animação japonesa, mas sobre um tema relacionado aos animes, o Cosplay! Todo evento de anime que se preze tem que ter cosplay, afinal é muito divertido poder ser o personagem que você gosta por um dia.

 Como não entendo nada do assunto, e o Evilásio entende bem pouco, o podcast não seria decente apenas com nossas opiniões leigas. Então nada mais justo que trazer duas especialistas no assunto para explicar sobre esse hobby e comentar situações que aconteceram com elas, inclusive algumas bem engraçadas. Loren Louro (Lola) e Danielle Santana (Haru) são as ilustres convidadas, simpáticas e divertidas de se ouvir. Abaixo temos algumas fotos delas e links para contato, além de um vídeo onde o Evilásio fala japonês em rede nacional e a lola de cosplay na lan house. Então chega de papo e escutem logo!

Curiosidades dessa edição: Prego na asa, homem codorna, tragédia no Piauí, vudu, o mambo da lhama, entre outras.

 
Download(clique em salvar como)
Duração: 1:04:12

Participantes: Bebop, Evilásio, Danielle Santana e LorenLouro.


Links
Cia Marquesa DeTeatro
Evilásio e Lola no fantástico 

Assista a Lola ao vivo no teatro!
 

Loren Louro (Lola)


 








 

 Danielle Santana (Haru)
 
 






ESPECIAL: Temporada de Primavera 2013

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Okay, okay, a temporada de inverno passou batida mesmo... Houve alguns títulos bons, alguns animes agradáveis, engraçadinhos, sentimentais, agitados e etc, mas no geral o nível foi bastante medíocre.

Chegada a primavera, não se assuste com o primeiro título do guia abaixo, que está em ordem alfabética: mais dia a dia de menininhas moe!? Sim, elas não cansam, porém você logo perceberá o quão variada está essa temporada. A batalha (ou massacre?) entre humanos e gigantes; a continuação das constantes discussões entre um rapaz e sua irmãzinha tarada; dois haréns reversos que juntos trazem quase uma dezena de lindos homens, para regozijo das mulheres; heróis de universos paralelos perdidos no mundo moderno; uma sereia alcoólatra em uma comédia nonsense, um garoto antissocial forçado a se socializar em um clube que só tem antissociais, um rapaz rindo à toa em um colorido triângulo amoroso e outro sufocado em uma penosa relação com uma sociopata. O moe permanece presente, em forma de garotas estudantes ou criaturas aquáticas, mas vem assim, minimizado, mais tímido.



Em um primeiro momento esse post vai ao ar com 44 animações confirmadas e 1 a definir, contudo esse número tende a aumentar nos próximos dias: há alguns animes de nicho já anunciados para essa temporada, que já poderia ter adicionado, mas preferi fazer isso depois para não atrasar a postagem. A maior parte desses animes está presente na cartela do Neregate que segue adiante (que também mostra os OVAs, Movies, Specials e OADs a serem lançados), enquanto que os textos escritos por mim têm, além de sinopses e informações adicionais, comentários pessoais que tentam mostrar o que o anime pode oferecer - isso se eu já conhecer o material de origem - ou meras previsões do que pode vir a se tornar a animação. Nesses casos, é puro achismo e total dependência de dados variados para se adivinhar o conteúdo de algo que ainda está para estrear, e certamente queimarei a língua (ou os dedos...) com muita coisa - mas, assim é mais divertido...

O Bebop não confirmou se dessa vez ele postará comentários pessoais em algumas séries, mas poderá fazer isso a qualquer momento. Por fim, como este post está sendo feito com certa antecedência (first!), muitos dados novos surgirão ou terão de ser corrigidos; dessa forma, manterei abaixo uma relação das atualizações realizadas aqui.

....

Com algumas exceções, quase todos os animes têm em seu título um link que o leva às suas respectivas páginas no MyAnimeList.

As datas de estreia se referem ao dia exato da primeira exibição do anime (excluindo pré-estreias), não importando o horário. Ex: em alguns sites colocam que anime X estreará dia 4 de abril, sendo que sua estreia será à 1:00 da manhã já do dia 5; mas aqui a data estará como dia 5 de abril mesmo.





(abrindo em uma nova aba a imagem é automaticamente salva; visite o site do Neregate para visualização online)



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Formato: TV
Data de estreia: 09/04
Diretor: Ryosuke Nakamura
Estúdio: LIDEN FILMS
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui

"O que acontece quando nada está acontecendo".

Essa frase tão sincera aparece por aí nas sinopses tanto do anime, quanto do mangá, e com apenas sete palavras define melhor a animação do que resumos inteiros. Adaptação de tirinhas 4-koma e "slice-of-life" sobre a rotina de garotinhas estudantes, o pacote básico. Aqui, três meninas: a idiota Amaya, a tranquila Iwasawa (logo, serão "boke" e "tsukkomi", respectivamente) e a "mascote" do grupo Uehara - também entenda "mascote" por baixinha e inocente, e possivelmente um pouco lerdinha. O que mais? Nada, é só isso. Segue em frente.



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Aku no Hana
Formato: TV
Data de estreia: 05/04
Diretor: Hiroshi Nagahama ("Detroit Metal City", "Mushishi")
Estúdio: ZEXCS
Gênero: Drama / Psicológico / Romance
De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

O anime da vez a ser hypado e elevado à condição de "cult".

Kasuga Takao é um garoto introvertido que adora ler livros, tendo como seu favorito "As Flores do Mal" ("Aku no Hana" em japonês), do escritor francês Charles Baudelaire. Apaixonado por Saeki Nanako, uma garota da sua classe, Kasuga considera ela como sua musa e apenas a observa a distância, sem fazer nada; todavia, ao retornar um dia à sala já vazia para pegar um livro que esqueceu, ele termina por reparar que a bolsa com o uniforme de ginástica da Saeki se encontrava no chão, e, em um ato impulsivo, sai correndo com o uniforme em mãos.

Porém, se sentindo culpado e arrependido pelo que fez, Kasuga logo descobre que foi flagrado por Nakamura, uma esquisita garota da sala que não tem amigos. Ao invés de ir diretamente denuncia-lo, Nakamura reconhece o quanto eles são semelhantes e o obriga a formar um "contrato" com ela. Chantageando e abusando do garoto física e mentalmente, Nakamura passa a se aproveitar do que sabe para forçar Kasuga a cometer atos humilhantes e absurdos, principalmente quando Saeki começa a ficar mais íntima dele.

Essa ideia poderia render - já rendeu - uma boa comediazinha romântica recheada em fanservice... Ou um drama denso com uma sociopata e um protagonista patético e frouxo, como é o caso de "Aku no Hana". O pobre Kasuga sofre tanto nas mãos de Nakamura que não é difícil não se compadecer pela sua situação; okay, fez o que não devia, agiu de maneira errada, se enrolou sozinho para resolver a questão sem grandes consequências, mas isso não justifica em nada o que Nakamura o faz passar por puro deleite. Desprezando os sentimentos dele pela garota, ofendendo verbalmente todos à sua volta sem razão alguma e constantemente agindo violenta e impulsivamente, Nakamura é, assim, seco e direto, uma vadia! Pode odiá-la à vontade, pois ela merece e muito.

Kasuga, por sua vez, tem lá suas esquisitices, mas no fim é apenas um jovem tímido que se afunda nos livros - e que livros, seu gosto é realmente extravagante - para passar seus dias solitários. Como disse acima, é um personagem um tanto patético, alguém tão indeciso e inseguro que cansa só de olhar: porém, devido ao cenário em que se encontra, vê-lo dar um sorriso largo após ouvir palavras gentis da garota que ama é de fato algo que alivia toda a tensão da história, e nos faz torcer para que esse idiota consiga o que deseja. Pena que esses momentos de paz durem pouco, pois, coitado, não demora muito para que ele novamente se veja em mais uma enrascada impensável e angustiante...

ZEXCS já fez muita porcaria, mas ultimamente tem adaptado obras bem melhores. O que não muda é a baixa qualidade de suas animações, e "Aku no Hana" parece que não escapará disso. Mas, e daí? A história não precisa de uma arte refinada, ainda mais ao estar sob os cuidados de Hiroshi Nagahama e Aki Itami, respectivamente diretor e roteirista do magnífico "Mushishi". Ahh, tem tudo para dar certo e ser queridinho tanto dos hipsters e blogueiros metidos a cults (...) quanto dos ditos espectadores convencionais, pesando contra somente o tamanho da obra original em andamento, o que deverá causar no anime um encerramento frustrante.



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Arata Kangatari
Formato: TV
Data de estreia: 09/04
Diretor: Kenji Yasuda ("Shugo Chara!") / Woo Hyun Park
Estúdio: JM Animation / Satelight
Gênero: Aventura / Fantasia 
De onde saiu: Mangá, 17 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Em um mundo mítico onde humanos e deuses coexistem, uma cerimônia marcando o governo de uma nova princesa está prestes a ocorrer após sessenta anos. Apenas uma garota do Clã Hime pode tomar esse posto, mas a falta de mulheres nascidas nessa família obriga o garoto Arata a esconder seu verdadeiro sexo e se passar por uma garota.

Durante a cerimônia os "Doze Shinsho" - guerreiros protetores da princesa e possuidores de espadas especiais de nome Hayagami - são liderados por um homem chamado Kannagi em um ato de traição, e acabam por matar a antiga governante, ao passo que Arata consegue fugir. Em pouco tempo ele chega a uma floresta misteriosa que todos temem entrar, e ao sair por uma passagem estreita se vê nas ruas do Japão atual. Ele tem um desentendimento com a polícia por estar sem camisa, porém é salvo por Nao, uma garota que afirma ser sua irmã.

Ao mesmo tempo, no mundo moderno, o jovem chamado Arata Hinohara está para recomeçar sua vida de estudante em uma nova escola. Ele deseja esquecer o passado difícil que teve, mas seus planos são interrompidos com a chegada do aluno transferido Kadowaki, ex-colega que lhe praticava bullying na escola anterior. Arata volta a ser alvo de perseguição, com a situação piorando a cada dia, e, em um momento de aflição enquanto andava pela rua, ele passa por um beco e ouve alguém chamar pelo seu nome; Arata segue a voz para, em um instante, se ver em um mundo fantástico e estranho, onde logo descobre que ele próprio está sendo caçado por supostamente matar uma princesa.

Essa é a história de dois Aratas de aparências iguais e de mundos totalmente diferentes, que terão de lidar com suas novas vidas.

Eis um anime cuja obra original já está disponível há algum tempo no Brasil, pois "Arata Kangatari" (ou "O Mito de Arata") é publicado pela Panini, e se encontra atualmente com nove volumes - é a terceira obra da mangaká Yuu Watase a ser lançada no país, depois do conhecido "Fushigi Yuugi" e "Zettai Kareshi". Em relação ao seu conteúdo, ele traz o shounen padrão com um tema muito corrente em todas as mídias, que é o de duas pessoas trocarem de lugar entre si sem serem descobertas sequer pelos amigos e familiares, algo que por si só já rende diversos mal entendidos e reações inusitadas - e é claro que o Arata do mundo fantasioso dará uma ou duas lições severas - e doloridas! - aos que maltratavam seu xará, ao passo que este se verá diante de um problema de tal forma imenso e perigoso que será obrigado a deixar de ser alguém inerte e cabisbaixo, igual era no seu dia a dia de estudante. É a superação, é a capacidade de confiar nos outros, a amizade, a teimosia juvenil e a força de vontade; é shounen puro, para odiar ou amar!

E diverte, entretém, faz o pacote de pipoca esvaziar rapidamente. Espadas com poderes divinos que podem ser reunidos, ação constante, desafetos que viram ótimos companheiros capítulos a frente, motivações obscuras dos inimigos, comédia pontual para descontrair, heroína quase inútil, porém lindinha (o lado fantástico da trama é muito mais explorado e desenvolvido, por razões evidentes)... "Arata Kangatari" tem um material básico, organizado e graaaande sob medida para fazer um anime de duas temporadas bem sucedido. Se algo aqui é capaz de impedir isso, é possivelmente o estúdio Satelight, que, pelos trailers, não parece ter investido muito na animação, sem falar que ele ainda mal está perto de ser um estúdio queridinho pelo público mainstream - "Arata" é a cara do A-1 Pictures atual, e certamente com essa empresa como produtora o êxito seria previsível. De todo modo, independente de ser esse ou aquele o responsável pela adaptação, a jornada é longa e não mostra cansaço para acabar tão cedo, e com certeza só veremos um pedacinho minúsculo dela ser animada. É aproveitar esse pedaço colorido e com movimentos o quanto puder, e, talvez, partir depois para sua versão em preto e branco.

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Formato: ONA (2 min. por episódio)
Data de estreia: 12/03 (já estreou)
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 1 volume, em andamento.
Site oficial: Clique aqui

Aviso: Conteúdo potencialmente pseudo-incestuoso. Isso o motivará a continuar a leitura ou o fará pular para o próximo título?

Aos doze anos Fuuka, irmã de Hikaru, era uma pequena garotinha que idolatrava o irmão e prometia se casar com ele. Achando que era somente uma inocente afeição passageira, Hikaru não se importava com isso e apenas achava graça.

Entretanto, agora com 14 anos, Fuuka se tornou uma linda adolescente de altos 1,80m e busto avantajado, muito admirada por pessoas de ambos os sexos. Conhecida como "saipu" (ciclope) por conta de sua estatura e da franja que cobre um de seus olhos, Fuuka pode ter mudado muito fisicamente, porém ela não esqueceu nem desistiu da promessa de se tornar esposa de seu próprio irmão...

Baseado em tirinhas 4-koma de uma revista seinen, "Cyclops Shoujo" se encaixa no grupo de animes que jogam fora a imagem típica de irmãzinha mais nova gentil e delicada, colocando no lugar uma garota que é o extremo oposto disso. Você não protege Fuuka, ela te protege: te leva para a cama no colo, bate em valentões, dá em cima de você sem o menor pudor... Sem falar que ela sempre tira as notas mais altas, recebe declarações tanto de garotas, quanto de garotos, e é extremamente lerda e desatenta. Tudo gira em torno de seus pei... de sua pessoa, uma protagonista divertidinha e simpática que protagoniza as minúsculas narrações que há nos pequeninos episódios de dois minutos de duração cada. Repleto de diálogos e sequências pervertidas (mas longe de chegar a qualquer ponto), é um bom fanservice para quem curte o tema aqui tratado, ainda que seja algo visualmente feio e que repete muito suas piadas.


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Boku wa Ousama
Formato: TV
Data de estreia: 06/04
De onde saiu: Série de livros infantil.
Site oficial: Clique aqui

Adaptação da coleção homônima de livros infantis escrita por Teruo Teramura, iniciada em 1961 e composta por mais de cinquenta volumes - sendo que já houve uma animação dela, em 2006, produzida pela Toei Animation no formato de OVAs. As historinhas tem como protagonista um rei bonachão, que odeia vegetais, é caprichoso e muito mentiroso; porém, ele tem um lado tão inocente e bondoso que todos o amam, apesar de seu comportamento. Indo parar em um circo após fugir do médico por odiar injeções ou escondendo suas mentirinhas dentro de um baú até não caber mais nada nele, "Boku wa Ousama" foi a maior obra da vida de Teramura, falecido em 2006.



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Danball Senki Wars
Formato: TV
Data de estreia: 03/04
Estúdio: Oriental Light and Magic
Gênero: Ação / Mecha / Sci-fi
De onde saiu: Franquia multi-mídia
Site oficial: Clique aqui

Terceira temporada da série iniciada em 2011, vinda  de mais um projeto multi-mídia da Bandai.






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Danchi Tomoo
Formato: TV

Data de estreia: 06/04
Diretor: Ayumu Watanabe ("Nazo no Kanojo X", "Uchuu Kyoudai")
Estúdio: NHK
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 21 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui

Trailer: Na página inicial do site.

A história tem como personagem principal Tomoo Kinoshita, um garoto da quarta série que vive com a mãe e a irmã em um condomínio. Tendo seu pai ausente por conta de um trabalho distante, Tommo se envolve em uma encrenca atrás da outra com seus amigos, colegas de escola e vizinhos.

Baseado em um longo mangá "seinen", "Danchi Tomoo" jamais chamaria muito a atenção entre as estreias de uma temporada, ainda mais com um trailer tão idiotinha que revela uma animação muito precária... Entretanto, vale destacar seu diretor, Ayumu Watanabe, nome que ocupou o mesmo cargo em "Nazo no Kanojo X" e "Uchuu Kyoudai" - além desses, dirigiu também alguns filmes do famoso "Doraemon" (não esquecendo que propaganda aqui no AnimeCote ele ganhou ainda na categoria "Melhor Direção" no Golden Apple 2012, aquela premiação que não escolheu "Sword Art Online" como melhor anime do ano!) Piadinhas e cutucadas à parte, é mais uma curiosidade do que algo que confirme "então esse anime será bom", pois com ele ou não na liderança "Danchi Tomoo" continua como uma animação de baixíssimo orçamento que terá episódios curtos, e isso por si só não passa uma boa primeira impressão.

Em relação ao mangá, é dito que este possui um humor não convencional e que seu protagonista é um garoto esquisito e desobediente - ah, uma típica criança sapeca, simples. Possuindo 21 volumes atualmente, tal obra já foi indicada três vezes ao prêmio "Osamu Tezuka Cultural Prize". Se o material de origem parece assim tão promissor, bem que sua adaptação merecia um tratamento melhor.


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Formato: TV
Data de estreia: 04/04
Diretor: Yuji Yamaguchi ("Fate/stay night")
Estúdio: Studio Gokumi
Gênero: Ação / Fantasia / Romance
De onde saiu: Mangá, 6 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

E após o detetive tarado por fios de cabelo na temporada de inverno...


Haimura Kiri, apesar da aparência ordinária, possui um curioso vício: ele é obcecado em cortar o cabelo de outras pessoas. Um dia ele conhece Mushiyanokouji Iwai, a "Hair Queen" ("Rainha do Cabelo"), garota cujos fios não podem ser cortados devido a uma maldição hereditária - porém, Kiri logo descobre que uma tesoura que carrega desde a infância é a única capaz de tal tarefa. E assim se inicia uma relação de dependência entre dois jovens solitários.

Contudo, logo é revelado a Kiri que sua presença deu largada a um velho jogo de assassinato, no qual a "Hair Queen" deve ser morta por um ferramenta amaldiçoada - tal como a tesoura que ele possui, e várias outras que há pelo mundo, armas de antigos assassinos. Desse modo, Kiri é encarregado de proteger Iwai a todo custo dos donos dessas ferramentas.

Baseado em um mangá seinen, "Dansai Bunri" é outro que traz para essa temporada uma daquelas típicas relações amorosas entre um casal que foge "um pouquinho" do comum; uma relação onde Kiri expressa um imenso comportamento possessivo pelos lindos e longos cabelos de Iwai (de quem ele gosta mais, afinal?), enquanto ela vê nele a única pessoa em quem pode confiar. No meio disso, um argumento discutível envolvendo objetos amaldiçoados usados por assassinos de outros tempos, que têm a capacidade de influenciar a mente de seu dono e lhe infundir um intenso instinto homicida - e lógico, Kiri passa por essa e outras provações a partir do instante em que usa sua tesoura para defender a pequena Iwai.

Do Studio Gokumi não se deve esperar uma qualidade técnica notável; porém, isso não deve influenciar muito em uma história que, pode parecer ter muita ação e violência - e até tem -, mas no fim foca mais no desenvolvimento do relacionamento anormal de seus protagonistas - certas cenas entre os dois chegam a ser mais tensas pelo seu nível psicológico do que as sequências violentas e sujas. É mais uma história de amor levemente embebida em sangue, e não uma trama de ação com uma pitada de romance. Isso tudo, claro, falo me baseando no mangá. O anime possivelmente não fará barulho, mas deverá se sair bem, ainda que o estúdio e a equipe responsáveis pela sua produção não tenham lá um histórico tão bom.



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Date A Live
Formato: TV
Data de estreia: 30/03
Diretor: Keitaro Motonaga ("Akane Iro ni Somaru Saka", "Jormungand", "Katanagatari", "School Days")
Estúdio: AIC PLUS+
Gênero: Ação / Comédia / Harém / Romance
De onde saiu: Light Novel, 6 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Saia com uma garota e salve o mundo da destruição!

Trinta anos atrás um estranho fenômeno batizado de "spacequake" devastou o centro da Eurásia, fazendo pelo menos 150 milhões de vítimas. Desde então, "spacequakes" menores vem ocorrendo por todo o planeta, de maneira irregular.

Shidou Itsuka, um estudante aparentemente normal, acaba por conhecer uma misteriosa garota no interior de um "spacequake", e mais tarde descobre através de sua irmã, Kotori, que tal garota é um "Spirit", um ser que causa esse desastre sempre que manifesta sua presença neste mundo. Também lhe é revelado a existência de uma organização que combate os "Spirits", cuja capitã é justamente sua irmã. Recrutado por ela para combater essa ameaça (por possuir uma habilidade que ele mesmo desconhece) -, impedindo que usem seus poderes e assim causem mais destruição, é dito a Shidou que há somente um meio de chegar à paz sem ter de lutar: é fazer com que essas garotas se apaixonem por ele... 

A história é extremamente questionável e repleta de furos (e o trailer dá toda uma grandiosidade para algo tão raso...), e o protagonista é o habitual líder tapado irritante; mas, para quem gosta do gênero, "Date A Live" traz um material excelente. Garotas de traços bonitos e personalidades clichês variadas; garotas se interessando e brigando por um mesmo rapaz que pode ser fraco, sem presença e burro, mas é sensível e atencioso; garotas lutando entre si em batalhas de proporções imensas; garotas em momentos amorosos ingênuos e embaraçosos com o protagonista... Juntando isso à boa animação da AIC que o trailer exibe, além da grande popularidade da light novel, eis aqui um dos "hits" da temporada, pelo menos em questão de lucro - "críticos" odiarão, mas terão de se conformar em vê-lo vendendo mais que seu anime alternativo favorito... De resto, para quem não é fã desse estilo ou não tem mais tanta paciência para ele, poderá até dar alguns risos de vez em quando com as suas boas piadas (perdidas entre tantas cenas pretensiosamente sérias e dramáticas), mas a história tão enraizada nos moldes mais fundamentais do gênero não lhe será nem um pouco atrativa e animadora.


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Formato: TV (3 min. por episódio)
Data de estreia: 02/04
Diretor: Mitsuo Fukuda
Estúdio: Asia-Do
Gênero: Paródia
De onde saiu: Spin-off da série "Hokuto no Ken".
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Em comemoração aos trinta anos da série original, os personagens musculosos de "Hokuto no Ken" ganham aparências chibis em um mundo onde não ocorreu guerra alguma e a humanidade não está nada arruinada. Pelo contrário, o Japão se encontra em perfeita paz, e o protagonista Kenshiro é um reles funcionário de uma loja de conveniência, Raoh trabalha em uma fábrica e Toki é um vagabundo desempregado.

Essa é a segunda paródia feita da icônica animação: a primeira, "DD Hokuto no Ken", foi exibida em 2011 e teve 12 episódios de 3 minutos cada.


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Formato: TV
Data de estreia: 05/04
Diretor: Seiji Kishi ("Angel Beats!", "Jinrui wa Suitai Shimashita", "Persona 4: The Animation", "Seto no Hanayome")
Estúdio: Bridge
Gênero: Ação
De onde saiu: Jogo para Nintendo DS.
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Trailer: Clique aqui

Demônios invadem o Japão e adolescentes formam pactos com outros demônios para enfrentar essa ameaça.

Baseado em um RPG para Nintendo DS que é continuação de outro jogo (logo, não estranhe o número 2 no título, não há um anime anterior a esse), e que é o mais recente lançamento da série "Shin Megami Tensei" (de onde são os jogos de "Persona") "Devil Survival 2 the Animation" conta a história de três jovens - Daichi, Io e Hibiki - que recebem em seus celulares um e-mail do Nicaea, um site que avisa seus usuários de desastres que ainda irão acontecer, bem como de suas próprias mortes. Nesse e-mail há um vídeo que os mostra morrendo em um bizarro acidente numa estação de trem; porém, momentos mais tarde, quando o acidente ocorre de verdade, os três terminam sendo salvos após receberem a ligação de alguém do Nicaea.
  
Por algum motivo, Hibiki e seus amigos acabam invocando demônios que os atacam depois de ativarem certos programas em seus celulares; eles os derrotam, e assim se tornam "Devil Summoners", podendo usar essas criaturas a seu favor com a formação de um contrato. Após fugirem da estação, os rapazes conhecem uma organização secreta chamada JP, liderada pelo jovem Yamato; ele os revela que o Japão, e talvez o mundo inteiro, está sendo destruído por um grupo de monstros denominados Septentrion. Hibiki, Io e Daichi então se juntam a essa organização para derrotar os invasores e proteger o pouco que restou do Japão.

Devo deixar claro que alguns pontos dessa sinopse devem estar incompletos ou errados, pois vários textos pela internet dão informações diferentes e contraditórias a respeito do enredo do jogo; porém, o essencial é exatamente o dito no primeiro parágrafo: demônios invadem o Japão e adolescentes formam pactos com outros demônios para enfrentar essa ameaça. Tal adaptação tem sido recebida com euforia mesclada a um pouco de estranheza pelos fãs; é quase unânime a opinião de que deveriam ter animado a trama do primeiro jogo antes, não só por motivos óbvios de cronologia, como também por considerarem que o enredo da continuação é bastante inferior. No meu caso, para quem só leu resumos a respeito do conteúdo de cada um, deu para reparar que o primeiro jogo parece mesmo possuir uma história mais complexa e atraente, sem contar o fato de você não ser arremessado em um mundo onde já deveriam ser conhecidas suas particularidades. Escolha estranha, sim, mas foi por motivos totalmente comerciais.

Contudo, se a premissa parece tão genérica e o trailer tão obscuro, a equipe por trás desse projeto passa um pouco mais de esperança (mas assim, só um pouquinho mesmo). Seiji Kishi dirigiu a última adaptação animada de um jogo da série SMT, "Persona 4 The Animation", e essa não muito bem sucedida experiência deve trazer um amadurecimento ao novo anime; porém, mesmo sendo uma pessoa popular na indústria, Seiji está longe de ser um dos melhores diretores em atividade, visto as desandadas que suas obras dão do meio ao final do percurso - "Angel Beats!" e "Kamisama Dolls" são dois exemplos convincentes... Ele parece não conseguir ir muito além em séries que ostentem uma história linear, tendo apenas se mantido firme em animes de comédia episódicos, no caso "Seto no Hanayome" e "Tentai Senshi Sunred" - e "Devil Survivor 2" não se encaixa nessa situação. Há ainda Yoshimichi Hirai como diretor assistente e Makoto Uezu como o responsável pelos roteiros, dois profissionais vistos com frequência ao lado de Seiji - para o bem e para o mal, se tem com antecipação uma ideia do que esperar quanto a desenvolvimento. A aposta, aqui, não é a de se o anime será bom, e sim por quantos episódios ele permanecerá assim...

Um dado curioso nisso tudo é ver o estúdio Bridge na produção, que possui somente dois animes em seu currículo: as incorretas duas temporadas de "Mitsudomoe", de 2010 e 2011. Ainda que fosse um slice-of-life de garotinhas, Bridge garantiu ao anime uma alta qualidade técnica, e os trailers de "Devil Survivor 2" dão a entender que isso se repetirá. No final, se tal animação já é esperada com ressalvas pelos fãs dos jogos, é normal que os que não conhecem sua origem também não fiquem muito animados apesar das empresas e nomes envolvidos. Tem boa procedência, tem grife, mas não exala confiança.

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Data de estreia: 07/04
Diretor: Taiki Mino
Estúdio: Dibetagurashi Production Committee
Gênero: Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, finalizado.
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E após o estrondoso sucesso de Tapioca, surge um pato com seu próprio anime!


Vindo de tirinhas 4-koma, "Dibetagurashi" tem como protagonista Ahiru, um pato, e é narrado o dia a dia dele e seus amigos emplumados, que vão desde uma velha coruja niilista a um guloso papagaio. Por ora não se sabe se Ahiru é mascote de alguma bizarra organização secreta, ou se só é uma ave normal.



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Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 03/04
Diretor: Rareko ("Chi-Sui Maru")
Estúdio: Fan Works / NHK
Gênero: Comédia
De onde saiu: Animação original.
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Segunda temporada do anime curto de 2012, que teve como tema debates em sala de aula. Na escola Inayama a presidente de classe Takachiho Chiho constantemente inaugura debates absurdos e animados durante o período livre de estudo, onde toda a classe participa. Trazendo à tona diversos temas, ela e seus colegas trocam opiniões em diálogos rápidos e bem humorados, sem, contudo, deixar de fazer de vez em quando algumas observações mais sérias e profundas.

Na lista "Dez animes curtos de 2012" eu falei com maiores detalhes sobre esse anime.


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Data de estreia: 04/04
Diretor: Keitaro Motanaga ("Akane Iro ni Somaru Saka", "Jormungand", "Katanagatari", "School Days")
Estúdio: Dogakobo / Orange
Gênero: Ação / Mecha / Sci-fi 
De onde saiu: Mangá, 1 volume, em andamento.
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Trailer: Clique aqui

"Date A Live", Ginga Kikoutai" e mais a frente "Katanagatari": Keitaro Motanaga em dose tripla nessa temporada...

Na primera metade do século 21 humanos saem da Terra e começam a viver no espaço, em busca de novos recursos. Em ordem de se adaptarem ao novo ambiente e lidarem com os alienígenas hostis de Júpiter, crianças geneticamente modificadas chamadas "Princes" são artificialmente educadas e treinadas para se tornarem pilotos das máquinas de batalha AHSMB (Advanced High Standard Multipurpose Battle Device). Esta é uma história sobre um adolescente "Princes", Hitachi O Izuru, que estuda na cidade acadêmica de Grandzehle.

Estúdio Dogakobo trazendo outro anime visualmente ordinário, tendo o "character design" instável de Hisashi Hirai ("Heroic Age", "Infinite Ryvius" e franquia de "Gundam Seed"), roteiros compostos pela muito conhecida Reiko Yoshida (três temporadas de "Bakuman", "K-ON!", "Tamako Market" e "Kaleido Star") e o já citado Keitaro Motanaga na direção, nome presente em dose tripla nessa temporada. Com um quinteto de protagonistas alegre e cheio de piadinhas, soa como um anime de mecha muito voltado à comédia, sem aquele ar "serious business" que "Kakumeiki Valvrave" e "Suisei no Gargantia" dão a entender que terão. Historinha nada atraente ou profunda em um primeiro instante, cenas de ação até que empolgantes... Parece vir uma boa "soap opera" a caminho, puro entretenimento.

Aliás, mais alguém aí pensou que o trailer de "Ginga Kikoutai" é um dos que mais possui uma montagem convencional de trailer?


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Formato: TV (3 min. por episódio)
Data de estreia: 07/04
Diretor: Eri Asahi / Yukari Shinohara
Estúdio: DLE
Gênero: Comédia
De onde saiu: Spin-off do anime e mangá "Glass Mask".
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Outro que mudará radicalmente o ambiente de um clássico da indústria...

Segundo mangá "shoujo" mais vendido na história e uma das obras que há mais tempo está em andamento - 49 volumes desde 1976 e contando! -, "Glass Mask" teve como última adaptação animada uma série de TV de 51 episódios em 2005, e após quase oito anos um novo anime ressurge... Feito em flash por um estúdio especialista na área, o DLE. Transformando as protagonistas do meloso romance em líderes de gangues rivais em uma comédia escrachada, a autora Suzue Miuchi admitiu que não deveria estar em um bom juízo quando aceitou o projeto; oras, preciso comentar algo mais depois disso?

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Formato: TV (3 min. por episódio)
Data de estreia: 06/04
Estúdio: Passione
Gênero: Comédia
De onde saiu: Animação original.
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Sequência do anime "Haitai Nanafa", que na temporada Outono/2012 foi transmitido de maneira tímida apenas em um canal local de Okinawa - e atualmente está sendo retransmitido em todo o país por conta da boa recepção que teve. Não por coincidência, a protagonista Nanafa Kyan é uma moradora de Okinawa; ajudando a avó em uma loja de soba, Nanafa vai aos poucos conhecendo vários espíritos da região, começando por uma garotinha mal educada que é libertada após o selo que a prendia em uma árvore ser desfeito. Daqueles animes de público otaku bem restrito.


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Formato: TV
Data de estreia: 08/04
Diretor: Tsuyoshi Nagasawa ("MM!")
Estúdio: Xebec
Gênero: Comédia
De onde saiu: Light Novel, 10 volumes, em andamento.
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I'll be back!

Uma protagonista tagarela e hiperativa, uma alienígena lésbica, uma "trap" delicada e amorosa e um rapaz normal no meio desses e outros seres estranhos... O elenco insano de "Haiyore" volta à cena exatamente após um ano da exibição de sua primeira temporada, e o estúdio Xebec repete aquele "character design" bonitinho (isso quando o orçamento não é baixo demais) e pontudo que há um bom tempo é padrão em suas comédias. Aqui, os elementos terríveis do mundo "Mitos de Cthulhu" criado por H.P. Lovercraft em seus contos se transformam em personagens divertidinhos de traços suaves, numa trama totalmente aleatória e nonsense repleta de paródias e um pseudo-romance. A direção segue nas mãos de Tsuyoshi Nagasawa, diretor da primeira temporada e também de outro anime do estúdio, "MM!" (2010).


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Formato: TV
Data de estreia: 04/04
Diretor: Naoto Hosoda ("Koe de Oshigoto!", "Minami-ke: Okawari", "Mirai Nikki", "Shuffle!")
Estúdio: WHITE FOX 
Gênero: Comédia / Fantasia
De onde saiu: Light Novel, 7 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui

Daqueles animes onde o estúdio por trás fala mais alto.

O Rei Demônio Sadao estava a apenas um passo de conquistar o mundo, porém acaba por ser derrotado pela Heroína Emilia. Restando-lhe pouca magia, ele escapa para um mundo paralelo: o Japão dos dias atuais. Deslocado em um lugar em que não pode usar seus poderes e não há nada a conquistar - a não ser a rede do McDonald's! -, Sadao passa a morar em um pequeno apartamento com seu único servo sobrevivente, Ishiya, e começa a trabalhar em um emprego de meio período para poder custear suas despesas diárias.

Mesmo que às vezes cometa uns tropeços no roteiro e a animação não seja nada primorosa (as cores opacas e traços feiosos de "Jormungand" e o tom cinzento de "Steins;Gate") o WHITE FOX traz boas adaptações fiéis ao original que inclusive são, em alguns momentos, até melhores na evolução. Para quem fez somente cinco séries de TV o aproveitamento e retorno são invejáveis, e o público acabou por conferir um status "cult" ao estúdio - ainda que suas obras tenham um forte apelo popular. "Hataraku Maou-sama!" não foge à regra, sendo outro anime que vem de uma fonte de relativo sucesso. Muito provavelmente será mais uma investida lucrativa; agora, se o resultado ficará bom...

"Hataraku" é bem humorado e agradável; estamos falando de um protagonista que no passado foi o líder dos demônios, e que agora trabalha em uma cópia do McDonald's ambicionando um emprego em período integral, para, em seguida, dominar toda a rede e depois o mundo! Não se iluda, os sorrisos calorosos e o bom atendimento são parte de seu plano rumo à promoção! E, junto a ele, outro demônio que, esse sim, conseguiu se adaptar melhor ao Japão moderno, além da citada Heroína Emilia, que persegue Sadao e se encontra tão fora de lugar quanto seu grande inimigo - uma mulher que hoje pode estar trabalhando em teleatendimento, contudo não deixou o orgulho guerreiro de lado... Tudo isso tem a sua graça por conta da situação absurda: entretanto, o problema surgirá no momento em que o enredo for tentar ser mais "sério" com essa ideia, um ponto no qual a própria obra original não convence muito. 


E se a presença da WHITE FOX impõe respeito e ansiedade, a equipe de produção está muito distante de fazer o mesmo; tirando os "ecchis" "Koe de Oshigoto" e "Shuffle!", o diretor Naoto Hosoda teve em mãos duas séries muito criticadas na época em que foram exibidas, "Mirai Nikki" e "Minami-ke: Okawari"; quanto a Masahiro Yokotani, que cuidará da composição dos roteiros, ele atuou na mesma função em animes como "Busou Shinki" e "Maria Holic"... Um nome sozinho que não inspira muita confiança não seria tanto para se preocupar, mas dois ou mais, bem, aí fica difícil. De qualquer jeito, já será o suficiente se arrancar algumas risadas com seu elenco desajustado.

Mas, de nada adianta essa críticas e desconfianças; continua a ser um anime do WHITE FOX, e só por isso todos verão (inclusive eu)... 


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Hayate no Gotoku! Cuties
Formato: TV

Data de estreia: 09/04
Diretor: Yooichi Ueda
Estúdio: Manglobe
Gênero: Comédia / Harém / Romance
De onde saiu: Mangá, 34 volumes, em andamento.
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Quarta temporada da série iniciada em 2007 - ou a segunda, se preferir. Em 2011 a terceira temporada "Hayate no Gotoku! Can't Take My Eyes Off You" contou uma história original (criada pelo próprio autor do mangá, Kenjiro Hata) que ignorava os animes anteriores, e essa nova série será sua sequência.



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Data de estreia: 13/04
Diretor: Youhei Suzuki
Estúdio: J.C. Staff
Gênero: Comédia / Ecchi / Romance
De onde saiu: Light Novel, 5 volumes, em andamento.
Site oficial: 
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Trailer: Clique aqui

Um cômico triângulo amoroso.

Youto Yokodera é um grande tarado, sempre tendo em mente pensamentos impuros; contudo, ninguém o vê dessa forma, pois seu comportamento defensivo o impele a mentir e esconder suas reais emoções. Logo, quando um amigo lhe fala de uma estátua de gato que concede desejos, Youto decide pedir que ele seja capaz de se expressar livremente como e quando quiser.

Uma vez diante da estátua, Youto é surpreendido por uma garota chamada Tsukiko, que deseja totalmente o oposto do rapaz; não conseguindo fingir e ocultar seus sentimentos verdadeiros, Tsukiko pede à estátua que ela não possa mostrar suas emoções assim tão facilmente.

Ambos fazem seus pedidos, e no dia seguinte percebem as mudanças drásticas ocorridas: Youto agora é incapaz de dizer qualquer mentira, e em pouco ele é conhecido em toda a escola por suas declarações pervertidas. Quanto a Tsukiko, ela se tornou alguém de expressões vazias, sem condições de mostrar fisicamente qualquer emoção. Os dois logo descobrem que o que não queriam de suas personalidades foram passados para outras pessoas, e se juntam para fazer com que tudo volte ao normal. A partir desse ponto se inicia um triângulo amoroso na história com a entrada da orgulhosa Azusa Asuki, garota que herdou o comportamento de Youto.

Não, não; quando J.C. Staff trouxe no final do ano passado "Sakurasou no Pet na Kanojo", poucos (precisamente, os que desconheciam a origem do anime) esperavam que seria uma animação decente. Passaram algumas semanas, e viu-se que aquela premissa tão banal trazia uma excelente comédia romântica -  e "Hentai Ouji" praticamente passa pela mesma situação.
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É normal desconfiar, estalar os beiços, se desinteressar após ver o trailer... Mas o que se tem aqui é uma inversão, logo no começo, daquele protagonista tão passivo e impotente que é habitual nesses animes; de um reservado rapaz que não conseguia falar o que tinha em mente, Youto se transforma em um tagarela que não omite uma só palavra, por mais inconveniente e pervertida que seja - e disso surge a maioria dos momentos mais engraçados do anime. Sem poder se expressar à vontade, Tsukiko se torna uma legítima "kuudere", estereótipo que geralmente cai com facilidade nas graças do público - ainda mais se a personagem em questão é uma garotinha de traços tão meigos quanto ela. E não bastasse esse bom casal, esse bom e estranho casal, rapidamente surge uma aparente garota riquinha e intratável que também sai de seu molde padrão e completa o triângulo amoroso atrapalhado. "Hentai Ouji" não desperdiça a chance de se aproveitar dos clichês mais recorrentes do gênero para desenvolver sua trama, porém o faz com boas piadas e personagens que saem um pouco do lugar-comum.

Promete ser uma espirituosa e vibrante comédia romântica, com um fanservice leve e personagens carismáticos. 


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Formato: TV
Data de estreia: 05/04
Diretor: KOBUN 
Estúdio:
 Arms
Gênero: 
Ação / Comédia / Ecchi
De onde saiu:
 Light Novel, 13 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Após o morno "Maoyuu Maou Yuusha" o estúdio ARMS volta à sua zona de conforto de garotas esbeltas e peitos à mostra, e traz nessa temporada a continuação de "Hyakka Hyouran: Samurai Girls", anime exibido em 2010. A premissa é simples: personalidades masculinas do Período Sengoku são aqui transformadas em mulheres e jogadas em um universo alternativo, no qual, o Japão pode continuar no sistema feudal e permanecer isolado do restante do mundo, porém isso não o impede de evoluir tecnologicamente. Mistura de uma fantasia conservadora japonesa com um estranho fetiche em trocar o sexo de nomes históricos... Pouco importa isso tudo, o que interessa realmente é o fanservice.

Se as ideias são manjadas e o elenco é o mesmo de sempre ao que se é visto nesses animes - loli, líder burrinha, "femme fatale" etc... E, bem, o pôster parece ignorar isso, mas há um protagonista homem, acreditem! -, "Hyakka Hyouran" trouxe uma interessante novidade para o gênero ao criar um estilo de animação que se assemelha à arte do ukiyo-e (xilogravura), usando traços grossos na composição do cenário e personagens como se estes fossem pintados sobre uma superfície de madeira, além de abusar de pinceladas de tinta na tela, esse imitando o shodô (arte da caligrafia japonesa). Uma festa aos olhos, com tons fortes, respingos de tinta aqui e lá nos momentos de ação, um toque artístico até nas transições de cenas... E, claro, por maldita "coincidência", estes pingos caem justamente naquelas partes quando as garotas estão nuas, seja por estarem tomando banho ou por terem a roupa rasgada durante a batalha, ou então porque simplesmente quiseram ficar peladas do nada... 

Em resumo, é um anime para ser "desfrutado" plenamente apenas quando for lançado em BD, sem censura, pois de resto tem-se uma história tão coerente e importante que os melhores momentos da primeira temporada ou tiveram peitos, ou tiveram bundas, ou tiveram peitos e bundas, no meio...


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Kakumeiki Valvrave
Formato: TV
Data de estreia: 12/04
Diretor: Matsuo Kou ("Kurenai", "Natsuyuki Rendezvous", "Rozen Maiden")
Estúdio: Sunrise
Gênero: Mecha / Sci-fi
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: 
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Trailer: Clique aqui

A mais nova animação "original" do estúdio Sunrise.

A história se passa em um futuro onde 70% da raça humana vive no espaço, graças ao desenvolvimento de cidades espaciais. Entre duas fortes organizações, o "Dorushia Military Pact Federation" e o "Atlantic Ring United States (ARUS)", há uma pequena cidade neutra chamada Jiouru, que tem prosperado economicamente. O protagonista, um estudante que vive nessa cidade, termina encontrando a misteriosa e "proibida" arma humanoide "Valvrave" quando Dorushia invade Jiouru.

Enfim, nada com nada por enquanto, mas espere por amigos de longa data em lados opostos e (esse é opcional) uma garota no meio da confusão - além de um filme no final do ano caso faça sucesso. É curiosa a escolha de Matsuou Kou como diretor, que tem o romance capenga "Natsuyuki Rendezvous", a fantasia mediana "Rozen Maiden" e a comédia dramática "Kure-nai" em seu currículo, animes de ambientes bem diferentes do que ele fará agora. A composição dos roteiros ficará para Ichiro Okouchi ("Code Geass"! E "Guilty Crown"...), ao passo que Katsura Oshino, autor de "D. Gray-man", será o criador do "character design". A staff terá ainda Naohiro Washio, Kuni Okawara e Makoto Ishiwata como desenhistas mecânicos, tarefa que eles realizaram (não em conjunto) em animes como "Robotics;Notes", "Blassreiter", "Soukyuu no Fafner" e várias séries da franquia "Gundam".

Por fim, vale citar o "estrelado" elenco de seiyuus, que terá Haruka Tomatsu, Asami Seto, Horie Yui, Aoi Yuuki e Daisuke Namikawa - sem esquecer a Nana Mizuki como cantora da música de abertura. Nomes de peso temos de sobra, tanto na equipe de criação quanto na de dublagem; só falta saber o que farão exatamente...



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Data de estreia: 01/03 (já estreou e acabou)
Estúdio: Dongwoo Animation
Gênero: Ação / Música
De onde saiu: Animação original
Site oficial: 
Clique aqui
Trailer: Clique aqui (gravação de um show onde foi exibido o vídeo)

É a Coreia do Sul dando o troco e invadindo o Japão...

Pegando a onda de animações sobre grupos idols teremos nessa temporada um anime sobre o Kara, grupo sul-coreano formado por cinco garotas que se encontra na ativa desde 2007. Apesar do trailer mostrar uma animação razoável, essa produção terá apenas cinco episódios, cada qual focado em uma das meninas em diferentes carreiras: Gyuri de policial, Seungyeon como astronauta, Nicole como capitã de um navio, Hara se passando por uma segurança da família real de Mônaco e Jiyoung interpretando uma bombeira. Se as histórias se interligam ou são independentes, tanto faz; o anime é só uma das etapas de um planejamento que visa fisgar o fechado mercado japonês. 

E por ora isso tem dado certo: em janeiro o Kara foi o primeiro grupo sul-coreano feminino a se apresentar no imponente Tokyo Dome, e lá mesmo exibiram com exclusividade um trailer da animação. E esta pequena série não será dublada na língua local; serão usadas as próprias vozes das cantoras (todas estreantes nessa função) em seu idioma nativo - aos demais, que se virem com legendas. Por fim, o coreano Dongwoo Animation pode ser visto como estúdio secundário em diversas obras japonesas, mas aqui ele será o produtor principal.

Logo, isso ainda é um anime, no sentido ocidental da palavra? Ah, não sei... De qualquer modo, é interessante a motivação por trás desse curto projeto, um esforço em divulgar um grupo musical em outro país. Mas que não venham futuramente com Psy em 2D (ele seria o quê, agente secreto?)...


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Karneval
Formato: TV
Data de estreia: 03/04
Diretor: Eiji Suganuma ("Kodomo no Jikan", "Mashiroiro Symphony - The color of lovers")
Estúdio: Manglobe
Gênero: Ação /Aventura / Comédia / Fantasia
De onde saiu: Mangá, 10 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

E as fujoshis entram em êxtase.


O inocente Nai procura por uma pessoa que lhe é muito importante, chamada Karoku, tendo somente um bracelete como pista. O experiente Gareki, por sua vez, comete roubos para sobreviver dia a dia. Estes dois se conhecem em uma estranha mansão de onde fogem juntos após uma complicada situação, e em pouco Nai se torna um criminoso procurado pelas forças militares.


Ajudado por Gareki na procura pela pessoa que ele tanto estima, Nai descobre que o bracelete deixado por ela faz parte da "Circus", uma organização que trabalha para o governo. Eles realizam ataques repentinos para capturar criminosos e resolver crimes que as forças de defesa normais não têm condições de enfrentar; e, após esses ataques, são feitos shows circenses pela cidade como forma de pedir desculpas à população pelo transtorno causado. Constituído por pessoas habilidosas dotadas de poderes especiais, Nai tenta entrar em contato com eles na esperança de obter pistas sobre o paradeiro de Karoku.


Era uma vez uma empresa fundada em 2002 por ex-funcionários do estúdio Sunrise; começando com "Samurai Champloo", depois "Ergo Proxy" e em seguida "Michiko to Hatchin", o estúdio Manglobe se tornou uma referência "cult" na indústria, com ótimas animações alternativas que, poderiam não lucrar tanto, mas eram bastante elogiadas. Só que apenas elogios não pagam as contas...


O excelente "Saraiya Goyou" em 2010 foi praticamente a última grande produção do Manglobe, pois após isso (e antes já, com "The Sacred Blacksmith" em 2009) o estúdio passou a adaptar obras cujo retorno financeiro fosse certo, independente da qualidade das mesmas. "Kami Nomi zo Shiru Sekai"? Duas temporadas e a terceira está a caminho; "Hayate no Gotoku"? Um filme e duas séries de TV; "Deadman Wonderland"? O conteúdo do mangá é de gosto discutível e mal tinha muito material na época, mas vendia, então que fosse animado rapidamente enquanto ainda era popular; "Mashiroiro Symphony", um eroge? Olha, aí é dem... Não, vamos produzir um anime também!


E assim Manglobe deixou de ser a menina dos olhos da indústria. Muitos dizem ter virado um novo Gonzo, mas, ah, falam isso de todo estúdio que cai um pouco de nível...


"Karneval" entra na lista. A história é legalzinha, os personagens são engraçadinhos, e, graças a Deus, não é um otome game; porém ainda continua a ser uma obra genérica de relativo sucesso, orientada a um público específico que trará retorno ao que foi gasto na adaptação animada. Esse público, claro, é o fujoshi, que adorará shippar os rapazes bonitos e charmosos, em especial o másculo Gareki com o bobinho e delicado Nai. E o elenco de seiyuus? Hiroshi Kamiya, MiyanoMamoru, Ono Daisuke (o mais gato de todos!), Yuuichi Nakamura... Há personagens femininas com alguma importância, sim, no meio desse desfile de bishounens, mas elas acabam sendo encobertas por estereótipos como o rapaz grandão brincalhão e infantil ou o baixinho ingênuo.


Contudo, diferente de um "Uta no Prince-sama 2" (mais abaixo), "Karneval" tem um argumento agitado e mais dinâmico (vem de uma revista josei) que pode causar algum interesse ao público masculino, desde que se consiga aturar aquele ar incômodo - para os homens - que permeia em obras com tantos machos esbeltos por metro quadrado...


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Formato: TV (50 min. por episódio)
Data de estreia: 11/04
Diretor: Keitaro Motonaga ("Akane Iro ni Somaru Saka", "Jormungand", "School Days")
Estúdio:
WHITE FOX
Gênero: 
Ação / Aventura / Fantasia
De onde saiu:
 Light Novel, 12 volumes, finalizada.
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Trailer: Clique aqui

Vale a pena ver de novo?

Exibido em conta-gotas a um episódio por mês durante o ano de 2010, a jornada de Shichika e Togame em "Katanagatari" retorna à televisão no mesmo canal, TV Fuji, mas dessa vez dentro do bloco noitaminA, onde ocupará os dois horários de exibição do programa - substituindo assim "Psycho-Pass" e "Robotics;Notes", pois cada episódio tem quase uma hora de duração.

Contando a história de um guerreiro espadachim que luta sem usar uma espada (soa esquisito, mas assistindo entenderá) e uma estrategista que está a serviço do shogunato em busca de doze espadas lendárias, a reexibição da obra de Nisio Isin (franquia Monogatari e "Medaka Box") será, para os que nunca a viram, uma escolha certeira de um anime cuja - boa - qualidade é conhecida. Aos que ou passaram pelo martírio de ver um episódio por mês (muito compensado pelo resultado final, principalmente na arte) ou o assistiram depois, será mais uma temporada na qual o noitaminA passará em branco. Mas julho tem boas promessas para esse bloco...


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Formato: TV
Data de estreia: 07/04
Diretor: Yoshihisa Oyama 
Estúdio: Assez Finaud Fabric / feel.
Gênero: Comédia
De onde saiu: Mangá, 3 volumes, em andamento.
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O anime mais sangrento da temporada.

Não há muito o que dizer; trata-se de um anime que tem tipos de sangue antropomorfizados como personagens (!). A, B, AB e O se metem em diversas pequenas aventuras, e essas criaturinhas bonitinhas serão dubladas por grandes nomes da indústria: Fukuyama Jun (Lelouch de "Code Geass"), Yuuichi Nakamura (Tomoya de "Clannad"), Tetsuya Kakihara (Natsu de "Fairy Tail") e Akira Ishida (Gaara de "Naruto") darão voz, caprichosamente, aos seus próprios tipos sanguíneos - A, B, AB e O, respectivamente.

Eis um bom meio de promover a doação de sangue...


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Formato: TV (7 min. por episódio)
Data de estreia: 04/04
Diretor: Tetsuo Yasumi (Zenmai Zamurai")
Estúdio:
 Shin-Ei Animation
Gênero: Fantasia/ 
Slice-of-Life
De onde saiu:
 Novel, 15 volumes, finalizada.
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Continuação do anime infantil de 2012, que terminou agora em fevereiro com 32 episódios de 7 minutos cada. A história é sobre Kurotori Chiyoko, uma estudante da quinta série que, por engano, acaba invocando Gyubid, uma feiticeira do mundo dos espíritos. A partir disso Chiyoko é obrigada a aprender feitiçaria com a ajuda dela, tendo que equilibrar sua vida escolar normal com os treinamentos diários.

Que nem "Gakkatsu!", na matéria "Dez animes curtos de 2012" eu falei com maiores detalhes sobre esse anime.



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Formato: TV
Data de estreia: 29/03
Diretor: Mitsuo Fukuda
Estúdio: Sunrise
Gênero: Ação/ Drama / Mecha / Romance / Sci-fi
De onde saiu: Mais uma história paralela da franquia de "Gundam". Continuação de "Mobile Suit Gundam Seed"
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Reexibição da série de 2004, agora com som e imagem em alta definição. Qual o sentido em fazer isso com um anime criado há menos de dez anos? É Gundam, oras...





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Formato: TV
Data de estreia: 08/04
Diretor: Takayuki Hamana ("Chocolate Underground", "Moshidora", "The Prince of Tennis")
Estúdio: Seven Arcs Pictures
Gênero: Ação
De onde saiu: Mangá, 8 volumes, em andamento.
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Durante o Período Edo no século XVIII, o oitavo xogum Tokugawa Yoshimune ordenou que fossem instaladas pela cidade caixas nas quais a população poderia deixar pedidos. Dessa forma, após ver o que eles mais desejavam, foi criado um novo magistrado, os "Mushibugyou", grupo de guerreiros de habilidades distintas, Juntos, eles protegem a cidade do ataque de monstros gigantes, e a história começa com o jovem Jinbee se tornando um "Mushibugyou".

É... Um protagonista tão ingênuo e boca aberta que chega a ser irritante - e que tem em mente se tornar cada vez mais forte e superar o pai -, a honra masculina acima de tudo a qualquer momento, frases de efeito, batalhas contra insetos enormes que sabe-se lá de onde vieram, grupo de personagens excêntricos de poderes diversos... "Mushibugyou" é outro shounen puro da temporada, mas, diferente de "Arata Kangatari" e outros, ele não chega com muito alarde nem altas expectativas. E não é só por causa da modesta equipe de produção: é que o mangá tem uma trama muito pobre mesmo, genérica em excesso e sem um futuro promissor e interessante, na qual enredo e personagens exalam uma mesmice tão grande quanto os monstrengos misteriosos que surgem pela cidade. Dá uma descontraída, não é ruim, clichês são inevitáveis, mas usa-los de uma forma tão preguiçosa e banal é outra história. O resultado disso tudo numa versão animada pode se sair superior, mas em um primeiro momento "Mushibugyou" se apresenta causando mais expressões de desconfiança do que de curiosidade.



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Formato: TV
Data de estreia: 06/04
Diretor: Tatsuya Yoshihara
Estúdio: Tatsunoko Production
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
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Mukoujima Takurou é um rapaz solitário que gasta boa parte de seu tempo pescando, e em uma de suas pescas rotineiras ele acaba fisgando uma sereia chamada Muromi, que só percebe que ela própria é uma sereia após se encontrar com ele. Essa garota tonta, louquinha e que tem problemas com bebida agora aparecerá diante de Takurou toda vez que ele estiver pescando, tornando assim a vida dele um pouco mais interessante e imprevisível.

A obra original, publicada na Weekly Shounen Magazine ("School Rumble", "Fairy Tail", Suzuka"), tem se mantido estável há um considerável tempo - sempre fica no meio do ranking de popularidade, nunca alcançando o topo, mas também jamais aparecendo entre os últimos - e, em boa parte de seus capítulos curtos, surgem somente Takurou e Muromi atuando em diálogos engraçadinhos e tão frenéticos como a trilha do trailer acima - mais a frente aparecem personagens novos, geralmente criaturas tão absurdas quanto Muromi, como kappas e outras sereias. É uma montagem que, em uma versão animada, exigirá muito de seu diretor e roteiristas para que o desenvolvimento dos curtas e a transição entre um e outro não fique algo maçante, um defeito comum nessas adaptações. 

Ao menos no papel, a sereia alcoólatra que fala no dialeto de Hakata e o centrado rapaz solitário pescador exibem uma ótima química em suas conversas inúteis, como se fossem uma dupla de comediantes (pois um possível romance é inexistente aqui, pelo menos nos volumes iniciais); Muromi se encontra distante do papel de uma personagem feminina e delicada, garantindo com seu comportamento impulsivo, idiota e inconveniente ótimos momentos cômicos. O mangá fica no meio termo em relação ao seu conteúdo, não sendo totalmente inocente com seu fanservice mas, ao mesmo tempo, não exagerando no vocabulário mais pesado e cobrindo isso tudo com uma agradável camada moe, mantida na série de TV.

Bem encaminhado, tem condições de se destacar positivamente na temporada, considerando o bom e inusitado material de origem - afinal, quantas vezes você já viu uma sereia andando de skate?



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Odoriko Clinoppe
Formato: TV
Data de estreia: Indefinida
Gênero: Comédia
De onde saiu: Jogo para celular.
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Parece que a GREE - plataforma de rede social japonesa com grande foco em games para celular - ficou empolgada com o sucesso que vem tendo a adaptação animada do jogo "Tanken Driland"; ela não só bancará uma segunda temporada dessa série como também virá agora em abril com dois novos animes baseados em jogos de sua autoria. Um deles é o último título desse post, "Zettai Bouei Leviathan", enquanto o outro é "Odoriko Clinoppe", que virá de um jogo onde você cria algo parecido com um pintinho sem rosto, basicamente.

Clinoppe é uma misteriosa criatura de corpo grudento e que mede apenas um palmo de altura, descoberto nas montanhas da Índia. No aplicativo para celular o jogador (maioria mulheres entre 20 e 30 anos) toma conta dele como se fosse um bichinho de estimação, além de poder trocar suas roupas, adquirir itens exclusivos e até vê-lo dançar - "odoriko" significa dançarino.

Já no anime, será mostrado o dia a dia de Clinoppe junto a uma mulher de escritório chamada "Onei-san". A animação é o primeiro passo da empresa GREE rumo à expansão da licença do nome de seu personagem para outras áreas, visando o lançamento simultâneo de produtos diversos.



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Data de estreia: 06/04
Diretor: Hiroyuki Kanbe ("Viper's Creed")
Estúdio: A-1 Pictures
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Light novel, 11 volumes, em andamento.
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E que retorne o legítimo anime de pseudo-incesto com título grande!

Após inspirar e inflar a criação de vários outros animes - ruins - de suposto incesto entre irmãos, influenciando inclusive nos títulos enormes que estes trouxeram, "Ore o Imouto" obtém sua segunda temporada em uma nova casa, a A-1 Pictures ao invés de AIC Build, porém a equipe de produção principal segue inalterável - Hiroyuki Kanbe na direção, Hideyuki Kurata na composição dos roteiros e Hiroyuki Oda no "character design". AIC Build desistiu de prosseguir com o anime por questões de planejamento.

Narrando os martírios pelos quais o protagonista Kyousuke passa ao lado de sua irmã mais nova, Kirino, uma garota linda e popular que esconde um hobby mal visto que é o de jogar visual novels eróticas, "Ore no Imouto 2" possivelmente seguirá o final verdadeiro visto nos episódios especiais, ignorando assim o encerramento original da primeira série de TV. A light novel está prevista para terminar no próximo volume, o 12, que será lançado durante a temporada de primavera, o que cria expectativas quanto a se essa continuação irá mesmo até o fim do original - parece óbvio que sim, mas já houve tantos casos de animações que deixavam de adaptar apenas um pedaço do material de origem, mesmo ele estando finalizado na época, que não há como ter certeza...


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Formato: TV
Data de estreia: 05/04
Diretor: Akitoshi Yokoyama
Estúdio: Madhouse Studios
Gênero: Romance 
De onde saiu: Jogo para PSP.
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Após "Chihayafuru 2", Madhouse pode fazer quantos haréns ordinários desejar.

Conheça muitas garotas e tire fotos delas nas mais variadas situações e poses (pensou em algo pervertido? Está no caminho certo!); O "date sim" "Photo Kano" lançado para PSP em 2012 pode ser resumido dessa maneira. Nele, Kazuya Maeda é um estudante do segundo ano que ganha uma câmera fotográfica DSRL do pai, e ele passa a usa-la para algo muito saudável: tirar fotos de garotas. Graças a isso, ele se envolve em encontros românticos com algumas estudantes de sua escola.

Ou seja, as meninas caem de amores por rapazes que tiram fotos com câmeras que custam mais de mil reais.

Levando em conta que são sete as garotas principais, e que as dubladoras escolhidas são em sua maioria muito populares (tais como Saito Chiwa, Kanae Itou, Kaori Mizuhashi e Miyuki Sawashiro), não seria de se espantar caso o anime viesse dividido em arcos independentes, onde a história seria sempre reiniciada para que o sortudo protagonista - dublado por Nobunaga Shimazaki, vencedor no Seiyuu Awards 2013 na categoria "Melhor Ator Novato" - pudesse fazer outra conquista. Lembra "Amagami SS"? Os jogos de ambos vêm da mesma empresa, a Enterbrain.

Com três mangás de volume único publicados e dois em andamento, além de uma nova versão do jogo para PS Vita que será lançada no final de abril, o anime de "Photo Kano" chega empurrado por um grande nome que é o Madhouse para atrair bandos e bandos de otakus com suas personagens "waifus". Escolha sua favorita e tire muitas fotos dela, mas não passe dos limites!



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Data de estreia: 06/04
Diretor: Masakazu Hishida
Estúdio: Dongwoo Animation / Tatsunoko Production
Gênero: Comédia / Drama / Música
De onde saiu: Jogo arcade.
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Terceira temporada da série "Pretty Rhythm", que se iniciou em 2011 com "Pretty Rhythm: Aurora Dream" e continuou em 2012 com "Pretty Rhythm: Dear My Future". Baseado em um jogo arcade, a trama do anime se passa em um mundo onde um esporte intitulado "Prism Show" é muito admirado, e nele ídolos competem entre si em provas de canto, dança, moda e patinação no gelo. "Rainbow Love" apresentará uma nova heroína, uma aspirante a ídolo chamada Naru Ayase.

A direção segue com Masakazu Hishida, que esteve presente nas temporadas anteriores.


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Formato: TV 
Data de estreia: 03/04
Diretor: Toshiya Shinohara (Os quatro filmes de "Inuyasha", "Kuroshitsuji")
Estúdio: P.A. Works
Gênero: Fantasia
De onde saiu: Novel, 6 volumes, finalizada.
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P.A. Works produzindo = Só metade do anime prestará?

Izumiko Suzuhara é uma garota de quinze anos que passou toda a sua vida isolada em um templo nas montanhas da península de Kii. Tímida e insegura, ela estranhamente destrói qualquer aparelho eletrônico com o qual tem contato.

Seu maior desejo é sair das montanhas para estudar e morar na cidade local; contudo seu guardião, Yukimasa Sagara, lhe recomenda que ela vá para uma escola de Tóquio ao lado de seu filho, Miyuki Sagara, que é amigo de infância dela. Os dois começam não se dando bem, mas a relação entre eles muda durante um terrível acidente em uma excursão escolar: após isso Izumiko descobre que ela é uma representante (yoshihiro) de uma entidade chamada "Himegami", enquanto Miyuki é um guardião (yamabushi) que tem a obrigação de protegê-la.

Mais uma dessas animações envolvendo xintoísmo e seus termos e deuses que confundirão a cabeça de muitos. Só que basicamente deverá ser isso: uma garota com poderes latentes e um rapaz que tem o dever de zelar por sua segurança, sendo adicionado aí um forte desenvolvimento individual da protagonista e algum argumento que envolverá pessoas ou algo pondo em risco sua vida - mero "achismo", li somente alguns capítulos da adaptação em mangá. Porém drama, suspense e uma pitada de romance são garantidos. 

Se P.A. Works não fizer igual a "Tari Tari" (pareceu que estavam com uns trocados sobrando no caixa e decidiram então produzir outro anime qualquer...), "RDG" já virá com a certeza de ter, no mínimo, uma bela arte, cujo "character design" ficará a cargo de Mel Kishida, autor dos traços de "Sora no Woto", "Hanasaku Iroha" e "Kamisama no Memochou". É a primeira vez que Toshiya Shinohara dirigirá uma animação do estúdio, mas já está confirmado que ele será o responsável pela próxima produção original do P.A. Works, "Nagi to Asukara". Quanto aos roteiros e a supervisão destes, Michiko Yokote vem com uma bagagem considerável na área, como "Bleach", "Gintama", "Genshiken 2", "Ranma 1/2" e o arco de "Mononoke" em "Ayakashi: Japanese Classic Horror" - e como informação adicional totalmente inútil, ela foi roteirista do sexto episódio de "Tamako Market", atual anime em exibição do estúdio Kyoto Animation. E qual era o tema desse episódio? Tamako e suas amigas montando uma casa mal-assombrada, e nisso aparecem rumores sobre um espírito de verdade vagando pelo distrito comercial...

No geral, uma boa equipe. Entretanto, mais inacreditável do que fantasmas ou garotas possuídas por deuses, será ver P.A Works conseguir terminar um anime de modo decente...


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Shingeki no Kyojin
Formato: TV
Data de estreia: 07/04
Diretor: Tetsuro Araki ("Death Note", "Guilty Crown", "Highschool of the Dead")
Estúdio: Wit Studio
Gênero: Ação / Drama / Fantasia / Horror
De onde saiu: Mangá, 10 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
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A quota de censura e corpos desmembrados da temporada.

Tempos atrás a raça humana quase foi extinta pelos gigantes, criaturas sem inteligência que parecem devorar humanos por mero prazer. Os poucos que sobraram construíram cidades cercadas por imensas muralhas, mais altas que os maiores gigantes existentes. Dessa forma, enclausurados, os humanos conseguiram viver em paz por cerca de cem anos.

Contudo, no presente, um gigante maior que as muralhas surge e destrói a proteção de uma das cidades, permitindo que ela seja invadida pelos gigantes menores. O adolescente Elen e sua amiga Mikasa testemunham um horrendo massacre onde centenas de humanos são pegos e mortos pelos invasores, sendo uma dessas vítimas a própria mãe de Elen, que é devorada viva. A partir desse dia, ele jura se vingar em nome da humanidade e matar todo gigante que existir.

Vencedor do Kodansha Manga Award em 2011 na categoria shounen, o mangá com traços grosseiros de "Shingeki no Kyojin" é deliciosamente sanguinolento e cruel; não poupa nem minimiza as várias cenas nas quais os gigantes, literalmente, despedaçam e comem os frágeis seres humanos. Corpos desmembrados, mastigados, partidos ao meio, decapitados, esfolados... Oras, como colocarão isso em uma série de TV? Bem, se puserem algo que se aproxime do conteúdo da obra original, será com as adoradas sombras negras cobrindo 90% da tela, e que se espere depois a versão em BD. Justamente um dos pontos mais legais da história, a violência gratuita e livre que gera um ambiente de total horror e desespero, já chega fortemente ameaçada, o que deverá causar muitos chiados por parte dos leitores do mangá - porque, não importa o quão boas fiquem as sequências de ação e carnificina mesmo que minimizadas, não será a mesma coisa, pelo menos não para quem conhece o material de origem...

É delicado discutir trechos do enredo, pois "Shingeki no Kyojin" traz com rapidez boas surpresas em seu desenvolvimento que alteram drasticamente o estado inicial da trama, e que farão o anime não ficar tão dependente dos momentos de pura brutalidade por conta dos mistérios e curiosidades que são revelados a respeito do mundo em que se passa a história - surge lá uma ou outra parte incoerente e sem lógica (para variar), mas, ah, aí sim, esqueça isso e preste atenção nos gigantes arrasando com tudo! Além disso, se Elen (dublado por Kaji Yuki, em mais um papel de personagem chatinho) não empolga muito com a típica obstinação, julgamento exagerado e sonhador de certo e errado e "complexo de herói" inerentes a esses protagonistas, Mikasa, por outro lado, é alguém de presença muito mais forte e atraente. 

Liderando a produção do anime, Wit Studio na realidade é um braço da empresa multimídia IG Port, que também possui o estúdio Production I.G como subsidiário - logo, é praticamente tudo da mesma casa. Ao menos nos trailers a impressão que fica é o de uma fluidez regular na animação como um todo, e em cenas isoladas e rápidas os gigantes comuns em CG podem até parecerem mais interessantes do que se fossem em 2D, contudo isso ficaria muito bom em tomadas de maior proximidade e duração - mas cumprem o papel de dar a essas criaturas um ar muito mais impactante e assustador. Com "character design" de Kyoji Asano ("Psycho-Pass" e "Tokyo Marble Chocolate"), roteiros de Yasuko Kobayashi ("Claymore", Casshern Sins") e direção de Tetsuro Araki ("Death Note, "Highschool of the Dead"), "Shingeki no Kyojin" não vem só para ser um dos animes mais populares da temporada, como também um dos melhores de fato. A história pode não ser muito inteligente e menos ainda isenta de falhas; entretanto, ela sabe com méritos prender a atenção.

Sensação de novo anime "modinha" a caminho, para desgosto daqueles que se acham "donos" da obra original só porque a conheciam antes...

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Formato: TV
Data de estreia: 09/04
Diretor: Tetsuji Nakamura ("Zatch Bell")
Estúdio: HOTLINE
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui


HOTLINE tem apenas duas produções em seu histórico: o tosco "Shiba Inuko-san" e o mais tosco ainda "Ishida to Asakura", ambos animes com episódios que não passam de dois minutos de duração cada. Já em "Sparrow's Hotel" teremos uma protagonista mais comum, que não é um estudante meio retardado de cabelo afro e nem uma colegial com a aparência de um cachorro, e sim uma moça de busto avantajado chamada Sayuri Satou. 

Nova funcionária do grandioso hotel Sparrow, Sayuri se aproveita de seus peitos (as sinopses por aí dizem isso...) e técnicas de luta e assassinato para combater aqueles que causam problemas no local. Entretanto, quando não está fazendo isso, ela se mostra bastante inexperiente para lidar com seu gerente, e frequentemente acaba mordendo sua própria língua (outro detalhe difundido pelas sinopses vistas por aí, deve ser algo muito importante no contexto do anime).

HOTLINE é aquilo; animações tão trash, mas tão trash, que no final atraem e arrancam alguns risos pela sua ruindade. Que continue assim!



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Formato: TV
Data de estreia: 07/04
Diretor: Kazuya Murata
Estúdio: Production I.G.
Gênero: Sci-fi
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Grande expectativa apenas por causa de um nome na equipe.

A história se inicia em um futuro distante, em uma galáxia longínqua. A Aliança Galáctica Humana tem constantemente lutado pela sua sobrevivência contra uma raça grotesca de seres alienígenas chamada "Hidiaazu". Durante uma batalha, o tenente Redo e sua máquina humanoide Chamber são engolidos por uma distorção no tempo e espaço; ao acordar de seu estado de hibernação induzido, Redo descobre que ele se encontra na Terra, um planeta totalmente inundado onde as pessoas vivem em frotas de grandes navios, recolhendo relíquias dos mares para sobreviver.

Chegando a uma frota conhecida como Gargantia, e sem conhecimento algum da história ou da cultura do planeta, Redo é forçado a conviver com Amy, uma garota de quinze anos que trabalha como mensageira. Para ele, que sempre viveu no meio da guerra, estes dias de paz não param de surpreendê-lo.

Production I.G. traz um lindo, detalhado e colorido cenário (muito melhor que suas produções anteriores), porém a premissa soa genérica demais, e sequer os trailers dão muito ânimo. Então, é de se esperar que a presença de Gen Urobuchi como roteirista na série seja, sem dúvida, a maior razão para que "Suisei no Gargantia" tenha se tornado uma das estreias mais esperadas em abril.

Criador de roteiros para visual novels, light novels e animes, Urobuchi teve como primeiro grande trabalho a visual novel de horror "Saya no Uta", da Nitroplus, em 2003. Fazendo aqui e ali outras obras de relativo destaque durante os anos seguintes, Urobuchi só veio a se tornar popular em 2006, quando aceitou um convite para escrever a light novel "Fate/Zero" - na área da animação, a fama chegou em 2011, ao roteirizar "Mahou Shoujo Madoka Magica". Garotinhas mágicas, algo inicialmente tão banal, até o momento em que a trama toma contornos mais sombrios e perturbadores... E "Fate/Zero" então, tanto o anime (do qual ele foi roteirista) quanto a light novel, que trazem uma carga obscura e dramática que a obra de origem, a visual novel "Fate stay/night", jamais ambicionou ter? E "Psycho-Pass", que, mesmo com altos e baixos - principalmente na animação -, tem causado surpresas e boas críticas?

Só esses trabalhos mainstream de Urobuchi são o suficiente para provar que sua mente é capaz de dar um brilho mais intenso em tramas à primeira vista tão ordinárias, tanto faz se com pinceladas de pura insanidade visual ou um aprofundamento psicológico maior nos personagens de suas histórias. Com exceção da arte, "Suisei no Gargantia" não impressiona mesmo, mas sua ideia inicial tão sem sal pode tomar rumos inesperados com a ajuda de alguém tão criativo quanto ele. Outros nomes envolvidos nessa animação original são Makoto Ishiwata, desenhista mecânico em "Robotics;Notes", "Blassreiter" (criado por Urobuchi) e "Kakumeiki Valvrave" - sim, o que estreará também em abril; e Hanaharu Naruko, criador do "character design" e autor do hentai "Floating Material" - o que deixa implícito algumas das intenções desse projeto ainda tão enigmático. Se a expectativa gerada em torno será atendida, vá saber, contudo essa história certamente tem muito mais a contar do que parece.

E tomara que tenha, pois distribuir gratuitamente oito mil cópias em blu-ray dos primeiros episódios é uma enorme aposta de risco...


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Tetsujin 28-go Gao!
Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 06/04
Estúdio: Eiken
Gênero: Comédia
De onde saiu: Spin-off da série de TV "Tetsujin 28-go" - este, por sua vez, tem como base um mangá de 24 volumes, finalizado.
Site oficial: Clique aqui

Criado por Mitsuteru Yokoyama (falecido em 2004), "Tetsujin 28-go" teve um mangá de 24 volumes publicado entre 1956 a 1966, e este rendeu ao longo de cinco décadas 4 séries de TV e alguns filmes. Passados seis anos desde sua última versão animada, um longa de 2007, "Tetsujin" será retomado em um anime de episódios curtos e arte estilizada, que focará na vida do protagonista Shoutarou Kaneda ao invés das batalhas vistas nos animes anteriores. 

Muito popular aqui no ocidente por volta da década de 80, a história original começa no final da 2ª Guerra Mundial, quando o exército japonês tenta secretamente desenvolver uma arma capaz de derrotar os Aliados. Após vinte e sete tentativas fracassadas, Dr. Kaneda conclui a montagem de um robô comandado por controle remoto, que é batizado de Tetsujin 28-go; contudo, a essa hora a guerra havia chegado ao seu fim, e Dr. Kaneda morre do coração pouco depois de terminar sua criação.

Ao invés de se tornar uma arma militar, Tetsujin 28 é dado a Shoutarou, filho de dez anos do falecido cientista. Em suas mãos, a robô é usado para combater crimes e outras máquinas inimigas. 

E agora, nesses curtas supostamente sem ação, será talvez aproveitado para fazer a janta...



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Data de estreia: 13/04
Diretor: Tatsuyuki Nagai ("Ano Hana", "Ano Natsu de Matteru", "Honey and Clover II", "Toradora!")
Estúdio: J.C. Staff
Gênero: Ação / Comédia / Fantasia / Sci-fi
De onde saiu: Mangá, 8 volumes, em andamento. "Spin-off" de uma light novel, "Toaru Majutsu no Index", de 22 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui

"Spin-off" de "Toaru Majutsu no Index", série sobre espers iniciada em 2008 e que teve duas temporadas. "Toaru Kagaku no Railgun" consegue também uma sequência (a primeira é de 2009) se baseando na mesma equipe de produção, como Tatsuyuki Nagai na direção e Seishi Minakami na composição dos roteiros. Nessa continuação, o foco será o arco "As Irmãs", que na novel de "Majutsu no Index" durou somente um volume, porém foi expandido posteriormente no mangá de "Kagaku no Railgun".

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Uta noPrince-sama♪ Maji Love 2000%
Formato: TV

Data de estreia: 03/04
Diretor: Yuu Kou ("Chrno Crusade", "Giant Killing", "Zero no Tsukaima: Futatsuki no Kishi")
Estúdio: A-1 Pictures
Gênero: Comédia / Harém / Romance
De onde saiu: Jogo para PSP.
Site oficial: Clique aqui

Continuação da animação de 2011, "Uta noPrince-sama Maji Love 1000%". Com o mesmo diretor em ação, Yuu Kou, o anime é baseado numa série de visual novels "otome" e tem como cenário uma escola de música que forma compositores e ídolos. A protagonista, Haruka, sonha em se tornar uma compositora, e aos poucos vai conhecendo e ajudando seis belos rapazes aspirantes a ídolos que surgem em sua vida.

A heroína de olhos assustadores teve, na primeira temporada, arcos individuais com todos os integrantes de seu harém, e a conclusão disso tudo foi algo bem típico para o gênero. Mas, o que acontecerá agora, os seis garotos ficarão ao seu lado enquanto lutam entre si para ter algo mais com ela? Ou surgirá, como indica a imagem acima, um novo galã para apimentar as coisas? Na verdade, tanto faz um como outro: tirando o trabalho caprichado da A-1 Pictures na arte do anime e a trilha sonora razoável, "Uta no Prince-sama" é puro fanservice para as mulheres, e não faz muita diferença como ele se desenvolverá - o anime anterior não pareceu dar importância a isso, para se ter uma ideia... Rapazes maravilhosos, rapazes esses fazendo de tudo para conquistar a protagonista chatinha, rapazes para todos os gostos femininos, e só. No seu nicho, é uma série competente e rentável, e isso já é o bastante.


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Data de estreia: 05/04
Diretor: Ai Yoshimura
Estúdio: Brains Base
Gênero: Comédia / Romance
De onde saiu: Light Novel, 6 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui

Da série "protagonista masculino pessimista e indiferente a tudo".

Sem ter amigos e muito menos uma namorada, o antissocial Hikigaya Hachiman tem uma visão bastante distorcida e negativa a respeito da adolescência; para ele, seus colegas de classe não passam de mentirosos que superestimam em excesso tal fase da vida, quando na realidade ela não tem nada de especial. E, justamente por causa desse seu comportamento, uma professora o obriga a participar do "Clube de Serviço", local de voluntários que presta assistência a alunos e que tem apenas um membro: Yukinoshita Yukino, a garota mais linda da escola. 

Mesmo não indo com a cara um do outro em um primeiro momento, os dois terão de se unir e confrontar suas visões de vida opostas para resolver os problemas dos alunos que são trazidos para o clube, ao mesmo tempo em que Yukino se encarrega de transformar Hikigaya em uma pessoa melhor.

Quer desconcertar um fanboy de "Yahari"? Diga que a história se parece com "Boku wa Tomodachi ga Sukunai"...

Porque parece mesmo, ao menos no início.

Protagonista socialmente desajustado que, junto com a bela garota fria e admirada, compõe um clube que vai lentamente reunindo outros estudantes solitários... Soa sim muito semelhante a "Boku wa Tomodachi", e, até onde pude ler da obra original - poucos capítulos -, a principal diferença entre os dois é que "Yahari" parece disposto a ir mais a fundo em temas que "Boku wa Tomodachi" apenas encostou de leve, para em seguida se perder em muito fanservice - e fãs dizem que nos últimos volumes lançados o enredo se distancia e muito de uma comédia romântica com Harém comum. Tem diálogos um tanto pretensiosos, mas interessantes e bem montados, o resmunguento Hikigaya causa uma boa e divertida primeira impressão, os traços são bonitos (e Brains Base, mesmo com orçamentos baixos, sabe dar uma disfarçada nisso com muita cor e estilização)... Está aqui uma das séries mais aguardadas da temporada, tanto por causa do estúdio quanto pelo prestígio da light novel, sexta colocada no Kono Light Novel ga Sugoi! de 2013, um guia anual que elege por voto popular as melhores obras nesse tipo de mídia. O diretor novato e o roteirista de pouca experiência (aahh, cadê Takahiro Omori!?) não empolgam, mas é esperar para ver o que vai dar.


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Data de estreia: 07/04
Diretor: Tsutomu Mizushima ("Another", "Joshiraku", "XXX Holic")
Estúdio: Production I.G.
Gênero: Comédia
De onde saiu: Mangá, 8 volumes, em andamento.
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Segunda temporada do deturpado anime de 2011, onde, basicamente, um detetive particular sádico e cruel invocava demônios sádicos e cruéis (e idiotas) para resolver seus casos com métodos nada, nada convencionais. Veremos novas piadas retardadas, sujas, erradas e imorais, porém engraçadíssimas, serem protagonizadas por um bando de degenerados. Comparando com algo recente, seria um "Cuticle Detective Inaba" mais - bem mais - hardcore.

Mesmo sendo episódios de 11 minutos, a primeira temporada começou com um gás tão imenso que no final quase ficou sem fôlego, terminando assim de uma maneira um tanto frustrante. A equipe "estelar" segue inalterável, do estúdio Production I.G. ao popular diretor Tsutomu Mizushima, além de dubladores conhecidos como Hiroshi Kamiya ("Bakemonogatari", "Natsume Yuunjichou") e Daisuke Namikawa ("Hetalia Axis Powers", "Kimi ni Todoke").


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Formato: TV
Data de estreia: 10/04
Diretora: Kaori
Estúdio: Kinema Citrus
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 4 volumes, em andamento.
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Trailer: Clique aqui

Dessa vez, meninas nerds para você! Baseado em um mangá 4-koma, o anime trará três estudantes que são membros de um clube de informática: a lerdinha Yukari, a animada e infantil Yuzuko e a sensata Yui. Agora que sabe a personalidade de cada uma, tente descobrir quem é quem na imagem ao lado sem a ajuda do trailer. Ahh, os penteados, as roupinhas, os clubes e seus argumentos podem mudar, mas é sempre a mesma coisa... E eu gosto disso, vergonhoso...

Informática? Vai nessa. É um 4-koma, e obviamente só as veremos batendo papo e falando sobre assuntos aleatórios. Originário de um mangá seinen, possivelmente seu conteúdo não será assim tão inocente. Quanto ao estúdio responsável por sua adaptação, o Kinema Citrus tem de longe como melhor produção "Tokyo Magnitude 8.0"; porém, nas últimas temporadas ele veio com "memoráveis" títulos como "Code:Breaker", "Busou Shinki Moon Angel" e "Oshiri Kajiri Mushi"... As expectativas são baixíssimas, mas talvez por isso mesmo pode acabar se tornando uma razoável surpresa.

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Data de estreia: 06/04
Diretor: Kenichi Yatani ("Doujin Work")
Estúdio: Gonzo
Gênero: Fantasia
De onde saiu: Jogo de RPG para celular.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

E Gonzo permanece agonizando.

Aquafall é um mundo fantasioso abundante em água e vegetação, e ocupado por dragões e fadas. Porém, com a queda de meteoritos trazendo criaturas que ameaçam todos os seres vivos do planeta, a fada Syrup forma o "Aquafall Defense Force", com três garotas do clã dos dragões como recrutas. A história acompanha o desenvolvimento de Syrup e as garotas dragões Leviathan, Bahamut e Jörmungandr enquanto lutam contra os inimigos vindo do espaço.

Gonzo? Não mais... História? Não... Jogo para celular? Minha nossa... Se algo além do lindinho "character designer" exibido no "trailer" (tão curto e vago que parece mais abertura de jogo antes de se apertar start...) chama alguma atenção, isto é o elenco de seiyuus: juntar Hanazawa Kana, Ayana Taketatsu e Kitamura Eri é querer apelar muuuito para a força que estes nomes possuem. "Zettai Bouei Leviathan" tem grandes chances de ser ruim como animação, contudo renderá bons trocados ao estúdio Gonzo, que pode ter "renascido" em 2011 com o anime de um gatinho vampiro, mas, parece estar tão vivo quanto ele...



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TOTAL:

43 estreias /2 reestreias
16continuações e spin-offs
15 novas adaptações de mangás
6 novas adaptações de light novel
4 novas adaptações de jogos (Celular: 2; Nintendo DS: 1; PSP: 1)
3 animações originais
nova adaptação de livro



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Animações mais esperadas pela comunidade do MyAnimeList (de acordo com o total de usuários que já adicionaram cada anime às suas listas) (números do dia 18/03):

 Ore no Imouto ga Konnani Kawaii Wake ga Nai. - 14,258
2º Shingeki no Kyojin - 9,633
3º Karneval - 7,117
4º Uta no☆Prince-sama♪ Maji Love 2000% - 6,848
5º Toaru Kagaku no Railgun S - 6,622
6º Date A Live - 6,591
7º RDG: Red Data Girl - 5,962
8º Hentai Ouji to Warawanai Neko. - 5,955
9º Yahari Ore no Seishun Love Come wa Machigatteiru. - 5,461
10º Devil Survivor 2 The Animation - 5,168






Kuroshitsuji

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Alternativo: Black Butler (em inglês)
Ano:2008 (1ª temp.) e 2010 (2ª temp.)
Diretor: Shinohara Toshiya ("Red Data Girl", "The Book of Bantorra")
Estúdio: A-1 Pictures
Episódios:24 (1ª temp.) + 12 (2ª temp.) + 6 OVAs
Gênero: Comédia / Drama / Mistério
De onde saiu: Mangá, 16 volumes, em andamento.



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Em algum lugar distante...

- Tenho uma ordem...
- O que deseja, Jovem Mestre?
- Quero que faça isto pra mim: vai conseguir realizar a ação ou é muito pra você? - e passa um envelope contendo as informações da ação.
- Como mordomo da família Phantomhive, se eu não conseguir serei uma desgraça para a minha profissão. Farei com prazer... - e lê o envelope, esmiuçando um sorriso sarcástico.
- Vá logo...
- Sim, Meu Lorde... - o mordomo reverencia o mestre e sai pra cumprir a missão dada.


Com certeza muitos devem conhecer a relação entre o mordomo e seu senhor, nos filmes, livros e animações: se o senhor dá uma ordem, o mordomo deve realiza-la não importando quais sejam as ordens dadas. Por isso este diálogo, cuja conclusão ficará para o final da resenha e aí saberão qual foi a ordem dada pelo Jovem Mestre para o seu mordomo...

Esta relação incomum é um dos pilares para a trama de “Kuroshitsuji”, uma série, de certa forma, conhecida pelo público e que tem como principais personagens o mestre e seu mordomo. A série teve início em um mangá do mesmo nome, publicado pela Monthly G Fantasy, que diferente das revistas mais comuns, tem periodicidade mensal e seus volumes são lançados pela Square Enix, produtora de games e que também publica a Shounen Gangan, lar de mangás como “Full Metal Alchemist” e “Soul Eater”, também mensal.

A mangaká de “Kuroshitsuji”, Yana Taboso, usou como ambientação a Era Vitoriana – época onde a Inglaterra era governada pela Rainha Victoria, membro da família real britânica – período muito lembrado pelo povo britânico, por isso, a ambientação e as roupas dos personagens remetem a esta época em particular. E foi além, também mostrando o figurino e estilo de outros povos, sem fantasiar ou ser surreal demais na construção dos seus personagens. Fora que algumas das histórias no mangá e no anime são baseadas em histórias clássicas da literatura inglesa ou fatos que povoam a imaginação do povo britânico.


O mangá está em andamento e recentemente, no ano de 2012, começou a ser lançado no Brasil pela Panini com o título de “Black Butler”: tanto o nome em inglês quanto o original japonês possuem a mesma tradução, que é “Mordomo Negro” em referência ao mordomo da história, que é um dos principais personagens da trama.

A história de “Kuroshitsuji” inicia nos apresentando os dois personagens principais da trama: o atual líder da Família Phantomhive, o jovem Ciel Phantomhive, e seu mordomo, Sebastian Michaelis. Anos atrás, houve um incêndio na mansão da família; os pais de Ciel foram mortos e o garoto levado para um lugar onde era molestado por um grupo misterioso. Antes de ser morto, o garoto consegue uma ajuda inesperada e pede pra matar todas aquelas pessoas, saindo do lugar e passando a ser acompanhado de Sebastian, que se torna seu mordomo pessoal.


Passado este tempo, o garoto passa a tomar conta dos negócios da família e, secretamente, cumpre missões para a Rainha, que envolvem o submundo e crimes misteriosos. Na Mansão Phantomhive, além de Ciel e Sebastian, temos os empregados da mansão: Finnian, um rapaz de bom coração, que é jardineiro; a Meirin, uma empregada toda atrapalhada e que tem uma quedinha pelo Sebastian; Bard, o cozinheiro que de cozinha não entende nada; e o mordomo anterior da família, Tanaka, que costuma permanecer em formato chibi na maior parte do tempo. A relação do garoto com o mordomo vai mais além das típicas ordens, pois o motivo de Sebastian estar junto a Ciel é por causa de um contrato: o mordomo é na verdade um demônio e em troca de “ajudar” ele a se vingar dos que arruinaram a sua vida, Ciel vai dar sua alma quando tudo estiver resolvido. E este contrato está marcado no olho esquerdo do garoto e na mão direita de Sebastian, na forma de um pentagrama.

A animação teve duas temporadas: a primeira, em 2008, contou com 24 episódios, que retratam parte do mangá - no entanto, como o anime alcançou o original, foi desenvolvido um final alternativo. Em 2010 houve o retorno, a segunda temporada teve 12 episódios e mesmo não usando o roteiro original, mantiveram parte da essência da série e os personagens, revelando uma nova história. Há quem diz que a segunda temporada é um completo desperdício de tempo, pois não teve uma base da trama original, o que é verdade. Só que, pra quem conferiu, esta temporada tem seus atrativos e foi mais rápida nos acontecimentos que a primeira temporada.


Fora as duas temporadas temos os OVAs, lançados durante a segunda temporada que trazem histórias que se encaixam ou não à trama e, apesar de serem episódios paralelos, valem dar uma conferida. Três destes especiais são baseados em clássicos de literatura – “Alice no País das Maravilhas” e “Hamlet” – um é o “making of” da segunda temporada da animação, na visão dos personagens, e dois mostram alguns detalhes sobre o elenco da série e ambientação. Em geral, tem momentos cômicos e até absurdos, bastante caracterizados na animação em geral.

O estúdio responsável foi o A-1 Pictures, que tem se destacado em lançar animações de boa qualidade gráfica e de adaptação, sem deixar de lado o essencial de suas produções. Trataram bem da adaptação das temporadas e dos OVAs, sem descaracterizar a personalidade e os traços de cada personagem – fossem os que aparecem no mangá ou os que foram feitos apenas para as versões animadas – como também teve uma excelente dublagem, que destacou o melhor do elenco de personagens.

Na primeira temporada, o tema de abertura “Monochromeno Kiss” cantada pela banda SID, possui um toque sombrio e misterioso, combinando com o estilo da série; e há dois temas de encerramento, sendo o primeiro “I’m Alive” cantado pela cantora BECCA, em inglês, cuja letra e clip são bem engraçadinhos; e o segundo, “Lacrimosa cantada pelo grupo Kalafina ("Mahou Shoujo Madoka Magica", "Fate/Zero 2"), que tem uma letra demasiadamente triste e que revela um momento crucial da trama. Já na segunda temporada, o tema de abertura “Shiver”, cantado pela banda The Gazette, tem um ritmo mais direto e de certa forma “animado”, e o tema de encerramento “Bird” cantado por Yuuya Matsushita, tem uma melodia que mistura o mistério e o sobrenatural.


“Kuroshitsuji” pode agradar em cheio quem curte uma história que se passa em um país pouco conhecido pelas pessoas, pois o figurino e a ambientação se baseiam em um momento histórico da Inglaterra; a mistura de combinar mistério, comédia e sobrenatural é um tanto única, funcionando em certos momentos e, às vezes, deixando a desejar, e quem quer ver personagens com aparências marcantes ou comuns, terá satisfação de assistir e acompanhar a história de Ciel e Sebastian.



- E então?
- Nem precisei me esforçar, Jovem Mestre.
- Por quê?
- Quando cheguei, a pessoa já tinha feito a sua parte. Até mesmo mandou o que pediu para que possa ler... - e lhe entregou um envelope grande para ele.
- Hum... - leu os papéis e os jogou no chão - E como esta pessoa reagiu ao te ver?
- Quer que seja sincero? Agiu normalmente e até perguntou o que estamos fazendo atualmente.
- Faz sentido. Mas, esta pessoa devia ter medo e não amizade com a gente. O que será que houve com as ameaças de antes? O que me sugere, Sebastian?
- Uma visita para esta pessoa. Quem sabe, possamos fazer ter medo de nós...
- Se de “você” a pessoa não teve medo, nem adiantaria se aparecêssemos juntos, mas...
- O que está pensando, Jovem Mestre?
- Quem sabe, esta pessoa possa ser... ah, esquece. Vamos...
- Entendido...

No chão, os papéis se espalham pelo ar: a ordem dada era convencer uma jovem pra escrever a respeito de “Kuroshitsuji”. E nem precisou, pois a tarefa foi efetuada sem precisar de artimanhas pra realizar...



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Escritora Otaku




ANIME ARTE 4

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Superando e muito a galeria da temporada anterior (que você pode ver aqui), foram reunidas nesse post quase duzentas imagens relacionadas a animes que estrearam na estação de primavera, sendo elas tanto oficiais quanto feitas por fãs. 

No final do post há um link para download de todas as imagens.



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Aiura




Dansai Bunri no Crime Edge



Date A Live




Devil Survivor 2 The Animation




Haiyore! Nyaruko-san W




Hataraku Maou-sama!




Hentai Ouji to Warawanai Neko




Hyakka Ryouran: Samurai Bride





Kakumeiki Valvrave




Karneval



Mushibugyou




Namiuchigiwa no Muromi-san

A imagem da sereia de cabelos azuis (Sumida-san) é a única que não tem no arquivo zipado, porque só na hora de postar percebi que sem querer a troquei por uma imagem, de paródia, que tem a personagem de outro anime mais velho.




Ore no Imouto ga Konnani Kawaii Wake ga Nai.




Photo Kano




RDG: Red Data Girl




Shingeki no Kyojin




Suisei no Gargantia




Yahari Ore no Seishun Love Come wa Machigatteiru.




Yondemasu yo, Azazel-san. Z




Yuyushiki




Zettai Bouei Leviathan




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Download: Mediafire




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