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Especial: Temporada de Primavera 2016

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Seguidas quedas de energia, trabalho estressante nas últimas semanas, falta de empolgação em ler mangás e light novels... Essas são algumas das desculpas que posso numerar para justificar a postagem de um guia do qual ainda faltam adicionar pelo menos 23 animes, mas sigamos em frente porque, porque... Porque são quase 2 da manhã no momento que escrevo esse texto de introdução e preciso ir dormir, é isso.


Gosta de jogos de cartas? Não? Ah, então pode pular o texto de uns quatro animes desse guia. Curte slice-of-life de garotinhas, sejam eles com grupos femininos preparando pães, jogando tênis, pilotando motos, protegendo os mares, possuindo um azar fora do comum ou até lutando em um Japão místico? Também não? Certo, ignore mais outros seis títulos, por aí. E que tal mechas ou pessoas com habilidades especiais? Nem isso? Oras, então feche esse post e volte daqui a três meses...

Exageros à parte (ou nem tanto), essa temporada lhe trará a rotina de um estudante lindo, genial, perfeito em tudo, admirado por todos, autor das mais diversas façanhas... E, no extremo oposto, também lhe mostrará a monótona vida de outro rapaz tão preguiçoso, desmotivado e indiferente que em seu mangá ele já até reclamou do trabalho extra que terá com a estreia de um anime, coisa mais desnecessária! Veremos também a afetuosa e às vezes turbulenta relação entre uma garota sacerdotisa ignorante do mundo que a cerca e um urso metido a engraçadinho, além da inusitada comédia romântica envolvendo a terráquea "mais normal de todas" e um alienígena bonitão - e aproveitando o tema espacial vale citar o retorno do embate entre humanos e baratas (urgh!) marcianas gigantes. Um mesmo estúdio trará de uma só vez três animes com elencos possuidores de poderes únicos, indo desde estudantes de uma academia que treina futuros heróis, detetives de uma agência que soluciona casos que a polícia não consegue resolver e seres das mais diversas origens e formas inseridos numa cidade caótica e colorida. Já outro estúdio vem com sua milésima animação original, dessa vez mesclando mechas e samurai que viaja no tempo (como!?), enquanto um terceiro ambiciona criar um novo "Shingeki no Kyojin" - hype, hype, hype!

Pessoalmente, o que aguardo mesmo é o retrato da relaxante vidinha de uma bruxa adolescente numa história onde nada de nada acontece e, mesmo assim, é mais completa do que muita obra com roteiros mirabolantes. De resto, certo anime sobre escola de magia e harém ganha sua continuação, ao passo que um novo entra em cena - só um mesmo? Confira ainda a sequência dos contos de terror a respeito de monstros invadindo o Japão, além do suspense em volta de uma viagem de ônibus com 30 pessoas rumo a uma vila inóspita (elenco grande + lugar estranho e afastado = mortes!). Havendo também a volta de homens musculosos com looks extravagantes e questionáveis, e as "aventuras" nos tribunais do advogado mais honesto e bem sucedido do mundo 2D, nem sei por qual motivo citarei esse por último, talvez só pra enrolar, porém encerro informando que novos piões superpoderosos e tecnológicos entrarão em cena e custarão somente uns R$ 100,00 caso queira importa-los!

E olha que antes tinha pensando em terminar o texto citando a frase "Pelo poder do prisma lunar!" vinda de bem sabem onde, contudo acabei ficando com vergonha de fazer isso...



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São por enquanto 35 estreias, porém esse número aumentará, no mínimo, para 58. A razão disso é que há mais 23 animações já confirmadas que preferi ir adicionando aos poucos nos próximos dias, para que o post não atrasasse. Na tabela do Neregate tem listada quase todas elas, mas segue abaixo a relação dos títulos faltantes:



Como de praxe, a cartela do Neregate ainda tem à disposição, para quem quiser, os anúncios de OVAs, Movies, Specials e OADs que virão nos próximos meses. Já para séries de TV e ONAs, continuarei com comentários pessoais meus em boa parte dos animes, principalmente naqueles cuja obra original eu pude conhecer um pouco - nessa temporada deverei chegar a 14 títulos lidos considerando os que ainda adicionarei, quantidade maior que na primavera de 2015 (12), mas longe do guia de 2014 (21).  Certamente um anime que estou aguardando muito agora poderá ser uma droga, ou um que só menosprezei poderá se mostrar muito bom (e às vezes eu também acerto, vai!); mas enfim, são apenas especulações, de acordo com a visão que tive do material original ou da equipe envolvida na produção.

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Como esse post está sendo feito com certa antecedência, muitos dados novos surgirão ou terão de ser corrigidos; desse modo, manterei logo a frente uma relação das atualizações realizadas aqui. A propósito, todos os animes possuem em seu título um link que o leva às suas respectivas páginas no MyAnimeList.

Concluindo, as datas de estreia se referem ao dia exato da primeira exibição do anime (excluindo pré-estreias), não importando o horário. Ex: em alguns sites colocam que anime X estreará dia 6 de abril, sendo que sua estreia será à 1:00 da manhã já do dia 7; mas aqui a data estará como dia 7 de abril mesmo.


PS: Comentários são bem-vindos; ou, para ser exato, eu quero que comentem! Claro, só estou sendo um pouco exagerado, mas feedbacks para algo que levou semanas para ser montado (e que nem chegou ao fim ainda) é, assim, um ótimo "pagamento", que me motiva a continuar com essa postagem em temporadas futuras. Não se preocupe com o tamanho ou conteúdo do comentário, somente deixar seu suporte, crítica ou sugestão já me será o suficiente.

PS (2): Dê o seu voto: No final do post há uma enquete perguntando quais animes você pretende ver nessa temporada, apenas para ver qual é a predileção do público do Animecote. O resultado será divulgado no início de abril. 

PS (3): PARTICIPE DO SORTEIO DE ANIVERSÁRIO DO ANIMECOTE E CONCORRA A QUATRO JOGOS! Para isso basta curtir nossa página no Facebook e possuir uma conta na plataforma Steam. Veja clicando aqui o post do sorteio com mais detalhes sobre como participar. As inscrições ficarão abertas até o dia 30 de março!



PS (4): Por fim, quem tiver interesse dê uma olhadano novo post da seção X-10 cujo tema é "Dez animes curtos de 2015", onde cito e recomendo dez animações de curta duração do ano que se passou, indo desde slice-of-life de garotinhas moe a ninja assassinos de ninjas, médicos com um parafuso solto na cabeça e monstros invadindo o Japão, dentre outros.



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Como colocar o link direto da imagem causava lentidão no carregamento do post e problemas na hora de realizar atualizações, clique aqui para ser direcionado à página do site Neregate, onde pode visualizar ou baixar a cartela nos formatos JPEG e PNG.


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Atualizações:

15/03: Revisados todos os textos e links e corrigidos diversos erros de digitação, concordância e formatação.
15/03: Revisão de todos os textos e links em andamento.



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Aikatsu Stars!
Formato: TV 
Data de estreia: 07/04
Estúdio: Sunrise
Diretor: Teruo Satou
Gênero: Slice-of-Life
Tema: Escolar / Musical
De onde saiu: Spin-off do anime de 2014, vindo de um jogo arcade.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Baseado em um jogo de cartas para arcades iniciado em 2012 pela Bandai onde o objetivo é fazer sua personagem se tornar uma idol popular, "Aikatsu Stars!" substituirá "Aikatsu!", anime exibido também desde 2012 que terminará agora em março com 178 episódios - podem ver que no MyAnimeList eles o consideram como um só anime, porém vários outros sites do ramo o divide em quatro temporadas. De qualquer modo, não faz diferença assistir a série anterior porque "Aikatsu Stars!" será protagonizado por uma nova garota aspirante a idol chamada Yume Nijino, que se matricula na Yotsuboshi Gakuen, escola que possui um grupo conhecido pelo nome de S4 que é formado pelas quatro melhores idols da instituição. O objetivo não só de Yume, como das demais estudantes da escola, é justamente se tornar parte desse cobiçado quarteto.

Voltado ao público infantil feminino, porém possuindo obviamente um fidelíssimo fandom masculino mais velho, a franquia de "Aikatsu!" já gerou quatro jogos para Nintendo 3DS - o último chegou ao console em novembro passado -, além de adaptações em mangás e light novels e a criação de vários produtos personalizados. Tendo ainda já dois filmes lançados em 2014 e 2015, está previsto para o dia 13 agosto desse ano "Aikatsu Stars! Movie", que estreará nos cinemas (clique aqui para ver um trailer dele) ao lado do curta "Aikatsu! ~Nerawreta Mahou no Aikatsu Card~". Por fim, em relação a nova série de TV, o estúdio Sunrise permanece na sua produção, contudo a direção volta às mãos de Teruo Satou - que já havia comandado a segunda temporada da animação atual -, enquanto que Yuuko Kakihara ("Chihayafuru 2") estreia na franquia na supervisão de roteiros e Yukiko Aikei ("Accel World", "Shigatsu wa Kimi no Uso") faz o mesmo na função de "character designer".


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Battle Spirits: Double Drive
Formato: TV 
Data de estreia: 06/04
Estúdio: Sunrise
Diretor: Kunihisa Sugishima ("Beyblade: Metal Fury", "Nabari no Ou", "Speed Grapher", "Yu-Gi-Oh! Duel Monsters")
Gênero: Ação
Tema: Jogo de cartas
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de uma franquia multimídia.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Nona temporada (ou oitava porque os produtores consideram duas séries em separado como uma só) de "Battle Spirits", anime iniciado em 2008 junto com seu respectivo jogo de cartas criado pela parceria entre Bandai e Sunrise, ao qual nesse tempo já originou ainda mangás, brinquedos e jogos em variadas plataformas. Após reformularem toda a equipe de produção na última temporada os nomes dessa vez permanecem os mesmos, com Kunihisa Sugishima ("Yu-Gi-Oh! Duel Monsters", várias séries de "Beyblade") na direção, Katsumi Hasegawa ("Final Approach", também diversas séries de "Beyblade") na supervisão de roteiros e Yoshinori Yumoto no "character design".

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Beyblade Burst
Formato: TV 
Data de estreia: 04/04
Estúdio: Oriental Light and Magic
Diretor: Katsuhito Akiyama ("Bastard!!", "Inazuma Eleven", "Pumpkin Scissors")
Gênero: Ação / Aventura / Sci-fi
Tema: Esporte
De onde saiu: Franquia "Beyblade".
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Oitava série de TV de "Beyblade", franquia iniciada através de um mangá em 1999 que serviu de divulgação ao brinquedo de mesmo nome, semelhante a um pião, cujas vendas começaram em 2000 - o primeiro anime, "Bakuten Shoot Beyblade", veio logo depois em 2001 e teve ao todo 3 temporadas, e em 2009 estreou "Metal Fight Beyblade", uma nova saga representando a segunda geração de brinquedos criada pela empresa Takara Tomy que rendeu outras 4 temporadas até 2012. Houveram ainda dois filmes em 2002 e 2008 e duas séries de TV spin-off coproduzidas entre Japão e Canadá, porém só exibidas no ocidente, intituladas "BeyWheelz" e "BeyWarriors: BeyRaiderz". Muitos de vocês devem se lembrar da popularidade que essa franquia alcançou no Brasil no início dos anos 2000 ao ser exibida pela Globo, havendo organização de torneios e boas vendas das tais Beyblade, e até pouco tempo atrás o canal Disney XD exibia as temporadas mais recentes.

Por sua vez, "Beyblade Burst" já chega a televisão tendo uma versão em mangá publicada desde julho passado, e essa nova investida em diversas mídias serve para promover a terceira geração das Beyblade, que se desmontam ao sofrerem um golpe mais forte e vem acompanhadas com um dispositivo que mede a velocidade dos lançamentos e registra as vitórias e derrotas do jogador, sendo possível repassar tais dados para esse site que reúne rankings de jogadores de todo o mundo - clique aqui para ver o vídeo de um homem (que precisa urgentemente cuidar de suas unhas) explicando em detalhes as novidades dessa geração, e aqui para assistir outros dois realizando alguns confrontos. O anime? Ah, sim... Além de terem anunciado que as cenas de batalhas serão todas em CG (nunca gostei de "Beyblade", mas devo dizer que pelo menos o visual nos trailers está bem atraente nessas sequências), foram divulgadas apenas breves descrições sobre os dois protagonistas, chamados Baruto Aoi, um garoto de sangue quente possuidor de uma Beyblade de nome Valkyrie; e seu amigo Shuu Kurenai, um jogador de elite gênio e bastante esforçado que usa a Beyblade Spriggan.

Primeiro anime da franquia a ser animado pelo estúdio Oriental Light and Magic (os demais foram produzidos por Madhouse, SynergySP e Tatsunoko), "Beyblade Burst" terá o veterano Katsuhito Akiyama na direção junto a Hideki Sonoda na supervisão de roteiros e Toshiaki Ohashi no "character design". Como curiosidade final, em 2015 o estúdio americano Paramount adquiriu os direitos de "Beyblade" para a criação de um tenebroso filme em live-action, igual ao que já fez com "Transformers" e "G.I. Joe", outros dois títulos cujas linhas de brinquedos pertencem a Hasbro - empresa que comercializa "Beyblade" no ocidente, e sim, pela internet é possível achar marmanjos gastando tempo para ver qual Beyblade é melhor, se o da Hasbro ou Takara Tomy...


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Bishoujo Senshi Sailor Moon Crystal Season III
Formato: TV 
Data de estreia: 12/04
Estúdio: Toei Animation
Diretor:Chiaki Kon ("Golden Time", "Higurashi no Naku Koro Ni", "Junjou Romantica", "Nodame Cantabile Paris Hen")
Gênero: Comédia / Drama/ Romance
Tema: Mahou shoujo
De onde saiu:Continuação do anime de 2014, vindo de um mangá finalizado em 18 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Terceira temporada de "Bishoujo Senshi Sailor Moon Crystal", anime que em 2014 deu início a uma nova adaptação do popular mangá de Naoko Takeuchi- mangá esse que recebeu 5 séries de TV nos anos 90, exibidos aqui no Brasil em canais como Manchete, Record, Cartoon Network e Rede Brasil. Recentemente a JBC finalizou a publicação dessa obra em edição especial (lançada entre 2003 e 2004 no Japão, enquanto que a edição original foi publicada de 1991 a 1997) composta por 12 volumes, além de outros 2 com histórias paralelas.

Adaptando dessa vez os volumes cinco e seis do mangá original, "Bishoujo Sailor Moon Crystal Season III" permanece sendo produzido pelo estúdio Toei Animation, porém terá dessa vez a ótima Chiaki Kon como diretora no lugar dMunehisa Sakai ("Suite Precure"), ao passo que Yuji Kobayashi ("Sazae-san", "alguns episódios de "Saint Seiya Omega") continua na supervisão de roteiros e Yasuharu Takanashi ("Fairy Tail", "Gantz", "Log Horizon", "Shiki") segue na composição da trilha sonora. Outra mudança notável a ocorrer será no "character design", que agora será criado por Akira Takahashi ("Dokidoki! Precure", "Suite Precure"), substituindo assim Yukie Sako.


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Boku no Hero Academia
Formato: TV 
Data de estreia: 03/04
Estúdio: Bones
Diretor: Kenji Nagasaki ("Classroom Crisis", "Gundam Fight  Builders", "No.6")
Gênero: Ação / Aventura / Comédia
Tema: Escolar / Super poderes
De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui, aqui, aqui e aqui

Em um mundo repleto de heróis e vilões onde 80% da população manifesta algum poder (ou como são chamados, "Quirk") até os quatro anos de idade, o adolescente Izuku Midoriya, infelizmente, não passa de uma pessoa normal apesar de sua enorme fixação por aqueles que enfrentam o mal - em particular o incrível All Might, simplesmente o super herói mais famoso que existe. Porém, certo encontro com seu ídolo fará com que Izuku adquira também um Quirk mesmo que nunca tenha nascido com um, tornando assim possível o longo sonho de ser aceito para estudar na Yuuei Academy, a escola de maior prestígio dedicada ao treinamento de novos heróis. Tendo All Might como um de seus professores, Izuku fará várias amizades e criará alguns desafetos nessa nova fase de sua vida, passando por diversos obstáculos a fim de tornar-se um super herói profissional.

Baseado em um mangá shounen publicado na Weekly Shounen Jump ("Assassination Classroom", "One Piece", "Gintama") desde 2014, "Boku no Hero Academia" é mais um título que aproveita a popularidade recente de super heróis, digamos, "alternativos" e profissionais, numa história embebida em estereótipos habituais de sua demografia e com bastante ação exagerada e destrutiva. Não é meu estilo de obra, canso rápido dela após algum tempo - o mangá mesmo eu já abandonei, e estou em dúvida se verei o anime -, entretanto não dá pra ignorar e exaltar sua qualidade dentro do gênero e tema propostos.

Li dois volumes do mangá, e como é de praxe em histórias shounen mais convencionais eles foram bem introdutórios, apresentando as peculiaridades do mundo no qual a trama ocorre, seu vasto elenco e a que será a primeira grande ameaça enfrentada pelo personagem principal, logo não há muito de relevante a dizer - é aquilo, eu poderia ter continuado a leitura por conta disso, mas admito que não estava mais interessado. Tendo apenas 14 anos, Izuku sofre constante bullying, principalmente de seu arrogante amigo de infância Bakugou, por não ter nenhum "Quirk" (imagine que chato ser o único da sala sem qualquer habilidade!), porém como todo bom protagonista de obra shounen ele segue ingênua e esperançosamente sonhando em alcançar seu objetivo, algo do qual finalmente terá uma chance de conseguir após se encontrar cara a cara com seu maior ídolo, o musculoso, eternamente sorridente e bronzeado All Might - isto é, essas são suas características em público salvando a população de inúmeros inimigos, pois a identidade real do super herói Nº 1 é a de um cara esquelético e de saúde frágil que fala cuspindo sangue e que nem pode mais manter sua transformação por muito tempo. Um choque terrível para a cabecinha de Izuku, só não maior do que a descoberta de que ele fora escolhido para se tornar sucessor da habilidade usada por All Might, que é super força. Nisso, os dois volumes iniciais foram usados para mostrar um rápido e pesado treino que o rapaz realizou sob a tutela do herói bombadão para passar nos exames da disputada Yuuei Academy, onde somente 1 de cada 300 alunos são aprovados (essas escolas especiais quase sempre parecem mais concorridas do que uma vaga de medicina na USP, né?), e depois seus primeiros ensinamentos nesse local. Em resumo, longe de no momento ser capaz de usar livremente o poder que acabou de ganhar visto que um só golpe causa grandes danos no seu braço, Izuku aprenderá a controlar sua habilidade e respeitar seu potencial, fará alguns confrontos simulados com seus novos colegas (dentre eles o esquentadinho amigo de infância e agora rival Bakugou, do qual o garoto sente tanto admiração pela sua força, quanto raiva por ser menosprezado pelo mesmo) e, nos últimos capítulos que li, se verá diante de bizarros e perigosos vilões de verdade, interessados no All Might, que deixarão claro o quão ele precisará melhorar para almejar se tornar um profissional.

Garota sapomenina extrovertida e otimista, capaz de fazer objetos flutuar, que se torna o pseudo interesse amoroso do protagonista; um rapaz cuja metade de seu corpo controla gelo, e a outra metade fogo; um garoto bastante orgulhoso e meio afetado que solta lasers pelo umbigo; um grandalhão que ao ingerir 10 gramas de açúcar aumenta sua força em cinco vezes, mas que em contrapartida reduz as funções de seu cérebro; garota invisível, e sim, ela precisa estar nua para usar tal poder plenamente; super velocidade; braços extras que podem replicar órgãos do corpo humano em suas pontas; habilidade que endurece o próprio corpo a ponto de torna-lo quase invulnerável... Esses são alguns dos integrantes do lado bonzinho, liderados por um garoto inocente e bobinho que, independente de tantas limitações, não desistirá jamais de seu sonhos - especialmente havendo incentivos como o apoio de seu ídolo, a ajuda de um grupo de novos e unidos companheiros e a indispensável rivalidade com aquele que foi pra mim o personagem mais mala de toda a história até agora (me surpreendi ao ver que ele possui tantos fãs, possivelmente a essa hora no mangá já deve ter amenizado esse seu jeito petulante em excesso como seria de se esperar). Que nem eu falei no início do texto, não é um tipo de mangá/anime que me prende a atenção por muito tempo, mas durante esses dois volumes deu pra testemunhar o surgimento de um elenco bem simpático e conflitos que, não nego, me emocionaram um pouco em alguns momentos com a tamanha superação e insistência de um guri, por mais que fossem previsíveis o desfecho deles. Entretém, usa de forma elogiável as fórmulas inerentes à sua demografia e, com o estúdio Bones na produção, é certo que o anime será ainda mais atraente para quem curte um pouco de ação desse gênero.

Com Kenji Nagasaki na direção, "Boku no Hero Academia terá também Yousuke Kuroda ("Gundam Build Fighters", "High School of the Dead", "Jormungand") na supervisão de roteiros, Yuuki Hayashi ("Blood Lad", "Death Parade") na trilha sonora e Yoshihiko Umakoshi ("Saint Seiya Omega", "Mushishi", "Casshern Sins", "Berserk") no "character design".

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Bonobono (2016)
Formato: TV (5 min. por episódio)
Data de estreia: 02/04
Estúdio: Eiken
Diretor: Hidenori Yamaguchi
Gênero: Comédia / Slie-of-Life
De onde saiu: Continuação do anime de 1995, vindo de um mangá com atuais 40 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Segunda temporada de "Bonobono", anime de 1995 baseado em um mangá que nesse mês de março completa 30 anos de existência contando a história de Bonobono, uma serena lontra azul que mora numa floresta e tem como amigos um guaxinim, um tigre e um esquilo, dentre outros animais. Considerado uma obra 4-koma, porém com tirinhas que na verdade usam oito quadros por vez, tal mangá foi vencedor do "Kodansha Manga Award" em 1988 na categoria geral, e ele recebeu ainda vários livros ilustrados, dois filmes em 1993 e 2002 e dois antigos jogos para 3DO e Playstation lançados no mesmo ano de estreia da primeira série de TV.

Apesar de ser uma continuação, algo que o faria ter baixa prioridade nesses guias, eu bem que gostaria de ter encontrado algum material traduzido dessa franquia para dar uma olhada no seu conteúdo, visto que li comentários onde comparam seu estilo de comédia de forte humor gráfico e um tanto filosófica com títulos como o ótimo "Azumanga Daioh", porém em um nível obviamente mais familiar. Não havendo nada disso disponível pela internet, só digo que a direção do anime ficará nas mãos do debutante Hidenori Yamaguchi, seus roteiros serão supervisionados por Mitsutaka Hirota ("The Prince of Tennis II", "Phantasy Star Online 2: The Animation") e sua animação estará a cargo do cinquentão Eiken, estúdio também responsável até hoje pelo eterno "Sazae-san".


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Bungou Stray Dogs
Formato: TV 
Data de estreia: 07/04
Estúdio: Bones
Diretor: Takuya Igarashi ("Captain Earth", "Ouran High School Host Club", "Sailor Moon Sailor Stars", "Soul Eater")
Gênero: Ação
Tema: Super poderes
De onde saiu: Mangá, 9 volumes em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Um extravagante bando de personagens com nomes de personalidades literárias e dotados com poderes sobrenaturais.

Expulso do orfanato onde morava e sem ter para onde ir e tampouco o que comer, Najakima Atsushi se encontrava à beira de um rio quando de repente flagra e salva um homem tentando se suicidar por afogamento, chamado Dazai Osamu. Ele e seu parceiro que aparece logo em seguida, Doppo Kunikida, trabalham em uma agência especial de detetives cujos integrantes possuem poderes sobrenaturais e lidam com casos que normalmente são perigosos demais para a polícia e forças militares. Antes de conhecerem Nakajima a dupla estava à procura de um tigre solto pela cidade, e em pouco descobrem que o animal tem alguma ligação com o rapaz. Após o caso ser resolvido, Nakajima acabará se tornando o novo membro dessa famosa agência de detetives.

Originado de um mangá seinen em publicação desde 2011 na revista Young Ace ("Blood Lad", "Boku Dake ga Inai Machi"), "Bungou Stray Dogs" será seu anime estilizado de ação com personagens em sua maioria vaidosos e estranhos que são usuários de habilidades incomuns e, para deixar tudo ainda mais pseudo cult, carregam nomes de famosos autores literários - e não só isso, como eles também possuem alguns traços, trejeitos e poderes que fazem referências às obras e vida de suas respectivas inspirações. Olha só, você assiste cenas de ação exageradas e pancadaria ao mesmo tempo que "aprende" um pouquinho de literatura!

Escolhido em algumas enquetes japonesas de 2015 como o mangá mais desejado para se ganhar uma adaptação animada (ficou na frente até de "One Punch Man"), li três volumes, quase quatro de "Bungou Stray Dogs" e estaria mentindo muito se dissesse que presenciei qualquer roteiro elaborado, elenco bem desenvolvido ou tramas muito criativas: foi somente um mangá com bastante adrenalina e casos episódicos envolvendo grupos mafiosos, gangues de rua ou assassinatos misteriosos, mas, bem, estaria de igual modo faltando com a verdade se eu escrevesse aqui que não me empolguei e me diverti com o que li. Como é de praxe em tramas desse tipo, o protagonista Atsushi Nakajima (baseado no escritor homônimo que viveu entre 1909 e 1942) faz o tipo do "cara à primeira vista fracote e comum, porém dono de um grande poder" que de repente se encontra no meio de um grupo de pessoas singular onde ele, tão complexado em relação a traumas do passado no qual sempre foi rejeitado e menosprezado por todos, se verá surpreendentemente bem-vindo e aceito - e por ser uma breve surpresa no início da obra prefiro omitir a sua habilidade, porém ela tem a ver com um célebre conto do escritor do qual ele tira seu nome, e ao longo do mangá é normal vê-lo recitando aqui e ali trechos de poesias do mesmo. Após passar por um teste e se juntar em definitivo a agência, acompanhamos nos volumes iniciais casos rápidos que impelem Nakajima a conhecer em detalhes um a um os colegas de trabalho e suas personalidades e poderes, havendo ainda o surgimento de um inimigo, chamado Ryuunosuke Akutagawa (inspirado nesse escritor, que já teve dois contos seus adaptados no anime "Aoi Bungaku"), que deverá ser o maior foco em boa parte da primeira temporada da série de TV - sim, primeira - e que possui como habilidade uma capa preta que se transforma numa besta capaz de partir tudo à sua volta, até mesmo o espaço. Logo antes disso tudo, com o primeiro evento em relação ao tigre, já descobrimos que o personagem representando o famoso Dazai Osamu (também há uma história sua em "Aoi Bungaku"), além de ter como poder a capacidade de anular a habilidade dos outros, traz em seu comportamento um melancólico traço desse autor, que tentou se suicidar três vezes até enfim conseguir se matar na quarta tentativa ao lado de uma mulher que havia conhecido há pouco tempo - e isso ocorreu justamente através de afogamento, método usado pelo personagem antes de ser salvo por Nakajima, sendo que essa sua mania de querer se matar (a propósito, por "coincidência" seu maior desejo é alcançar isso acompanhado de uma linda mulher...), junto ao seu modo despreocupado de agir, servem como um dos alívios cômicos da história.

Evitarei ir mais além quanto a acontecimentos para não dar spoils demais e estender muito o texto, contudo, do restante do elenco destaco ainda a "temida" Yosano Akiko, doutora que possui um limitado poder de cura que só pode ser usado quando o alvo tem ferimentos externos fatais, resultando no cruel e doloroso ato de, para curar junto ferimentos mais leves de alguém, ser necessário primeiro quase mata-lo (!) para assim conseguir usar sua habilidade (e tal qual as mulheres presentes nas obras da poetisa homônima falecida em 1942, ela é dotada de uma personalidade bem assertiva e forte); Doppo Kunikida (1871-1908), um homem extremamente organizado que pode transformar a agenda que sempre carrega em qualquer objeto, desde que esse não seja maior do que a própria agenda; Rampo Edogawa (escritor de histórias de suspense, no ano passado teve um anime fraquinho dedicado aos 50 anos de sua morte), um vaidoso e chato rapaz que com seu antiquado jaleco de detetive é capaz de desvendar com absurda clareza e precisão um mistério em poucos segundos apenas olhando a cena do crime, porém enquanto este acha que isso é um poder, na verdade ele é somente muito esperto; e Miyazawa Kenji (poeta e autor de livros infantis, fazendeiro em seus últimos anos de vida; há vários animes baseados em suas histórias), um humilde e animado garoto vindo do interior que, caso esteja de estômago vazio, adquire super força. A lista de celebridades com suas versões em 2D é extensa, não se restringindo unicamente a autores japoneses como pude ver em alguns sites, que listam Dan BrownAgatha Christie e até Fyodor Dostoyevsky como personagens de volumes avançados. De qualquer forma, entre explosões, tiroteios e lutas coreografadas em torno desse unido grupo de detetives overpower, há por fim certo suspense em volta de um dos protagonistas que já deve ter sido melhor explicado mais adiante, e uma constante tentativa em dramatizar e comparar o passado sofrido de Nakajima com o presente, feito com tal insistência e pieguice que admito ter perdido a paciência com isso depois de meros dois volumes lidos - mas tal detalhe é o de menos frente ao que o mangá tem de melhor a oferecer. Agitado e estupidamente divertido, a fantasia urbana "Bungou Stray Dogs" só tem a ganhar estando nas mãos do estúdio BONES, que incrementará seu estilo com boa animação e esmerada trilha sonora conforme podemos prever pelos trailers, mesmo processo ocorrido com "Kekkai Sensen" em 2015, o qual o estúdio tornou o anime consideravelmente mais interessante que o mediano mangá (aliás, ele começou a ser lançado esse mês pela JBC aqui no Brasil).

Já previsto para ter duas temporadas, com a próxima estreando em outubro, "Bungou Stray Dogs" trará, junto ao regular Takuya Igarashi na direção, Yoji Enokido ("Nodame Cantabile Paris-hen", "Shoujo Kakumei Utena") na supervisão de roteiros, Taku Iwasaki ("Akame ga Kill!", "Gatchaman Crowds", "Noragami") na trilha sonora e Nobuhiro Arai ("Hitsugi no Chaika") no "character design".


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Cardfight!! Vanguard G: Stride Gate-hen
Formato: TV 
Data de estreia: 17/04
Estúdio: TMS Entertainment
Gênero: Ação / Aventura
Tema: Jogo de cartas
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um projeto multimídia.

Sétima temporada de "Cardfight!! Vanguard", anime integrante de um projeto multimídia formado por Akira Itou (desenhista do mangá "Yu-Gi-Oh! R"), Satoshi Nakamura (exímio jogador de "Magic: The Gathering" que auxiliou na criação de "Duel Masters") e a Bushiroad, empresa fabricante de jogos e coleções de cartas. A animação teve início em janeiro de 2011, o popular jogo de cartas veio um mês depois e um mangá é publicado até hoje - a franquia também já passeou por outras mídias, chegando ao ponto de lançarem até um filme live-action em 2013, clique aqui para vê-lo por inteiro no Youtube.

Garantido desde o ano passado pelo próprio presidente da Bushiroad, Takaaki Kidani, que o anime continuaria no mínimo até a sétima temporada, ainda não foi divulgado oficialmente se a equipe de produção segue a mesma, porém atualizarei esse texto caso haja qualquer informação a respeito.


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Concrete Revolutio: Choujin Gensou - The Last Song
Formato: TV 
Data de estreia: 03/04
Estúdio: Bones
Diretor: Seiji Mizushima (Fullmetal Alchemist", "Hanamaru Youchien", "Mobile Suit Gundam 00", "Shaman King", "Un-Go")
Gênero: Ação / Fantasia
Tema: Super poderes
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, uma obra original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui 

Segunda temporada de "Concrete Revolutio: Choujin Gensou", animação original produzida pelo estúdio Bones que conta a história de um Japão onde heróis de todos os tipos e origens fazem parte de seu dia a dia. Por tratar-se de um projeto que desde o início já estava combinado que haveriam duas temporadas separadas por um intervalo de três meses - o tal "split cour", estratégia que se tornou muito usada a partir de 2014 -, a equipe em si não tem mudanças, com Seiji Mizushima na direção, Shou Aikawa ("Chaos Dragon", 30 episódios de "Fullmetal Alchemist") na criação da história original e supervisão de roteiros e Yoshiyuki Ito ("Space Dandy") no "character design".


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Duel Masters VSRF
Formato: TV 
Gênero: Ação / Aventura / Comédia
Tema: Jogo de cartas
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de uma série de mangás que, juntando todos os seus títulos, possui atuais 60 volumes.
Trailer: Clique aqui

Décima terceira temporada de "Duel Masters", anime iniciado em 2002 que faz parte de outra franquia da empresa Takara Tomy, dessa vez envolvendo jogos de cartas - esses chegaram ao mercado meses antes da primeira animação estrear, e na verdade tudo isso começou em 1999 com um mangá que teve 17 volumes publicados até 2005 e 60 atualmente se contarmos todas as obras que o sucederam, com o detalhe de que "Duel Masters" era para ser inicialmente um título alternativo baseado em "Magic: The Gathering", popular jogo de cartas (e o mais velho que existe) criado em 1993 pela empresa americana Wizard of the Coast; entretanto, com o tempo os dois títulos se separaram e assim nasceu uma nova franquia cuja jogabilidade é parecida ao do irmão americano. Havendo ainda 3 jogos para Game Boy Advance e 1 para Playstation 2, "Duel Masters" obteve grande sucesso apenas no Japão sob a tutela da Takara Tomy, visto que até hoje só uma temporada foi exportada para o ocidente e seu jogo de cartas, devido ao baixo número de vendas, também durou pouco tempo fora de terras nipônicas nas mãos da própria Wizard of the Coast, que preferiu anos depois relançar "Duel Masters" nos Estados Unidos com o nome "Kajiudo: Rise of the Duel Masters", marca que gerou novas cartas, jogo online e duas séries de TV muito semelhantes ao seu primo japonês - mas tudo isso também já chegou ao fim em 2014, quando a Wizard of the Coast decidiu interromper a produção de cartas e o suporte ao jogo online...

Pois bem, voltando ao trabalho original ("original" em comparação com "Kajiudo", mas não com "Magic: The Gathering", né...), foi dito somente, conforme podem ver no trailer, que teremos nesse novo anime hamsters falantes e "assombrosos alunos transferidos", seja lá o que isso tenha de relevância na história, além de permanecer como protagonista Katta Kirifuda, personagem que desde 2011 substituiu o irmão mais novo, Shobu Kirifuda, no papel principal. Nada foi confirmado em relação a equipe de produção, e tão logo divulgam algo a respeito atualizarei esse texto.

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Flying Witch
Formato: TV 
Data de estreia: 10/04
Estúdio: J.C. Staff
Diretor: Katsushi Sakurabi ("Kamisama no Memochou", "Shingetsutan Tsukihime", "Uragiri wa Boku no Namae o Shitteiru")
Gênero: Comédia / Fantasia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 3 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Adaptação de um mangá shounen publicado desde 2012 na Bessatsu Shounen Magazine ("Aku no Hana", "Shingeki no Kyojin", "xxxHOLIC"), "Flying Witch" conta a história de Makoto Kowata, uma bruxa aprendiz que, em companhia de sua gata Chito, passa a morar na casa de seu primo de segundo grau em Aomori após completar 15 anos - e pronto, qualquer outra sinopse dessa obra não vai além disso.

E também nem teria como: ao contrário do que a demografia, premissa e tema possam indicar, "Flying Witch" é um puro slice-of-life "
iyashikei" onde, para ser exato, nada remotamente significativo acontece, pois só vemos o pacífico dia a dia de uma bruxinha novata junto de seus primos e outras pessoas que ela vai conhecendo durante sua estadia na casa deles, visto ser uma tradição entre bruxas sair da moradia dos pais e tornar-se mais independente ao completar 15 anos. Se for para fazer comparações a fim de relevar seus principais pontos, podemos então equipara-lo com o clássico filme do Ghibli "Kiki's Delivery Service", animação igualmente protagonizada por uma bruxinha aprendiz que sai de casa ao alcançar certa idade e leva uma rotina sem grandes ocorrências; "Aria", com seu humor bem sutil e andar lento que enfatiza bastante o cenário à sua volta para criar um clima mais relaxante, isso enquanto testemunhamos um grupo de garotas desfrutando dos mínimos prazeres da vida; e "Yotsubato", que realiza a proeza de gastar capítulos inteiros mostrando, com muita calma, as ações totalmente banais de uma menina de cinco anos.

Um tanto cabecinha de vento e não possuindo senso de direção algum - a tal ponto que chega a comemorar quando consegue voltar da escola sozinha... -, Makoto se encontra em um Japão onde bruxos, em tese, vivem em segredo e não são permitidos falar sobre suas origens em público, mas estranhamente ninguém parece se espantar taaanto assim quando descobrem que ela é uma - no máximo há de quando em quando olhos arregalados de surpresa, mas isso logo passa, e sorte de Makoto que seu desleixo em esconder sua identidade não acarreta em penitência a nenhuma das partes, pra verem como no final nem isso gera qualquer conflito. Durante dois volumes vi essa garota achar que uma mandrágora é um bom presente a ser dado para sua nova amiga e colega de classe Nao, que prontamente recusou esse bizarro sinal de amizade; acompanhei um capítulo inteiro onde Makoto se dirige a uma loja de tecidos, junto de sua esperta gatinha Chito (com quem fala normalmente, mas nós só ouvimos miados), para poder costurar um novo robe típico de bruxas; vi outro capítulo inteiramente dedicado a ela e seus dois primos, o sereno Kei e a curiosa Chinatsu, em que os três trabalham duro capinando e arando um terreno que servirá de horta, visto que é vital às bruxas ter uma à disposição para possíveis preparos de feitiços; e presenciei as chegadas sem aviso prévio e partidas repentinas de seres estranhos, incomuns, como um mensageiro da primavera que veio até Makoto pedir por uma poção, jornaleiros trazendo jornais de bruxos (será que as figuras se movem!?) que somente surgem diante de bruxas que os aguardam na entrada das casas pela manhã, e... Misteriosas baleias voadoras carregando ruínas em suas costas (!), que parecem ser um evento raro mesmo entre os adeptos da magia. "Flying Witch" segue exatamente dessa forma, mesclando naturalmente um slice-of-life no interior do Japão com elementos fantasiosos, não se preocupando em gastar 25 páginas ora para mostrar boa parte do elenco comendo panquecas caseiras e falando sobre, bem, a história e o preparo das mesmas, ora uma conversa descontraída entre Makoto e Nao a respeito do crescimento da citada horta, ou então uma visita a um restaurante que pessoas normais enxergam como uma casa aos pedaços do lado de fora, no qual tem-se garçonetes fantasmas tímidas que não aparecem na frente de seus clientes e que é frequentado por todo tipo de ser, seja ele bruxo ou uma raposinha em busca de cerejas. Abusando de painéis ou páginas inteiras focadas na natureza e construções ao redor dos personagens (podem até ver como os próprios trailers dão ênfase nisso também), é de se destacar ainda como, nesses e outros pequenos contos do dia a dia, surge uma comédia extremamente sutil, na qual gracinhas ditas por alguém ou eventos embaraçosos praticamente não acarretam em reações e réplicas cômicas e extravagantes, muitas vezes resultando em momentos de silêncio ou frases curtas tão modestas que nem parece ter havido ali alguma tentativa de piada - e nem por isso digo que a comédia aqui me foi ruim, pelo contrário, considerei ótimo o timing e bom gosto delas na maior parte do tempo.

Acho complicado "Flying Witch" tornar-se uma adaptação muito interessante nas mãos do J.C. Staff (não por culpa exatamente do estúdio, mas sim devido ao seu estilo e quem será responsável pela sua direção), porém ao menos o mangá me trouxe uma leitura extremamente confortável e tranquila, inicialmente monótona por ser uma história "sobre nada" que não esperava, mas que entretanto foi ficando atraente e simpática conforme eu presenciava um elenco levando sua vidinha na mais pura calmaria em capítulos que terminavam sem nenhuma cerimônia, como se fosse meramente o fim de mais um dia qualquer - e particularmente me surpreendeu ainda as personalidades e relações moderadas de boa parte dos personagens, indo desde a Chinatsu que se comporta e raciocina de modo verossímil para uma criança de sua idade, não sendo só um elemento moe de pensamentos e frases artificiais, ou então um protagonista masculino de obra shounen que age de forma madura, mal se destaca e tampouco expressa um mínimo de interesse amoroso pra cima daquela que é sua prima - provando que não é todo adolescente que perde a cabeça e começa a vislumbrar calcinhas e peitos por todo lado ao ter uma garota vindo morar na sua casa do nada. Quando comecei a escrever esse texto esperava que ele fosse ficar pequeno, já que "plot" mesmo no mangá não há um pingo, mas creio que dá para perceber o quão me empolguei no meio do caminho para algo num primeiro momento tão singelo, só que inesperadamente completo em seu formato, tanto que poderia prosseguir com os elogios se isso não começasse a deixar o texto enfadonho e parcial em excesso.

Dirigido por Katsushi Sakurabi, "Flying Witch" terá Deko Akao (ou Hitomi Mieno) ("Noragami", "Nazo no Kanojo X", "Arakawa Under the Bridge") na supervisão de roteiros e Masato Yasuno no "character design". A título de curiosidade, a autora Chihiro Ishizuka publicou em 2010 "FlyingWitch", um one-shot, com pegada mais romântica e comédia visualmente mais expressiva, que se passa no mesmo mundo da obra que viria a ser iniciada três anos depois.


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Future Card Buddyfight DDD
Formato: TV 
Data de estreia: 02/04
Estúdio: Oriental Light and Magic / Xebec
Diretor: Shigetaka Ikeda
Gênero: Ação
Tema: Jogo de cartas
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um jogo de cartas.
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Trailer: Clique aqui

Terceira temporada de "Future Card Buddyfight", anime originado de um jogo de cartas criado pela empresa Bushiroad que no Japão é voltado a crianças de 9 a 11 anos, porém na América é destinado a um público mais velho ao apresentar um sistema de batalhas de maior complexidade. Ainda não foi confirmado se toda a equipe de produção será a mesma, mas, como a segunda temporada só acabará agora em março com 50 episódios, exatamente uma semana antes da estreia dessa continuação, possivelmente não haverá mudanças quanto a isso.

E apenas para não perder a chance de posta-lo pela terceira vez mesmo que não tenha utilidade alguma, clique aqui para ver um vídeo promocional de 2013 da franquia, com direito a um garoto enfrentando um homenzarrão no ringue e, esse, fazendo uma "atuação" muito convincente ao ser derrotado...

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Gakusen Toshi Asterisk 2nd Season
Formato: TV 
Data de estreia: 02/04
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Manabu Ono ("Kyoukai Senjou no Horizon", "Mahouka Koukou o Rettousei", "Saki")
Gênero: Ação / Comédia / Fantasia / Romance / Sci-fi
Tema: Ecchi / Escolar / Harém
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de uma light novel com atuais 9 volumes.
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Trailer: Clique aqui

Segunda temporada de "Gaskusen Toshi Asterisk", anime com tema escolar e magia baseado em uma light novel que desde 2012 já teve 9 volumes publicados. Como antes mesmo da primeira animação estrear já havia sido informado que haveriam 24 episódios divididos em duas partes - outro "split-cour" -, a equipe de produção é a mesma, com Manabu Ono de diretor chefe, Kenji Seto de diretor assistente, Rasmus Faber na trilha sonora e Tetsuya Kawakami ("Ryuugajou Nanana no Maizoukin!", "Robot Girls Z") no "character design".

De nota extra, no dia 28 de janeiro foi lançado o jogo "The Asterisk War: Houka Kenra" para PS Vita - clique aqui para ver um trailer a respeito.


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Gyakuten Saiban: Sono "Shinjitsu", Igi Ari!
Formato: TV 
Data de estreia: 02/04
Estúdio: A-1 Pictures
Diretor: Ayumu Watanabe ("Kanojo ga Flag o Oraretara", "Nazo no Kanojo X", "Uchuu Kyoudai")
Gênero: Comédia / Suspense
Tema: Policial
De onde saiu: Visual novel para Game Boy Advance.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

OBJEÇÃO!

Falemos primeiro da origem do anime: "Gyakuten Saiban", mais conhecido aqui no ocidente como "Phoenix Wright: Ace Attorney", é uma franquia de visual novels da CAPCOM que teve início em 2001 no Game Boy Advance; nele você controla o advogado novato Ryuuichi Naruhodou (ou Phoenix Wright nas versões em inglês) e seu objetivo é obter a inocência dos seus clientes durante os julgamentos. Eu poderia esmiuçar o funcionamento exato por trás disso, mas não creio que seja necessário: basicamente, o jogo se divide na parte de investigação, na qual deve-se geralmente coletar informações com o cliente, testemunhas ou polícia em diversos lugares, e em seguida no julgamento na sala de um tribunal, onde o jogador lê os depoimentos de cada testemunha - pressionando elas em busca de mais informações se for necessário - e procura inconsistências que deem brechas para a apresentação de evidências que contradigam alguma declaração - é nesse instante que Ryuuichi grita "Objeção!" com um dedo apontado pra frente e a tal palavra destacada em vermelho num balão, cena muito parodiada ao longo dos anos como podem ver nessas poucas imagens que juntei como exemplo ou até nessa curta animação, que tira ainda sarro do fato de o personagem sempre conseguir inocentar seus clientes por mais absurdas que sejam suas teorias e provas de vez em quando. Clique aqui caso queira ver também um vídeo mostrando alguém jogando o primeiro capítulo do título de 2001, focado em um caso no qual um amigo de Ryuuichi é acusado de ter assassinado a ex namorada (o trailer do anime mostra cenas dessa história).

Nos 15 anos que se passaram "Gyakuten Saiban" não só ganhou 5 jogos principais (será lançado o sexto esse ano para Nintento 3DS) e 4 títulos paralelos - sem contar as aparições inusitadas do protagonista em outros títulos da CAPCOM - em diversas plataformas como obteve adaptações em diferentes mídias, indo desde Drama CDs e mangás a peça de teatro, musicais e inclusive filme live-action - esse último disponível por inteiro no Youtube, na ocasião de alguém querer se arriscar em vê-lo. O anime? Dele é dito que adaptará os casos dos dois primeiros jogos, "Gyakuten Saiban" e "Gyakuten Saiban 2" (2002), que juntos possuem 9 capítulos, quantidade que parece razoável se houver aqui 12 ou 13 episódios à disposição. Em relação aos personagens, além do advogado novato Ryuuichi (a ser dublado por Yuki Kaji) com seu senso de justiça impecável e estilo de vida despreocupado, há de principais também a obstinada Chihiro Ayasato, que é sua chefe e será peça central logo no segundo caso do anime, isso se seguirem a ordem exata dos jogos; o esnobe Reiji Mitsurugi, um promotor conhecido de infância e rival de Ryuuichi que nunca havia perdido um caso até reencontrar o velho companheiro nos tribunais; e a otimista e amigável Mayoi Ayasato, irmã de Chihiro que se torna assistente do protagonista e possui poderes espirituais. Eu assisti vídeos de quase todos os capítulos do primeiro jogo e pessoalmente confesso ter achado alguns casos em si interessantes e bem montados, porém o modo espalhafatoso de agir dos personagens e diversos diálogos fazem com que do anime seja preferível esperar antes uma comédia razoável do que qualquer tensão ou suspense significativo, salvo raras ocasiões.

A ser produzido com um orçamento baixíssimo pelo estúdio A-1 Pictures, "Gyakuten Saiban: Sono "Shinjutsu", Igi Ari!" vem com Ayumu Watanabe na direção acompanhado deAtsuhiro Tomioka ("Blade & Soul", "Inazuma Eleven", "Zetman") na supervisão de roteiros, Kaoru Wada ("InuYasha, "D.Gray-man", "Saint Seiya: The Lost Canvas") na trilha sonora e Keiko Oota ("Hyakko") no "character design".


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Haifuri
Formato: TV 
Data de estreia: 10/04
Estúdio: Production IMS
Diretor: Yuu Nobuta
Gênero: Slice-of-Life
Tema: Escolar
De onde saiu: Animação original.
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Cem anos atrás um desastre natural causou a submersão dos territórios de vários países, e nisso novas cidades costeiras e rotas marítimas foram criadas. Com o intuito de proteger esses locais, em pouco tempo as mulheres começaram a se destacar numa profissão onde são conhecidas pelo nome de "Sereias Azuis". A história do anime tem como protagonista Akeno Misaki, uma jovem sempre alegre que, junto com sua amiga de infância Moeka China e outras garotas, é estudante de uma escola feminina em Yokosuka dedicada ao ensino e treinamento de futuras Sereias Azuis.

Digo-lhes que deu uma certa dor de cabeça montar essa pequena sinopse acima, e o motivo disso foi porque cada texto em japonês ou traduzido para o inglês que eu achava sobre o anime dizia uma coisa diferente a respeito do que fazem essas tais "Sereias Azuis", porém isso no final não parece lá tão importante (o argumento inicial em si já é duvidoso mesmo...) visto que o foco aqui será mais um slice-of-life moe de garotinhas - e olhem só quantas teremos (com previsão de haver mais a serem divulgadas), todas elas originalmente desenhadas por Atto, criador do mangá de "Non Non Biyori", uma obra relaxante e visualmente fofa que retrata a vidinha de um grupo de garotas no interior do Japão. Fora a premissa em relação a esse tal cenário pseudo pós apocalíptico, de informações extras no site oficial tem-se apenas as fichas do elenco repletas de dados nada relevantes, porque, se ainda estamos no escuro quanto a certos elementos do anime, por outro lado já temos em mãos data de aniversário, tipo sanguíneo, altura, comida favorita, comida que menos gosta e resumo do desempenho escolar de cada personagem...

Tendo como autor original Takaaki Suzuki, profissional que pode ser visto na função de "consultor" ou supervisor de história militar em animes como "GATE", "Girls und Panzer", "Strike Witches" e "Upotte!", "Haifuri" será produzido pelo pequeno estúdio Production IMS ("Active Raid", "Shinmai Maou no Testament", "Date A Live II") e terá ainda a boa Reiko Yoshida ("Bakuman.", "K-ON!", "Non Non Biyori") na supervisão de roteiros e Naoto Nakamura adaptando o "character design" feito por Atto. "Haifuri" também já possui uma versão em mangá, publicada desde outubro.


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Hakuouki: Otogisoushi
Formato: TV 
Data de estreia: 05/04
Estúdio: DLE
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
Tema: Paródia
De onde saiu: Spin-off dos animes "Hakuouki", baseados em uma visual novel. 
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Trailer: Clique aqui

Spin-off de "Hakuouki", franquia que de 2010 a 2014 obteve 3 séries de TV, 2 filmes e alguns especiais produzidos pelo Studio Deen - tais animações são baseadas em uma visual novel, voltada ao público feminino, cuja história se passa em Kyoto durante o século 19 e é focada numa garota e um grupo de samurais Shinsengumi. Lançado inicialmente em 2008 para Playstation 2, ao longo dos anos o jogo recebeu novos títulos e edições revisadas para Playstation 3, PSP, Nintendo DS, Nintendo 3DS e, recentemente, PS Vita, sendo que nem todos são visual novel, como é o caso de "Hakuouki: Warrior of the Shinsengumi" para PSP, que é centrado na ação (clique aqui para ver um vídeo dele de alguns minutos).

Com a frase "um dia a dia normal que poderia ter existido", "Hakuouki: Otogisoushi" será somente um anime que mostrará os personagens da franquia em formato chibi em um cenário slice-of-life de comédia, e possivelmente (com certeza, para ser exato) tendo episódios curtos uma vez que o responsável pela sua animação é o DLE, estúdio que só produz pequenas obras em flash. Por ora não foi anunciado nenhuma membro de sua equipe.


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JoJo no Kimyou na Bouken: Diamond wa Kudakenai
Formato: TV 
Estúdio: David Production
Diretor: Yuuta Takamura
Gênero: Ação / Aventura
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um mangá com atuais 115 volumes.
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Quarta temporada de "JoJo's Bizarre Adventure", anime cuja primeira série em 2012 deu início a uma nova adaptação do longo mangá publicado desde 1987 - são até o momento 115 volumes divididos em 8 partes. Em 2012 foram cobertas as duas primeiras, formadas por 12 volumes publicados de 1987 a 1989; em 2014 e 2015 mais duas séries de TV adaptaram a terceira parte, composta por 16 volumes lançados de 1989 a 1992; e agora essa animação se baseará na quarta parte, que teve 18 volumes entre 1992 e 1995. Tal franquia já recebeu ainda 6 OVAs no ano de 1993 e mais 7 em 2000 (um adaptou a terceira parte a partir de sua metade, o outro só cobriu o início da mesma), além de um filme em 2007 inspirado na primeira parte.

O estúdio responsável por sua animação continua sendo o David Production ("Ben-To", "Inu x Boku SS"), contudo em relação a equipe principal Yuuta Takamura - que dirigiu alguns episódios em separado nas séries anteriores - aparece como novo diretor chefe, junto a Toshiyuki Kato de diretor assistente ("Full Moon wo Sagashite", "Level E", alguns episódios isolados das outras três temporadas da franquia) e Naokatsu Tsuda (diretor assistente nos mesmos três animes) como "apenas" diretor - sinceramente não sei dizer qual a diferença entre uma posição e outra após diretor chefe. Já Yasuko Kobayashi ("Claymore", "Shingeki no Kyojin") permanece a cargo da supervisão de roteiros igual tem feito desde o primeiro anime, e Yuugo Kanno ("Ajin", "Psycho-Pass") continua na composição da trilha sonora, papel que passou a desempenhar a partir da segunda temporada, mas por outro lado Terumi Nishii ("Mawaru Penguindrum", "Servant x Service") substituirá Masahiko Komino na criação do "character design". 


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Kagewani: Shou
Formato: TV (7 min. por episódio)
Data de estreia: 01/04
Estúdio: Tomovies
Diretor: Tomoya Takashima (Yami Shibai")
Gênero: Suspense / Terror
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, uma obra original.
Site oficial: Clique aqui

Segunda temporada de "Kagewani", boa e pequena produção original de terror produzida pelo recém fundado estúdio Tomovies e exibida em 2015 no "Ultra Super Anime Time", bloco dedicado à exibição de obras de curta duração. A equipe principal segue a mesma, com Tomoya Takashima na direção, Hiromu Kumamoto nos roteiros ("Kurayami Santa", "Yami Shibai") e Ami Fujikawa com Ryouma Hori no "character design".

Mês passado cheguei a recomendar a primeira temporada no post "Dez animes curtos de 2015" da seção X-10; clique aqui caso queira dar uma olhada. Por fim, além desse título, "Uchuu Patroll Luluco" é a outra animação a estrear no "Ultra Super Anime Time" (poderão vê-la mais abaixo), enquanto que "Shingeki no Bahamut: Manaria Friends" também estava previsto para ter início nessa temporada junto com esses dois, contudo foi anunciado há poucos dias seu adiamento por motivos não especificados.


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Kaitou Joker 3rd Season
Formato: TV 
Data de estreia: 04/04
Estúdio: Shin-Ei Animation
Diretor: Fumitoshi Oizaki ("Acchi Kocchi", "Astarotte no Omocha!", "Etotama", "Romeo x Juliet")
Gênero: Aventura / Comédia / Suspense
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um mangá com atuais 20 volumes.
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Terceira temporada de "Kaitou Joker", anime adaptado de um mangá infantil, em publicação desde 2008, que tem como protagonista um jovem ladrão capaz de roubar qualquer item de valor com seus diversos truques que desafiam a lógica. A equipe de produção permanece intacta, com Yukiyo Teramoto na direçãoDai Sato ("Eureka Seven") na supervisão de roteiros, Yuusaku Tsuchiya na trilha sonora e Miho Shimogasa ("Ultra Maniac", "Demashitaa! Powerpuff Girls Z") no "character design".


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Kiznaiver
Formato: TV 
Data de estreia: 09/04
Estúdio: Trigger
Diretor: Hiroshi Kobayashi
Gênero: Ação / Drama / Sci-fi
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aquiaqui e aqui

Com a história se passando em Sugomori City, cidade japonesa fictícia localizada num território recuperado cuja população tem estado em declínio nos últimos anos, certo dia Noriko Sonosaki revela ao seu colega de classe Katsuhira Agata que ele foi escolhido para se tornar um "Kiznaiver". Nesse caso, Kiznaiver são indivíduos ligados ao "Kizuna System", um sistema ainda incompleto que tem como intuito implementar a paz mundial conectando pessoas através da dor - quando uma delas se machuca o sistema divide sua dor aos demais integrantes. Agora fazendo parte dele, Katsuhira se vê conectado a colegas de classe que possuem personalidades muito diferentes da sua.

"Um drama juvenil em grupo que escapa do senso comum" e "Estamos conectados através de feridas"; essas são algumas das frases apresentadas em anúncios promocionais da nova produção original do Trigger ("Kill la Kill", "Little Witch Academia"), estúdio fundado em 2011 pelos ex-funcionários do Gainax Hiroyuki Imaishi ("Tengen Toppa Gurren Lagann", "Kill la Kill") e Masahiko Ohtsuka. Fuga do senso comum e drama juvenil? Ah, nada imprevisível considerando o estúdio e a participação da "rainha do drama" Mari Okada ("Aquarion Evol", "Ano Hana", "Toradora!", "Nagi no Asukara"), que aqui é creditada como criadora do roteiro original - junto a algum membro do Trigger não revelado - e supervisora do mesmo. Aliás, passeando pela ficha de personagens no site oficial, que é por enquanto a única fonte  de informações que temos disponível além da sinopse sem muitas explicações e trailers curtinhos, vê-se um elenco bastante complexado e excêntrico, formado por um protagonista (Katsuhira, dublado por Yuuki Kaji, amem ou odeiem isso) que mal sente dor, nem expressa sentimentos e dá pouca atenção às outras pessoas; uma linda garota enigmática nada bondosa de cabelos azuis que demonstra ainda menos emoções que o próprio rapaz principal e será responsável em designar as missões (quais missões? Sei lá) do grupo de alunos; a amiga do tal Katsuhira que parece nutrir algum sentimento por ele e adora ajudar os outros, sendo um tanto irritante às vezes nisso; um musculoso idiota bishounen - é a descrição do personagem, não estou chamando ninguém de idiota sem ter provas! - que, contudo, tem potencial para ser líder; um rapaz narcisista que está sempre rodeado de garotas e desdenha outros homens; outro rapaz esquisito, esse misterioso e cheio de piercings e faixas pelo corpo; uma garota toda alegre e espontânea que alega ver fadas; e por fim mais uma jovem nada sociável que não gosta de se envolver com outras pessoas e possui uma língua afiada. Que grande primeira impressão desse elenco carismático, não acham? Confesso que desgosto do dramalhão montado por Mari Okada em diversas animações, logo é inevitável eu ficar com os dois pés atrás quanto ao que poderá sair de sua mente tendo em mãos um anime com premissa e personagens desse tipo.

A ser dirigido por Hiroshi Kobayashi, que estreia nessa função após comandar alguns episódios em separado de "Kill la Kill", "Kiznaiver" terá também Yuuki Hayashi ("Blood Lad", "Death Parade") na trilha sonora e Mai Yoneyama adaptando o "character designer" criado por Shirow Miwa (autor do mangá "Dog: Bullets & Carnage"). 


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Koutetsujou no Kabaneri
Formato: TV 
Data de estreia: 08/04
Estúdio: Wit Studio
Diretor: Tetsuro Araki ("Aoi Bungaku" (episódios 5 e 6), "Death Note", "Guilty Crown", "High School of the Dead", "Shingeki no Kyojin")
Gênero: Ação / Drama
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Um dos maiores hype da temporada (por algum motivo).

Enquanto o mundo se encontra no meio de uma evolução industrial, surge um monstro que só pode ser derrotado caso seu coração, que é coberto por uma camada de ferro, seja perfurado - podendo infectar humanos com sua mordida, tal monstro é capaz de criar agressivas criaturas morto-vivas chamadas "Kabane". Na ilha de Hinomoto, localizada no leste do país, os moradores construíram estações que servem de abrigos contra tal ameaça, e usam locomotivas blindadas, conhecidas pelo nome de Hayajiro, para se deslocar entre elas.

Ikoma, um rapaz que mora na estação de Aragane e trabalha na construção dessas máquinas, cria uma arma chamada Tsuranukizutsu para enfrentar Kabanes. Certo dia, enquanto espera a oportunidade para usar essa arma, ele se encontra com uma misteriosa garota de nome desconhecido (no site oficial ela está como "Mumei", que significa justamente uma pessoa sem nome, anônima) que por algum motivo é tratada de modo diferenciado pelos guardas e dispensada da inspeção obrigatória ao entrar na estação; após isso, durante a noite, Ikuma esbarra novamente nessa garota e descobre que uma locomotiva está fora de controle e toda sua tripulação foi transformada em Kabanes. Com a estação de Aragane sob ataque, surge a chance que Ikoma estava aguardando para agir.

Como sempre sinopses de animações originais são na maioria das vezes meio vagas e desconexas em alguns pontos, logo podem esperar certas diferenças em relação ao que está escrito acima com o que será mostrado de fato na série. De todo modo, é justificável a expectativa sobre "Koutetsujou no Kabaneri" não só devido a trailers muito bem animados (porém o Wit Studio tem costume de maquilar seus PVs) e uma premissa de história "survival" em um ambiente steampunk com monstros semelhantes a zumbis, como também pela equipe reunida em sua montagem. Ao passo que na direção temos Tetsuro Araki, que já se mostrou muito competente em sequências de ação como as de "High School of the Dead", "Guilty Crow" e "Shingeki no Kyojin" (o primeiro título que deve ter passado pela mente de muitos ao ver o nome dele e a sinopse desse anime), na supervisão de roteiros se encontra Ichiro Okouchi, criador de "Code Geass" e recentemente roteirista do bagunçado "Kakumeiki Valvrave" - nessa função ele terá ainda a companhia de Hiroshi Seko ("Owari no Seraph", alguns episódios de "Shingeki no Kyojin"). Por fim, o popular Hiroyuki Sawano ("Shingeki no Kyojin", "Kill la Kill", "Owari no Seraph", "Aldnoah.Zero") estará encarregado da trilha sonora, e Yasuyuki Ebara adaptará o "character design" criado por Haruhiko Mikimoto (franquia de "Macross"). Repetindo, dá pra entender a razão de ser esse um anime tão aguardado, porém é recomendável cautela uma vez que tem-se um diretor que nunca foi lá essas coisas no comando de obras originais, um roteirista que desde seu trabalho mais famoso só tem decaído e um compositor cujas (boas) músicas parecem se reciclar já há três anos - não que esse último interfira tanto assim no resultado final, mas é fato que seus arranjos repetitivos têm se tornado cada vez menos impactantes. Em suma, é um projeto "mainstream" da cabeça aos pés, sem dúvida causará barulho e no mínimo servirá como um decente anime pipoca no quesito ação, contudo isso não significa, necessariamente, que será bom - estou sendo muito pessimista? Oras, produções originais com vários nomes famosos quase sempre decepcionam, é só relembrar algumas que surgiram nas últimas temporadas.

De nota final, "Koutetsujou no Kabaneri" será o único anime a ser exibido no bloco noitaminA, substituindo "Boku dake ga Inai Machi".

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Kuma Miko
Formato: TV 
Data de estreia: 03/04
Estúdio: EMT² / Kinema Citrus
Diretor: Kiyoshi Matsuda
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 5 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Um urso falante, uma garota sacerdotisa e uma vila no meio do nada.

A história segue a vida de Machi, jovem do ensino médio que possui a companhia de um urso e serve como sacerdotisa em um santuário xintoísta localizado numa região montanhosa em Touhoku. Capaz de falar, esse urso, chamado Natsu, é guardião da garota e se posiciona contrário ao seu desejo de estudar em uma escola fora da vila, uma vez que ela é totalmente ignorante em relação ao mundo que a cerca; porém, devido a sua insistência, Natsu resolve impor uma série de testes a Machi a fim de que a jovem possa aprender a sobreviver na cidade grande.

Baseado em um mangá seinen publicado desde 2013 na revista "Monthly Comic Flapper" ("Tonari no Seki-kun", "Denkigai no Honya-san"), confesso que da história de "Kuma Miko" eu não tenho tanto a falar a respeito que vá muito além do mostrado na sinopse, apesar de ter lido 2 volumes e meio. Uma garota bobinha e ingênua que realiza, com vários erros e poucos acertos, as "missões" que seu amigo grandalhão lhe passa, isso enquanto vemos a peculiar e calma rotina deles numa área rural afastada: eis o resumo da obra até então, salpicada por uma comédia não tão inocente quanto a premissa dá a entender. 

Encarregada de manter o elo de gerações entre ursos e os moradores da vila Kumade, cuja lenda explicando o início de tal relação possui trechos um tanto "picantes", Machi não se encontra satisfeita: essa garota de apenas 14 anos deseja mais do que ficar presa a um local remoto cheio de idosos onde não há nada a se fazer e nem sequer é possível sintonizar qualquer estação de rádio, e por conta disso insiste em estudar numa cidade grande mesmo que fosse preciso viajar duas horas diariamente (tanto na ida quanto na volta) para chegar até lá. Contudo, parecendo antes um pai coruja extremamente preocupado do que um enorme urso feroz, Natsu bate o pé - ou pata? - quanto a isso visto que considera perigoso demais a região urbana para a sua despreparada cabecinha caipira, porém cede à pressão de Machi combinando que ela primeiro deverá juntar um pouco de conhecimento e senso comum sobre o mundo fora da vila antes de acatar seu desejo - e a partir disso presenciamos uma das bases do humor de "Kuma Miko", que é uma série de trocadilhos sacanas de Natsu (até parece um outro urso piadista de certo anime...) e mal entendidos frequentes cometidos por Machi. Logo no primeiro capítulo do mangá, por exemplo, Natsu faz um quiz perguntando sobre a pronúncia correta do nome de uma cadeia de lojas e o que se usa na catraca das estações de trem, nos fazendo perceber o quão Machi, além de ser presa fácil para as pegadinhas de seu amigo, possui também um longo caminho pela frente para conseguir a aprovação dele, já que seu raciocínio para encontrar as respostas ficou longe de estar correto. Nos capítulos seguintes, essa menina que comete um desastre ao tentar usar uma panela elétrica, acha estar "antenada" somente porque conseguiu gravar música em um obsoleto minidisc e só recentemente aprendeu a mexer na televisão realizará outras tarefas à primeira vista simples, mas que se mostram complexas e desafiadoras para alguém que sempre viveu em reclusão e tem grande receio de andar em público, pois uma mera ida ao shopping para comprar um produto pedido por Natsu - que, obviamente, a garota se confundiu quanto ao que seria - torna-se em um passeio vergonhoso no qual ela chega até a correr numa escada rolante em sentido contrário, dentre outras situações semelhantes - nesse ritmo certamente não veremos, em poucos 12 ou 13 episódios, Machi sequer se aproximar de uma escola...

Tais eventos bobinhos e em sua maioria infrutíferos que soam mais como uma maneira de Natsu enrolar a pequena sacerdotisa são o mote inicial da obra, contudo dá para dizer que na maior parte o que se vê mesmo é um moroso e calmo slice-of-life retratando a vidinha dessa dupla e outros personagens coadjuvantes, havendo aqui e ali alguns sobressaltos e diálogos mais intensos - e às vezes nada inócuos, como no capítulo onde uma criança, após ouvir a obscena lenda de sua vila que narra o relacionamento carnal entre um urso e uma mulher, pergunta a Machi se ela fez "aquilo" com Natsu, e este interfere respondendo calmamente que está tudo bem porque ele é castrado, simples assim. Claro, só citei essa parte em particular para exemplificar que o anime não será aquela inocência pura o tempo todo, mas fora isso testemunharemos cenas como um urso usando avental e preparando mingau para a sua amiga com febre, estes dois brincando, dançando e demonstrando grande afeição um pelo outro - aqui a expressão "abraço de urso" está distante de ser algo ruim! - em vários momentos apesar das ocasionais briguinhas, Natsu proferindo de quando em quando alguns conselhos de vida (uns úteis, outros duvidosos) a uma desligada Machi, ambos executando tarefas e ritos rotineiros do santuário (dos quais Machi faz questão de se esquivar constantemente)... Enfim, eis uma fofa e imprevista amizade entre um urso falante e uma garota antissocial; dificilmente eu recomendaria essa obra a alguém por conta de sua comédia, pois a achei bem mal aproveitada e bruta no mangá - diversos trechos me foram mais engraçados pelo imprevisto da situação, e não como foram apresentados -, mas por outro lado, ao menos no meu caso, a interação bonitinha, inusitada e por vezes turbulenta entre os dois protagonistas compensou esse fator.

A ser produzido pelos estúdios ETM² e Kinema Citrus, "Kuma Miko" terá o estreante Kiyoshi Matsuda na direção ao lado de Masao Iketani com Pierre Sugiura ("Barakamon") na supervisão de roteiros e Hiroyuki Saida ("NouCome") no "character design".



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Kuromukuro
Formato: TV 
Data de estreia: 07/04
Estúdio: P.A. Works
Diretor: Tensai Okamura ("Ao no Exorcist", "Darker than Black", "Nanatsu no Taizai", "Wolf's Rain")
Tema: Mecha
De onde saiu: Animação original.
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Um antigo artefato foi descoberto durante a construção da represa Kurobe, fato que acabou resultando na criação do "Instituto de Pesquisa Kurobe das Nações Unidas", um local onde intelectuais de todo o mundo se reúnem para estudar tal objeto, que em pouco tempo permitiu um enorme avanço no campo da engenharia robótica. Os filhos desses pesquisadores estudam na Mt. Tate International Senior High School, e o ponto inicial da história é quando um antigo samurai desperta na era atual, durante o verão de 2016.

Tendo completado 15 anos de existência em novembro passado, "Kuromukuro" será a 14ª série de TV do estúdio P.A. Works (sendo mais da metade delas produções originais), e vá saber por qual motivo eles decidiram comemorar essa data tão marcante trazendo uma obra original com temas que nunca abordaram - achou inusitada a citação de um samurai que desperta do nada em 2016? Oras, é porque vocês ainda não viram esses mechas feiosos (o menorzinho se chama "Anão"!) que também aparecerão na trama de alguma forma. Mas só pra ninguém dizer que o anime não terá a cara da P.A. Works que conhecemos, dessa vez a prefeitura de Toyama - sede do estúdio, a propósito - é quem servirá de cenário para a história, havendo nisso uma reprodução fiel principalmente de pontos famosos da cidade com o intuito de fomentar o turismo, tática já realizada em um bom número de animações do estúdio.

Ah, sim, e o indispensável tema escolar. Samurai, mechas, "scenary porn" e tema escolar. Só falta ser confirmado algum conflito amoroso, o que não deve ser difícil considerando que duas garotas (a filha do diretor do instituto e uma loirinha francesa), mais o samurai em questão são classificados como os protagonistas do anime. Agora, dentre os outros personagens, fico curioso para ver como pronunciarão em japonês o nome do aluno espanhol chamado José Carlos...

Desculpe se estou soando sarcástico demais, porém convenhamos que em um primeiro momento o novo projeto apresentado pelo P.A. Works causa bastante desconfiança - vi em fóruns e blogs que até mesmo fãs do estúdio estão céticos e receosos quanto ao que sairá disso. Poderia dizer que o bom diretor Tensai Okamura e seu estilo moderado gera alguma expectativa, mas isso dependerá muito mesmo do roteiro que ele terá em mãos, aqui creditado a alguém com o apelido de "Snow Grouse" - possivelmente um funcionário próprio do estúdio, como é de costume. Ryou Higaki ("Another", alguns episódios de "Uchouten Kazoku") cuidará da supervisão de roteiros, Hiroaki Tsutumi ("Monster Musume no Iru Nichijou", "Ao Haru Ride") comporá a trilha sonora, Yuriko Ishii ("Another", "Nagi no Asukara") fará o "character design" e Tomoaki Okada ("Suisei no Gargantia") ficará a cargo dos desenhos mecânicos.


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Kyoukai no Rinne (TV) 2nd Season
Formato: TV 
Data de estreia: 09/04
Estúdio: Brains Base
Diretor: Seiki Sugawara ("D-Frag!")
Gênero: Comédia / Romance
Tema: Escolar / Sobrenatural
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um manga com atuais 28 volumes.
Site oficial: Clique aqui

Segunda temporada de "Kyoukai no Rinne", anime baseado em uma obra de Rumiko Takahashi que tem como protagonistas Sakura Mamiya, uma garota capaz de enxergar espíritos à sua volta, e Rokudou Rinne, um shinigami extremamente pobre. A equipe de produção principal permanece intacta, havendo Seiki Sugawara na direção, o trio feminino Michiko Yokote ("Genshiken", "Shirobako", "xxxHolic") na supervisão de roteiros e Akimitsu Honma na trilha sonora.

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Macross Δ
Formato: TV 
Data de estreia: 03/04
Estúdio: Satelight
Diretor:Shoji Kawamori ("AKB0048", "Aquarion Evol", "Macross F")
Gênero: Ação / Romance / Sci-fi
Tema: Mecha / Militar / Música
De onde saiu: Continuação de "Macross F", animação original de 2008 integrante da franquia "Macross".
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui e aqui

Quarta série de TV de "Macross", famosa franquia de mechas criada por Shoji Kawamori que teve início numa animação de 36 episódios em 1982 e que, desde então, gerou várias continuações e spin-offs em diversos formatos - as últimas produções foram a série "Macross F" em 2008 e seus dois filmes em 2009 e 2011, isso caso desconsideremos o horroroso "Macross FB7: Ore no Uta wo Kike!", longa que foi feito para (tirar dinheiro dos fãs) "comemorar" o 30º aniversário da franquia em 2012. Como curiosidade, essa será a primeira animação que Kawamori dirigirá em três anos, quando comandou a segunda temporada do anime de mechas e idols "AKB0048: Next Stage" no início de 2013.

Se passando oito anos após os eventos de "Macross F", precisamente em 2067, sobre "Macross Δ" (lê-se "Macross Delta") Shoji Kawamori declarou que ele trará os elementos básicos da franquia: música, triângulo amoroso e Valkyries, que no universo de "Macross" são as populares naves capazes de se transformar em robôs gigantes. Desde o ano passado foram realizados vários eventos nos quais a equipe de produção divulgou detalhes quanto a estrutura dos novos modelos que aparecerão nessa série e certos pormenores de seus futuros acontecimentos, tais como o fato de que aqui serão vistas batalhas entre Valkyries (isso nunca foi visto em outras séries de TV, somente em dois OVAs), e vale lembrar ainda que já houve inclusive uma exibição prévia do primeiro episódio no dia 31 de dezembro, cuja recepção por parte dos fãs foi bastante mista devido aos exageros na trama mostrados até o momento. Não acho necessário ir tão fundo assim nessas informações em particular porque elas são algo de maior interesse aos consumidores mais entusiastas da franquia, logo a principal notícia que eu teria dos bastidores dessa animação é que, igual ao que foi feito para a personagem cantora Ranka Lee em "Macross F", onde realizaram audições para escolher uma novata que a dublasse - dando assim início à carreira de Megumi Nakajima -, em "Macross Delta" também organizaram audições para achar algum rostinho novo que fosse apto ao papel de heroína. Havendo mais de 8,000 candidatas, a jovem de poucos 18 anos Minori Suzuki se saiu vencedora, e ela dublará Freyja Wion, uma garota de 14 anos que fugiu de um casamento arranjado e que sonha se tornar membro do "Walküre", um grupo tático de som formado por quatro idols.

Tal Walküre, aliás, será o primeiro grupo musical feminino de "Macross" isso em animações, pois já houve antes as "Milky Dolls" em um jogo para Playstation em 1997. Nesse ponto vale aproveitar e citar a premissa da animação: as Walküre, junto com o "Delta Squadron", uma equipe de experientes pilotos de Valkyries, lutarão contra o "Var Syndrome", um misterioso fenômeno que está consumindo a galáxia, havendo ainda nesse meio certo grupo de belos rapazes combatentes intitulados "Aerial Knights" - eu talvez conseguiria ser mais preciso em sua história caso tivesse assistido a prévia do primeiro episódio, porém admito que não tive ânimo pra isso e, bem, independente da origem spin-offs e continuações não são prioridade nesses guias. De resto, ressalto também que está prevista a publicação de quatro mangás diferentes que abordarão o mundo de "Macross Delta" com histórias paralelas, e empresas como a Bandai e a Max Factory estão lançando juntas uma nova linha de modelos de plástico de aeronaves da franquia, das quais podem ver imagens de alguns nos links dessa página. Quanto a brinquedos isso é natural, mas, grupo feminino de idols e personagens bishounen com "character design" moe e genérico, além de um CG meia boca nos mechas? Seja bem-vindo a 2016, "Macross".

A ser produzido pelo estúdio "Satelight", o diretor chefe Shoji Kawamori terá ao seu lado Kenji Yasuda ("Arata Kangatari", "Shugo Chara!") de diretor assistente, Toshizo Nemoto ("Log Horizon") na supervisão de roteiros, Majiro ("Barakamon") e Yuu Shindou ("Persona 4 The Golden Animation") no "character design" e Stanilas Brunet ("AKB0048", "Aquarion Evol") nos desenhos mecânicos - exceto na construção das novas Valkyries, que ficaram a cargo do próprio Shoji Kwamori.


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Magi: Sinbad no Bouken (TV)
Formato: TV 
Data de estreia: 15/04
Estúdio: Lay-duce
Diretor: Yoshizaku Miyao ("Gad Guard", "Special A")
Gênero: Ação / Aventura / Fantasia
De onde saiu: Mangá, 8 volumes, em andamento - spin-off de "Magi: The Labyrinth of Magic", mangá com atuais 25 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Com atuais 8 volumes publicados desde 2013, "Magi: Sinbad no Bouken" é spin-off de "Magi: The Labyrinth of Magic", mangá composto por atuais 25 volumes que já recebeu duas séries de TV pelo estúdio A-1 Pictures entre 2012 e 2013 - tal obra se encontra no 19º volume aqui no Brasil através da editora JBC. Tendo já sido transformado em 5 OVAs pelo novato estúdio Lay-duce ("Classroom Crisis"), sua história se passa 30 anos antes da trama do mangá principal e é focada no personagem Sinbad antes de ele se tornar rei.

Estando prevista a adaptação de quase 7 volumes completos do mangá uma vez que o anime irá até um arco chamado "Artemyra", que é finalizado no capítulo 55, a equipe de produção será a mesma dos OVAs (que é uma versão alternativa, não havendo a necessidade em ver um para assistir o outro), com Yoshizaku Miyao na direção, Taku Kishimoto ("Usagi Drop", "Boku dake ga Inai Machi", "Haikyuu!!") na supervisão de roteiros, Tomohiro Ohkubo na trilha sonora e Souichirou Sako ("Go! Go! 575") no "character design".


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Mayoiga
Formato: TV 
Data de estreia: 01/04
Estúdio: Diomedea
Diretor: Tsutomu Mizushima ("Another", "Blood-C", "Genshiken", "Prison School, "Shirobako", "xxxHOLIC")
Gênero: Drama / Suspense
De onde saiu: Animação original.
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Trailer: Clique aqui

Um ônibus lotado de jovens homens e mulheres tem como ponto final a misteriosa Nanakimura, uma vila onde as pessoas podem participar de uma existência utópica, livre dos obstáculos do mundo... Ou assim dizem os rumores.

Transportando 30 pessoas, cada qual com suas próprias expectativas e problemas, tal ônibus chega a um local desabitado, com poucos sinais de vida e caindo aos pedaços. Qual seria, exatamente, o segredo de Nanakimura?

Essa é a pouco informativa e afetada (o texto original é bem mais cheio de floreios, tive que reescrevê-lo por inteiro) de "Mayoiga", nova animação original a ser produzida pelo estúdio Diomedea ("Kantai Collection: Kancolle", "Akuma no Riddle"). Um garoto de 16 anos muito inteligente; uma garota baixinha de 17 anos moe e potencialmente inútil; outra com possível percepção extrassensorial que a faz "ver coisas que os outros não veem"; um programador de 25 anos que vazou informações de sua empresa; uma mulher de 24 anos que se encontra na faculdade; um rapaz de passado misterioso que está tratando de um tumor; e uma detetive de apenas 17 anos que possui um comportamento meio estranho... Eis as breves descrições de alguns dos por ora vinte personagens divulgados no site oficial que estarão presentes nessa obscura viagem rumo a uma vila supostamente deserta - eles também podem ser vistos no vídeo acima, que os apresenta de uma forma bem descontraída para uma obra teoricamente de suspense. Aliás, o gênero do anime faz também questionar um pouco a escolha do ótimo Tsutomu Mizushima na direção, profissional que, se por um lado já se mostrou extremamente competente em obras mais leves de comédia, slice-of-life e drama, por outro tem como dois de seus trabalhos mais pífios justamente animações com pitadas de mistério e terror, precisamente os questionáveis "Another" e "Blood-C", obras invariavelmente cômicas em diversos momentos de tão trashs que foram. E se isso já não seria o bastante,Mari Okada aparecerá mais uma vez nessa temporada como encarregada dos roteiros de uma produção original. Um anime de suspense comandado por um diretor quer não se dá bem nesse gênero, e com roteiros supervisionados por uma pessoa que exagera no drama? Olha, essa combinação deverá gerar boas cenas que serão muito comentadas, mas não por bons motivos...

De nota extra, talvez para somente atrair a atenção e angariar fãs visto que a meta era pequena, durante algumas semanas foi realizada uma campanha com o intuito de arrecadar 3,300,000 ienes (R$ 105 mil em 11/03) para a produção do anime - eles chegaram a 3,988,000 (R$ 127 mil) após 96 almas caridosas contribuírem com o projeto, e uma das recompensas para as doações mais altas incluiu uma "misteriosa viagem de ônibus" acompanhado da equipe de produção e dubladores. Encerrando, Masaru Yokohama ("The Rolling Girls", "Shigatsu wa Kimi no Uso", "Rampo Kitan: Game of Laplace") comporá a trilha sonora, e ( Naomi Ide ("Kantai Collection: Kancolle", "Akuma no Riddle") cuidará do "character design".

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Mobile Suit Gundam Unicorn RE:0096
Formato: TV 
Data de estreia: 03/04
Estúdio: Sunrise
Diretor: Kazuhiro Furuhashi ("Getbackers", "Hunter X Hunter", "Rurouni Kenshin", "You're Under Arrest!")
Gênero: Ação / Drama / Sci-fi
Tema: Espaço / Mecha / Militar
De onde saiu: Versão alternativa do anime de 2010, ambos adaptações de uma novel finalizada em 10 volumes e integrantes da franquia "Mobile Suit Gundam".
Site oficial: Clique aqui

Versão alternativa de "Mobile Suit Gundam Unicorn", anime composto por 10 OVAs lançados entre 2010 e 2014 que adaptou a novel homônima publicada em 10 volumes durante os anos de 2006 a 2009. Integrante da franquia de mecha "Mobile Suit Gundam" criada por Sunrise e Yoshiyuki Tomino que teve início em 1979, "Mobile Suit Gundam Unicorn RE:0096" será apenas uma versão estendida da animação anterior; logo, considerando que cada OVA tem uma hora de duração, é de se esperar que a série de TV dure pelo menos 24-26 episódios.

Dessa forma, nem chega a ser preciso citar os membros da equipe de produção visto que estamos falando de uma versão com cenas extras, havendo como única novidade mesmo o fato de que Hiroyuki Sawano ("Shingeki no Kyojin", "Kill la Kill", "Owari no Seraph", "Aldnoah.Zero"), compositor responsável pela trilha sonora dos OVAs, também ficou a cargo da produção das músicas de abertura e encerramento dessa série de TV, tendo realizado audições no ano passado para a escolha dos artistas que executarão tal função.

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Neko Neko Nihonshi
Formato: TV (9 min. por episódio)
Data de estreia: 06/04
Estúdio: Joker Films
Diretor: Tomohiro Kawamura
Gênero: Comédia
Tema: Histórico / Paródia
De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.

Para quem já teve até seu sexo trocado, virar agora um gato é moleza...

Originado de um mangá em tirinhas publicado pela internet (clique aqui para ver algumas gratuitamente) que mês passado teve lançado seu segundo volume físico, "Neko Neko Nihonshi" narra a tradicional e tão conhecida história do Japão... Tendo inúmeras figuras de várias épocas personificadas em gatos.Rainha Himiko, Sakamoto Ryoma, Oda Nobunaga; esses e outros se transformarão em felinos e reviverão conturbados e marcantes eventos nipônicos, tarefa que não parece ser assim tão difícil e humilhante uma vez que a primeira já se tornou uma garotinha meio sonsa, o segundo um roqueiro de cabelos ruivos líder de um anime repleto de bishounen e o terceiro, coitado, cito essa ruiva peituda como um exemplo, porém o respeitável Oda obteve nessa última década bustos dos mais variados tamanhos e cabelos das mais diversas cores, para verem como ele possui considerável e nada invejável experiência nisso...

Curiosamente, o mangaká Kenji Sonishi possui um bom número de obras protagonizadas por animais, das quais duas já viraram animes de curta duração, sendo eles "Neko Ramen" em 2006 - a história do único restaurante de lámen em Tóquio gerenciado por um gato! - e "Neko Pitcher" em 2014 (em exibição atualmente), que fala sobre um gato jogador de baseball, obviamente - ainda há um mangá focado em um gato detetive que me faz perguntar como até hoje ninguém se interessou em adapta-lo, e para não parecer que Sonishi pensa somente nos felinos e mais nada cito também "Inu Kaisha" e "Zarigani Kachou", mangás protagonizados, respectivamente, por cachorros assalariados e camarão chefe de um escritório (!). Deixando de lado as loucuras criativas alheias, "Neko Neko Nihonshi" será exibido no E-Tele, canal educativo da NHK, e substituirá o anime de detetives mirins "Tantei Team KZ Jiken Note", confirmando o detalhe de que teremos aqui episódios de no máximo 9 minutos de duração cada visto que esse será o espaço total disponibilizado para a série dentro de um programa. O recém fundado estúdio Joker Filmes cuidará de sua animação, havendo Tomohiro Kawamura na direção e Ryou Takada na supervisão de roteiros.

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Shounen Ashibe: Go! Go! Goma-chan
Formato: TV 
Data de estreia: 05/04
Estúdio: Bridge
Diretor: Nobuhiro Kondo ("Nobunagun", "Sgt. Frog")
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Versão alternativa do anime de 1992, vindo de um mangá finalizado em 8 volumes.

Nova versão de "Shounen Ashibe", anime que teve duas séries de TV em 1991 e 1992 baseadas em um mangá 4-koma publicado entre 1988 e 1994 - foram no total oito volumes criados por Hiromi Morishita, mangaká conhecido por suas obras de comédia gag e vencedor inclusive de uma edição do "Tezuka Osamu Cultural Prize" na categoria melhor curta, precisamente no ano de 2007 com "Osaka Hamlet", mangá que mais tarde viria a ganhar também uma versão em live-action.

Considerado um dos primeiros títulos em tirinhas do Japão não exclusivamente focado na comédia, visto que também dava importância aos pequenos dramas do dia a dia junto a um leve desenvolvimento de personagem, "Shounen Ashibe" traz como protagonista um garotinho da primeira série chamado Ashibe Ashiya, e conta a história dele ao lado dos seus amigos, familiares e uma peculiar foca de estimação de nome Goma-chan - há inclusive um jogo para Super Nintendo de 1992 onde você controla justamente esse animalzinho. De resto, com tirinhas sendo republicadas até hoje numa revista e com previsão de ter parte de seu mangá relançada ainda esse ano, "Shounen Ashibe" terá seu novo anime exibido no mesmo programa (só que em dias diferentes) que outra animação dessa temporada, o "Neko Neko Nihonshi", confirmando desse modo que seus episódios não passarão de no máximo 9 minutos de duração cada por ser esse o espaço disponibilizado pelo programa - do canal educativo da NHK, o E-Tele - para a transmissão de animes.

Nobuhiro Kondo ficará a cargo da direção, com Toshimitsu Takeuchi ("Saint Seya: Soul of Gold") na supervisão de roteiros e o estúdio Bridge "(Fairy Tail 2014", "Mitsudomoe", "Nobunagun") na animação.

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Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge
Formato: TV 
Data de estreia: 09/04
Estúdio: Silver Link
Diretor: Shinya Kawatsura ("Non Non Biyori")
Gênero: Comédia / Slice-of-Life
Tema: Escolar
De onde saiu: Mangá, 5 volumes, em andamento.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

A nada empolgante história de um jovem desmotivado e extremamente preguiçoso.

Baseado em um mangá shounen que teve início pela internet em 2013 e que atualmente possui 5 volumes físicos publicados, "Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge" traz de protagonista Tanaka, um rapaz assim, sossegado, relaxado, cara sonolenta o tempo inteiro, alguém que se esforça para falar o mínimo possível... Enfim, ele não faz nada de relevante, nadinha, e é com tal premissa que passamos a acompanhar sua vida de tremendo ócio e longos suspiros.

Sério, é isso mesmo.

De capítulos curtos, a base humorística do mangá é o quão Tanaka consegue ser absurdamente inerte e indisposto a qualquer hora do dia e lugar. Não é só questão de ficar embromando durante a aula de educação física ou ser capaz de dormir enquanto usa o vaso sanitário; Tanaka se mostra a tal ponto apático e sedentário, e por consequência de saúde e físico frágeis, que ele chega a tentar tirar em vão blusas sem precisar usar o zíper, sofre para abrir uma garrafa de chá e até sangra sua boca ao fazer força para comer e mastigar um pedaço de pão - ainda bem que nessa sua cansativa sina escolar existe o gentil, confiável e cavaleiro Oota, jovem de alta estatura que ajuda seu amigo em diversas situações que exigem uso significativo de calorias que Tanaka não tem para gastar. Oras, estamos falando de um protagonista que se pudesse não gostaria de ser o personagem principal (há uma quebra ocasional da quarta parede aqui e ali) devido ao esforço e destaque que isso gera, achando mais compensador um papel secundário com poucas falas ou, melhor ainda, um figurante na multidão para sequer ter seu rosto desenhado e assim poder relaxar suas expressões faciais. Ao menos, ele não é tão chato e manhoso em relação a comida, pois Tanaka come de tudo, exceto peixe por ser trabalhoso tirar as espinhas, feijão e milho por ser complicado pega-los com o hashi, frutas que você tem que descascar ou possuem sementes demais...

Além dessa criatura nada confiável e útil e seu companheiro tão prestativo que se dispõe inclusive a carregar Tanaka nos braços quando estão atrasados para a aula, o fazendo em vários momentos proferir frases mal colocadas que incitarão a imaginação do fandom feminino (coisas como Tanaka constantemente elogiar seus dotes culinários e domésticos e querê-lo como esposa caso tivesse uma; tudo puro e inocente interesse de assim não precisar fazer nada o dia todo, não indo além disso), no decorrer dos capítulos surgirão vários outros personagens que se intrometerão na rotina do protagonista, algo que ele comemora não por gostar de conhecer gente nova, mas sim porque dessa forma sua pessoa aparecerá cada vez menos. Seja a pequena e radiante Miyano, que sabe Deus por qual motivo deseja tornar-se "aprendiz" de Tanaka e se esforçará para aprender seu lânguido estilo de vida (se esforçar? Ih, já está fazendo errado...), ou então a perfeita, linda e popular Shiraishi, que se mostra totalmente desleixada e nada feminina quando sozinha (tipo a Umaru de "Himouto Umaru-chan"), e não esquecendo ainda Echizen - garota de pavio curto amiga de Miyano, que não vê com bons olhos a influência do "mestre" dela - e Rino, irmã de Tanaka que parece ser "um pouquinho" possessiva com ele, rapidamente "Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge" monta em volta de seu abatido líder um agradável elenco meio desajustado que dá imenso fôlego à comédia, pois só a inércia descomunal de Tanaka não seria o suficiente para leva-la adiante por tanto tempo. Eu mesmo confesso que, exageros até que engraçadinhos da preguiça alheia à parte, achei o humor bem mais satisfatório, dinâmico e diversificado conforme aumentava o número de personagens em cena; no geral não me foi algo hilário, não foi, apenas um leve e descontraído slice-of-life com suas pequenas e meio absurdas historinhas.

A ser produzido pelo estúdio Silver Link, imagino como a indolente saga de um rapaz que possui como lema "Não dê o seu melhor" se sairá caso tenha episódios de tamanho normal, visto que esse formato poderia ser tão prejudicial para o ritmo presenciado no mangá quanto uma sessão de exercícios físicos para Tanaka - claro que isso não diz muito, mas até hoje o Silver Link só produziu o fraquinho "Chitose Get You!" de anime curto para a TV. Por ora é um bom sinal ver Shinya Kawatsura na direção, já que ele comandou com primor as duas temporadas do pacato "Non Nono Biyori" e suas garotinhas caipiras, e junto a ele teremos também Akemi Mode ("Kyo kara Maoh!", "Princess Princess") na supervisão de roteiros, Hiromi Mizutani ("Jigoku Shoujo", "Non Non Biyori") na trilha sonora e Haruko Iizuka ("Little Busters!", "Tamayura", "Gakkou Gurashi!") no "character design".

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Terra Formars Revenge
Formato: TV 
Estúdio: LIDEN FILMS / TYO Animations
Diretor: Michio Fukuda ("Hyakko", "Nurarihyon no Mago: Sennen Makyou")
Gênero: Ação / Horror / Sci-fi
De onde saiu: Continuação do anime de 2014, vindo de um mangá com atuais 15 volumes.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

Segunda temporada de "Terra Formars", anime baseado em um mangá seinen que desde 2011 teve 15 volumes publicados onde, basicamente, vemos humanos combatendo baratas mutantes gigantes, que surgiram após uma tentativa de terraformagem do planeta Marte. A equipe de produção sofreu várias mudanças: além de ter agora o estúdio TYO Animations junto ao LIDEN FILMS na animação, Michio Fukuda substituirá Hiroshi Hamasaki ("Blade & Soul", "Shigurui", "Steins;Gate") na direção, Naruhisa Arakawa ("Active Raid", "Kingdom", "Maoyuu Maou Yuusha") ficará a cargo da supervisão de roteiros no lugar de Shogo Yasukawa ("Rakudai Kishi no Cavalry", "Hyperdimension Neptunia"), Takafumi Wada ("Owari no Seraph", "High School of the Dead") comporá a trilha sonora antes criada por Shusei Murai ("Gin no Saji"), e Atsushi Ikariya ("Fate/Zero") com Masahiro Aizawa ("Arata Kangatari") cuidarão do "character design" que anteriormente havia sido adaptado por Masanori Shino e Satoshi Kimura.

Ufa! De resto, informo ainda que dia 29 de abril estreará nos cinemas japoneses um (infeliz) filme em live-action que adaptará o primeiro volume do mangá - clique aqui e aqui para ver dois trailers dele, e aqui para ler uma breve matéria com o seu diretor, Takashi Miike. Desde o ano passado a obra original é publicada no Brasil pela JBC, estando atualmente no volume 8.


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Uchuu Patrol Luluco
Formato: TV (7 min. por episódio)
Data de estreia: 01/04
Estúdio: Trigger
Diretor: Hiroyuki Imaishi ("Dead Leaves", "Kill la Kill", "Tengen Toppa Gurren Lagann")
Gênero: Comédia / Romance
Tema: Escolar / Espaço
De onde saiu: Animação original.
Site oficial: Clique aqui
Trailer: Clique aqui

A trama ocorre em Ogikubo, nome dado a uma região da Via Láctea designada especialmente para o convívio mútuo entre terráqueos e seres de outros planetas. Lulucoé uma garota do ensino médio que mora com seu pai e que leva uma vida extrema e absolutamente normal, isso até um dia conhecer um lindo e enigmático estudante transferido chamado AΩ Nova que mudará drasticamente sua rotina.

E olhe o estúdio Trigger fazendo dobradinha na temporada com mais outra obra original, dessa vez uma de episódios pequenos que será exibida no "Ultra Super Anime Time", bloco dedicado a animações curtas - serão duas estreias nele visto que "Shingeki no Bahamut: Manaria Friends" foi adiado por tempo indeterminado; caso se interesse procure por "Kagewani: Shou" nesse mesmo post. Diferente de "Kiznaiver" que alçou um novato no comando, "Uchuu Patrol Luluco" traz o veterano Hiroyuki Imaishi, um dos fundadores do estúdio Trigger em 2011, como seu diretor, roteirista e criador original, e quanto ao restante da equipe vale mencionar somente Mago e Yusuke Yoshigaki ("Ninja Slayer From Animation") no "character design". Autointitulada "a primeira história de amor intergalática" (nem é...), "Uchuu Patrol Luluco" parece ser mais passível de seguir o característico estilo narrativo e artístico que consagrou Trigger nos seus 5 anos de existência e que é justamente a marca de Hiroyuki quando atuava no estúdio Gainax, havendo também, pelo que pode ser visto no trailer, uma grande pegada experimental igual ao já ocorrido com outras animações de curta duração do Trigger, tais como "Inferno Cop" e "Ninja Slayer From Animation". 

Com exceção do alienígena bonitão e a garota que a sinopse e site oficial adoram destacar como ela é normal, foram divulgados outros três personagens de alguma importância do elenco, que são uma aluna meio terráquea, meio alienígena da mesma escola que os dois; o pai de Luluco, que é um detetive que trabalha para uma tal de "Space Patrol" em Ogikubo; e Over Justice, sombrio chefe da divisão da Space Patrol nessa região.


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Usakame
Formato: TV 
Data de estreia: 11/04
Estúdio: Millepensee
Diretor: Shin Itagaki ("Ben-To", "Devil May Cry", "Teekyuu") 
Gênero: Comédia
Tema: Escolar / Esporte
De onde saiu: Mangá, 1 volume, em andamento - spin-off de "Teekyuu", anime vindo de um mangá com atuais 10 volumes.
Site oficial: Clique aqui

Agora sim veremos garotas jogando tênis de verdade - eu acho.

Debutando em setembro de 2015 na revista Comic Earth Star ("Yama no Susume", "Mangirl!") e com seu primeiro volume completo publicado há apenas 3 meses, "Usakame" é spin-off de "Teekyuu", mangá iniciado em 2012 cujo anime já obteve absurdas 7 temporadas de episódios curtos liderados por um excêntrico grupo de garotas membros de um clube de tênis que, na realidade, fazem de tudo, menos jogar qualquer partida - essa será a segunda vez que um spin-off da franquia recebe uma adaptação animada, visto que no ano passado isso ocorreu com "Takamiya Nasuno Desu!: Teekyuu Spin-off", focado numa das protagonistas da série original.

Em tese, as quatro garotas de "Usakame" - que se chamam, da esquerda pra direita nessa imagem, Nishi, Kurumi, Kinako e Ayako - são apresentadas como "rivais" do quarteto da obra principal, contudo elas chegaram a se "enfrentar" (pelo menos nos animes) apenas uma vez no penúltimo episódio da 3ª temporada de "Teekyuu", onde houve o suposto início do habitual arco do torneio de tênis nacional que, no fim, durou somente um episódio já que Yuri e companhia perderam logo na primeira rodada para essas novas garotas integrantes do clube de tênis de outra escola, a Usakame High - tudo não passou de pura piada com as animações do gênero, sendo que até a abertura foi modificada para algo mais sério e típico de obras de esportes; clique aqui para ver algumas imagens desse "duelo" (quantas aspas num só parágrafo!). Por não ter nada do mangá traduzido atualmente eu fiquei impossibilitado de conferir se o seu estilo de comédia é igual ao de "Teekyuu", com eventos totalmente aleatórios e insanos e humor gráfico aos montes retratando a rotina de um grupo de garotas que quase nunca sequer mencionam a palavra "tênis", ou se nesse caso em particular as protagonistas são mais ajuizadas e conhecem e praticam melhor o esporte igual ao que é visto no episódio citado, contudo não seria surpresa se no fim elas acabassem seguindo o mesmo caminho randômico de suas "senpai"...

A ser produzido pelo estúdio Millepensee, que passou a cuidar das adaptações de "Tekkyuu" a partir da quarta temporada, "Usakame" será comandado ainda por Shin Itagaki, diretor de toda a franquia (incluindo "Takamiya Nasuno Desu!") até o momento, e é de se supor que teremos mais uma animação de diálogos exageradamente rápidos em episódios curtinhos de 2 minutos cada, porém vou esperar por alguma divulgação oficial antes de confirmar sua duração por aqui.


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Ushio to Tora (TV) 2nd Season
Formato: TV 
Data de estreia: 01/04
Estúdio: MAPPA
Gênero: Ação / Aventura / Comédia
Tema: Sobrenatural
De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um mangá finalizado em 33 volumes.
Site oficial: Clique aqui

Segunda temporada de "Ushio to Tora", anime baseado em um mangá shounen composto por 33 volumes publicados entre 1990 e 1996 - vencedor do "Shogakukan Manga Award" em 1992, ele também já obteve uma série de 10 OVAs lançadas de 1992 a 1993, e a projeção é que essas séries de TV adaptem toda a obra original, ainda que excluindo bastante material para isso. Como trata-se de mais um "split-cour" - ou seja, desde o início estavam previstas duas temporadas, uma de 26 episódios e essa de 13 -, a equipe de produção deverá ser a mesma, entretanto como não há anúncios oficiais a respeito esperarei mais um pouco antes de divulga-la aqui.


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TOTAL:
35 estreias

21 continuações / spin-offs
07 novas adaptações de mangás
06 novas animações originais
01 novas adaptações de jogos (Game Boy Advance: 1)

Alguns dados aleatórios e inúteis sobre a montagem desse guia:
Número de mangás e light novels que eu li pelo menos um capítulo: 5
Número de volumes completos lidos: 11 (contando as versões mangás de light novels)
Número de capítulos lidos: 80 (idem)
Número de imagens reunidas no post de mangás e light novels que eu li: 102
Dias passados desde o início da montagem do guia até a sua postagem: 20
Quantas vezes a energia caiu aqui em casa durante esse período: 11
Quantos dinossauros da coleção do Kinder Ovo eu adquiri: 17 contando os repetidos (alguns já estão formando família!)
E qual o mangá mais educativo que li durante esse tempo: Thermae Romae (banhos e história romana nunca pareceram tão interessantes em 2D!)


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Animações mais - e também menos, por que não - esperadas pela comunidade do MyAnimeList (de acordo com o total de usuários que já adicionaram cada anime às suas listas) (números do dia 14/03):

 Gakusen Toshi Asterisk 2nd Season - 25,666
 Bungou Stray Dogs - 20,315
 Koutetsujou no Kabaneri - 18,904
 Boku no Hero Academia - 17,873
 Kiznaiver - 12,915
 Magi: Sinbad no Bouken - 12,001
 Joker Game - 11,822**
 JoJo no Kimyou na Bouken: Diamond wa Kudakenai - 11,579
 Gyakuten Saiban: Sono "Shinjitsu", Agi Ari! - 11,554
10º Ushio to Tora (TV) 2nd Season - 11,552
...
...
...
53º Bishoujo Yuugi Unit Crane Game Girls- 84**
54º Future Card Buddfight DDD - 61
55º Shounen Ashibe: Go! Go! Goma-chan - 54
56º Bonobono (2016) - 47
57º Nameko: Sekai no Tomodachi - 34**

** Ainda não adicionados.


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Meus perfis:


Kyoudai Podcast #24: Tipos de animes que fazem falta hoje em dia

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Podcast em parceria entre o Netoin e o Animecote com a participação de Evilasio Junior (@JuniorKyon), Carlírio Neto (@cnetoin) e Elisabete (@elisabete_9207). Nessa edição falamos sobre tipos de animes que víamos no passado e achamos que fazem falta hoje em dia.




Blocos:
  • 00:00:00 – Introdução
  • 00:22:47 – Tipos de Anime que sentimos falta
  • 00:57:38 – Considerações Finais


Acessem também:

Especial: Vencedores do 10º Seiyuu Awards

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Ele já teve dezenas de haréns à sua disposição (porém a quantidade de garotas que chegou a pegar é próxima a zero...), enquanto ela deu vida a inúmeras personagens de elevado nível moe: juntos, os dois protagonizaram um dos maiores hits comerciais de 2015, e agora receberam também em dupla as principais premiações da 10ª edição do "Seiyuu Awards", evento que elege desde 2007 as melhores atuações no ramo da dublagem, em especial as que se referem a animações. Nesse caso, estou falando de Yoshitsugu Matsuoka e Inori Minase, dubladores, respectivamente, do aventureiro bobalhão Bell Cranel e da deusa Hestia na fantasia "Dungeon ni Deai wo Motomeru no wa Machigatteiru Darou ka".    


Ao passo que as categorias menores tiveram seus ganhadores anunciados desde o dia 16 de fevereiro no site oficial do evento, as de maior destaque foram reveladas no último dia 12, porém só agora pude dar alguma atenção nisso após publicar o guia da temporada de primavera. De todo modo, entre premiações a novatos, homenagens e decisões através de voto popular, os dois dubladores citados ganharam nas categorias masculina e feminina para melhor atuação em papéis principais, e dentre os demais vencedores destaco Hiroshi Kamiya, que pela quinta vez consecutiva obteve o prêmio dado através de votação aberta pela internet - nada contra a alguém que em 2015 foi desde um deus pobretão a professor otaku e até aluno que se esforça para fugir de uma rígida prisão escolar, mas bem que poderiam barrar seu nome em edições futuras, não...



Confiram abaixo os ganhadores em dezesseis categorias e o resumo de alguns sobre seus papéis recentes e futuros. No nome de todos foi posto um link que os levará às respectivas páginas de cada um no MyAnimeList, onde se encontram listados os seus trabalhos.




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Melhor Ator: Yoshitsugu Matsuoka
(prêmio para melhor atuação em um papel principal)

Principais papéis em 2015 (como protagonista):

* Souma Yukihira em "Shokugeki no Souma"
* Bell Cranel em "Dungeon ni Deai wo Motomeru..."
* Tomoya Aki em "Saenai Heroine no Sodatekata"
* Yukiya Naruse em "Code Geass: Boukoku no Akito" 3 e 4
* Tooru Yukimira em "Aoharu Kikanjuu"
* Bimii em "Mikagura Gakuen Kumikyoku"
* Tooru Kokonoe em "Absolute Duo"
* Yuu Moononobe em "Juuou Mujin no Fafnir"
* Kanata Age em "Kuusen Madoushi Kohousei no Kyoukan"
* Yuu Maiki em "Makura no Danshi"
* Arata Kasuga em "Trinity Seven OVA"
* Aki Hidaka em "Tsubasa Hotaru (2015)"
* Yuusuke Sagara em "Kanojo ga Kanji wo Suki na Riyuu"
Na ordem: Souma, Bell Cranel, Tomoya, Yukiya e Tooru


Como coadjuvante: 7 séries de TV e 1 OVA.

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Natsuki Hashiba em "Nijiiro Days"
Kei Kamoda e Tetsu Hashiya em "Prince of Stride: Alternative"
Koorogi em "Dimension W"
Olga Breakchild em "Luck & Logic"
Otao em "Oshiete! Galko-chan'"

Futuramente ele será:
Hiiro em "Seisen Cerberus: Ryuukoku no Fatalités"
Aki Kaidou em "Super Lovers"
Oboro em "Kyoukai no Rinne (TV) 2nd Season"
Belkia em "Servamp"
Souma Yukihira em "Shokugeki no Souma: Ni no Sara"
Kazuto Kirigaya em "Sword Art Online Movie: Ordinal Scale"



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Melhor Atriz: Inori Minase


Principais papéis em 2015 (como protagonista):

* Hestia em "Dungeon ni Deai wo Motomeru..."
* Kafuu Chino em "Gochuumon wa Usagi Desu ka??"
* Jun Naruse em "Kokoro ga Sakebitagatterunda."
* Yuki Takeya em "Gakkou Gurashi!"
* Nagisa Aizawa em "Jitsu wa Watashi wa"
* Great Mazinger em "Robot Girls Z Plus"
* Mo Ritika Tzetzes Ura em "Comet Lucifer"
* Noel em "Sora no Method: Aru Shoujo no Kyuujitsu★"
* Maya em "Animegatari"





Na ordem: Hestia, Chiino, Yuki, Nagisa e Naruse


Como coadjuvante: 5 séries de TV e 1 OVA.

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Mana Asuha em "Luck & Logic"
Rona Shenazard em "Akagami no Shirayuki-hime 2nd Season"

Futuramente ele será:
Akane Segawa em "Netoge no Yome wa Onnanoko ja Nai to Omotta?"
Rem em "Re:zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu"
Chamille Kitora Katjvanmaninik em "Nejimaki Seirei Senki: Tenkyou no Alderamin"


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Voto popular: Hiroshi Kamiya
(votação através da internet)

Principais papéis em 2015 (apenas os de protagonista):

* Kiyoshi Fujino em "Prison School"
* Yato em "Noragami Aragoto"
* Izaya Orihara em "Durarara!!x2 Shou" e "Durarara!!x2 Ten"
* Koyomi Araragi em "Owarimonogatari"
* Junichirou Kagami em "Denpa Kyoushi (TV)"
* Hiroomi Souma em "Working!!!"
* Ruu-chan em "Miss Monochrome: The Animation" 2 e 3
* Darth Wooser em "Wooser no Sono Higurashi: Mugen-hen"
* Art em "Mini Hama: Minimum Hamatora"
* Seijuurou Akashi em "Kuroko no Basket: Saikou no Present Desu"
Na ordem: Yato, Araragi, Izaya, Kiyoshi e Junichirou

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Izaya Orihara em "Durarara!!x2 Ketsu"
Koyomi Araragi em "Kizumonogatari Part 1: Tekketsu-hen e "Koyomimonogatari"
Choromatsu Matsuno em "Osomatsu-san"
Ittetsu Takeda em "Haikyuu!! Second Season"
Hikaru Kusakabe em "Doukyuusei"
Kasura em "Phantasy Star Online 2 The Animation"

Futuramente ele será:
Edogawa Ranpo em "Bungou Stray Dogs"
Yuu Setoguchi em "Zuuto Mae Kara Suki Deshita.: Kokuhaku Jikkou Iinkai"
Takashi Natsume em "Natsume Yuunjichou 5"



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Melhores Atores Coadjuvantes:
(prêmio para melhor atuação em um papel secundário)



Papéis em 2015 (os principais, tanto de protagonistas, quanto de coadjuvantes):

* Shingo Wakamoto em "Prison School"
* Masato Hijirikawa em "Uta no☆Prince-sama♪ Maji Love Revolutions"
* Hans Humpty em "Rokka no Yuusha"
* Sougo Okita em "Gintama°"
* Hajime Tsunashi em "Danna ga Nani wo Itteiru ka Wakaranai Ken 2 Sure-me"
* Crowley Eusford em "Owari no Seraph"
* Raito Shiba em "Concrete Reevolutio: Choujin Gensou"

Na ordem: Shingo, Masato, Hans, Sougo e Hajime

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Teodor Eberbach em "Schwarzesmarken"
Iyami em "Osomatsu-san"
Tom Tanaka em "Durarara!!x2 Shou"
Shutendouji em "RollingGirls"
Naomasa Ii em "Sengoku Musou"
Wario Hashida em "Binan Koukou Chikyuu Bouei-bu LOVE!"


Futuramente ele será:
Haruki Serizawa em "Zutto Mae Kara Suki Deshita.: Kokuhaku Jikkou Iinkai"
Jouji Takahashi em "Hatsukoi Monster"
Masato Hijirikawa em "Uta noPrince-sama Maji Love 4"




Papéis em 2015 (os principais, tanto de protagonistas, quanto de coadjuvantes):

* Daryun em "Arslan Senki (TV)"
* Ginti em "Death Parade"
* Kaito em "Ajin Part 1: Shoudou"
* Yamato Ishida em "Digimon Adventure tri. 1: Saikai"
* Takeru Kusanagi em "Taimadou Gakuen 35 Shiken Shoutai"
* Kakeru Tengenji em "Starmyu"
* Kyouma Kusuryuu em "Mikagura Gakuen Kumikyoku"
* Daiki Tasaki em "Kokoro ga Sakebitagatterunda."
* John H. Watson em "Shisha no Teikoku"
* Rom em "Show By Rock!!"
* Seijuurou Nanami em "Denpa Kyoushi (TV)"
* Optimus Prime em "Q Transformers" 1 e 2
* Welf Crozzo em "Dungeon ni Deai wo Motomeru"
* Junpei Hyuuga em "Kuroko no Basket 3rd Season"
* Asahi Azumane nos dois filmes de "Haikyuu!!""

Na ordem: Daryun, Ginti, Kaito, Junpei e Takeru

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Haruhiro em "Hai to Gensou no Grimgar"
Kaito em "Ajin"
Orga Itsuka em "Mobile Suit Gundam: Iron-Blooded Orphans"
Yamato Ishida em "Digimon Adventure tri. 2 Ketsui"
Asahi Azumane em "Haikyuu!! Second Season"
Tetsuya Yuuki em "Diamond no Ace: Second Season"
Sladder Honeysuckle em "Heavy Object"
Epizo Evans em "Bubuki Buranki"

Futuramente ele será:
Doppo Kunikida em "Bungou Stray Dogs"
Akari Hizamaru em "Terra Formars Revenge"
Oota em "Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge"
Fumikage Tokoyami em "Boku no Hero Academia"
Odagiri em "Joker Game"
Daryun em "Arslan Senki (TV) 2nd Season"



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Melhores Atrizes Coadjuvantes:



Papéis em 2015 (os principais, tanto de protagonistas, quanto de coadjuvantes):

* Sakurako Kujou em "Sakurako-san no Ashimoto ni wa..."
* Meiko Shiraki em "Prison School"
* Irina Jelavic em "Ansatsu Kyoushitsu (TV)"
* Luviagelita Edelfelt em "Fate/kaleid liner Prisma☆Illya 2wei Herz!"
* Maiko Okamoto em "Young Black Jack"
* Akeno Himejima em "High School DxD BorN"
* Kozue Takanashi em "Working!!!"
* Alouette e Dorothy em "Yoru no Yatterman"
* Yayoi Kunizuka em "Psycho-Pass Movie" 
Na ordem: Irina, Sakurako, Meiko, Maiko e Frolaytia

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Irina Jelavic em "Ansatsu Kyoushitsu (TV) 2nd Season"
Frolaytia Capistrano em "Heavy Object"
Ai Mitaka em "Nurse Witch Komugi-chan R"


Futuramente ela será:
Minako Aino em "Bishoujo Senshi Sailor Moon Crystal Season III"
Michelle K. Davis em "Terra Formars Revenge"
Louise em "Endride"
Marie Torres em "Joker Game"
Touko Sumikaze em "Occult;Nine"





Papéis em 2015 (os principais, tanto de protagonistas, quanto de coadjuvantes):

* Shirayuki em "Akagami no Shirayuki-hime"
* Yukino Yukinoshita em "Yahari Ore no Seishun Love Comedy wa Machigatteiru. Zoku"
* Urara Shiraishi em "Yamada-kun to 7-nin no Majo (TV)"
* Shinoa Hiiragi em "Owari no Seraph" 1 e 2
* Yotsugi Ononoki em "Owarimonogatari"
* Haruka Ogasawara em "Hibike! Euphonium"
* Uruka Minami em "Tokyo Ghoul: "Jack""
* Kaede Takagaki em "The iDOLM@STER Cinderella Girls" 1 e 2
* Midori Aoyama em "Gochuumon wa Usagi Desu ka??"
* A em "Show By Rock!!"
* Fubuki em One Punch Man"
* Ryu Lion em "Dungeon ni Deai wo Motomeru..."

Na ordem: Shirayuki, Yukino, Urara, Shinoa e Haruka

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Akagami em "Akagami no Shirayuki-hime 2nd Season"
Reina Izumi em "Musaigen no Phantom World"
Munechika em "Utawarerumono: Itsuwari no Kamen"
Yotsugi Ononoki em "Koyomimonogatari"

Futuramente ela será:
Mari Kunou em "Big Order (TV)"
Haruka Ogasawara em "Hibike! Euphonium MOvie: Kitauji Koukou Suisougaku-bu e Youkoso"
Kotori Iida em "Amaama to Inazuma"
Miyuki Shiba em "Mahouka Koukou no Rettousei Movie"



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Melhores Atores Novatos:
(prêmio para atuações notáveis de atores que começaram sua carreira nos últimos cinco anos)



Papéis em 2015 (todos, já que são poucos):

* Kuroo Hazama em "Young Black Jack"
* Mitsuhide Rouen em "Akagami no Shirayuki-hime"
* En Yufuin em "Binan Koukou Chijyuu Bouei-bu LOVE!"
* René Simm em "Owari no Seraph" 1 e 2
* Ryuu-san em "Million Doll"
* Ryuushi Theodore Emori em "Makura no Danshi"
* Rizumu Suzuki em "Gatchaman Crowds Insight"
Hayato Kuujou em "Aquarion Logos"


Na ordem: Hazama, Mitsuhide, Yufuin e René

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Mitsuhide Rouen em "Akagami no Shirayuki-hime 2nd Season"
Eugene Seven Stark em "Mobile Suit Gundam: Iron-Blooded Orphans"





Papéis em 2015 (todos, já que são poucos):

* Producer em "The iDOLM@STER Cinderella Girls" 1 e 2
* Masashi Yuuki em "Diamond no Ace: Second Season"
* Kentarou Kyoutani em "Haikyuu!! 2nd Season"
* Hodorigo em "Hidan no Aria AA"
* Pradalata em "Arslan Senki (TV)"
* Lauren em "Rokka no Yuusha""



Na ordem: Producer, Kentarou e Masashi

Futuramente ele será:
José Carlos Takasuka em "Kuromukuro"





Papéis em 2015 (apenas os de protagonista):

* Shouyou Hinata nos dois filmes de "Haikyuu!!"
* Worick Arcangelo em "Gangsta."
* Rui Ninomiya em "Gatchaman Crowds Insight"
* Joker em "Kaitou Joker 2nd Season"
* Haruka Sakurada em "Joukamachi no Dandelion"
* Haruto Enokawa em "Makura no Danshi"
* Friday em "Shisha no Teikoku"



Na ordem: Hinata, Worick, Rui, Joker e Haruka

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Shouyou Hinata em "Haiykuu!! Second Season"
Kiuru em "Utawarerumono: Itsuwari no Kamen"
Neko em "Durarara!!x2 Ketsu"
Yuuji Norita em "Ansatsu Kyoushitsu (TV) 2nd Season"
Breunor em "Divine Gate"

Futuramente ele será:
Joker em "Kaitou Joker 3rd Season"
Yuuto Ijika em "Sousei no Onmyouji"
Ikuyoshi Sasaki em "Super Lovers"
Kazuo Noguchi em "Hatsukoi Monster"
Hugh the Dark Algernon III em "Servamp"
Allen Walker em "D.Gray-man (2016)"


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Melhores Atrizes Novatas:



Papéis em 2015 (todos, já que são poucos):

* Anastasia em "The iDOLM@STER Cindereella Girls" 1 e 2
* Kikko Hoshino em "Concrete Revolutio: Choujin Gensou"
* Shalltear Bloodfallen em "Overlord"
* Fubuki, Hiryuu e Souryuu em "Kantai Collection"
* Chuchu em "Show By Rock!!"
* Eru Miru em "Plastic Memories"
* Oboro Tsukimigusa em "Shimoneta to Iu Gainen ga Sonzai Shinai Taikutsu na Sekai" 
Tomomi Okonogi em "Tasagure! Bakatsumono Spin-off"
Arcee em "Q Transformers: Saranaru Ninki Mono e no Michi"




Na ordem: Anastasia, Shalltear, Chuchu, Fubuki e Kikko

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Mai Kawakami em "Musaigen no Phantom World"
Athena em "Luck & Logic"
Rena Bouda em "Itoshi no Muco"

Futuramente ela será:
Kikko Hoshino em "Concrete Revolutio: Choujin Gensou - The Last Song"
Collette em "Kono Bijutsubu ni wa Mondai ga Aru!"






Papéis em 2015 (todos, já que são poucos):

* Miki Naoki em "Gakkou Gurashi!"
* Futaba Ichinose em "Sore ga Seiyuu!"
* Yoshio Kobayashi em "Ranpo Kitan: Game of Laplace"
* Kaon Lanchester em "Comet Lucifer"
* Dorothy em "Junketsu no Maria"
* Setsuko em "Shigatsu wa Kimi no Uso: Moments"



Na ordem: Megumin, Miki, Futaba, Yoshio e Kaon

Papéis de animes que estavam ou estão em andamento em 2016:
Megumin em "Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo!"
Mirai Asahina em "Mahoutsukai Precure!"
Noct Leaflet em "Saijaku Muhai no Bahamut"

Futuramente ela será:
Emilia em "Re:Zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu"






Papéis em 2015 (todos, já que são poucos):

* Umaru Doma em "Himouto! Umaru-chan"
* Yuki, Yuzuru e irmão da Nanako em "Houkago no Pleiades (TV)"
* Yuyan Liu em "Lance N' Masques"
* Wendy em "Pikaia!"
* Shizuka Kasagi em "Rokujouma no Shinryakusha!?"
* Rikantz Seaberry em "Kenzen Robo Daimidaler"
* Kurumi Etou em "Girlfriend (Beta)"
* Poses 02 em "Robot Girls Z"


Umaru Doma





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Melhor Atuação Musical:
(prêmio para melhor desempenho musical em seu nome ou no papel de um personagem)

Grupo i☆Ris:
Da esquerda para a direita:




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Melhor Personalidade:
(premiação concedida por trabalhos notáveis em rádio, web rádio ou TV como personalidade, seja em seu nome ou no papel de um personagem)

Kenichi Suzumura



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Premiação por Contribuição ao Longo da Vida Especial:
(premiação póstuma a quem atuou em diversos gêneros, incluindo produções estrangeiras, durante a sua carreira)

Ao invés de selecionar algum nome em particular, esse ano a premiação foi dedicada a todos os dubladores falecidos em 2015, entre eles:

 Shinji Ogawa
Kinya Aikawa
Hiroyuki Nishimoto
Yuusuke Takita
Mizuki Saitou
Eiji Maruyama
Sumiko Shirakawa
Kazuya Taketabe
Miyu Matsuki


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Premiação por Contribuição ao Longo da Vida:
(premiação em vida a quem realizou diversas contribuições tanto na profissão de dublador, quanto fora dela):


Sachiko Chijimatsu

Alguns papéis em animes:
* Miia em "Chou Denji Robo Combattler V"
* Pyonkichi em "Dokonjou Gaeru"



            









Tadashi Nakamura

Alguns papéis em animes:
* Franz von Mariendorf em "Ginga Eiyuu Densetsu"
* Sir Archer em "Lupin III: Harimao no Zaihou wo Oe!!"

                   












Michiko Nomura

Alguns papéis em animes:
* Shizuka Minamoto na frnaquia "Doraemon"
* Mia em "Ginga Tetsudou 999"

                   













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Prêmio Sinergia:
(prêmio a trabalhos que melhor representem o apelo da profissão de dublador como um todo)

"Chibi Maruko-chan", representado por Tarako, dubladora da protagonista Momoko Sakura:


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Prêmio Memorial Tomiyama Kei:
(premiação a um artista masculino por promover a profissão de dublador em todo tipo de mídia)


Showtaro Morikubo

Alguns papéis:
* Shikamaru Nara na franquia de "Naruto"
* Gorou Honda na franquia de "Major"
* Souji Okita na franquia de "Hakuouki"
* Yuusuke Makishima na franquia de "Yowamushi Pedal"
* Akaya Kirihara na franquia de "Prince of Tennis"



 Na ordem: Shikamaru, Honda, Souji, Makishima e Kirihara


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Prêmio Memorial Takahashi Kazue:
(premiação a um artista feminino por promover a profissão de dublador em todo tio de mídia)


Kikuko Inoue

Alguns papéis:
* Belldandy na franquia "Aa! Megami-sama!"
* Mizuho Kazami em "Onegai Teacher"
* Lust nas duas séries de TV de "Fullmetal Alchemist"
* Sanae Furukawa em "Clannad"
* Cécile Croomy na franquia de "Code Geass: Hangyaku no Lelouch"



 Na ordem: Belldandy, Mizuho, Lust, Sanae e Cécile


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Prêmio Crianças / Família:
(premiação decidida através de questionários respondidos por crianças do ensino fundamental)


Pierre Coffin

Diretor dos filmes:
* Meu Malvado Favorito
* Meu Malvado Favorito 2
* Minions












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Premiação Especial:
(premiação a algum trabalho, seja em conjunto ou individual, que não se encaixe em nenhuma outra categoria)

Grupo de idols AOP:




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Meus perfis:

AnimecoteCast #99: Dragon Ball

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Dragon Ball é o tema dessa edição do AnimecoteCast. Comentamos nossas lembranças dessa franquia nostálgica, Dragon Ball, Dragon Ball Z, Kai, Super e mais algumas curiosidades. Coloque seu fone e embarque conosco nessa aventura nostálgica em busca das esferas do dragão e divirta-se com os participantes: Bebop, Evilásio, Luk e Sr. Tadashi.




Duração: [1:49:28]

Links dos participantes:
Yopinando
Chunan! 




Links Relacionados:
ApCast 6: Nostalgia Dragon Ball
Goku - A Prova de Tudo 
Manga² #167 – Desconsertando Fullmetal Alchemist 


Podcasts Relacionados:
AnimecoteCast #38: Cowboy Bebop 
AnimecoteCast #46: Detroit Metal City
AnimecoteCast #88: Neon Genesis Evangelion 






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Especial: Me recomenda um anime

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Por Tadashi Katsuren

Já comecei a notar isso faz um tempo; anos, pra ser mais preciso: Quando temos um conhecimento mais a fundo de alguma coisa, e as pessoas notamque você possui este saber, é mais do que aceitável que caso algo traga ela para dentro de seu mundo, esta  venha pedir conselhos para quem já conhece bem dele. Assim é comigo quando tratamos mais especificamente de animes e mangás. Tornou-se algo costumeiro conhecidos e amigos aparecerem diante de mim perguntando que animes ou mangás deveriam assistir ou ler; tanto, que só agora parei para pensar no tema deste texto. Há alguma fórmula para recomendações? Precisamos apenas dizer nossos animes preferidos e só? Animes bons são sinônimos de boas recomendações?


Uma de minhas animações preferidas é Legend of The Galactic Heroes (LOTGH), ou ”Ginga Eiyuu Densetsu”. Uma space opera que já vi ser recomendada como Star Wars dos Animes; não que a referência não seja óbvia: Temos um império galáctico enfrentando uma força democrática-republicana rebelde e uma estrela artificial que lança um gigantesco canhão laser. Mas, em minha opinião, essa obra guarda muito mais; ela marca na animação japonesa o uso de dois protagonistas, um de cada lado da história, cada um deles lutando por seus próprios ideais e com isso tendo de se enfrentar. Yang Wenli de um lado com sua idealização de democracia, defendendo um Estado republicano e democrático por natureza, e mesmo assim não tão honesto e altamente corruptível; Reinhard von Lohengramm do outro lado, galgando na hierarquia monárquica em busca de um império a ser construído de maneira justa, mas ainda assim absolutista e imperial. É uma animação antiga com muitas estratégias de guerra, muitas questões políticas e éticas levantadas e personagens extremamente carismáticos.


Meu primo de quinze anos, por outro lado, tem como seu anime preferido o nosso famoso ninja de roupas gritantes Naruto. Demograficamente falando, "Naruto" é voltado para um público bem mais jovem e mesmo levantando seriedade em alguns combates, suas resoluções são bem mais simples e menos complexadas que as de obras como LOGHT. Nem por isso, e fazendo essa fula comparação, a obra shounen precisa ser - necessariamente - ruim aos olhos de meu primo. Qual tipo de recomendação que eu poderia dar para esta pessoa?

Vamos avançar o texto usando de outra comparação: Suponha que agora eu esteja de volta aos meus quatorze, treze anos de idade, com a puberdade aflorando à mil e todas as outras loucuras que acontecem em nossa adolescência. E consideremos, então, que eu seja um fã de animes: Minhas obras favoritas são títulos como Highschool of the Deadque carrega uma premissa de animes de gênero ação/aventura num apocalipse zumbi, mas que igualmente - ou até em graus maiores - dedica boa parte de tela para o fanservice envolvendo as garotas da trama; e Monster Musume no Iru Nichijou, com o gênero harém despontado e cenas de ecchi saltando em inúmeros momentos de um mesmo episódio enquanto vemos o personagem tomar conta de várias garotas-monstro. E então, descubro que uma colega de minha própria sala também é viciada em animes e mangás, visto que a encontrei os lendo em sala de aula e puxei assunto com ela.



Esta minha colega de sala é apaixonada por mangás, também. Mas a pegada dela é um tanto diferente; ela gosta de animes colegiais de romance, por grande parte das vezes um shoujo. Curte o casal protagonizado pelo recluso e carregado de problemas do passado Mabuchi (Tanaka) e a garota que quer ser vista de outra maneira Yoshioka de Ao Haru Ride, bem como ela é apaixonada pelo casal-comédia de Lovely Complex, a alta Risa e o tampinha Otani. Dentro de uma conversa saudável entre estes dois tipos de apreciadores dos quadrinhos e animações japonesas, qual seria uma viável recomendação que poderia atender tanto a um quanto a outro? Será que simplesmente apontar os próprios favoritos é o suficiente?


Recomendar é algo simples. É como dar um conselho.

Quando um amigo meu está mal, canso de ver outros chegarem e aconselharem “Deixa isso pra lá, vai ficar tudo bem”, ou coisa do tipo. Quando eu chego para ver como ele está, ao invés de simplesmente ouvir e retribuir com um tapinha nas costas e uma mensagem de acalento, pergunto-o como aconteceu, se há como reverter ou resolver o problema e vejo dentro de minhas opções e disponibilidade o que posso fazer para ajudá-lo. A efetividade do conselho e o quanto isso pode mudar a concepção da outra pessoa é algo que eleva o patamar do questionamento para outro nível, e da mesma forma serve uma recomendação simples.


Uma das formas mais interessantes que eu vejo de recomendar alguém está no site do MyAnimeList. A aba de recomendações deles é sensacional porque correlaciona obras entre si, para que os utilizadores possam conhecer obras que, de alguma forma, tenham semelhanças entre si. “Se você gostou disso, talvez possa gostar de…” Esta recomendação é muito mais viável que muitos amigos que empurram seus gostos pessoais para cima de você. Enfim, pensando sobre o tema, eu cheguei a concluir alguns pontos que pelo menos Eu levanto, toda vez que alguém me pede uma recomendação. Isso é longe de ser uma regra universal, uma verdade absoluta ou um manual geral do tema, é apenas o que minha pessoa considera vago tomar em nota quando vai apontar um título para alguém. Veja:


Considere o que a pessoa já assistiu: A primeira coisa que eu faço quando alguém me pede uma recomendação é perguntar de volta para ela: “Tá, mas o que você já assistiu?” ou coisa do tipo. Quando se tem um conhecimento um pouco maior sobre animes, você acaba tendo consigo uma boa gama de gêneros e demografias para serem aconselhados, mesmo que você prefira um ou outro dentro destes. Todavia, muitas vezes quem nos pede por uma dica não é tão aprofundado no tema assim; muitas vezes ela só viu um gênero de uma demografia - da grande maioria das vezes, acontece de ser os Shounen de combate. Para essas pessoas não é legal apontar algo completamente fora de sua zona de conforto para ser visto, então, ouvindo sobre os animes que ela já assistiu, pondere. De mesma forma, a conversa pode se tornar muito mais interessante se você necessita encontrar uma recomendação para alguém que já viu muita coisa como você, mas com os gostos pessoais dela: É quase um divertido desafio recomendar um título efetivamente em muitos destes casos, ou pode até ser mais fácil a pessoa ser aberta o suficiente para experimentar algo novo; varia entre os extremos nas experiências que tive.


Considere o que a pessoa quer assistir: Outro questionamento que faço de volta é: “E o que você está procurando ver?”. Porque, assim, às vezes a pessoa acabou de devorar todos os episódios de “Naruto” e “One Piece” até eles chegarem nos episódios da semana e querem algo para assistir agora que vagaram desses, mas eles não querem algo tão longo, dado o tempo gasto. Ou então, acontece da pessoa ver um anime e gostar muito de só um ponto dele - que MUITAS vezes não é o ponto principal da série - e gostaria de ver mais coisas naquele estilo. E até mesmo acontece o inverso! “Eu vi o anime X, mas eu odiei! Queria assistir algo diferente, mas não sei o quê” também é uma linha que ouvimos. Para tanto, saiba o que a pessoa procura, muitas vezes ela te dá dicas do que pode gostar apontando aspectos, temas abordados dentro dos animes ou mesmo apontando gêneros e demografias, que podem guiar a sua recomendação. Outras preferências que também são interessantes de serem analisadas são aquelas por Traço/Character Design, Estúdio, Direção, Seiyuu, Animação e até efeitos de enredo (plot twists, pacing de desenvolvimento de personagem). 


Considere como recomendar uma obra: Não dá uma raiva quando você fala com um amigo sobre um anime, aconselha-o a assistir, peça para que ele dê uma chance para o tema (muitas vezes para você ter com quem comentar sobre a obra) e ele não tem um pingo de interesse? Isso acontece porque, mesmo você recomendando, o seu convencimento não foi o suficiente para ganhar a atenção da pessoa para ir atrás. Talvez a melhor maneira de convencer alguém a ver algo que queira, seja correlacionando-a com alguma obra que ele já viu e que gostou muito. “Ah! Se você gostou disso no anime X você PRECISA ver o anime Y, porque tem uma trama BEM parecida mas melhor nesse ponto Z!”. Ou mesmo apelando para leves spoilers sobre coisas que acontecem dentro do anime, apenas a ponto de deixá-lo curioso para ver como chega-se até lá. Tudo é válido para cativar o ouvinte.


Considere moderadaramente o seu gosto pessoal:Em outras palavras, não use daquele meme “My taste = God Tier; Your Taste = Crap Tier”. É muito cruel e improdutivo você chegar numa pessoa condenando o que ela assistiu até então para logo depois começar a empurrar o seu top 5 na cara dela. E isso é algo que acontece com muita frequência dentro do nosso hobby. “Nossa, você gosta dessa merda!? Larga mão disso, vai assistir isso aqui, olha!”. Vou admitir: Antigamente eu era assim, a imaturidade da adolescência me fazia rir do que os outros assistiam pra depois jogar na cara deles o que eu considerava bom. Me arrependo disso, mas, por outro lado, é dessa fora que aprendi como me portar realmente, visto que isso gerava mais discussão e improdutividade do que propriamente uma recomendação válida. Hoje em dia brinco com amigos com quem tenho mais intimidade, falo mal de seus animes preferidos, mas aí é graça. Todos sabem que o ponto principal é rir e debochar sem maiores danos.

O assunto muda completamente de escopo quando alguém pede a sua ajuda para um entretenimento futuro. Quando digo que deve ser considerado o seu gosto pessoal com moderação, isso significa que aplique sua preferência nas obras o quanto a gostar delas, desgostar delas ou chegar ao ponto de não recomendá-las porque considera que são ruins. Não necessariamente precisa ser algo que goste, mas a sua recomendação pode sim ser algo que você considere decente, ou mesmo mediano - mas que pode gerar o interesse do amigo por algum outro anime melhor no futuro. Quando me pedem a minha opinião sobre determinado anime que não gosto, sou sincero: “Olha, eu não gosto desse anime; não é que odeie ele, só não me agrada por causa de X, Y e Z. Mas considerando que você gosta desse outro anime A, você pode gostar dele sim, vai fundo.”. Pense no seu gosto pessoal com moderação; é mais fácil você construir um caminho que faça a pessoa gostar do que você gosta do que tentar empurrar tudo na força logo de cara.


Dentro deste texto, deixei de lado tocar no assunto Qualidade x Gosto, porque penso que esse é um ponto delicado e bem mais complexo para tocar apenas como ponta para outro. Quem sabe num futuro, eu possa fazer outro texto deste estilo para voltar a comentar sobre. Antes de minhas considerações finais, eu gostaria apenas de fazer uma menção importantíssima para alguns artigos de nosso amigo redator e podcaster do blog,  Evilásio, que foram de muita ajuda e em certo ponto essenciais para a construção deste texto, sendo eles algumas matérias da coluna “A Resposta é 42”, a citar Como se escolhe uma série de anime para assistir? e também Respeitar não dói, escritos ainda em seu antigo blog Anime Portifolio.


Por fim, vale uma reflexãozinha: Tadashi, você fez essa postagem inteira apenas pra falar de dicas de como recomendar um anime… não é exagerado, ou fútil demais? Bom, realmente, talvez não fosse necessário tanta coisa apenas para aconselhar um anime para alguma pessoa. Mas existe algo além disso: Dar uma boa recomendação para uma pessoa aumenta em muito as possibilidades dela em querer ver mais obras. Não sei vocês, mas me agrada bastante ter com quem conversar sobre animes e mangás, especialmente se são sobre obras que agradam aos participantes do papo. Considere estas dicas, deste ponto, como um incentivador para a cultura pop japonesa crescer um pouco mais perto de você.

Em maior escala, isso é até um incentivo para a indústria da animação e dos quadrinhos japoneses, se for bem parar para pensar. No meu caso, eu me contento em um agradecimento, algumas semanas depois, de meus amigos. “Valeu, cara, o anime que você me indicou é bom pra caraca!


 Um grande abraço, e até a próxima!












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Mangacotecast #5: Mangá que li por causa de um anime

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Olá! Está no ar a quinta edição do Mangacotecast, o podcast de mangá do Animecote e do Yopinando que também conta com a participação de pessoas de outros blogs/sites eventualmente. Nessa edição Eu (Evilasio Junior) me uno ao Tadashi Katsuren, do Animecote, ao Yuri, do Yopinando Shinbun, a Raphaella, do Elfen Lied Brasil e ao Luis (@burucchi) para falar sobre mangás que começamos a acompanhar após conhecer suas adaptações para anime.




Agora você pode conversar conosco através do canal do discord do Mangacotecast. Basta clicar aqui, aceitar o convite e conversar diretamente com os membros do Yopinando (ou pelo menos comigo) e os participantes de seus podcast todos os dias.

Duração: 02:15:02

Podcast: Download Alta Qualidade (92,8 mb) | Download Média Qualidade (61,8 mb)
Feed de Podcasts do Yopinando: http://feeds.rapidfeeds.com/45097/ | Clique aqui para ver os podcasts do Yopinando no Itunes.

Blocos:

  • 00:00:00 – Introdução
  • 00:08:19 – Perguntas sobre a relação de anime e mangá
  • 00:46:12 – Mangás escolhidos pelos participantes
  • 01:49:26 – Considerações finais

Mangás Comentados Nessa Edição:


Músicas das Transições:

  • Transição para Bloco 1 – “Peace and Love”, Zach Callison, Shelby Rabara, Deedee Magno-Hall, Michaela Dietz & Estelle
  • Transição para Bloco 2 – "Vanguard", Jam Project
  • Transição para Considerações finais – "Can You Fly", Yasushi Ishii
  • Encerramento – “Summer Rain”, Kobukuro

BGM’s:

  • "Ready Steady Go", Larc~en~ciel
  • Full Metal Alchemist Brotherhood OST

Blogs/Sites Participantes:


Extras:

Kyoudai Podcast #25: Teorias que nos fizeram ir além do anime

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Podcast em parceria entre o Netoin e o Animecote com a participação de Evilasio Junior (@JuniorKyon), Carlírio Neto (@cnetoin), Tadashi (@TKatsuren) e André (@joystickvivant). Nessa edição falamos sobre as teorias do mundo real (ou quase) utilizadas por animes que nos fizeram ir além de simplesmente assistir o anime.




Blocos:
  • 00:00:00 – Introdução
  • 00:25:50 – Teorias e animes
  • 01:07:08 – Considerações Finais


Acessem também:
Extras:



Resenha: Pokemon

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Por Escritora Otaku

Saudações para todos os que já tiveram a chance de acompanhar esta série ou se aventuraram nos games que serviram de inspiração para a considerada melhor fase de “Pokémon”. Tal resenha abordará esta fase, que traz três ligas: a Liga Kanto, a Liga Laranja e a Liga Johto.


Deve ter sido um impacto e tanto quando a série foi exibida e ao longo dos anos, apesar da queda eminente – comum em animes longos –, ela ainda continua dando suas desventuras. Falar desta fase é entrar numa história que apesar da sua simplicidade, representou uma parte da vida dos que assistem animações japonesas. Para esta redatora, foi muito bom e sim, já joguei os games que compõem tal fase. E já tive muita dor de cabeça em algumas partes dos jogos e tenho minha lista seleta de pokémon favoritos. Não citarei todos, mas, se fosse uma treinadora escolheria os seguintes iniciais: de Kanto qualquer um deles, principalmente se for o Bulbasaur e de Johto, o Cyndaquil.

Chega de comentários e vamos ao que interessa...


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Alternativo: Pocket Monsters (em japonês)
Ano:1998
Diretor: Kunihiko Yuyama
Estúdio: Oriental Light and Magic
Episódios:276
Gênero: Aventura / Comédia / Fantasia
De onde saiu:Games “Pokémon” Red / Blue para Game Boy; “Pokémon” Gold / Silver / Crystal para Game Boy Color





Temos que pegar!”

E com um slogan destes, “Pokémon” teve seu início na história das animações japonesas. Seguindo uma tendência comum, a história teve início nos games, quando foram lançadas as versões Red/Blue/Green (no Japão) e Red/Blue (nos Estados Unidos) para o portátil da Nintendo, o Game Boy e aí, o sucesso inevitável. Até hoje, os games da série faturam e são bastante aguardados pelo público que tomou gosto de bancar o treinador ou treinadora pokémon.

O cara que teve a brilhante ideia foi um japonês – só podia ser né! -; Satoshi Tajiri juntou esta e outras ideias, aliada à sua produtora de games - a Game Freaks - e com mais algumas pessoas trouxeram “Pokémon” ao mundo. A mistura de estilos como aventura e RPG, e também o fator de somente alguns pokémon existirem apenas em uma versão e pra tê-los era preciso trocar, virou uma febre daquelas. Muito simples, não acham? Pra falar a verdade, vários games que conhecemos têm como fator de êxito a simplicidade, tornando alguns verdadeiros clássicos na indústria de jogos.

Mudando de assunto, dos games para anime, mangás, brinquedos e outras quinquilharias foi um pulo. Claro que dos produtos licenciados, apenas os games e os mangás mantiveram a existência da própria série ao longo dos anos. Os games foram lançados para as plataformas portáteis da Nintendo, que viu o potencial e são muito esperados pelo público; alguns foram lançados para os consoles convencionais da mesma, cuja proposta é trazer o time de pokés dos portáteis para o 3D e lutar com tudo ou com propostas que fogem do habitual. Já os mangás, estes foram mais influenciados pelos games e dentre eles, merece destaque “Pokémon Adventures”, lançado pela Shogakukan, editora responsável pela publicação da Shounen Sunday, que traz a história dos games com mais afinco que a versão animada.

Pokémon” é visto por muitos como uma jogada de marketing bem bolada, o que não deixa de ser verdade, mas, ao mesmo tempo em que é um caça-níquéis, deve-se levar em conta que a ideia em si é genial e simples em sua essência. Fato que depois do lançamento da série, várias outras surgiram com proposta similar e a quantidade é um tanto abusiva. Das animações japonesas que tiveram cópias, “Pokémon” bate recordes e até hoje, visto que várias animações de teor infantil tem uma pontinha dela em seus enredos, sem contar a quantidade de piadas e paródias disponíveis.

Exemplos de séries que seguiram o estilo “Pokémon” de ser? Aqui vai as mais conhecidas e que também tiveram animações consequentes: “Digimon”; “Yu-gi-oh!”; “Beyblade”; “Medabots”, entre outras, umas mais parecidas e outras com alguns conceitos básicos do original. Podemos considerar que destas, algumas ganharam destaque e dizer que são tudo “farinha do mesmo saco” é um argumento completamente sem graça.


O anime teve início em 1997, pra alavancar o sucesso dos primeiros games e o método é bastante comum quando se trata de animes baseados dessa fonte. Por ora, ainda está em andamento (atualmente com "Pokemon XY&Z") e tem sido uma das séries mais assistidas do Japão, entrando fácil na lista das dez mais ao lado de séries tradicionais e animes de grande apelo. A sua posição varia geralmente entre o sétimo e oitavo lugar no ranking de audiência, nada mal para uma obra cujo enredo é bastante fácil de se entender.

E o enredo de “Pokémon” é um dos trunfos para esta longevidade, pois além de simples, pode usar o roteiro dos games e botar emoção em seu desenrolar. É neste último quesito que a fase clássica consegue expor e transmitir boas recordações aos que puderam acompanhar os episódios. A fase abrange três ligas: a primeira, baseada nas versões Red/Blue é a clássica Liga Kanto; a segunda é uma saga filler, que apesar de não ter sido baseada em lugar nenhum, pode ter sido “fonte de inspiração” para as Ilhas Seviis do remake das primeiras versões, chamadas de “Pokémon” Fire Red/Leaf Green para GBA; e a terceira pega nas versões Gold/Silver/Crystal, sendo esta a Liga Johto.

A história é a jornada de Ash Ketchum e seu leal companheiro Pikachu nas regiões usadas dos jogos, acompanhados de alguns companheiros de viagem em aventuras pelo universo pokémon de ser e estar. O sonho de Ash é se tornar o maior mestre pokémon de todos os tempos – sonho bem comum em histórias, se parar pra pensar – e pra conseguir, irá capturar os mais variados pokémon pra dar uma força e ganhar experiência. Nada de incomum e pra sermos sinceros, isso só podia resultar em mais uma animação japonesa padrão, se a série não tivesse os seus trunfos e estes são os que tornaram os games tão famosos.

Vamos esclarecer uma dúvida para os que pegaram o trem andando: de tantos pokémon existentes, por que Ash tinha de ficar com o Pikachu? Fora o fato de ter acordado tarde e perdido a chance de usar um dos três iniciais de Kanto – Bulbasaur, Charmander e Squirtle – o motivo principal veio antes da animação, quando pesquisaram com o público japonês qual poké ia ser o companheiro de viagens do protagonista e a resposta foi o Pikachu. Portanto, se está reclamando que o Pikachu não é de nada, podem culpar os japoneses e não a produção da animação.


Nesta fase clássica, o que teve de menos foi exatamente o contexto dos games: isso é sério! Uma animação baseada em algo precisa ter no mínimo a estética usada, e no caso de “Pokémon” em seus primeiros anos de vida, foi de apenas cinco a dez por cento de sua totalidade. Por isso não achem estranho que alguns acontecimentos não façam nenhum sentido se analisar o conteúdo dos episódios, pois foi apenas a partir da fase Advanced em diante que os games ditaram as regras na série. O que vale é a intenção, não concordam? Somente uma coisa manteve intacta, ou quase: os pokémon e neste caso, os que compõe as duas primeiras gerações. Uma qualidade nestes pokés é o carisma, pois tirando algumas exceções, são os mais queridos e memoráveis, sejam os iniciais, sejam raros, lendários e guardiões que povoam os games e a fase clássica. Não é difícil encontrar alguém que diga quais sejam os seus favoritos...

Para termos uma melhor compreensão do que foi dito, vamos explorar as três ligas que fazem parte da fase clássica da animação e ver o que deu entre elas.


A primeira liga, a de Kanto, de todas as regiões existentes do mundo Pokémon, pode ser vista como a mais simples e tradicional; as cidades têm nome de cores e o ambiente selvagem se mistura com o clima urbano, sem precisar ser drástico demais. É a região natal do protagonista, que vivia na cidade de Pallet e como muitas crianças precisam completar dez anos pra seguir jornada, sendo também local onde vivem dois dos seus companheiros de viagens. Para participar da Liga Kanto, o personagem precisa ir aos ginásios e enfrentar os líderes respectivos, obter as insígnias e assim, com elas fazer parte da competição realizada no Planalto Índigo.

Até aí nada de mais: capturar os pokés, batalhar contra os líderes de ginásio e encarar alguns perigos. Por falar em perigos, estes são representados pela Equipe Rocket, cujas intenções são dominar o mundo e capturar a quantidade de pokémon que tiver no caminho, o que inclui os raros, lendários e guardiões. E é num trio bem atrapalhado e de intenções ora boas, ora ruins, que o grupo criminoso é representado na animação.

A segunda liga, a das Ilhas Laranja, prossegue após a participação de Ash na Liga Kanto; pra começo, saímos de uma região e partimos para um arquipélago de ilhas, então, o clima tropical e ensolarado faz parte do itinerário. Fora que temos uma substituição de um dos companheiros de viagem e a entrada do meio de transporte desta fase, Lapras, um pokémon que topou ir com o pessoal. Como as regiões comuns, as Ilhas Laranja tem sua própria competição e este é o maior diferencial das competições conhecidas: mesmo tendo as batalhas de ginásio – quatro ginásios contra os oito costumeiros – elas favorecem mais a interação entre treinador e pokémon.

Os desafios impostos revelam uma faceta que seria mais explorada a partir da fase Advanced em diante, que é a necessidade em haver uma interação mais íntima entre os pokés e seu treinador. E graças a ela, que é um filler – lamente ou não, mas, a maioria das animações tem isso – pode continuar com o ritmo já dito da primeira liga. Como dito antes, estas ilhas podem ter sido a inspiração para a criação das Ilhas Seviis em Fire Red/Leaf Green, pois algumas características estão presentes nelas. O resultado não é tão ruim quanto uns aparentam e vemos o protagonista ganhar a competição, numa luta acirrada e cheia de emoção.    

A terceira e última liga da fase clássica, Johto, retorna aos patamares vistos da primeira liga: as cidades, as batalhas de ginásio e a competição realizada na Montanha Prateada. Também temos o retorno de um dos companheiros de viagem de Ash, voltando ao trio de sempre e a maior novidade são os pokémon que fazem parte da região. E é desta novidade que vem o lado bom e o ruim dessa fase. Se a intenção da animação era mostrar a nova leva de pokés, infelizmente, o resultado não foi das melhores: até que o começo foi bem, mas conforme seguia os episódios, a novidade se tornou um torvo sem utilidade para a história.

Leva-se em conta o arrasto no andamento da série, que aconteceu por causa da fonte original – os games - não ter tido nenhuma novidade, ficando cansativo de acompanhar. Somente a última leva de episódios pode salvar a pátria da Liga Johto e a competição em si foi muito mais emocionante e estratégica, se comparar com a primeira liga do anime. E quando após várias batalhas temos a esperança de ver Ash se consagrar campeão vem a derrota... não pior que a de Kanto, pois ele chegou às semifinais. Mesmo assim, um pensamento bate na cabeça dos pokemaníacos de plantão: a produção tem raiva do Ash por acaso? Porque isso se repete nas ligas seguintes; esta aí é outra história...


Personagens? A série tem um monte deles: treinadores, pessoas comuns e até mesmo os pokémon, cada um em seu contexto e lugar ao sol. Clichês? Sim e bem óbvios, havendo suas qualidades e defeitos representados ao longo da fase clássica. Destes podemos destacar os companheiros de viagem de Ash e o trio atrapalhado da Equipe Rocket, que seguem a cada aventura, capturas e batalhas.

Dos companheiros de viagem temos a Misty, líder do Ginásio de Cerulean e que seguiu o protagonista nesta fase clássica – e das personagens femininas que o acompanharam, a mais querida - com sua personalidade forte e amiga de ser; Brock, líder do Ginásio de Pewter, que banca o irmão mais velho do trio e verdadeiro Don Juan da série; e Tracey, que acompanha Ash e Misty durante a estadia nas Ilhas Laranja, com papel similar ao do Brock e aspirante a Observador Pokémon – desenha os pokés em seus ambientes para registrar informações a respeito destes para cientistas e interessados. Dos três, Misty e Brock são os mais representativos e marcaram suas presenças na animação.

E sim, não podemos esquecer Jesse, James e Meowth: o trio atrapalhado da Equipe Rocket dá o ar de sua graça e o fardo sem noção de capturar o Pikachu de Ash os tornam tão representativos quanto os companheiros de viagem do nosso protagonista. A primeira tem personalidade ardilosa e feminina; o segundo tem o lado abobalhado e despreocupado; quanto ao último, pode-se dizer que é mandão e pode falar a língua humana muito bem e até demais. Vários dos momentos cômicos e certos desdobramentos vêm destes três, que no fundo, são bons e querem apenas ser reconhecidos pelo seu amado chefinho, líder da Equipe Rocket.

Descrever o fenômeno “Pokémon” fora do Japão é até fácil, o difícil é informar bem como foi, então vamos ater a série no Brasil que é o que mais interessa. O anime deu o ar da graça no ano 2000 e como em outras partes do mundo, um verdadeiro fenômeno durante o começo - e com as quinquilharias e os games, deu no que deu... A exibição ocorreu primeiro na Rede Record, depois Cartoon Network – onde é exibido até hoje– Rede Globo – apenas o final da Liga Johto e o meio da fase Advanced – Rede TV (que exibiu parte da fase clássica; final da fase Advanced, Battle Frontier e dois terços da fase Diamond/Pearl), fora canais avulsos. Ufa! Tantos canais televisivos que dá até náuseas... E se contar os estúdios de dublagem, então temos uma típica novela mexicana.

Em termos de dublagem, a fase clássica passou por três estúdios paulistanos: a primeira temporada foi na Master Sound, onde as vozes dos pokés eram bem baixas de se ouvir e tínhamos uma tela escura nos momentos de maior brilho – cortesia do clássico episódio censurado que deu uns problemas epiléticos–; a segunda temporada foi na BKS e aí as vozes dos pokés estavam em bom som, fora a repetição de algumas vozes e o chá de sumiço do dublador do Meowth, que passou a ser feito por outra pessoa; e enfim a Parisi Video, onde as três temporadas da Liga Johto foram feitas e onde “Pokémon” pode mostrar a que veio.

Destes três estúdios, o último foi o que ofereceu mais suporte a animação e também manteve parte do elenco principal e secundário de vozes. Por falar de dubladores, vamos destacar o elenco principal, encabeçado por Fábio Lucindo (Ash); Márcia Regina (Misty); AlfredoRollo (Brock); Rogério Vieira (Tracey); Isabel de Sá (Jesse); Márcio Araújo (James) e Armando Tirabosque(Meowth): sem eles, “Pokémon” não seria um terço do que foi nesta fase clássica - e convenhamos, que em português brasileiro é melhor aos nossos ouvidos que a dublagem japonesa.


Outra explicação: porque a resenha se refere a “Pokémon” apenas na fase clássica? Porque a intenção é separar esta das outras fases que a sucederam, após mais de 200 episódios, cinco filmes e sem contar com especiais de TV e vídeo. E também tem a ver com o traço, que tem um toque simples e baseado em animes dos anos 60/70. Não vamos estender sobre episódios, mas, vale ressaltar que desta leva tivemos três censurados – todos da primeira temporada – e alguns que apenas foram exibidos depois, por motivos culturais ou sem querer e também são parte da mesma temporada dos censurados.

Desta maneira, “Pokémon” em sua fase clássica fez o que muitos animes fizeram: imaginar o quanto pode ser divertido a profissão de treinador ou treinadora pokémon. E estes são os episódios que mais dão saudades...


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Sorteio de aniversário do Animecote: Anúncio dos vencedores!

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Coloquei imagem de "Hyperdimension Neptunia" como abertura do post porque gosto do jogo, mas ele foi o que teve menos participantes em seu sorteio, enquanto que as neko girls garçonetes foram com folga as mais disputadas - vá entender o porquê disso, né...

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Agradeço a todos que participaram de mais um sorteio do blog, sendo que esse foi o quarto realizado desde o final de 2014 e é por ora o que teve mais participantes - aliás, alguns chegaram a me perguntar sobre isso, mas pode-se dizer que o Animecote fez 4 anos de vida no último dia 12, data de nossa primeira postagem, e nesse caso uma bastante modesta feita por Bebop onde havia apenas uma cartela mostrando as estreias da temporada de inverno que já tinha começado há dois meses (!). De acordo com o que foi estipulado no post de divulgação, as inscrições se encerraram dia 30 às 22:00 horas, e logo em seguida o site Gleam selecionou, aleatoriamente, um vencedor para cada jogo. Ah, eu disse que faria esse anúncio no dia 1 ou 2 de abril, porém tive que adiantar pra hoje.


Eis os sorteados:



1) Dragon Ball Xenoverse


Vencedor: Wallace Pinho

Imagem do sorteio: Clique aqui

Perfil no Steam: Salesman

Situação: Já adicionado no Steam e e-mail enviado hoje, aguardando retorno.


Só explicando a imagem do sorteio, ela mostra o número de entrada do vencedor, seu nome, e-mail (que por discrição preferi omitir), a ação que validou a entrada sorteada, a localidade da pessoa que se inscreveu e a data na qual ocorreu essa inscrição.



2) Higurashi When They Cry Hou - Ch. 1 Onikakushi


Vencedor: Leandro Rocha

Imagem do sorteio: Clique aqui

Perfil no Steam: shizuo

Situação: Jogo já enviado.




1) Hyperdimension Neptunia Re;Birth1


Vencedor: Rene Cruz

Imagem do sorteio: Clique aqui

Perfil no Steam: DRsc

Situação: Jogo já enviado.




1) NEKOPARA Vol.1


Vencedor: Samuel Ferraz

Imagem do sorteio: Clique aqui

Perfil no Steam: Haurock

Situação: Jogo já enviado.



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Bem, é isso! Qualquer sorteio só será refeito caso eu não receba resposta de um dos ganhadores dentro do prazo combinado de 72 horas, contado a partir do momento que enviei os e-mails. Mais uma vez fico grato a todos que se dispuseram a participar desse pequeno evento no nosso blog, e aos vencedores espero que desfrutem de seus jogos novos. Se a crise no país não piorar a ponto de acabar com minhas reservas, no final do ano tem mais!


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Meus perfis:

Entrevista com Inio Asano

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Com uma de suas obras mais populares, "Solanin", tendo sido republicada recentemente aqui no Brasil pela editora L&PM, o prestigiado mangaká Inio Asano concedeu uma breve entrevista ao site americano Anime News Network, ocorrida durante um evento de anime e mangá no final do ano passado na Espanha - porém sua postagem no site ocorreu só agora, no último dia 22. Falando um pouco desde trabalhos já finalizados até o que permanece em andamento atualmente, sua entrevista foi traduzida na íntegra logo abaixo, incluindo a introdução. Clique aqui para ver a postagem original, feita por Manu G.

Aliás, "Nijigahara Holograph" será outro mangá seu a ser lançado no Brasil conforme anúncio da JBC em fevereiro, mas ainda não estipularam uma data para isso.



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Durante o último "Salón del Manga" em Barcelona, o maior evento de anime e mangá na Espanha que ocorreu entre os dias 29 de outubro a 1º de novembro, nós tivemos a chance de falar com Inio Asano, mangaká responsável por títulos de sucesso como "Oyasumi Punpun", "Umibe no Onnanoko", "Nijigahara Holograph" e "Solanin". Partindo de suas reflexões a respeito da sociedade moderna até opiniões quanto ao mercado japonês e como isso influencia seu trabalho, outro tema destacado foi a sua abordagem no mangá ainda em andamento "Dead Dead Demon's Dededededestruction". Suas histórias procuram fazer você sentir emoções reais, isso através de uma forma ousada ao criar obras que andam de mãos dadas com as ideias e sensação geral de sua própria geração.



Todo mundo está falando de uma nova onde de mangákás liderada por você e Kengo Hanazawa (autor de "I Am a Hero"). Você sente alguma pressão e responsabilidade em viver de acordo com as expectativas dessa nova geração de leitores?

Sim, e falando em nome de Kengo Hanazawa creio que nós dois estamos conscientes da nossa posição e a responsabilidade que carregamos nos ombros. Queremos atender a essas expectativas e criar histórias que atinjam esse desafio que as pessoas nos deram.


Esses novos públicos parecem surgir conforme a sociedade evolui. Acha que seus trabalhos são um reflexo preciso dessa evolução, de como a cultura pop e a tecnologia mudaram, ou você pensa que estes elementos desempenham um papel independente na sua narrativa?

De fato, a sociedade está mudando, e isso é refletido no meu trabalho. O exemplo mais simples disso é como nós hoje trocamos informações pela internet, o que torna a comunicação nada parecida com o que era no passado.

Quanto a evolução mental da sociedade, a maneira que as pessoas pensam e sentem também está mudando o tempo todo. Um sujeito normal não interrompe seu dia para pensar nessas mudanças, e ele pode nem dar qualquer importância nelas, porém é verdade que conforme a sociedade evolui, começamos a encontrar novos tipos de problemas e diferentes assuntos para refletir a respeito - mesmo que não percebamos no momento. Mas há sim alguns autores contemporâneos como eu que dedicam seu tempo em focar nestes detalhes em seus projetos.


Há um forte componente no seu trabalho que procura cobrir quase todas as facetas da adolescência: sexo, educação, amizade. Você geralmente constrói tais histórias da adolescência se baseando nas suas próprias experiências ou nas de pessoas próximas?

Tenho certa vergonha em dizer isso, porém, para que eu possa criar histórias convincentes, preciso trazer os personagens o mais próximo possível de minhas próprias experiências. Logo é fato que eu e muitos dos meus personagens possuímos coisas em comum.

De qualquer forma, tento não fazer tramas baseadas nas experiências de um só personagem. Elas são histórias corais que dependem de vários personagens com papéis importantes apoiados em referências externas de pessoas próximas a mim. Preciso fazer dessa forma, pois caso contrário não poderia criar obras capazes de expressar um senso de realidade.


Você já debateu usando sexo nos seus mangás como um meio de criticar o ostracismo japonês nesse assunto, contudo qual é o papel que a sexualidade geralmente possui neles, e de que maneira você envolve diferentes personagens?

Especialmente no começo, quanto comecei a trabalhar com mangás, eu pensava em descrições relacionadas a sexualidade como algo completamente normal, uma parte natural do nosso dia a dia onde podemos nos envolver em situações sexuais. Pra mim, o jeito mais natural de retratar a realidade é inclinar-se sobre essas caracterizações sexuais, no qual alguém pode ser visto almoçando em uma cena, e em seguida fazendo sexo na outra normalmente.

Entretanto, ultimamente me vi no meio de um ambiente desfavorável para o desenvolvimento de questões sexuais em meus mangás. É um elemento que recebe críticas com maior frequência do que eu gostaria, porém o Japão está começando a virar as costas para essas retratações, assim como vários leitores de mangás - é algo que pode ser percebido facilmente em opiniões populares de "Oyasumi Punpun" e "Umibe no Onnanoko" (esse último um mangá explícito de 2 volumes cuja história é sobre um casal de adolescentes, numa cidade litorânea, que tenta seguir com uma relação puramente sexual, sem emoções). Acredito que criei "Umibe no Onnanoko" na hora certa, pois fui capaz de atingir o último ponto em relação a sexualidade que eu gostaria de comunicar no papel de um mangaká. Na ocasião, imaginei que não seria capaz de criar isso no futuro, e preferi fazê-lo naquele momento enquanto sabia que ainda seria possível publicar esse material.


Ao lhe desencorajarem, você acredita estar sendo restringido de incluir sexo por ser algo visto como tabu?

Não exatamente. Há uma tendência em separar tudo por gênero. Digo, se um mangá é sobre ação, ele será apenas destinado a ação, e não há espaço nele para cenas de sexo - caso coloque situações sexuais na história as pessoas vão começar a perguntar algo do tipo "O que você está fazendo?". Isso também vai no sentido inverso: se alguém está criando um mangá erótico ou pornográfico, você deve ser capaz de perceber isso claramente pela capa do volume.

O que mais me incomoda é a questão do porque não ser possível colocar cenas de sexo em um mangá normal, visto que sexo é a coisa mais normal do mundo. É por essa razão que imagino que será cada vez mais e mais difícil inserir tais cenas nos meus mangás, pois editores e leitores não esperam ou não querem encontrar certos tipos de conteúdo numa história quando eles pensam que será algo diferente.


Falando sobre "Oyasumi Punpun" e o simbolismo usado na série, tais como os chifres de touro ou a transformação em pirâmide, você queria causar algum impacto no mangá ao deixar as coisas mais difíceis de serem entendidas pelos leitores, ou estava somente mostrando algum romantismo artístico?

Quando fiz "Oyasumi Punpun" eu estava criando um mangá sobre a psicologia humana, o qual poderia usar para explorar eu mesmo em um nível mental, projetando minha psique dentro da história. Tendo um mangá como forma de expressão, decidi por esse tipo de pássaro rabiscado como um código que me permitiria realizar experimentos com o ambiente e faria os leitores se identificar com ele. Em relação às mudanças na forma de Punpun, não há qualquer significado em particular, apenas fiquei cansado de reusar a do pássaro. (risos)



Enquanto lia seu trabalho mais recente, "Dead Dead Demon's Dededededestruction", o contraste entre desenhos especialmente infantis, quase moe, e o roteiro adulto típico de Asano foi impactante pra mim. O que o levou a esse estilo de desenho no mangá?

Finalmente alguém me fez essa pergunta! Este é o problema que tem me preocupado no momento. Quando um mangaká trabalha por um longo período suas histórias tendem a progredir na qualidade, mas ao mesmo tempo elas também se tornam mais complicadas.


Uma das minhas ambições é manter os jovens lendo o que faço. Não me importo se eles não entendem minhas histórias em sua totalidade. Os anos passarão, esses leitores estarão mais velhos e maduros e, talvez, peguem um dos meus mangás para ler de novo e assim compreendê-lo de uma forma bem diferente: isto é o que eu gostaria de ver acontecer como criador. Contudo, os leitores japoneses estão adquirindo gostos mais simplificados, não se apegam a histórias difíceis. O seu trabalho tem de ser atraente: se isso significa desenhar personagens com traços atrativos, até no estilo moe, para que assim as pessoas se sintam incentivadas a ler o mangá, não me importo em fazer isso para evitar rejeição imediata.

É o mesmo caso para "Oyasumi Punpun". Eu a acho uma história muito profunda, que tem bastante a dizer psicologicamente, mas a razão para que Punpun e sua família sejam esses símbolos estranhos é a fim de dar a impressão de que se trata de um mangá simples. As pessoas começarão a lê-lo pensando que é uma preleção leve, e então descobrirão que, na verdade, "Oyasumi Punpun" vai muito mais além disso.



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Clique aqui para visualizar outras entrevistas traduzidas.


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Anime Arte #19 - Uma professora de inglês e a capacidade do fandom japonês em tornar qualquer coisa em meme (e pornografia)

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Só que vocês não verão nenhuma imagem explícita aqui. Oras...


Se por um lado nunca peguei em mãos qualquer livro didático de inglês durante as fracas e desrespeitadas aulas dessa matéria em escolas públicas, por outro pude entrar em contato com vários deles nos 3 anos em que participei de um curso pago por minha mãe - e me recordo bem como não era lá muito visualmente agradável ver quadrinhos e "professores" em 2D com traços cartunescos ultrapassados, insossos. Agora, não sei se substituí-los por uma professora loira em estilo moe me teria feito ir melhor nas avaliações; no máximo, talvez me jogasse alguns anos mais cedo a esse hobby, e nem quero refletir quanto a se isso seria algo bom ou não...


Enfim, no Japão é bastante comum usarem esse tipo de arte em materiais didáticos e até em todo tipo de anúncio visto nas ruas, contudo nessa semana uma nova personagem tem chamado grande atenção pela internet. Trata-se de Ellen Baker, uma simpática e bonita professora loira assistente de inglês que aparece nas páginas da nova edição da New Horizon, série de livros existente desde 1966 que é focada no ensinamento dessa matéria para jovens entre 12 e 15 anos - cerca de 60% das escolas japonesas os usam atualmente. Lições sobre presente contínuo e uso de tempos verbais no passado à parte, poucos dias após divulgarem fotos desse livro já há no momento, só na comunidade do Pixiv, mais de 300 imagens dessa personagem em variadas qualidades e estilos, sejam elas explícitas, sensuais ou meramente ilustrações inofensivas, sem contar alguns memes que tem ocorrido em outras redes sociais. É uma quantidade bem inferior se comparada a certa meme do início do ano envolvendo uma peça de roupa cujo corte forma o desenho de um gato, mas expressiva se considerarmos que não tem sequer uma semana desde seu início, além de ser uma onda baseada em apenas uma pessoa.

Segue abaixo algumas imagens do livro, que não tem só ela de "assistente" (e sim, esse Paulo Fernandes na primeira foto é brasileiro, e um técnico de futebol pra variar!), e logo depois exatas 43 fanarts que selecionei para exibir aqui - há algumas levemente ecchi, porém para algo mais "picante" terão de buscar por conta própria - ou perguntar na área de comentários, né...

(se você clicar em uma imagem poderá ir navegando pelas outras usando o teclado)




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Aliás, viram algumas imagens alusivas a beisebol? Elas são baseadas em uma página do livro, também destacada lá em cima, onde Ellen se declara fã do time americano Boston Red Sox e finge estar empunhando um taco. Tal gesto logo resultou na criação e divulgação, principalmente pelo Twitter, de várias montagens em diversas situações, indo desde paródias a filmes, animes e jogos, colagem com fotos e até uma "briga" com a Sra. Green, outra professora dos livros da New Horizon que sabe lá por qual razão a tornaram sua "rival"...




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Posts anteriores da seção Anime Arte: Aqui


Meus perfis:

Especial: Notas no MyAnimeList dos animes da temporada de Inverno 2016

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E o anime mostrando um bando de loucos no Período Edo obteve mais uma vez a liderança no ranking de notas aqui do Animecote, algo que sua temporada anterior já havia conseguido exatos 3 anos atrás. De quebra, "Gintama°" ainda tirou certos alquimistas do 1º lugar e alcançou o posto mais alto no ranking geral do MyAnimeList, se juntando a outras 4 animações dessa franquia que se encontram hoje no TOP 10 - hypado, overrated, a comunidade do MAL não tem bom gosto? Ah, prefiro me esquivar desse assunto, mesmo porque só vi até hoje 8 episódios da primeira temporada, não tendo continuado por mera preguiça de acompanhar uma série tão grande...


Pegando o segundo lugar temos "Haikyuu!! Second Season" e seus jovens jogadores de vôlei protagonizando emocionantes partidas, ao passo que em terceiro - esse sim estimado em excesso - surge "Boku dake ga Inai Machi" e as tentativas de um adulto que tem de viajar no tempo para salvar alguém. Considerado por muitos a surpresa da temporada visto que a obra original era pouco conhecida, "Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu" ficou na quarta posição ao retratar um ótimo drama de época, e "Diamond no Ace: Second Season" permaneceu exibindo empolgantes partidas de beisebol cujas regras não entendo um pingo. Seis irmãos vagabundos e virgens em "Osomatsu-san" (6º), muita ação e fantasia em "Fairy Tail (2014)" (7º), uma trama decadente sobre a agitada rotina de Ikebukuro em "Durarara!!x2 Ketsu" (8º), a continuação de uma simpática e ingênua história de amor em "Akagami no Shirayuki-hime 2nd Season" (9º) e "dicas" de como não iniciar sua jornada de aventureiro num novo mundo (primeiramente: não leve consigo uma deusa inútil que só sabe fazer truques com água) no hilário "Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo!" (10º) fecham o TOP 10 dessa temporada - pois é, houve mais uma animação da série "Monogatari", precisamente "Koyomimonogatari" (18º), mas dessa vez ela quase que não se fixou sequer entre os vinte primeiros com sua nota 7.73, algo inédito se levar em conta que todas as outras obras dessa franquia obtiveram avaliações acima de 8 pela honrada comunidade do MyAnimeList...



Após um 2015 pífio, a primeira temporada de 2016 trouxe ao fim um número razoável de obras no mínimo boas, podendo ser citados, de exemplos que ficaram de fora do TOP 10, a fantasia mesclada a política de "Gate: Jieitai Kanochi nite, Kaku Tatakaeri 2nd Season" (11º), a um tanto relaxante (até demais!), introspectiva e visualmente bela aventura de "Hai to Gensou no Grimgar" (13º), o frenético "Ajin" (14º) com seu CG "um pouquinho" sofrível, o delicado "Kanojo to Kanojo no Neko: Evertything Flows" (19º) e, vai, "God Eater" (20º), que pelo menos como ação serve de alguma coisa. Claro, decepções também tivemos várias, seja com o sonolento "Dagashi Kashi" (37º), o fraquinho anime do Kyoto Animation "Musaigen no Phantom World" (30º) e o perdido "Haruchika: Haruta to Chika wa Seishun Suru" (47º) do eternamente irregular P.A. Works. Outra frustração, essa mais pros seus produtores, foi o anime musical "Brave Beats" (46º), que acabou não tendo o mesmo retorno de seu antecessor "Tribe Cool Crew" (ambos são dos mesmos criadores) e foi interrompido precocemente - mas queria o quê ao mostrar até dinossauros dançando, hein?

Enfim, a temporada de inverno encerrou 69 animes que, juntos, dariam 20 dias e meio de exibição ininterrupta com seus 1570 episódios - o anime da Sunrise sobre idols "Aikatsu!" (15º) seria responsável por 12% desse tempo ou 2 dias e meio, enquanto que "Watashitachi, Luck Logic-bu!" (62º), spin-off do horroroso "Luck & Logic" (52º), gastaria somente 12 minutos que nem valem a pena usar nele. Dito isso, segue abaixo o ranking completo de notas dessa temporada, havendo em cada título um link que leva à sua respectiva página no MyAnimeList, bem como minhas já habituais "premiações" toscas e questionáveis para algumas animações.



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Obs: São listados apenas animes finalizados agora nessa temporada de inverno.

Anime (Episódios) (Estúdio) - Nota:


 Gintama° (51) (Bandai Namco Pictures) - 9,32








 Haikyuu!! Second Season (25) (Production I.G) - 8,96








 Boku dake ga Inai Machi (12) (A-1 Pictures) - 8,82








 Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu (13) (Studio Deen) - 8,67








 Diamond no Ace: Second Season (51) (Madhouse / Production I.G) - 8,55








 Osomatsu-san (25) (Studio Pierrot) - 8,30








 Fairy Tail (2014) (102) (A-1 Pictures / Bridge) - 8,28








 Durarara!!x2 Ketsu (12) (Shuka) - 8,23








 Akagami no Shirayuki-hime 2nd Season (12) (Bones) - 8,11








10º Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo! (10) (Studio Deen) - 8,06








11º Gate: Jieitai Kanochi nite, Kaku Tatakaeri 2nd Season (12) (A-1 Pictures) - 8,04

12º Mobile Suit Gundam: Iron-Blooded Orphans (25) (Sunrise) - 7,97

13º Hai to Gensou no Grimgar (12) (A-1 Pictures) - 7,96

14º Ajin (13) (Polygon Pictures) - 7,87

15º Aikatsu! (178) (Sunrise) - 7,84

16º World Trigger (73) (Toei Animation) - 7,82

17º Go! Princess Precure (50) (Toei Animation) - 7,77

18º Koyomimonogatari (12) (Shaft) - 7,73

19º Kanojo to Kanojo no Neko: Everything Flows (4) (LIDENFILMS) - 7,72

20º God Eater (13) (ufotable) - 7,53

21º Dimension W (12) (Studio 3Hz) - 7,43
22º Heavy Object (24) (J.C. Staff) - 7,41
23º Utawarerumono: Itsuwari no Kamen (25) (White Fox) - 7,37
24º Kindaichi Shounen no Jikenbo Returns 2nd Season (22) (Toei Animation) - 7,36
25º Reikenzan: Hoshikuzu-tachi no Utage (12) (Studio Deen) - 7,35
26º Momokuri (26) (Satelight) - 7,26
27º Cardfight!! Vanguard G: GIRS Crisis-hen (26) (TMS Entertainment) - 7,13
28º Oshiete! Galko-chan (12) (feel.) - 7,13
29º Prince of Stride: Alternative (12) (Madhouse) - 7,08
30º Musaigen no Phantom World (13) (Kyoto Animation) - 7,05
31º Shin Atashin'chi (26) (Shin-Ei Animation) - 7,04
32º Kono Danshi, Mahou ga Oshigoto Desu. (4) (CoMix Wave Films) - 7,04
33º Ao no Kanata no Four Rhythm (12) (Gonzo) - 7,03
34º Schwarzesmarken (12) (ixtl / LIDENFILMS) - 7,02
35º Future Card Buddyfight 100 (50) (OLM / Xebec) - 6,99
36º Battle Spirits: Burning Soul (51) (Bandai Namco Pictures) - 6,93
37º Dagashi Kashi (12) (feel.) - 6,88
38º Saijaku Muhai no Bahamut (12) (Lerche) - 6,85
39º Itoshi no Muco (25) (DLE) - 6,83
40º Teekyuu 7 (12) (Millepensee) - 6,76
41º Koukaku no Pandora (12) (AXsiz / Studio Gokumi) - 6,73
42º Ojisan to Marshmallow (12) (Creators in Pack) - 6,72
43º Ooyasan wa Shishunki! (12) (Seven Arcs) - 6,66
44º Norn9: Norn+Nonet (12) (Kinema Citrus) - 6,62
45º Phantasy Star Online 2 The Animation (12) (Telecom Animation Film) - 6,49
46º Brave Beats (22) (Bandai Namco Pictures) - 6,58
47º HaruChika: Haruta to Chika wa Seishun Suru (12) (P.A. Works) - 6,54
48º Bubuki Buranki (12) (SANZIGEN) - 6,52
49º Sekkou Boys (12) (LIDENFILMS) - 6,51
50º Shoujo-tachi wa Kouya wo Mezasu (12) (Project No.9) - 6,51
51º Ketsuekigata-kun! 4 (12) (Assez Finaud Fabric. / feel. / ZEXCS) - 6,39
52º Luck & Logic (12) (Dogakobo) - 6,33
53º Tabi Machi Late Show (4) (CoMix Wave Films) - 6,29
54º Kare Baka: Wagahai no Kare wa Baka de R (8) (?) - 6,29
55º Tantei Team KZ Jiken Note (16) (Signal. MD) - 6,26
56º Nurse Witch Komugi-chan R (12) (Tatsunoko Production) - 6,17
57º Yami Shibai 3rd Season (13) (ILCA) - 6,10
58º Active Raid: Kidou Kyoushuushitsu Dai Hachi Gakari (12) (Orange / Production IMS) - 6,06
59º Mahou Shoujo Nante Mou Ii Desukara. (12) (Pine Jam) - 6,04
60º Divine Gate (12) (Studio Pierrot) - 6,03
61º Garo: Guren no Tsuki (23) (MAPPA) - 6,02
62º Watashitachi, Luck Logic-bu! (12) (Dogakobo) - 5,80
63º Sushi Police (13) (KOO-KI) - 4,83
64º JK Meshi! (26) (Kyotama / Office Nobu) - 4,69


Notas retiradas no dia 10/04.


Fora do ranking (Geralmente séries excluídas por não atingirem o número mínimo (50) de usuários exigido no MyAnimeList para validar suas notas):

## Duel Masters VSR (51) (Ascension) - Poucos usuários (15) o avaliaram.
## Dochamon Junior (16) (?) - Poucos usuários (8) o avaliaram.
## Himitsukessha Taka no Tsume DO (38) (DLE) - Poucos usuários (7) o avaliaram.
## Omakase! Miracle Cat-dan (32) (OLM Digital) - Poucos usuários (6) o avaliaram.
## Ganbare! Lulu Lolo 3rd Season (10) (Fanworks) - Poucos usuários (4) o avaliaram.


Animes Curtos: Segue abaixo a relação deles:

17º Koyomimonogatari (14 min. por episódio)
19º Kanojo to Kanojo no Neko: Everything Flows (7 min. por episódio)
26º Momokuri (12 min. por episódio)
28º Oshiete! Galko-chan (7 min. por episódio)
33º Kono Danshi, Mahou ga Oshigoto Desu. (7 min. por episódio)
39º Itoshi no Muco (12 min. por episódio)
40º Teekyuu 7 (2 min. por episódio)
42º Ojisan to Marshmallow (3 min. por episódio)
43º Ooyasan wa Shishunki! (2 min. por episódio)
49º Sekkou Boys (7 min. por episódio)
51º Ketsuekigata-kun! 4 (2 min. por episódio)
53º Tabi Machi Late Show (7 min. por episódio)
54º Kare Baka: Wagahai no Kare wa Baka de R (5 min. por episódio)
55º Tantei Team KZ Jiken Note (9 min. por episódio)
57º Yami Shibai 3rd Season (4 min. por episódio)
59º Mahou Shoujo Nante Mou Ii Desukara. (4 min. por episódio)
62º Watashitachi, Luck Logic-bu! (1 min. por episódio)
63º Sushi Police (3 min. por episódio)
64º JK Meshi! (3 min. por episódio)
##º Dochamon Junior (9 min. por episódio)
##º Omakase! Miracle Cat-dan (10 min. por episódio)
##º Ganbare! Lulu Lolo 3rd Season (5 min. por episódio)


Atrasados: "Go! Princess Precure" (17º) terminou dia 31 de janeiro, após eu já ter postado o ranking de notas anterior, e por conta disso sua inclusão teve de ser jogada para esse post. Já "God Eater" (20º) foi inicialmente exibido na temporada de verão passada, mas devido a seguidos atrasos em sua produção o anime teve somente 9 episódios transmitidos na ocasião - os outros 4 vieram a ser exibidos só agora durante o mês de março visto que demoraram pra conseguir novo espaço na televisão, e é por tal motivo que ele está aparecendo nesse ranking depois de tanto tempo.


*****


Alguns destaques rápidos (ou nem tanto), aleatórios e inúteis com certa (ou muita) parcialidade, considerando apenas os animes finalizados nessa temporada:



1) Final que mais me fez chorar (ou o único que me fez chorar, pra ser exato): 
Nada de homem antissocial que viaja no tempo e só se ferra; "Kanojo to Kanojo no Neko: Everything Flows", animação de apenas 4 episódios de 7 minutos cada exibida durante o mês de março no bloco "Ultra Super Anime Time", foi com folga o anime que mais me emocionou em seu desfecho. Retratando a vida de uma mulher e seu gato do ponto de vista do felino, igual ao que já tinha sido feito por Makoto Shinkai em "Kanojo to Kanojo no Neko" do qual ele se baseia, a animação abusa um pouquinho da fantasia e do romantismo em seu doce e levemente tristonho final, mas mesmo assim não teve como eu não ficar com a visão um tanto "embaçada" ao vê-lo. Podem notar no ranking acima que ele foi o 19º colocado na classificação geral, posição satisfatória para uma obra curta no meio de outros 63 animes, e com justíssima razão visto o quão ele consegue contar uma boa e delicada história em um espaço de tempo tão escasso.




2) Final que mais me desapontou: 
O de "Durarara!x2 Ketsu", pois de doze episódios ele gastou 10 com enrolação, 1 para criar expectativa em cima dos momentos finais e, no último, encerrou diversos conflitos de forma insossa ao passo que outros permaneceram em aberto - as quatro temporadas adaptaram todos os 13 volumes da light novel, mas ela possui uma continuação, chamada "Durarara!! SH", que já se encontra hoje com 4 volumes e cuja história se inicia um ano e meio depois dos eventos da light novel original. Sinceramente, após assistir 60 episódios eu esperava um desfecho um pouquinho mais ousado para com boa parte dos personagens, sabe...







3) Outro final que também me desapontou, mas que já era esperado: 

E agora sim cito o de "Boku dake ga Inai Machi", sem dúvida o anime mais superestimado da temporada que em seus últimos episódios reuniu um conjunto de coincidências, pieguice e diálogos e ações questionáveis pra dar fim ao drama de Satoru Fujinuma. Podemos oferecer um desconto ao anime por ter sido obrigado a adaptar e modificar o desfecho do mangá em tão poucos episódios, mas ainda assim isso não o salva do quão falho ele foi em diversos trechos, não justificando em nada a nota que recebeu no MyAnimeList (e isso porque ela caiu bastante nas últimas duas semanas). 






4) Mascote mais inútil (não que hajam muitos úteis por aí, também): 

Miton de "Mahou Shoujo Nante Mou Ii Desukara.", criatura de origem desconhecida que transforma em mahou shoujo uma garotinha que conheceu enquanto fuçava sacos de lixo em busca de algo para comer - a vida desses seres não deve ser das mais gloriosas caso não forme um contrato com alguém; afinal, o que mais eles podem fazer além de aliciar jovens para combater o mal usando poderes especiais, não?

A questão é que nesse anime não há nada a ser evitado ou ninguém a ser combatido, isso porque todos os potenciais inimigos já foram derrotados por gerações de mahou shoujo anteriores. Logo, Miton concede sem nenhuma necessidade (fora a de arranjar um teto para viver) à protagonista Yuzuka o poder de controlar água, e em troca a garota vê entrar em sua rotina um mascote alado que come de graça, é folgado e pra piorar torna-se o causador de seu mais novo trauma já que, ao se transformar, Yuzuka não aparece vestindo alguma roupa fofinha cheia de babados, e sim um extravagante maiô que deixa à mostra boa parte de seu corpo ainda em desenvolvimento - e por diversas vezes Miton se aproveita dessa situação, pra verem como também é um pervertido, mas ao menos ele de vez em quando recebe devidas e doloridas escovadas punições por seu comportamento inadequado...




5) Pior ação de marketing: 

A de "Momokuri", anime que estreou dia 24 de dezembro com um episódio de 12 minutos, depois lançou outro no dia 7 de janeiro, e em seguida... Disponibilizou em fevereiro mais 24 episódios de uma vez no site que publica seu mangá digital, o Comico. Se não bastassem as irregularidades nas datas, é preciso meter a mão no bolso caso queira ver o anime por inteiro, pois enquanto os episódios do 1 ao 3 são de graça, do 4 ao 8 ainda dá pra ver sem pagar, contudo é preciso esperar uma semana entre cada um, e do 9 em diante só é possível assistir os alugando ou comprando cada um em separado - nisso se usa um sistema de pontos existente no site para a aquisição de produtos, com o aluguel custando 35 pontos e a posse definitiva, 95.

Fazendo as contas e desconsiderando os 3 primeiros episódios que podem ser vistos a qualquer hora, seriam necessários 805 pontos, que custarão ¥ 2,520 ienes segundo essa tabela (R$ 86,00), para alugar os outros 23 episódios, ao passo que a compra gastaria 2,185 pontos, ou ¥ 6,720 ienes (R$ 229,00). Esse último valor não está tão longe do preço abusivo praticado pelos estúdios de animes na venda de Blu-ray e DVDs, mas estamos falando de material digital, sem capinha bonitinha, extras físicos e outras frescuras. Eu adoraria saber se tal estratégia está rendendo como os produtores esperavam, mas de qualquer forma é por isso que esse anime só teve 5 episódios traduzidos até agora - a boa notícia é que uma alma caridosa já disponibilizou por aí o original de quase todos os demais episódios, faltando somente alguém traduzi-los (e é uma comédia romântica bem bonitinha, vale a pena dar uma olhada).




6) Melhor interação com o público: 
Eles ainda têm muito chão pela frente para se tornarem tão populares quanto seus ídolos Molière e Brutus, mas o quarteto de "Sekkou Boys" - ou, no mínimo, sua incansável gerente - demonstrou conhecer o poder das redes sociais como meio de interação e aproximação com o público. Seja pelo Facebook, Twitter, Youtube ou Instagram, uma das coisas mais bacanas nessa ideia maluca de bustos de gesso trabalhando como idols foi a de fomentar um ambiente fora do anime onde São Jorge e companhia apareciam em fotos comendo, trabalhando ou até passeando por vários cantos do Japão ou sendo flagrados em momentos íntimos, não esquecendo também os vídeos divulgados após cada episódio nos quais eles batiam papo e discutiam os eventos ocorridos, isso quando não fugiam do assunto e começavam a falar qualquer outra bobagem - o último a ser publicado, se não me engano, foi esse aqui, mostrando eles fazendo uma festinha privada para comemorar o final do anime. E se está difícil lotar casas de shows, por outro lado a venda de produtos personalizados diversos como porta retratos, chaveiros, materiais de arte, figures, almofadas, capinhas para celular e inclusive biscoitos vai muito bem, obrigado.    




7) Melhores cenários de fundo: 

Os de "Hai to Gensou no Grimgar", lógico. Não sou nenhum profissional no assunto para poder discutir em detalhes o estilo usado para criar o mundo de Grimgar, então somente me limito a dizer e enfatizar o quão belos e atraentes os achei, fosse durante uma luta contra goblins numa área em ruínas ou um mero passeio pela cidade dos humanos, e a tal ponto que por várias ocasiões me pegava prestando mais atenção ao cenário em volta do que aos diálogos ou ações dos personagens. Tudo bem que o anime se saturou no uso da trilha sonora e não teve um ritmo lá muito tolerável em certas sequências, mas isso já é outra história.






8) Melhor química entre um casal protagonista na hora de fazer piadas: 
A de Chika Homura e Haruta Kamijou de "Haruchika: Haruta to Chika wa Seishun Suru", anime do estúdio P.A Works que certamente não deixará muitas saudades. Se por um lado a animação se mostrou irregular, os personagens foram pessimamente mal construídos, os vários "casos" bobinhos não apresentaram uma boa narrativa e o tema musical foi medíocre, ao menos a interação desse casal de amigos obteve certo êxito. Havendo várias provocações e cutucadas de ambos os lados, principalmente quando envolvia o professor do qual nutrem uma paixonite, além de frequentemente agirem juntos em diálogos espertinhos como se fossem uma dupla de comediantes, ouso dizer que esse é talvez o único ponto a ser salvo nessa animação - o que não significa muita coisa também, mas realmente gostei dessas partes que deixavam o anime menos chato de se ver, mesmo que só por alguns breves instantes.




9) Melhor waifu (mas cuidado que ela ainda é menor de idade!) 
Chie Satonaka de "Ooyasan wa Shishunki!", senhoria de um apartamento onde o rapaz protagonista (qual o nome dele mesmo?) mora. Apesar de ser tão jovem e ainda estar estudando, essa adorável garota lava, passa, cozinha, cuida bem do orçamento da casa, tem profundo conhecimento de vários truques domésticos que são úteis no dia a dia e inclusive pode lhe servir de companhia em passeios ou idas ao supermercado, causando assim inveja nos amigos e o fazendo ser visto pelas mulheres como um lolicon imprestável! Sinceramente, com tantas mordomias nem precisaria falar o valor do aluguel para me convencer a assinar o contrato...






10) Ranking de popularidade dos irmãos sêxtuplos de "Osomatsu-san", segundo o MyAnimeList: 
Se no anime eles por diversas vezes tentaram tocar no assunto, mas sempre voltavam atrás ou anunciavam resultados insatisfatórios e incompletos, aqui serei impiedoso ao revelar a dolorosa verdade: Adicionado na lista de personagens favoritos de 560 usuários do MAL, o cínico, enigmático e perigoso(?) Ichimatsu Matsuno ganhou o posto de queridinho pela comunidade; além de ser o segundo mais velho dos sêxtuplos, Karamatsu e seu sofrível estilo de vida pseudo galã e delinquente obteve a segunda posição, com 442 usuários o favoritando; já o alegre, ingênuo e imprevisível Juushimatsu vem logo em seguida, com 363, enquanto que Todomatsu, o caçula que se finge de inocente e adora ser mimado, foi favoritado por apenas 116 usuários do site.Choromatsu (115), o mais ajuizado do grupo e que faz o papel de tsukkomi, e Osomatsu (101), que de fato é o irmão de menor presença, aparecem nas últimas e desoladoras posições.







11) Ranking de popularidade do elenco estelar de "Sekkou Boys":

Não falem nada pra eles pois caso soubessem disso entrariam em outra profunda fase de baixa auto estima, porém, usando o mesmo método de levar em conta o número de favoritos no MAL, esse nobre quarteto musical perde feio em termos de popularidade para os irmãos Matsuno - o que pessoalmente acho uma pena, porque eles têm dado tão duro para construir uma carreira sólida num ramo rígido e inflexível, mas mesmo assim ficaram atrás de seis marmanjos vagabundos vindos de uma animação da década de 60...


De todo modo, o divino São Jorge com seu "Giorgio-ing" aparece sem surpresa alguma em primeiro lugar com 20 usuários o favoritando, muito a frente de Medici com suas 9 preciosas seguidoras em segundo e o sábio Hermes, junto ao apaixonado Mars, empatados em terceiro com 7 amantes cada um. A situação da carreira deles ainda está tão precária que todos perdem, por exemplo, para o dentuço e supostamente francês Iyami de "Osomatsu-san", que se encontra hoje favoritado por 23 pessoas!






12) Personagem feminina que mais gerou fanart: 

Dessa vez tendo como base o número de imagens publicadas na comunidade do Pixiv a partir do início da temporada, a campeã foi a feiticeira com ares de chuunibyou Megumin de "Kono Subarashii Sekai ni Shukufuku wo!", que no último um mês e meio sofreu, junto com esse bom anime no geral, um aumento de popularidade tão explosivo quanto sua poderosa magia que ela só pode usar uma vez ao dia, visto que após isso a garota cai no chão morta de cansaço. Ao todo, foram postadas com o seu nome 2,097 imagens no Pixiv desde a estreia do anime, considerando todos os níveis de adoração, perversão e traços.














13) Segunda personagem feminina que mais gerou fanart:

Hotaru Shidare de "Dagashi Kashi", a "Willy Wonka dos animes", garota louquinha que importunou o protagonista Kokonotsu com seus arrebatados discursos a respeito de doces. No início da temporada Hotaru era disparada a mais "requisitada" pelo fandom, porém passados alguns episódios a animação não foi da maneira como a maioria do público esperava, outra garota do elenco começou a ganhar grande destaque e no fim ela acabou sendo quase que totalmente esquecida antes mesmo da série chegar ao fim. Foram publicadas 1,541 imagens com seu nome no Pixiv, grande parte anterior a março (mas se serve de consolo pra alguém, ela é de longe a garota dessa temporada que mais protagonizou doujins...). 










14) Terceira personagem feminina que mais gerou fanart:

Mai Kawakami de "Musaigen no Phantom World", outra garota de respeito que recebeu muita atenção e dedicação do fandom no começo da temporada, mas que depois também foi ficando pra trás porque, bem, que anime sem graça esse da KyoAni, hein! Ela teve 1,357 imagens no Pixiv, e talvez não seria exagero dizer que um sexto delas foram todas baseadas na vergonhosa cena do primeiro episódio que mostraram o quão seus peitos são ágeis, conforme podem vem numa das gifs...



















15) E pra encerrar, quarta personagem feminina que mais gerou fanart:


Saya Endou de "Dagashi Kashi", curiosa (e boa em tudo que é jogo!) amiga de infância de Kokonotsu que, igual a Megumin, superou a falta de busto (...) e lá pra metade da animação passou a ver seu nome com mais frequência no Pixiv ao mesmo tempo que sua "rival" Hotaru perdia fôlego. Foram apenas 682 imagens - a propósito, essa pesquisa foi feita no dia 10 -, contudo é um bom número tendo em vista que antes de março qualquer busca por "Dagashi Kashi" só trazia praticamente imagens de uma certa garota de cabelos roxos e olhos com círculos concêntricos.


Nessa o Stark se saiu melhor...



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Meus perfis:

Sobre Músicas e Animes 56: Animes com protagonistas dublados pelo Tomokazu Sugita

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Yo! Está no ar mais uma edição do podcast Sobre Músicas e Animes, o podcast musical mais denso, compenetrado e nada engessado da podosfera mundial! Nessa edição estiveram presentes Eu, Evilasio Junior, do Yopinando, o Carlírio Neto, do blog Netoin, o Erick e o Bebop, do Animecote, a“Natália” (Natthr), do Elfen Lied Brasil, o Ian, do Shoujismo, a Nayara, do JBox, a Lobo Paranóico, do Na casa do moe não existe satanás e o Luklucas do Chuva de Nanquim.

O tema dessa edição foi músicas de animes com protagonistas dublados pelo Tomokazu Sugita, um dos melhores e mais reconhecidos dubladores da atualidade. Talvez vocês não o conheçam pelo nome, mas certamente já esbarraram com alguns dos inúmeros personagens dublados por ele, como o sarcástico Kyon de Suzumiya Haruhi no Yuutsu, ou o indeciso Mayama de Honey & Clover, ou ainda o quase esquecido Nova de Bleach. Espero que gostem de mais esse excelente cast que contou com a equipe completa, o que obviamente acarretou piadas completamente sem noções, destacando-se a enxurrada de sinônimos para uma das propriedade dos idols mais parados do mundo, os Sekkou Boys. Junte-se a nós em mais esse divertidíssimo programa, coloquem as músicas que vocês indicariam nos comentários e votem nos temas que preferirem para a próxima edição.

Não deixem de votar também no tema da edição de abril até o dia 30 de abril.






Duração: 01:32:24

Podcast:Download Alta Qualidade (63.6 MB) | Download Média Qualidade (42.5 MB)

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Canal do Yopinando no Discord:https://discordapp.com/channels/161628467933216768/161628467933216768

Blogs participantes desta edição:


BGM’s:

  • Baccano OST

Músicas indicadas neste podcast:

  • "Sousei no Aquarion", Sousei no Aquarion
  • "Je te Veux", Suzumiya Haruhi no Shoushitsu
  • "Funny Nunny", Sket Dance
  • "Arrival of Fear", Kagewani
  • "Kazekiri", Norn9
  • "Jet Boy Jet Girl", Terra e...
  • "Yuki no Tsubasa", Gintama
  • "Hoshizora Rendezvous", Sekkou Boys
  • "Dramatic", Honey & Clover
  • "Nee", Hiiro no Kakera

Clique aqui e veja a playlist desse podcast no youtube!
Extras:





Comentários semanais: Re:Zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu #1 e #2

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Por Tadashi Katsuren

Quando fiquei a decidir exatamente qual anime escolheria para este pequeno quadro experimental de postagens semanais comentando os episódios que fossem lançados, encontrei-me num belo dilema: Qual obra escolher? Fiquei incerto, principalmente pelo fato de que não queria ser levado a pensar alguma coisa que a obra não é. Para isso, era preciso discernir e ter uma boa imparcialidade sobre o anime escolhido. A decisão ficou, portanto, a cargo de um requisito: Não pode ser um anime cuja história tenderá, logo no primeiro episódio, a me levar a gostar dele e gerar uma hype sobre o seu lançamento, como também não pode ser um anime cuja história tenderá, de igual modo já no primeiro episódio, a me levar a odiar ele e gerar uma certa aversão.

Sobre essa ótica, e já avisando que as impressões guardam spoilers dos episódios citados e de anteriores, a escolha ficou com:



RE:Zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu

Por causa do aguardo para a segunda semana de lançamentos de episódio, esta postagem especialmente guardará impressões sobre o primeiro episódio e o segundo episódio da série. Então, vamos lá: Acompanhamos nosso personagem principal Subaru Natsuki quando ele foi subitamente teleportado para um mundo de ficção. A cena inicial já mostra um pouco do mistérioque a série aparentemente quer injetar na mente de quem assiste, com breves cenas demonstrando o próprio personagem principal numa possível situação de risco futura pouco antes de já joga-lo no novo mundo, e fazendo breves menções ao seu jeito de pensar bem como a sua situação social.


A partir daí, as reações de Subaru são um tanto curiosas e irreais, chegamos nisso mais tarde, por ora vale a narração: Entrando nesse novo mundo e tentando entender o que ocorre, ele percorre a cidade, conhece um pouco do comércio e sociedade. Em sua mente, Subaru se vê como o protagonista de um desenho animado ou de um jogo, assistindo as coisas que acontecem à sua volta como roteiros de uma história programada (o que é a realidade, né, mas ok). Depois de algumas poucas decepções e desentendimentos, Subaru termina num beco para descansar e pensar no que fazer, para logo depois ser abordado por três delinquentes.

Neste ponto a história dá um passo adiante, apresentando dois novos personagens e algumas características do protagonista. Descobre-se em breves sequências de combate que Subaru, por ser alguém com muito tempo livre e geralmente antissocial (hikikomoriautodeclarado), treinou bastante o corpo e tem até que capacidades físicas boas para alguém do seu tamanho, mas nada anormal, apenas porte físico. No momento seguinte encontramo-nos com duas personagens nas quais o enredo está diretamente entrelaçado: A ladra Felt, que passa correndo com uma insígnia, item roubado; e logo em seguida Satella, que foi roubada e corre atrás do que lhe pertence (bem como o pequeno espírito Pack).


A cena se desenvolve com um certo grau de comédia. E no seu correr a garota roubada ajuda Subaru com os marginais, fator pelo qual em troca, Subaru se oferece para ajudar a garota para procurar a ladra, uma vez que vira seu rosto e poderia identifica-la. As cenas seguintes seguem com certa interação entre os dois personagens e gastam boa parte no episódio em cima disso, até que finalmente descobrem algumas pistas para encontrarem o paradeiro da ladra, indo até o subúrbio da grande cidade onde estão.

Adentrando na periferia, Subaru e Satella descobrem que provavelmente obteriam pistas da garota junto ao velho Rom, talvez até conseguindo negociar com ela mesma sobre o item perdido. Seguindo adiante, encontram a casa indicada e Subaru se oferece a entrar primeiro para negociar. A grande reviravolta acontece aí.


As cenas de relance que ocorrem logo no início do episódio, em curtos takes de menos de um segundo são todos relacionados diretamente a esta aqui, na qual Subaru e Satella são atacados por um inimigo nas sombras, até que chega-se na exata cena em que o protagonista está caído no chão, próximo da morte. Tudo fica turvo e aí BAM! Viagem no tempo. Vemos nosso protagonista na cena que ele mesmo protagonizou horas antes no mesmo dia.

Se vendo na chance de mais uma vez refazer a história do jeito certo (embora ele não perceba que tenha exatamente voltado no tempo), o caminho que ele faz desta vez explora agora outros personagens. Indo direto para a casa de negociações atrás de respostas, Subaru encontra-se com Rom e conversa com ele sobre querer negociar a insígnia. No fim, usando seu celular como barganha, Subaru encontra-se mais tarde com Felt que aceita que ele participe das negociações tentando adquirir o item roubado de Satella. O acontecido seguinte é praticamente a mesma repetição de sua última tentativa de recuperar o item, em que o assassino surge e revela-se pronto para matar tudo e todos pelo objeto que buscava ali, que agora torna-se bem claro qual é. 

Em adendo, encontramos novas cenas de combate bem animadas nesta parte. O primeiro episódio termina com outra volta no tempo, assim que ele morre mais uma vez, que nos mostra como funcionará a habilidade do personagem principal e de como ela provavelmente será usada.


Começamos, então, finalmente o episódio dois! Nesse, depois de reencontrar Satella andando pela rua e presenciar toda a cena do roubo de Felt, Subaru nota que ninguém o reconhece e que tudo que ele usou anteriormente ainda estava consigo. Atrasado (e depois de mais uma morte inútil), o protagonista tem noção que pode voltar no tempo para tentar refazer suas ações do jeito correto e salvar pessoas de serem mortas. Em uma breve apresentação conhecemos um aparentemente justo e correto cavaleiro chamado Reinhard, que ajuda Subaru com os delinquentes nessa linha temporal. Mas nada de mais é introduzido, além de um pedido para que, caso ele encontrasse uma garota de cabelos prateados, a informasse para que não fosse para a casa de itens e trocas do velho Rom.


Nesta linha temporal, Subaru tenta correr mais uma vez para a casa de itens e trocas para negociar com Felt. Mas, desta vez, tendo o plano de conseguir realizar a troca antes da chegada do assassino, para que fosse evitado o encontro que ocorreria mais tarde. O ato foi cortado no meio quando Felt não aceita a troca tão apressadamente ao mesmo tempo que Satella aparece no salão, finalizando assim o segundo episódio.


Vamos, agora, levantar algumas impressões quanto a estes dois primeiros episódios:


O primeiro teve seus 40 e tantos minutos, mas foram necessários para se apresentar exatamente o título do anime, bem como uma prévia sobre como ele tratará daqueles assuntos. Mesmo assim, ainda há muita coisa para ser explicada, motivo pelo qual havemos sorte de termos 25 episódios pela frente. Provavelmente em apenas 12 ficaríamos com muitas pontas soltas (não que isso signifique que com 25 tenhamos arcos perfeitos e história finalizada, mas pelo menos mais informação e tempo para o desenvolver de uma boa narrativa).

É bem difícil comprar o carisma do protagonista. Pelo menos para mim. Em certos momentos, vemos ele tomando decisões e atitudes muito atípicas ao que uma pessoa normal faria, como quando ele chega no novo mundo, ponto no qual sempre vemos estas ações serem embasadas no seu conhecimento de mundos fantásticos graças ao fato de ser um nerd. E em outros momentos, encontramos uma extrema deficiência em vê-lo realizando as ações mais efetivas, com linhas de enredo que mostram claramente que aquelas ações estúpidas são apenas para que a história desenvolva-se por um determinado caminho. É uma das clássicas falhas que vemos em muitos animes que são adaptações de novels. Essas forçadas de barra me irritam um pouco, tanto para o lado de tudo parecer muito normal, quanto para o lado do protagonista não tomar ações mais efetivas.

O enredo de jogar um NEET, um Hikikomori, um Otaku em um mundo de fantasia medieval é algo bem batido nas animações japonesas, bem como em mangás, jogos e novels. É muito fácil você se ver refletido num personagem que é parecido com você, é assim que funciona o mercado japonês nesse sentido quanto às criações de enredo e personagem. Todavia, a utilização de um personagem cujo poder é voltar no tempo toda vez que ele morre, é algo que não me recordo de encontrar nesse background. Não é o bastante para eu hypar essa série, mas o suficiente de longe para eu demonstrar interesse quanto a onde o enredo vai seguir.

Mesmo imbuídos em estereótipos, os personagens de modo geral tem lá a sua empatia, seja por causa da animação, do traço, do seiyuu ou do próprio roteiro, eu não me sinto fora de uma maior imersão com eles. Não houve ainda tempo para me afeiçoar, é claro, mas acredito que com essa gama de personagens e um bom desenvolvimento, é possível que goste deles a ponto de não me incomodar com as atitudes e cenas clichês.

Fomos apresentados a uma figura antagonista nestes 2 episódios que pode se comprada como empática de início. Ainda mais se for levada em conta a suposição que ela é só uma primeira etapa, um primeiro obstáculo por trás de algo muito maior. Que naturalmente envolve também a história da protagonista Satella, dado o fato de sua busca pela insígnia. Outro ponto que nos liga bastante à protagonista é a questão de que o nome que deu para Subaru fora o nome de uma das bruxas mais malditas daquele mundo. Mais uma coisa a ser explicada.

E, por fim, a opening desse anime está SENSACIONAL! Ou pelo menos eu gostei bastante, havendo ótimas menções para como a habilidade do protagonista funciona e como ele margeia todos os outros personagens usando dela. Contudo, há uma certa incerteza de minha parte sobre de que modo será desenvolvida a história uma vez que temos um harém montado logo na abertura, com personagens que ainda sequer apareceram. Talvez o ato de expandir o anime para tantas gamas de personagens a fim tentar explorar todas possa prejudicar o desenvolvimento da história. Espero do fundo do meu coração que não.

Por fim, peço sinceras desculpas pelo tamanho deste post de impressões, que deveriam ser bem mais concisos e rápidos, mas o fato é que nos deparamos com um episódio com extensão de 2 e mais o segundo episódio para ser analisado ao mesmo tempo. Fora o fato de que este é o primeiro episódio, em que precisei introduzir um pouco do mundo e de como eu o vi.  Se tudo ocorrer bem, as postagens semanais analisando e dando minhas impressões sobre cada episódio virão pontuais. E se caso você quiser saber um pouco mais deste anime, bem como de sua fonte de adaptação, o post especial Temporada de Primavera 2016 do Erick Dias pode lhe ser de bastante agrado, já que ele leu um pouco da versão mangá e também comentou sobre suas impressões por lá.


Um grande abraço, e até a próxima!














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Kyoudai Podcast #26: Maratonar ou Ver semanalmente?

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Podcast em parceria entre o Netoin e o Animecote com a participação de Evilasio Junior (@JuniorKyon), Carlírio Neto (@cnetoin), Tadashi (@TKatsuren) e Bebop. Nessa edição filosofamos sobre um difícil questão Maratonar ou Ver Semanalmente?



Blocos:
  • 00:00:00 – Introdução
  • 00:20:00 – Maratonar ou Ver Semanalmente?
  • 01:18:00 – Considerações Finais

Acessem também:


AnimecoteCast #100: Animes na Minha Vida

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Foram quatro anos de AnimecoteCast até chegarmos nessa edição de número 100! Então temos que comemorar de alguma forma, afinal não é fácil manter a periodicidade e longevidade de um podcast. Nessa edição abrimos nossos corações para revelar momentos marcantes em nossas vidas que de alguma forma tenham animes envolvidos. Convido você à escutar esse cast e deixar seu comentário, pois queremos saber qual foi o primeiro AnimecoteCast que você escutou. Nessa edição ainda contamos com o quadro Erick, Le Sommelier. Os participantes dessa edição são: Bebop, Evilásio, Erick, Anachan, Carlírio e Luk.



Duração: [2:30:06]


Links dos participantes:
Yopinando
Chunan!
Netoin! 


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Vegeta Tremendo na base
Dakimakura falante


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AnimecoteCast #46: Detroit Metal City
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Comentários semanais: Re:Zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu #3

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Por Tadashi Katsuren

E agora, sem ademais atrasos, eu acho. Estamos na segunda edição dos comentários semanais de RE: Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu! Encaramos nesse episódio o final do primeiro pequeno arco do anime, bem como comentado na última postagem. E, no fim das contas, me agradou um tanto mais que o esperado, de certa forma. Algumas coisas me incomodaram e chamaram um pouco da minha atenção, mas chegarei a elas mais tarde. Por ora, vamos fazer um rápido apanhado do que aconteceu durante este episódio:


Ao fim da edição anterior, Satella (que no correr deste episódio apresenta-se como Emilia) aparece mais cedo na casa de itens e trocas do velho Rom. Ao mesmo tempo que temos nesse episódio a aparição igualmente antecipada da inimiga do primeiro arco. Aqui temos, portanto, o combate final deste, dando uma certa atenção para quase todos os personagens apresentados até então: Emilia inicia o confronto ao lado de Pack, mostrando uma sequência animada interessante que mostra uma usuária de magia e seu espírito contra uma aparente assassina. A diferença de estilos de combate nesta parte é bem interessante.


Vemos um pouco mais do velho Rom lutando, com aquela disparidade entre habilidades um tanto aparente novamente. E desta vez as ações de Felt foram, em cena, mais diminutas. Subaru entra no combate após isso, porém suas aparições me incomodam um tanto, ao mesmo tempo que me agradam. Até que, por fim, vemos a chegada de Reinhard mais uma vez em cena, tendo sido chamado por Felt para ajudar após ela fugir do combate. Daí, temos a sequência final que praticamente consiste em mostrar o nível de poder do cavaleiro de cabelos vermelhos - é uma bela sequência visual que termina finalmente com os laços de amizade de Subaru e Emilia se refazendo de certa forma, ao tempo que a antagonista consegue escapar. O episódio acaba com o cavaleiro tendo de levar Felt sob custódia, após perceber o item que ela tinha roubado – a insígnia -, o que já praticamente nos mostra o gancho para o próximo arco.



Sobre o episódio, algumas das minhas observações:


- Eu gostei bem mais de Subaru no episódio 3 que no 2. Neste aqui ele finalmente vestiu uma das camisas que ele ficava trocando nos episódios anteriores (quando eu mencionava entre sacar coisas em demasiado e bancar o idiota pro enredo andar no ritmo que o roteirista quer), e inesperadamente vestiu a mais engraçada. Com direito a quebras da quarta parede quando ele fala com o point of view da cena e reclamações quando os personagens usam falas que levantam flags clássicas em animações e jogos japoneses. Do lado contrário, eu sempre acho um tanto forçado as habilidades físicas de Subaru. Não que seja extremamente habilidoso, mas eu ainda julgo que ele consegue fazer demais contra uma inimiga que realiza os golpes que realiza. No fim das contas as balanças de habilidade pesam mais para cumprir o enredo do que para seguir uma verossimilhança no nível que me agrade.


- Eu gostaria que mais coisas fossem influenciadas pela volta no tempo de Subaru. Tanto que a parte mais interessante que toca neste escopo é quando ele sabe que Pack ainda pode ser invocado, dado que chegaram ambos mais cedo naquele local. Por exemplo, havia brechas justificáveis e que seriam  interessantes para Emilia chegar antes por ser avisada por Reinhard de que não deveria ir para lá, num efeito de psicologia reversa. Bem como seria interessante o cavaleiro de cabelos vermelhos estar andando por aquela área justamente devido ao estranho pedido de Subaru momentos atrás. Mesmo assim, certos fatos relativos a volta no tempo foram interessantes, como a questão de Subaru conhecer algumas táticas da oponente e ter noção das habilidades de Emilia, bem como saber a dor de uma morte por assassinato.

- As conversas informais no meio de batalhas de vida ou morte são algo que eu sempre achei interessantes. Eu tenho certeza que pra muita gente elas devem quebrar um tanto ou completamente o clima de tensão da luta, mas eu sempre achei elas curiosas e divertidas, algo que o Subaru acaba fazendo direito durante as cenas. Eu creio que um mangá (a versão animada é um pouco mais tensa) que tem combates de vida ou morte com falas muitas vezes um tanto informais demais também é FMA, apenas para um grau comparativo.

- O combate foi bem animado. Foi orgânico de maneira geral, criando um entretenimento que ocupou grande parte do episódio e não apenas preencheu o espaço do tempo de exibição. O elogio maior tem de ficar para a movimentação da nossa antagonista, que se apresenta como Elsa Granhiert, que tem toda a fluidez, agilidade e elasticidade que a personagem quer expressar. Já fica aqui, no entanto, uma ressalva de que eu bem que gostaria de um tanto mais de info e clareza de enredo; falando um pouco mais sobre Emilia e sua insígnia e para onde o anime agora deve caminhar, ou pelo menos o que aparenta fazer. Conhecer um pouco melhor da personagem e do mundo me deixariam mais imerso no anime.

Enfim, essas são minhas impressões semanais sobre nosso anime escolhido. Na próxima semana, novos comentários pontuais. Até lá...


Um grande abraço, e até a próxima!












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Resenha: Hanasakeru Seishounen

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Por Escritora Otaku

Em minha procura incessante por animes pra assistir, topo em um site que tinha esta série e a sinopse proposta acaba me interessando; gravei e fui assistindo, não esperando grande coisa, e não é que me surpreendo com a sua história, personagens e ambientação suntuosa? Porque não é todo dia que acompanho gente rica e com grana ter também os seus problemas, misturados com romance, amadurecimento e política.

Conforme acompanhava os personagens da trama, mais surpresa ficava e tentava entender o que os aguardava. E passada fiquei por saber que se trata de um shoujo, tão diferente dos habituais, então, 39 episódios depois, boto esta série entre os melhores shoujos que pude acompanhar com afinco. Apenas um fator meio que estragou a surpresa final: quem conferir o segundo clipe de abertura da série verá o que seria o fim, porém isso não perdeu a magia que “Hanasakeru Seishounen” fez comigo. Acompanhem e vão entender que até quem é podre de rico tem seus dilemas pra resolver...


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Ano: 2009
Diretor: Chiaki Kon (epis. 01-23) / Hajime Kamegaki (epis. 24-39) 
Estúdio: Studio Pierrot
Episódios: 39
Gênero:Comédia / Romance / Drama
De onde saiu: Mangá, 12 volumes, finalizado


Quase todos nós temos a curiosidade de saber como vivem os ricos e famosos, saber se eles são gente como a gente e como chegaram ao ponto do qual se consagraram. Não muito diferente quando tentamos entender como certos animes, mangás, seriados, games, quadrinhos e outras mídias fascinam até hoje. Conhecer por trás dos bastidores da fama é uma faca de dois gumes: o lado do glamour, da atenção e da beleza física ou mental que encanta; por outro lado, a falta de privacidade, de querer sair por aí sem ser vista por paparazzis, ou qualquer problema simples se tornar um verdadeiro dramalhão mexicano.

Só assim pra entender um pouco dos aspectos que apresentam “Hanasakeru Seishounen”, de que gente assim também tem os seus problemas. Uma obra shoujo, saindo da mente da mangaká Natsumi Itsuki que foi publicado na revista LALA nos anos de 1987 a 1994, rendendo 12 volumes encadernados. Apesar de conter características típicas da demografia, tem seus diferenciais e um traço muito bonito e personagens que saíram dos sonhos de muitas garotas.


Kajika, nossa protagonista, é uma garota que passou boa parte de sua vida em uma ilha tropical; tem personalidade forte e independente e, antes de sair de lá, tinha a companhia de criados nativos, de um leopardo branco (seu primeiro amor, acredite...) e de um amigo, seu protetor, Li Ren. Depois de uma passagem relâmpago no Japão, ela é chamada para os Estados Unidos por seu pai, o multimilionário Harry Burnsworths. Esse propõe um jogo para a filha: três candidatos escolhidos por ele -  todos muito bonitos por sinal - farão o papel de convencer Kajika a se casar, cabendo a ela essa decisão, que poderá fazê-la herdar ou não a fortuna da família. Bem, até aí parece ser um típico jogo de interesses e tramoias, ao menos, no começo...


Pra não facilitar as coisas, seu pai não especificou quem era os tais candidatos e dependem de Kajika identificá-los e saber de suas intenções com sua pessoa. Aos poucos, ela descobre quem são: Eugene, um jovem de personalidade aproveitadora e cuja beleza lembram o primeiro amor de Kajika; Rumaty, príncipe de um país rico e de uma cultura bem árabe, que possui a mesma idade dela; e Carl, responsável por uma empresa rival do pai da garota. E concorrendo por fora, o próprio Li Ren, que tem quedinha por Kajika e continua sendo o seu protetor. Ou seja, todos são jovens ricos, bem abastecidos e cada um com sua personalidade única que acabam topando com nossa protagonista - e que mesmo tendo grana e status, escondem problemas que acobertam neste mundo da fama e negócios. O contato com Kajika faz com que eles aprendam a superar estes problemas e sejam felizes, cada um ao seu jeito. A princípio, estes jovens passam a ser amigos muito queridos dela e sua personalidade influencia e muito a forma de pensar e de agir deles. Por fim, algo acontecerá envolvendo uma questão política que fará esse joguinho ser interrompido, além de descobrirmos segredos que envolvem Kajika numa trama cheia de conspirações e sucessão de poder.

As sequelas desta questão e como fica o jogo de escolher um noivo, é parte dos ingredientes que diferem “Hanasakeru Seishounen” dos shoujos românticos e cheios de brilho que tanto conhecemos. O elenco de personagens é bastante diversificado e o quarteto masculino de onde Kajika tem de escolher o predestinado são um charme. O romance não rola aos montes por causa da política, mas tem lá os seus momentos, junto a uma comediazinha pra aliviar o estresse e por último um visual bem shoujo que não chega a ser exagerado demais, trazendo um “traço real” na sua constituição.

Como a série foi feita anos após o término do mangá, pode-se dizer que a produção seguiu o roteiro do começo ao fim, sem deixar pontas soltas. Em termos de produção, o estúdio Pierrot fez uma animação muito boa, respeitando o estilo imposto e com um bom elenco de vozes, com destaque para a dublagem de Kajika e de seus pretendentes, que encaixaram bem no perfil proposto. Na parte musical, a abertura “CHANGE” e o encerramento “ONE” foram cantados pela cantora J-Min, sendo que em ambos os clipes, vemos Kajika e os rapazes.


Portanto, para aqueles que gostam de um shoujo e quer sair um pouquinho do estilo, “Hanasakeru Seishounen” pode agradar com uma história de gente rica que é como a gente; dar uns suspiros com o quarteto masculino principal e uma protagonista não tão bobinha como se vê por aí. Um anime simples e direto em sua execução...


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Comentários semanais: Re:Zero kara Hajimeru Isekai Seikatsu #4

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Por Tadashi Katsuren

Olá, você, que anda lendo as impressões semanais ou caiu de gaiato nesta postagem! Estamos aqui para mais uma rodada de leves análises e achismos que tenho com cada episódio de Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu, havendo nesta postagem o enfoque no que nos foi mostrado durante o episódio 04 da série. Sem mais delongas, vamos ao padrão, iniciando por um rápido apanhado do que aconteceu de relevante: 


Aqui somos finalmente apresentados a uma gama ainda maior de personagens. Subaru, nosso caro protagonista, acorda numa mansão luxuosa e gigantesca para descobrir que está sendo hospedado como um convidado de Roswaal, nobre lorde com inúmeras peculiaridades visuais e de personalidade. Descobre-se, durante o episódio, sobre o enredo de fundo que corre no mundo onde Subaru veio parar: O Rei do reinado de Lugunica está ausente, e estando ele e sua linhagem destinadas ao fim, um grupo de sábios coordena o reino e realiza um processo de seleção para um novo monarca. Descobrimos, então, que Emilia é uma destas candidatas, tendo o suporte do Lorde Roswaal; e por fim explica-se quea insígnia antes roubada era o símbolo de que aquela pessoa era uma das candidatas ao trono.


Neste mesmo episódio ainda somos apresentados a outros novos personagens que já marcaram presença na abertura do anime: São as gêmeas Ram e Rem, empregadas de Roswaal responsáveis por todos os cuidados da casa (bem como aparentemente também de assuntos extracurriculares do lorde), e a protetora da biblioteca de magia do Lorde, a pequena Beatrice, que fica no cômodo da biblioteca, que possui portas dimensionais que podem ser abertas aleatoriamente pela casa toda.    


Vemos, no correr do episódio, a evolução do personagem principal no intervalo de cinco dias, tempo em que ele, em retorno ao favor de ter ajudado Emilia, pede para que possa trabalhar dentro da mansão. É um curto slice-of-life, em que encontramos Subaru lidando com vários afazeres domésticos e tendo problemas com grande parte deles, isso até chegarmos numa curta e interessante conversa dele com a nossa outra protagonista, Emilia, ao término de uma noite de serviço. No fim da conversa, Subaru acaba por conseguir convencer a garota elfa a sair com ele no dia seguinte, caso conseguisse terminar seu trabalho e ela também terminasse os compromissos dela.

Durante a aparição dos créditos, encontramos finalmente o rapaz se colocando a dormir, apenas para acordar e notar que os últimos cinco dias que se passaram voltaram a ser resetados - visto que ele aparentemente voltou ao primeiro dia em que estava na mansão, ainda como um simples convidado.


Quanto aos pontos que me chamaram a atenção:

- Como já esperado, este episódio foi mais calmo que o anterior. Uma vez que se passou logo após o final de um arco, é durante este que temos o tempo de respirar, conhecer mais dos personagens e, principalmente, entender um pouco melhor do plote do background deste mundo. Eu acho que sua construção ficou boa, e seu final, já dando início à próxima aventura do nosso protagonista, foi bem arquitetada.

Subaru ganhou um tanto mais de personalidade neste episódio do que nos anteriores, o que se deve praticamente ao fato de agora vermos ele numa situação um pouco mais casual onde ainda incide a sua personalidade de uma pessoa viciada em jogos e histórias de fantasia. Só fica um pequeno parênteses aberto neste ponto: Os jeitos, ações e atitudes dele passam bem longe do que geralmente é mostrado para um personagem que no seu antigo mundo era um nerd que mal saía de casa. Não que esteja reclamando, até porque eles trouxeram essa proposta à tona desde o primeiro episódio, é só que eu ainda acho bem estranho escolherem esses trejeitos para este protagonista. A conversa que ele teve com Emilia no fim do episódio só se torna mais interessante pelo fato de suas atitudes serem tão cheias de confiança e de graça. É bom ver um personagem que dá em cima da garota que quer sem aquela cara envergonhada e gaguejos ou sem parecer um completo babaca.

A explicação sobre a insígnia sanou as dúvidas de boa parte dos expectadores, pelo menos tratou muito bem da minha, por exemplo. Mas ela acaba levantando ainda outras novas dúvidas: Quem é Emilia, por que ela foi escolhida e como foi escolhida? Quem buscava roubar sua insígnia? Se a pessoa que buscava comprar a insígnia naquela noite através de Elsa quer concorrer ao trono, isso quer dizer que o conselho de sábios não sabe quem são os candidatos propriamente ditos? Sendo o processo tão importante a ponto de decidir quem leva o trono do reinado, não deveria haver sobre Emilia uma proteção bem maior do que a que é mostrada? São várias dúvidas levantadas, o que é de se esperar de um episódio que começa um novo arco. O que mostrará o quão competente o anime é, vai ser como eles lidarão com todas estas questões.

Vamos falar sobre os personagens e sobre a abertura. Fiquei bastante feliz de terem mostrado logo de cara todas as garotas que aparecem durante a abertura do anime, e um tanto mais feliz ainda por elas terem sido apresentadas não de uma forma que forcem um harém para cima de Subaru. Isso diminui a chance deste anime ser apenas outro em que o protagonista teria de usar seu poder isoladamente para cuidar dos problemas de cada um dos personagens secundários. Tanto Ram, Rem quanto a própria Beatrice ainda tem muito a revelarem de si, guardando seus segredos que podem ser usados para enriquecer o anime durante sua extensão. Quanto ao lorde Roswaal, há um temor que a própria abertura esteja já entregando que ele seja um antagonista, e não apenas um meticuloso e estratégico lorde dando suporte para sua candidata ao trono. O motivo da desconfiança é o fato dele surgir na opening da mesma forma que Elsa, com um enfoque no rosto no meio das distorções em que ao fundo aparecem os protagonistas e secundários. Não que eu ligue te tê-lo como antagonista, apenas um tanto chateado por já ter uma suspeita desta questão com a cena da abertura.

O fato de Subaru voltar ao tempo novamente para estes cinco dias quer dizer alguma coisa um tanto importante: Significa que nosso  segundo arco muito provavelmente vai acontecer neste intervalo de tempo, em que as ações do protagonista devem levar o rumo da história para outro ponto. Estou um tanto curioso para saber como isso vai acontecer, e também com uma dúvida: O personagem só voltou no tempo quando morreu durante o primeiro arco, certo? Isso quer dizer que durante aquela noite ele talvez foi assassinado? Será que os planos de Roswaal enquanto observava ambos pela janela findam naquele ato? Muito embora não tenha ficado certo se o lorde resolveu por tomar drásticas atitudes, esta talvez seja a resposta mais clara quanto ao enigma desta volta. Se o retorno ao tempo foi pura mudança de condição, eu ficaria bem chateado.   


Bom, por enquanto, é isso! Espero que tenham gostado das dúvidas e questionamentos que fiz durante o correr deste episódio, que mais abriu pontas novas do que fechou as anteriores. Vamos ver como isso vai se desenvolver semana que vem, e enquanto não chega uma nova postagem...

Um grande abraço, e até a próxima!












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Kyoudai Podcast #27: Quantos animes ver ao mesmo tempo?

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Podcast em parceria entre o Netoin e o Animecote com a participação de Evilasio Junior (@JuniorKyon), Carlírio Neto (@cnetoin), Tadashi (@TKatsuren) e Bebop. Nessa edição comentamos sobre quantos animes vemos por temporada?


Blocos:
  • 00:00:00 – Introdução
  • 00:12:23 – Comentários
  • 00:27:48 – Quantos animes ver por milho?
  • 01:10:16 – Considerações Finais

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