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Resenha: Poyopoyo Kansatsu Nikki

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E lá fui eu atrás de animes de curta duração, não pelos episódios e sim pela quantidade de tempo que possuem por serem pequenos em sua execução. Vi dois, e um não gostei muito, apesar de considerar que tem lá seus méritos; já o outro... se disser que amo gatos e o fato de este ser um tanto diferente, realmente tive muita sorte em conhecê-lo. E assim, “Poyopoyo Kansatsu Nikki” entrou na lista de animes curtos que acabei amando, ao lado da simpática Chi de “Chi’s Sweet House”, do gatinho-vampiro de “Nyanpyre” e dos fofinhos bebês de “Chibi Devi!” Acho que sou adepta a séries fofas, só pode ser...

Poyo e companhia me encantaram, o estilo da animação e duas surpresas chamaram a minha atenção, sendo uma a voz do Poyo ser feita pela dubladora do Pikachu de “Pokémon” - afinal, deve ter sido moleza pra ela e o personagem não mia como os gatos comuns, saíam vários “Hiya” e não miaus; e já a outra se refere a um dos personagens, pois quando assisti notei que a voz era estranhamente familiar e meu queixo caiu ao saber que se tratava do 1° dublador de Mouri Kogorou do “Detective Conan”, ou seja, surtei literalmente... Se souberem como tenho alguns surtos quando reconheço vozes do elenco principal do Conan em outros animes, nem fazem a menor ideia...

Muito bem: vejamos o que Poyo tem que outros gatos não têm e o que o torna diferente, mas dá pra garantir uma coisa que é o quanto este gato é tão fofo, tão cuti-cuti e tão redondo. Por que redondo? Só leia a resenha e vai entender o porquê de dizer redondo ser parte dos charmes desta série.

**********

Ano: 2012
Diretor: Akitaro Daichi ("Bokura ga Ita", "Fruits Basket")
Estúdio: Studio DEEN
Episódios:52 (3 min. por episódio)
Gênero:Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Mangá, 14 volumes, em andamento




Por Escritora Otaku

Quem gosta de gatos? Seu estilo independente, o fato de caírem em quatro patas na maior segurança, de subir em uma árvore e ficar com medo de descer pela altura que conquistaram, entre outros fatores são parte de ser um gato. A forma que estes felinos podem te conquistar é um fato incontestável; se muita gente prefere os cães pela sua lealdade e por dependerem da gente pra viver, há os que preferem os felinos pela sua forma de enxergar o mundo sem ficar no colo o tempo todo.

No ramo das animações gatos têm seu lugar privilegiado, uns mais conhecidos que outros e em animes, eles nem precisam estar no elenco principal pra destacar seu jeito independente de ser. Em outros casos, os felinos possuem uma importância e tanto no elenco principal, chegando a influenciar a narrativa da história abordada. A animação em questão traz um gato e até aí, nada que seja muito incomum, claro que é apenas um pouco do que “Poyopoyo Kansatsu Nikki” oferece aos que o conhecem. Vindo de um mangá em publicação desde 2005, nosso gato saiu da mente da mangaká Ru Tatsuki e sua história mostra o dia a dia de Poyo e companhia.

Pra virar anime não custou muito e com episódios de apenas três minutos de duração, havendo apenas uma curta abertura e o episódio em si. E se tem algo que podemos destacar é o fato das formas redondas estarem em toda parte na obra, seja em sua abertura, seja nos nomes dos episódios e tudo tem a ver com o gato em questão. O enredo da série começa quando a jovem Moe estava bem bêbada e dorme em algo que pensava se tratar de um “travesseiro redondo”. Ao acordar na manhã seguinte, repara melhor e se assusta ao descobrir que o travesseiro era um gato – laranja, com algumas listras e bem redondinho – e encantada, o leva para casa. Com a aprovação de seu pai e certa relutância do seu irmão mais novo, o gato ganha o nome de Poyo e passa a ser parte da família Sato.

E acompanhamos a rotina desta família e das pessoas das quais os conhecem, tendo contato direto ou não com o Poyo. Mesmo sendo o protagonista, Poyo não é o centro das atenções o tempo todo e demonstra independência em sua forma de viver; alguns costumes meio estranhos e seu encanto devem à sua forma redonda, e até seu miado não é o mesmo dos gatos, normalmente saindo muitos “Hiya!” que lhe dão um toque pessoal. É uma série que retrata o cotidiano, com pitadas de comédia e situações ora comuns, ora fora da realidade no ponto de vista de seu elenco - e este é o detalhe mais forte em “Poyopoyo Kansatsu Nikki”: os personagens que formam o elenco em questão, começando pela família Sato, um pai fortão e prestativo que trabalha duro e tem paixão por gatos; Moe e sua fascinação por Poyo e coisas redondas, fora o fato de ser uma boa cozinheira; e Hide, o irmão mais novo e alvo constante do nosso gato redondo, que aos poucos também passa a gostar do Poyo sem estar no nível do pai e da irmã, havendo ainda os colegas de classe do jovem (uma aluna que admira o Hide e tem um cachorro, e outro que tem um hamster e que caiu de amores pela Moe), os vizinhos e adiante.

E são eles que ditam a sequência dos acontecimentos, cada situação mostrada com ou sem a interferência do Poyo, dando um toque leve e simples de ser. O traço usado é deveras bem fofo, destaque para o gato e as formas SD usadas no elenco humano, cada um com seu estilo e personalidade; as cores são suaves e quando menos esperam, os episódios acabam. Há certas semelhanças se comparar esta série com “Chi’s Sweet Home”, pois temos um gato como personagem principal, uma família que os adota e o visual simpático em seus traços. Porém, as semelhanças param aí e o que chama mais atenção é quanto a personalidade dos gatos em questão: a Chi é filhote e vemos seu amadurecimento, enquanto que o Poyo já é adulto e tem uma personalidade já formada; de resto, não dá pra não dizer que são tão fofos, cada um com seu jeitinho de ser.


Seguindo a fórmula de um gato e a rotina, “Poyopoyo Kansatsu Nikki” consegue mostrar que não é preciso um roteiro mirabolante pra conquistar o público. Aos que amam gatos ou animais, eis uma indicação e tanto, pois é bem agradável acompanhar as desventuras de um gato redondo e tão fofinho, mesmo que não seja o centro das atenções o tempo todo.


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Veja também:

AnimecoteCast #92: Temporada de Outono 2015 - Parte 1

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Nessa primeira parte do podcast sobre os animes da temporada de outono 2015 comentamos 25 animes e tivemos algumas surpresas em relação ao gosto dos participantes. Ouça e descubra.
Os participantes dessa edição são: Bebop, Erick, Evilásio, Anachan, Carlírio, Luk e Natth.




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Duração: [1:58:54]


Links dos participantes:
Chunan
Elfen Lied Brasil
Não Nasci Herói

Netoin! 
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A nota em maçãs é a média geral. Para saber a nota individual dos participantes, aperte o play e ouça o podcast! 
 Itoshi no Muco

 
 Hacka Doll


 Onsen Yousei Hakone-chan



 Kowabon



 Kagewani





 Anitore! EX


 Osomatsu-san
 




 Valkyrie Drive: Mermaid



 Yuru Yuri SanHai!




 Brave Beats




 Mobile Suit Gundam: Iron-Blooded Orphans




 Hidan no Aria AA

 


 One Punch Man



 High School Star Musical *



 Peeping Life TV: Season 1??


 Gakusen Toshi Asterisk



 Rakudai Kishi no Cavalry



 Haikyuu!! Second Season




 
 Lance N' Masques




 Lupin III 2015




 Ore ga Ojousama Gakkou ni "Shomin Sample" Toshite Gets Sareta Ken



 Sakurako-san no Ashimoto ni wa Shitai ga Umatteiru



 Teekyuu 6 * (Até quando!)




 Garo: Guren no Tsuki *




 K: Return of Kings



 

Resenha: Sore ga Seiyuu!

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Os altos e baixos de um trio de novatas moe no ramo da dublagem


Ano: 2015
Diretor: Hiroshi Ikehata ("Robot Girls Z")
Estúdio: Gonzo
Episódios:13
Gênero:Comédia / Slice-of-Life
De onde saiu: Doujin, 2 volumes, em andamento.



Por Erick Dias

Hiroshi Kamiya em "Sayonara Zetsubou Sensei". Tomokazu Sugita em "Suzumiya Haruhi no Yuuutsu". Hirano Aya no mesmo anime. Fukuyama Jun em "xxxHOLIC". A voz suave de Mamiko Noto em "School Rumble", o tom enérgico de Kaori Mizuhashi no papel de Miyako em "Hidamari Sketch", os vários "Urusai, urusai, urusai!" ("Cale a boca, cale a boca, cale a boca!") de Kugimiya Rie com suas tsunderes mais icônicas, a voz potente do ex policial Norio Wakamoto que me foi apresentada na pele de um gato(?) bizarro em "Azumanga Daioh"... Esses são alguns, apenas alguns, dos profissionais que me fizeram, quase uma década atrás, começar a prestar mais atenção não apenas no que via em um anime, mas também ouvia. Minha fixação por dubladores, ou "seiyuu" em japonês, chegou a tal ponto que não era raro assistir vários animes em sequência cuja única ligação era algum dublador em papel principal ou secundário – e, obviamente, isso me fazia esbarrar tanto em ocasionais pérolas, quanto em terríveis produções na qual a boa atuação da pessoa em questão não seria motivo o suficiente para me fazer continuar vendo aquilo. Os atributos vocais de uma Miyuki Sawashiro ou Romi Park da vida não mudavam na maioria das vezes, mas já o personagem que representavam ou a história onde esses estavam inseridos, bem...



Hoje não sou tão aficionado assim nesse assunto (quantos animes com Hanazawa Kana deixei passar batido de um ano pra cá por saber que não seriam do meu agrado, por exemplo, enquanto que antes via qualquer animação em que ela atuasse!), porém ainda estimo e tenho considerável interesse na profissão dessas pessoas que, ao contrário do que muita gente acredita, mesmo os mais populares do ramo estão longe de serem famosos fora do nicho otaku, com raríssimas exceções, e boa parte deles não consegue se manter somente com o uso de sua voz, principalmente no início da carreira. Logo, talvez seja esse o motivo de ter me apegado tanto a "Sore ga Seiyuu!", anime encerrado há algumas semanas que narra o esforço diário de três dubladoras novatas, sendo elas a tímida Ichinose Futaba, a sonhadora e hiperativa Ichigo Moesaki e a recatada Rin Kohana, em obterem um lugar ao sol numa indústria extremamente competitiva e inchada, na qual um único papel em um anime pode ter dezenas de concorrentes querendo adquiri-lo - aliás, tal animação tem como origem um doujin em estilo 4-koma publicado desde 2012 pelo mangaká Kenjiro Hata (autor de "Hayate no Gotoku!"), que cuidou da arte, e a dubladora Masumi Asano, que foi responsável pela história.


No Japão os dubladores, de acordo com sua experiência e popularidade, são classificados em um sistema de ranking que vai de A a F, além de um degrau que tem acima de A que é para aqueles que podem estipular o valor de seu próprio cachê. Em média, os ganhos variam hoje de ¥15,000 (R$487,00) a ¥45,000 (R$1462,00) por episódio em que atuam em um anime para a TV (outras mídias, como jogos ou programas televisivos, podem pagar mais), valendo ressaltar que a importância do papel ou a quantidade de falas não influenciam esses números; resumindo, se um dublador em início de carreira participa de apenas uma animação em qualquer temporada, isso lhe rende por volta de ¥60,000 (R$1948,00) por mês, pouco para quem tem de morar em Tóquio devido a sua profissão (a grande maioria dos estúdios é de lá), uma das dez cidades com maior custo de vida no mundo, onde somente o aluguel de um quarto de meros 15m² já consome quase todo esse valor - o "segredo" é ir acumulando trabalhos em sequência, e em mais de uma área se possível, contudo o caminho é longo até que se alcance esse ponto. "Sore ga Seiyuu!" não chega a citar rendimentos, porém para as ainda desconhecidas Ichinose e Ichigo a situação financeira precária e agendas vazias as obrigam a caçarem trabalhos de dublagem enquanto ficam dependentes de empregos de meio período em um supermercado, no caso da primeira, e numa fábrica de alimentos no caso da segunda - a Rin é a única que ainda estuda e que na verdade já possui certa experiência no mundo do entretenimento, por ser uma atriz mirim desde os cinco anos. Inicialmente, as três se conhecem ao participarem de um anime mecha original produzido pelo "mundialmente famoso" estúdio Zongo (ah, Gonzo, que trocadilho besta, e aqui eu acredito ser uma indireta a "Burst Angel" de 2004), e após isso acompanharemos a cada episódio os dois maiores trunfos de "Sore ga Seiyuu!", que é o fato de mostrar a rotina das várias atividades que um dublador está sujeito a realizar, bem como as aparições de alguns profissionais populares personificando a si próprios no anime, para sorte das protagonistas debutantes.


Seja na TV Gonzo, na rádio Gonzo, no Studio G ou em qualquer outra afiliada do que parece ser nessa série uma sólida empresa de consideráveis proporções - bem diferente da realidade de um estúdio que sofre com frequentes problemas financeiros... -, as três garotas esbarram em personalidades que lhes dão providenciais conselhos, usualmente salpicados de muito romantismo, para os constantes obstáculos que elas encontram na profissão. Já no primeiro episódio, após se perder toda ao receber de repente a ordem de dublar um "kaneyaku" (personagem sem nome, possuidor de uma ou duas linhas, que recebe a voz de alguém que tenha um papel secundário na animação), Ichinose é consolada pela eterna dubladora de Goku, Masako Nozawa, sobre como ela deve estar sempre preparada para fazer de tudo nessa indústria já que nunca se sabe o que lhe pedirão de última hora; mais a frente, desapontada ao sair de um anime tão cedo por conta da morte de seu personagem, a garota ouve do veterano Banjou Ginga a confissão de que ele mesmo já perdeu a conta de quantas vezes morreu das mais diversas formas, contudo destaca como até nesses momentos deve-se mostrar uma atuação notável para com o personagem que demos vida; e em outra ocasião, dessa vez focada em Ichigo, essa escuta de uma Horie Yui desleixada com sua própria aparência fora dos holofotes algumas palavras que ajudam a diminuir seu nervosismo causado por ter de participar, com ela e outros dubladores, de um evento anunciando um novo jogo em um palco de grandes dimensões. Veremos também um alegre Hiroshi Kamiya com cara de moço (todos aqui parecem bem mais jovens do que de fato são, na realidade), uma Yukari Tamura literalmente brilhante(!), uma Noriko Hidaka em brevíssima aparição, um Yuji Machi (esse é mais conhecido por suas narrações em programas de TV) pra lá de carismático e tagarela, e por aí vai - detalhe curioso sobre esses "convidados especiais" no anime é que a autora do doujin, Masumi Asano, revelou recentemente que as frases de todos eles foram baseadas em entrevistas que cada um deu dizendo o que falariam caso se encontrassem em situações semelhantes as que são retratadas na história. E aproveitando a citação a Yuji Machi, que aparece quando Ichinose é escolhida para narrar a vinheta de um programa de televisão onde, geralmente, o vídeo e o script são apresentados somente no dia da gravação para o dublador, é nesses trechos que "Sore ga Seiyuu!" nos mostra como são variadas as opções de trabalho disponíveis para as vozes desses profissionais, sendo que para alguns a participação em animes nem chega a ser sua área principal como já seria de se esperar.


Claro, é sempre bom ter um papel regular numa série de TV, pois isso significa trabalho garantido por pelo menos três meses; contudo, novatos tem que agarrar qualquer oportunidade que vier até eles, e assim flagramos os pequenos truques e procedimentos que regem sessões de dublagens como as de filmes estrangeiros, audiolivros e jogos, surgindo ainda para as garotas a chance de protagonizarem um programa de rádio voltado ao anime em que estão juntas (as escolheram por serem mais baratas do que se reunissem os dubladores principais, mas okay, e de fato essa é uma ação rotineira, pois já houveram vários programas de rádio de animes liderados por dubladores de papéis secundários) e, devido ao sucesso obtido, elas chegam inclusive a formar um trio musical que passará por poucas e boas para se tornar minimamente popular - outra atividade que auxilia na divulgação de um rostinho novo. De resto, no meio de curiosidades do ramo inseridas aqui e ali (várias delas, aliás, explicadas em off pelo cachorrinho bizarro da imagem acima, personagem de um anime fictício do qual Ichinose gosta) e as eventuais intervenções já citadas de dubladores renomados para dar uma ajudinha às protagonistas, Ichinose, Ichigo e Rin enfrentarão outros habituais dramas em suas jornadas, como desilusão por ficar muito tempo recebendo um não atrás do outro em audições, insegurança quanto a qualidade de seus trabalhos e o futuro incerto de um emprego que o impele a passar por frequentes avaliações para seguir em frente, decepções e inveja ao ver a amiga companheira de profissão obter aquilo que você almejava e doenças e lesões que viram de cabeça pra baixo sua carreira ainda frágil, dentre outros eventos - mas, lógico, o anime também não abre mão de sempre fazê-las exaltar como todo esse esforço e empecilhos são recompensadores nos instantes em que, por exemplo, uma delas obtém um papel numa obra que já estimava ou quando consegue ser reconhecida por um fã apesar de ainda estar galgando seus primeiros degraus. 


Após tal introdução ao teor da animação que julgo ser o suficiente para não deixar o texto mais cansativo de se ler e repleto de spoilsavançados, gostaria de deixar isso bem claro: "Sore ga Seiyuu!" possui um tema que me é facilmente simpatizável, e logo não seria difícil permanecer positivo e continuar rasgando seda a seu respeito; porém, se por um lado essa homenagem toda a uma profissão é interessante, bonita e consideravelmente instrutiva, e se as protagonistas femininas tem a sua graça interagindo entre si, nível moe adequado e um desenvolvimento satisfatório em seus respectivos pequenos conflitos pessoais ou em grupo, por outro, usando um lugar comum para me expressar, o anime "não inventa a roda", de forma alguma. Principalmente nos episódios finais, "Sore ga Seiyuu!" carece muito de criatividade nas histórias apresentadas e suas resoluções, e é de se questionar como Ichinose, uma jovem tão tímida, atrapalhada e causadora de várias gafes consegue ótimas oportunidades mesmo quase nunca parecendo digna delas, sem contar as coincidências em algumas reviravoltas e a forçação de barra em certos trechos para inserir o "dublador celebridade da vez" com seus comentários oportunos. A simples e inconstante animação, de igual modo, é nível "Gonzo após quase ter fechado as portas poucos anos atrás", quando passou a produzir animes de orçamentos bem mais enxutos; enfim, no geral é uma obra "boa" em sua primeira metade e bastante mediana na segunda, ao meu ver, na qual reconheço que o entusiasmo que tenho por ela não confere com a sua qualidade real.


Se procura por títulos focados em diversas facetas do mundo otaku, olha, "Shirobako" é mais detalhado e informativo em relação a produção de animes; "Bakuman." é mais empolgante ao narrar os dissabores e conquistas de uma dupla de mangakás; e "Genshiken" é mais introspectivo e bem desenvolvido ao retratar o dia a dia do público consumidor de tal indústria, isso só para citar alguns. E quanto a "Sore ga Seiyuu!"? Bem, com sua abordagem quase que sonhadora, inofensiva, e suas limitações citadas rapidamente no parágrafo anterior, ele está distante dos títulos mais memoráveis do gênero, se junta a eles com total modéstia, mas ao menos é por ora o que melhor destacou e representou a vida daqueles que soltam os pulmões para dar voz a incontáveis personagens das mais variadas cores de cabelo - e como nota final parabenizo e muito a fofa Rie Takahashi, dubladora de Ichinose, que também é uma novata (estreou em 2014, por coincidência, em "Shirobako") no ramo e que mostrou aqui uma atuação bastante flexível e madura. Afinal, imagina você ter de dublar uma personagem que toda hora deve dublar outros personagens, sejam eles masculinos ou femininos, em tons totalmente adversos...

Em suma, anime simplista, nada ambicioso, agradável de ver mesmo com suas falhas e que terá um toque especial para quem possui interesse por esse tipo de tema. É isso, até a próxima (desde o ano passado que não escrevia um post resenhando um só anime, até me senti meio enferrujado!).

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Nota: 7,5

(clique em cima para uma melhor visualização)

No MyAnimeList (01-11):
O anime está na 2419ª posição, com nota 7.23. Já o doujin não se encontra ranqueado atualmente, por ter sido lido por poucas pessoas.


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Meus perfis:
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Especial: Miyu Matsuki (★1977 - †2015)

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Muitos de vocês já devem ter lido a respeito, mas na última segunda foi anunciado, pela sua agência 81 Produce, o falecimento de Miyu Matsuki, dubladora que havia feito 38 anos em setembro e cujo último papel numa animação para a TV foi o da louca Anna Nishikinomiya em “Shimoneta”. Sua morte ocorreu precisamente no dia 27 de outubro em decorrência do agravamento de uma pneumonia – desde julho ela já estava afastada de qualquer trabalho para poder se tratar -, porém só quase uma semana depois é que isso foi levado a público.


*****

Confesso que Matsuki não era lá uma dubladora que eu sequer seguia seus trabalhos; apenas de vez em quando, ao notar o tom característico de sua dublagem em certo anime (traduzindo: quando sua personagem se exaltava e elevava o tom da voz por qualquer motivo), é que me vinha à mente “Hum, eu já ouvi essa voz em tal e tal lugar...”. Não tenho afeição especial por nenhum de seus papéis, porém devo admitir que ela realmente realizava ótimas atuações na maioria dos casos, e também revelo que essa deve ter sido a primeira vez que senti uma pena maior pela morte de algum dublador, possivelmente porque boa parte de seus personagens ainda são recentes.

Dito isso, logo abaixo montei um breve resumo de seus trabalhos como dubladora; não é algo nada introspectivo ou detalhado, apenas uma rápida recordação de seus papéis mais populares, com maior atenção àqueles que me agradaram de certa forma. Segundo dados do ANN e Wikipedia, Miyu Matsuki esteve presente em quase cem séries de TV, sem contar uma dezena de longas animados e diversos jogos, área na qual deu seus primeiros passos.

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Início de carreira: Nascida em 1977 na cidade de Kure, Hiroshima, Miyu Matsuki estudou em uma escola local só para garotas, e no início seus pais eram contrários a sua ideia de atuar como dubladora, algo que acabou sendo superado após ela conseguir passar no exame de admissão da Keio University, faculdade privada de Tóquio que é a instituição de ensino superior mais antiga do Japão.

Após se formar Miyu estudou ainda em duas escolas dedicadas a dublagem, e aos 21 anos obteve seu primeiro trabalho do ramo ao participar de "Mikagura Shoujo Tanteidan", visual novel para Playstation lançada em 1998 - como curiosidade, esse título receberia uma versão adulta para PC em 2003 e uma animação hentai em 2004 (mas sem envolvimento dela, claro!). Aqui e durante breve período Miyu Matsuki usaria seu nome verdadeiro, Mieko Matsuki, para só depois começar a se apresentar com um pseudônimo por considera-lo ter uma sonoridade mais agradável.

Já em relação a animes, após alguns papéis sem nome ("garota estudante", "amiga do protagonista") ou com aparições bem rápidas, seu primeiro personagem de maior importância e tempo na tela foi o da garota Hitomi Onodera em 2002, uma das protagonistas na série de TV "Shichinin no Nana" - a história desse anime é sobre uma estudante, chamada Nana Suzuki, que se vê dividida em sete cópias de si mesma, e com cada qual possuindo uma personalidade diferente.

No mesmo ano ela se juntaria a agência 81 Produce, com a qual trabalharia até falecer em 2015.



Primeiro trabalho em uma franquia: Também foi em 2002 que Miyu conseguiu um papel em "D.C. ~Da Capo~", visual novel que hoje possui mais de quinze títulos, além de 5 séries de TV que tiveram início em 2003. Aqui ela dublou tanto Misaki Sagisawa, uma garota que nunca sai de casa e que só conhece o mundo de fora através da janela de seu quarto, quanto Yoriko, seu gato de estimação que, devido a certos eventos, acaba se transformando em uma empregada com a aparência de sua dona - isso nos animes que viriam em seguida (Miyu participou das duas primeiras séries), pois na visual novel a situação dessa personagem é um pouco diferente.


Outras atividades: Não pretendo me estender nisso, mas, além de animes e jogos, Miyu Matsuki também lançaria alguns singles e álbuns musicais (os primeiros foram para a própria animação de "D.C. ~Da Capo~") e teria participações regulares em programas de rádio. Dentre esse último o mais famoso é "Cherry Bell", da qual ela fazia parte desde 2003 junto com os dubladores Takahiro Sakurai e Kenichi Suzumura.

Aliás, clique aqui para ver uma antiga peça de teatro que os três fizeram juntos desse programa.



Pikumo em "Wagamama☆Fairy Mirumo de Pon!" (2002)

Kotoko-01 em "Divergence Eve" (2003) e "Divergence Eve 2: Misaki Chronicles" em 2004.









Natsumi Yagami em "Chou Henshin Cosprayers" (2004) (Protagonista), personagem que posteriormente apareceria em outras duas séries de TV no mesmo ano, nesse caso "Love♥Love?" e "Hit wo Nerae!" - a ligação entre cada uma é que, enquanto "LoveLove?" mostra os bastidores de um programa televisivo de heróis infantil intitulado Cosprayers (na qual Natsumi é uma de suas atrizes e dá em cima do roteirista para ganhar mais espaço na tela, contudo acaba se apaixonando por ele), "Hit wo Nerae!" apresenta uma nova personagem como principal, chamada Mitsuki, que deve produzir um filme desse mesmo programa e, por fim, "Chou Henshin Cosprayers" seria uma "versão real" dele, onde deixaria de ser uma obra de ficção dentro de outra obra de ficção. (eu só assisti mesmo "Love♥Love" até hoje, e pelo menos esse possui um teor ecchi bem constante e apelativo).


Asami Igarashi em "Mezzo DSA" (2004) (Protagonista)









Shouko Hazama em "Soukyuu no Fafner: Dead Agressor" (2004)





Akane Mizuhara em "Final Approach" (2004)







Kaoru Midou em "Tsukuyomi: Moon Phase" (2004), o primeiro de uma série de papéis que surgiriam em sua longa relação com o estúdio SHAFT e o diretor Akiyuki Shinbou.







Media em "Paniponi Dash!" (2005)







Kisa Misaki em "Kagihime Monogatari Eikyuu Alice Rinbukyoku" (2006) (Protagonista)





Choppy em "Futari wa Pretty Cure SplashStar" (2006) (Protagonista), mascote principal da terceira série de TV da popular franquia "Pretty Cure" que, até 2011, ainda conferiria a Miyu Matsuki a participação em 4 filmes.




Hikari Konohana em "Strawberry Panic" (2006)



Shion Juujou em "Otome wa Boku ni Koishiteru" (2006)











Yoshinoya em "Hidamari Sketch" (2007), professora de Artes com "eternos dezessete anos" - é tudo o que irá conseguir caso indague sua idade! - que me foi a primeira personagem feita por Miyu cuja dublagem me chamou a atenção. Infantil, imatura, propensa a não seguir os regulamentos da escola e fadada a ouvir tanto os sermões do ancião Diretor devido ao seu comportamento inadequado, quanto de seus pais com quem ainda mora por não ter se casado até hoje, Yoshinoya também é obcecada em cosplay (hobby que ela aproveita constantemente para assediar importunar seus alunos) e às vezes diz certas frases um tanto "impróprias" para os ouvidos mais jovens - coisas assim, banais, como se auto voluntariar em posar nua para a sua classe, e isso após perguntar se alguém não desejaria fazer isso por livre e espontânea vontade, por exemplo. A propósito, "Hidamari Sketch" é uma animação do estúdio SHAFT, baseada em tirinhas 4-koma, que mostra o dia a dia de quatro alunas estudantes de Artes. 

Dublada com muito vigor pela Miyu, no fim ela pode, sem meios termos, ser uma grande mala sem alça na maior parte do tempo; porém, entre um surto de imensa adoração própria e choros descabidos ao ter um capricho seu mal logrado, Yoshinoya dá de vez em quando valiosos conselhos e sugestões à indecisa protagonista Yuno e suas amigas nesse anime que renderia quatro séries de TV nos anos seguintes.



Flora em "Claymore" (2007)





Isumi Saginomiya em "Hayate no Gotoku!" (2007) e suas várias continuações até 2013.




Cordelia em "Romeo x Juliet" (2007)







Harumi Fujiyoshi em "Sayonara Zetsubou Sensei" (2007), mais um título do estúdio SHAFT, dessa vez carregado de ironia e acidez e que tem como destaque um professor com tendências suicidas chamado Itoshiki Nozomu e suas estudantes não muito normais - com exceção de uma, que é ordinariamente normal em excesso (calma, piadinha interna do anime). Aluna de número 29 na lista de chamada da sala do professor desesperado, Fujiyoshi possui invejáveis habilidades atléticas e é razoavelmente boa nos estudos, entretanto possui um segredo do qual não se orgulha muito, que é o fato de ser uma fujoshi - hum, vale citar que ela ainda gosta muito de usar orelhinhas de gatos, mas eu ao menos não acho isso nada vergonhoso, pelo contrário... 

Tendo como um de seus pares favoritos "Athurn Zala x Cagalli Yula" de "Gundam Seed" e achando extremamente forçada a junção "Naruto x Kakashi" de vocês sabem onde, ela é capaz de shippar todo tipo de personagem (masculino) fictício, mas, curiosamente, sua imensa adoração por homens 2D se pegando é inversamente proporcional quanto ao seu desejo de flagrar o mesmo em 3D. Frequentemente passando por pequenos constrangimentos por culpa de seu hobby e em outros apenas desfrutando alegremente de seu mundinho enquanto prepara um doujin para o próximo Comiket ou faz compras em alguma loja otaku, Fujiyoshi é mais uma personagem que Miyu dubla com grande energia quando esta passa por maus bocados ou tem seus delírios típicos de fujoshi nível hardcore.

Igual a todo o elenco de "Sayonara Zetsubou Sensei" (anime que até 2009 obteria outras duas séries de TV), seu nome também é um trocadilho, sendo "Fujiyoshi", obviamente, uma menção a fujoshi, e Harumi o nome do local no qual ocorriam as edições da Comiket antes de o evento ser transferido para o Tokyo Big Sight em 1996.

Aliás, Araragi x Nozomu poderia ser considerado "selfcest" já que ambos são dublados por Hiroshi Kamiya?



Ayari Shiki e o esperto cachorrinho Yonakuni-san em "Maria Holic" (2009), outra obra do SHAFT cuja protagonista é uma garota lésbica, de nome Kanako Miyamae, que passa a estudar numa escola feminina, o que seria o seu sonho devido a questionáveis ambições amorosas; porém, além de sofrer uma forte alergia a homens, ela terá que dividir seu quarto no dormitório justamente com Mariya, um garoto sádico que se traveste e que se aproveitará dela em qualquer situação.

Dois anos depois, em 2011, o anime ganharia uma segunda temporada intitulada "Maria†Holic Alive".


Flora Nanadan em "Isekai no Seikishi Monogatari" (2009)








Mother Hagimura em "Seitokai Yakuindomo" (2010) e sua continuação em 2014.








Chimo Yakusa em "Tamayura" (2010), um dos poucos, ou senão o único papel (sinceramente não me recordo de outros) onde Miyu Matsuki pôde usar livremente seu dialeto natal de Hiroshima na dublagem.

Iniciado como um OVA de 4 episódios, "Tamayura" se estenderia depois a duas séries de TV em 2011 e 2013, e quatro filmes lançados desde abril desse ano até fevereiro de 2016 - a personagem de Miyu participou de ambas as séries e do segundo filme, que estreou em agosto nos cinemas. 


Hisui em "Carnival Phantasm" (2011)







Cthuko em "Haiyore! Nyaruko-san" (2012) (Protagonista), anime repleto de paródias que pega as assustadoras criações dos Mitos de Cthulhu de H.P. Lovecraft e as transforma em um bando de personagens bonitinhos que atormentarão e farão hora extra na casa do ser humano Mahiro Yasaka para, em tese, protegê-lo de ser capturado por criaturas espaciais. Cthuko, em particular, é uma alienígena da raça Cthugha membro de uma agência de defesa espacial que tem como colega de trabalho Nyaruko, garota da raça Nyarlathotep; as duas teriam de ser inimigas naturais e ferrenhas uma da outra, porém Cthuko é perdidamente apaixonada por ela enquanto Nyaruko tenta a todo momento escapar de suas pegajosas investidas, sendo esse um dos principais argumentos cômicos do anime que gera diversas cenas pervertidas e fora de controle, como podem ver pelas imagens ou esse ou esse vídeo, por exemplo - é praticamente uma versão light da futura Anna Nishikinomiya de "Shimoneta", por assim dizer.

Possuidora de poderes do elemento fogo, Cthuko acaba no fim se mostrando uma excelente e inútil alienígena NEET viciada em jogos e na cultura otaku em geral, isso enquanto realiza seguidas ameaças a Mahiro para fazê-lo ficar longe de sua amada de cabelos prateados - mas, sem grande surpresa, com o tempo a sexy integrante da raça Cthugha vai se apegando a ele, chegando inclusive a idealizar uma família formada por ela, Nyaruko e Mahiro! Aqui Miyu Matsuki apresentou uma dublagem que, mesmo com vocabulário e atos frequentemente picantes, impróprios e indecentes, trouxe um tom de voz relativamente moderado e suave se comparado com outras populares personagens suas mais "barulhentas".

Originado de uma light novel, antes dessa série de TV de 2012 produzida pelo estúdio Xebec (além de sua continuação em 2013), "Haiyore! Nyaruko-san" teve outra série em flash de curtos episódios feita pelo DLE em 2010 na qual Cthuko era coadjuvante. 



Kumi Tanaka em "Yurumates 3D" (2012) (Protagonista), uma dos três "ronin" veteranos que a jovem de 18 anos Yurume conhece ao se mudar para um complexo de apartamentos decadente localizado na periferia de Tóquio - enquanto no Japão feudal tal palavra designava qualquer samurai que não possuía um mestre, nos tempos modernos ela é usada para catalogar estudantes que falharam nos exames de admissão para alguma faculdade. Yurume não é uma ronin, pois ainda está para prestar um vestibular pela primeira vez, contudo não lhe ajudará muito o fato de seus colegas de quarto serem um bando de conformistas que parecem já ter se esquecido de seus objetivos iniciais...

Por conta disso, "Yurumates 3D" mostra simplesmente, em episódios curtinhos de 3 minutos de duração cada, quatro jovens gastando seus dias com muitos jogos, apostas estúpidas, bebedeiras e bate papo inúteis, sendo a personagem de Miyu Matsuki talvez a mais sacana entre eles com suas piadinhas de maior criatividade. Pode ser patético e vergonhoso vê-los destruindo os sonhos um do outro e depois fugindo da realidade ao mudar de assunto, mas, viva o escapismo! Um dia conseguirão seguir em frente nos estudos, quem sabe no ano que vem. Ou nos próximos anos, se possível...

Uma segunda temporada desse anime foi exibida logo após o término da primeira, havendo ainda dois OVAs de traços e estúdios diferentes que antecedem as séries de TV, e outros dois que os sucedem.



Cattleya em "Pokemon Best Wishes! Season 2" (2012)









Magical Sapphire em "Fate/kaleid liner Prisma☆Illya" (2013), um honrado... Báculo mágico. Pois é. Spin-off da popular franquia "Fate/stay night", da qual julgo não precisar me alongar em explicações, "Fate/kaleid" pega uma de suas personagens secundárias, Illyasviel von Einzbern, e a torna numa protagonista mahou shoujo em um anime de comédia com traços fofinhos. Nele há dois báculos falantes; a atrapalhada e metida a engraçadinha Ruby, que forma contrato com Illya, e a serena Sapphire, que se torna parceira de Miyu Edelfelt.

Olha, não há muito o que falar de um báculo mágico, sinceramente, a não ser que nesse papel Miyu Matsuki apresenta uma atuação bastante calma e contida, sendo que não é nenhum exagero dizer que ela deve ser a personagem mais racional e sensata do anime junto com sua "usuária" Miyu, garota inexpressiva deveras calculista e metódica.

A franquia possui no momento 3 temporadas, exibidas uma a cada ano, e já foi anunciado que haverá uma quarta série de TV em 2016.



Premiação: Na sétima edição do "Seiyuu Awards" em 2013, evento que elege as melhores atuações no ramo da dublagem - em especial as que se referem a animes -, Miyu Matsuki ganhou, junto com Asumi Kana e Yuka Ootsubo, na categoria "Melhor Performance Musical", premiação dada às melhores músicas cantadas por dubladores. As três formaram o grupo "Ushirokara Haiyoritai G" para a trilha sonora do anime "Haiyore! Nyaruko-san" - clique aqui para ver e ouvir a principal composição delas, a música de abertura "Taiyou Iwaku Moeyo Chaos".



Katie em "Space☆Dandy" (2014)












Mother Shiina em "Koufuku Grafitti" (2015), mãe de uma das garotas protagonistas nesse anime slice-of-life do SHAFT (pra variar!) que é focado em três garotas e suas diversas experiências culinárias - esse não citei acima por não ter sido um papel de destaque, mas em 2010 Miyu Matsuki já tinha dublado a mãe de uma personagem principal de um anime do estúdio SHAFT, precisamente a Yukimi Arashikawa em "Soredemo Machi wa Mawatteiru".

Quanto a este papel, melhor do que só uma imagem, prefiro deixar aqui essa cena logo abaixo onde vemos tal personagem se preocupando demais e dando um sermão na filha Shiina; pessoalmente, eu não canso de ouvir o ensurdecedor e hilário grito que ela dá no final...


Por fim, fechando suas participações em obras do estúdio SHAFT, que chegariam a 14 séries de TV contando continuações durante 11 anos, Miyu também esteve presente em "Sasami-san@Ganbaranai" de 2013, na qual teve duas participações pequeninas (uma garota de nome Makina em um episódio e anunciante em outros dois) que sequer são listadas no MyAnimeList, apenas no ANN.



Anna Nishikinomiya em "Shimoneta to Iu Gainen ga Sonzai Shinai Taikutsu na Sekai" (2015), personagem que deve ser a que mais dispensa apresentações no momento devido à imensa popularidade obtida na temporada passada por conta, principalmente, de seus vergonhosos e grotescos ímpetos sexuais pra cima de Okuma Tanukichi, rapaz protagonista de uma animação na qual vemos um Japão que coíbe fortemente qualquer expressão de cunho sexual de seus habitantes. Convidado - ou forçado, para ser exato - a participar de um grupo terrorista liderado pela desbocada Ayame Kajou para ajuda-la na realização de atos obscenos contra essa repressão, Okuma inicialmente idolatra a supostamente pura e angélica Anna, presidente do conselho estudantil de sua escola que persegue com determinação e ingenuidade extremas uma terrorista chamada "Blue Snow" sem saber que ela é, na verdade, a própria Ayame, sua confiável vice-presidente do conselho; contudo, essa paixão platônica rapidamente se despedaça após certo incidente que faz Anna "despertar" e conhecer um novo mundo de prazeres carnais e terríveis rompantes libidinosos. Tornando-se uma presa em constante fuga, resta agora a Okuma, caso não queria provar o famigerado “néctar do amor” (seja como recheio em biscoitos ou então armazenado em garrafas PET!) dessa garota fora de controle, desviar-se de suas investidas selvagens ao mesmo tempo que dá uma de "terrorista sexual" em segredo.

Claro que não vi e ouvi todas as personagens já dubladas por Miyu Matsuki, mas não creio que tenha havido algum papel que lhe exigiu tanta disposição, cordas vocais em ótimo estado e, o mais importante, desinibição para seguir adiante com inúmeros diálogos cheios de vocabulário chulo e constrangedor e frases de duplo ou triplo sentido sendo ditos em tons histéricos! O modo nada convencional ou seguro (para a saúde física e mental de Okuma), mas definitivamente cômico - não é conosco, então azar do rapaz! - de Anna em expressar sensações que antes lhe eram desconhecidas gerou considerável comoção nas rodinhas virtuais otakus durante a temporada de verão; a sua agressividade e comportamento desvairado podem ter se desgastado um pouco com o passar dos episódios (igual ao anime como um todo), porém isso não arranhou a popularidade de uma personagem vista como uma das melhores do ano e que, para o bem e para o mal, marcará para sempre a carreira de Miyu tanto pela sua perversão bizarra, quanto por ter sido efetivamente o último papel de destaque antes de sua morte.


*****

De projetos futuros que já estavam garantidos para 2016 Miyu Matsuki tinha, além da quarta temporada de "Fate/kaleid", um papel na animação "Hundred", que é baseada numa light novel possuidora da típica combinação de tema escolar, batalhas entre alunos, harém e uma pitada de ecchi.

Para encerrar o post, segue abaixo algumas artes publicadas por fãs durante a última semana pela internet como forma de homenagear uma dubladora que, pode não ter sido das mais prolíficas quanto a quantidade de trabalhos, contudo soube interpretar muito bem as dezenas de personagens que tiveram a chance de receber sua voz.





A personagem nas últimas três imagens, de nome Lailah, não é de nenhum anime, e sim de "Tales of Zestiria", jogo de RPG lançado no Japão no início desse ano - e duas semanas atrás na Europa e América.



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Meus perfis:

Sobre Músicas e Animes Especial 1: Momentos divertidos das 50(1) primeiras edições

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Hoje é dia de Festa, pois finalmente está no ar o Yopinando Shinbun Especial com momentos inesquecíveis de todas as 51 (pois é, tem o podcast de Sandy & Junior também) primeiras edições do podcast musical mais animado do mundo. Descubra origem de clássicos, como o Picotin, o Dinossauro de Calcinha, o Mordomo de Combate entre outros. Delicie-se com todo o conhecimento de Boku no Piku e Hentai de nossos participantes. Ria alto com os melhores e piores trocadalhos já feitos. E sinta-se revigorados om todos os cômicos momentos presentes nesse especial.

Antes de mais nada vale avisar que esse podcast é indicado para maiores de 18 anos e que contém alguns poucos spoilers.


Duração: 04:22:47
Blocos:
  • 00:04:07 - Edições: 8, 20, 31, 42, 29
  • 00:33:25 - Edições: 5, 27, 38, 49, 16
  • 00:59:51 - Edições: 3, 14, 26, 48, 35
  • 01:21:40 - Edições: 7, 17, 39, 28, 46
  • 01:46:58 - Edições: 6, 11, 44, 33, 22
  • 02:09:54 - Edições: 23, 34, 45, 12, 4
  • 02:30:21 - Edições: 9, 43, 21, 13, 36
  • 02:53:02 - Edições: 15, 2, 24, 32, 47
  • 03:18:33 - Edições: 10, 18, 25, 37, 41
  • 03:45:25 - Edições: 44, 50, 40, 19, 30, 1

Blogs participantes desta edição:

Músicas na Abertura:
  • “Fine on The Outside”, Omoide no Marnie

BGM’s:
  • Ghibli Musics – álbum All That Jazz
  • Ghibli Musics – álbum All That Jazz 2
Músicas indicadas neste podcast:

  • Abertura de Gravity Falls
  • “Medaka ga Mita Niji”, Ookiku Furikabute
  • “Rain”, Cowboy Bebop
  • “Hoshi no Utsuwa”, The Last: Naruto Movie
  • “Player”, Sanzoku no Musume Ronja
  • "Eternal Blaze”, Mahou Shoujo Lyrical Nanoha A's
  • "Sanpo”, Tonari no Totoro
  • “Fukai Mori”, Inuyasha
  • “Synchronicity”, Ryuugajou Nanana no Maizoukin
  • “Photograph", Onegai Twins


Sobre Músicas e Animes 51: Animes que fingimos que vimos

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Yo! Está no ar mais uma edição do podcast Sobre Músicas e Animes, o podcast que nunca fingiu! Nessa edição estiveram presentes Eu, Evilasio Junior, do Yopinando, o Carlírio Neto, do blog Netoin, o Bebop, do Animecote, a Natália (Natthr), do Elfen Lied Brasil, o Ian, do Shoujismo e a Lobo Paranóico do Na casa do moe não existe satanás.

O tema dessa edição é Músicas de animes que fingimos que vimos, um tema que gerou alguns contratempos, mas no final tivemos mais um excelente cast com muitas risadas e samba. Enfim, junte-se a nós em mais essa divertidíssima edição e não deixe o SMA morrer, não deixe o SMA acabar...

Esse mês não tem votação, pois em dezembro falaremos sobre os animes e músicas que mais se destacaram no ano e que ainda não haviam sido citadas aqui.


Duração:
 01:23:53

Blogs participantes desta edição:
Músicas na Abertura:
  • "Hello, shooting-star", Ansatsu Kyoushitsu
BGM’s:
  • Sofia Works Álbum - White Beat
  • Sofia Works Best Álbum - Cat Side
Músicas indicadas neste podcast:
  • "disillusion", Fate Stay Night
  • "Jiyuu no Tsubasa", Shingeki no Kyojin
  • "Kimi, Meguru, Boku", Itazura no Kiss
  • "The One", Hanada Shonen-shi
  • "Os-Uuchujin", Denpa Onna to Seishun Otoko
  • "Absolute Soul", Absolute Duo
  • "Otome no Policy", Sailor Moon R

Extras:

Kyoudai Podcast #20: Personagens que roubaram a cena + One Punch Man episódios 1 a 6

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Podcast em parceria entre o Netoin e o Animecote com a participação de Evilasio Junior (@JuniorKyon) e Carlírio Neto (@cnetoin). Nessa edição falamos sobre alguns personagens que achamos que se destacaram ao ponto de roubar a cena nos animes de que fazem parte. E falamos também sobre esse começo de One-Punch Man.



Blocos:

00:00:00 – Introdução e comentários da última edição
00:13:34 – Personagens que roubaram a cena
00:43:40 – One-Punch Man episódios 1 a 6
01:21:27 – Considerações Finais

Acessem também:

Resenha: Saiyuki Reload / Saiyuki Reload Gunlock / Saiyuki Reload Burial (OVA)

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Continuações: se tem algo que costuma dar uma irritada de quem acompanha qualquer anime é quando ele acaba sem esclarecer o que vem depois. Neste caso, vamos ressaltar duas séries e um OVA que possuem a mesma fonte, mudando apenas alguns aspectos que já foram apresentados na primeira série da franquia, “Gensomaden Saiyuki”. Ao menos, mantiveram a personalidade dos personagens e o elenco de dubladores, pois um dos trunfos dessas obras são estes dois aspectos.

À primeira vista, o traço é diferente e a impressão que se dá é que meio que recomeçaram a história do zero, porém a resenha vai esclarecer este ponto. Gosto muito dessa franquia, tanto que acompanhei tudo que foi lançado e sim, me surpreendi demais com o penúltimo OVA, que recomendo bastante - pena que depois fizeram apenas mais um OVA e pararam. Estou na expectativa de que finalizem a franquia, apesar de ter noção de como vai terminar.


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Ano: 2003 (Reload) / 2004 (Gunlock) / 2007 (Burial)
Diretor:Tetsuya Endo (séries de TV) e Kouichi Ohaka (OVA)
Estúdio: Studio Pierrot
Episódios: 25 (Reload) / 26 (Gunlock) / 3 (Burial)
Gênero: Ação / Aventura / Comédia
De onde saiu:Mangá, 10 volumes, finalizado.



Por Escritora Otaku

Antes que perguntem, não é preciso assistir a primeira série da franquia, pois dá pra entender o que acontece na história. Para os desavisados de plantão que querem entender o contexto, basta acompanhar a resenha de “Gensomaden Saiyuki” que há no site pra ter noção do que a série oferece. Se não, pode seguir tranquilo que a resenha abaixo vai dar uma refrescada no intuito de entender melhor o enredo.

Saiyuki Reload” teve começo em mangá e foi publicado pela revista Comic Zero-Sum, portanto, todas as duas séries de TV e o OVA possuem sua origem bem definida, cada uma feita em anos diferentes e no mesmo estúdio. Claro que há fatos novos e mantém a estética vista na primeira série, o que não causa confusão se for com a cara de Sanzo e companhia. A primeira impressão é que parece que o pessoal tomou um banho de loja e mudou as roupas, pois não estranhe: as animações podem ser vistas como um reboot da série anterior e ao mesmo tempo, são continuações diretas, por isso pode ou não ver “Gensomaden Saiyuki” e tirar suas próprias conclusões.

Vamos por partes, começando pelas séries de TV...

Saiyuki Reload” prossegue na jornada de Sanzo e seus companheiros, com as briguinhas de sempre e as hordas de youkais os querendo mortos; no começo da história eles bem que tentam não chamar atenção, mas, não dá! A personalidade deles os impedem de passar despercebidos e é assim que prosseguem, indo por poucas e boas. A série trouxe algumas novidades, sendo as mais óbvias serem sobre os youkais: parte deles finalmente – e isto é sério! - decidiram usar a cabeça pra deter Sanzo e seu grupo. Então, além dos típicos youkais que os perseguem por onde andam, alguns quase conseguem atingir o que a maioria falha. Assistindo, dá pra ter uma noção do que acontece e os seus resultados... Se conhecem bem o nosso quarteto... se fosse os youkais, os deixaria em paz, isso sim!

Já em “Saiyuki Reload Gunlock”, a grande novidade fica por conta da entrada de dois personagens na segunda etapa do anime: seus nomes são Hazel e Gato. O primeiro é capaz de ressuscitar humanos e chama os youkais de monstros; o segundo é o guarda-costas dele, que o protege de qualquer coisa e utiliza duas pistolas como armas. Fora que colocam os protagonistas em uma saia justa, fazendo-os questionar sobre a missão e ao mesmo tempo, a razão de estarem juntos.

As duas animações continuam o que já havia sido visto em “Gensomaden Saiyuki”, apesar de não precisarem tanto do contexto da primeira série ao enredo delas. Pois dá pra saber que a meta deles é deter a volta de Gyumaoh, o youkai que tem ocasionado o descontrole dos youkais pelo mundo. Outra novidade é que há youkais que não perderam o controle, fato raramente explorado na primeira série, o que mostra que nem tudo está perdido nesta vida. E a comédia está mais forte do que nunca, principalmente na primeira etapa de ambas, com direito a gato que deixa o Sanzo bem mais ranzinza do que nunca; do mascote deles, o Hakuryuu com crianças e até mesmo do pessoal tendo de se virar sem o Hakkai: realmente momentos bem constrangedores e que trazem à tona o lado comédia da franquia.

Sobre o OVA, composta de três episódios de durações diferentes – o primeiro tem quase uma hora e os outros dois têm quase trinta minutos – se difere do estilo das séries de TV, ao apresentar um enredo mais sério e dramático. “Saiyuki Reload Burial” retrata a história antes das séries, de como os personagens interagiam antes de seguirem jornada. Aquele toque gótico da primeira série volta e um ar sombrio e solitário faz destes episódios uma experiência bem diferente da vista pela franquia. Por serem especiais de vídeo, o traço é um dos mais bem feitos – como manda na maioria dos OVAs que conhecemos por aí – e os personagens explorados revelam um fardo que muitos topariam negar, como há o desejo de mudar o seu redor.

Assim, o OVA traz uma nova imagem a franquia, uma que devia ter sido explorada com mais afinco, no entanto, é aquela velha história: séries de TV tem de ser mais dinâmicas e deixar os OVAs ir mais além dos fatos. Imagem que segue no último OVA – “Saiyuki Gaiden”, três episódios pra quem tiver interesse - e depois, não houve mais animações da saga de Sanzo e companhia.

Sobre a trilha sonora das séries de TV, “Reload” e “Gunlock” apresentam aberturas com batidas de rock, com seus diferenciais: na abertura de “Saiyuki Reload”, “Wild Rock” traz esta batida com mais intensidade e como o nome sugere, um toque selvagem com estilo eletrônico; já em “Saiyuki Reload Gunlock”, a música “Don’t Look Back Again” segue a estética apresentada na série, a de tomar decisões sem perder o embalo e tem um tom conclusivo. Os encerramentos de ambas têm tons mais tranquilos e mostram cenas dos personagens principais em mangá: “ID” / “Fukisusabu” em “Saiyuki Reload” e “Mitsumete Itai” / “Shiro no Jumon” em Saiyuki Reload Gunlock”.

Em “Saiyuki Reload Burial”, a abertura “Late Show” dá um tom solitário e das músicas entre todas a obras é a mais light de se ouvir; o encerramento “Shiny Moon” é sem dúvidas, o destaque entre os encerramentos da própria franquia, pois é o que consegue representar o tom existente dos OVAs. Este encerramento tem como destaque ser cantada por três dos quatro dubladores do quarteto principal, uma pena que não tem clipe durante sua execução, somente os créditos dos OVAs e vale a pena dar uma conferida.



E fica a dica: não é preciso assistir a primeira animação pra entender a essência da franquia, dá pra ver as séries de TV e o OVA numa boa. Caso queira seguir uma ordem, acompanhe o OVA primeiro e depois as séries de TV, pra que as histórias sejam assistidas com mais tranquilidade e quem sabe, você não torça para Sanzo e companhia darem um jeito de cumprir a missão?

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Anime Arte #17 - Animes da Temporada de Outono 2015

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Chegando a sua 17ª edição, o Anime Arte traz 431 imagens tanto oficiais, quanto feitas por fãs, de 35 dos 66 animes que estrearam entre os meses de setembro e outubro na temporada de outono - essa última leva de animações pode estar fraca, fraaaaca, fraquíssima, porém ela resultou na segunda maior galeria formada até agora no Anime Arte, perdendo apenas para as 450 imagens da (que foi muito melhor) temporada de outono de 2014.

Aliás, tolice minha quando pensei que a postagem sobre a temporada anterior, a de verão, tinha exagerado no teor ecchi devido às diversas - e excêntricas - comédias românticas que estrearam na época, visto que três meses depois teríamos os "escandalosos" "Valkyrie Drive: Mermaid" e "Shinmai Maou no Testament Burst" ao mesmo tempo, sem contar pelos menos outros 5 títulos que tem se mostrado razoáveis e constantes nesse quesito... Para me defender, digo apenas que tento montar a galeria com imagens que não fujam muito do conteúdo de cada anime, então não me culpem!

***


Como sempre, devido ao tamanho do post que pode ser pesado para a conexão de muitos, e também por ser mais conveniente, deixo no final do mesmo um link para download de todas a as imagens.



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Anitore! Ex




Concrete Revolutio: Choujin Gensou




Dance with Devils




Gakusen Toshi Asterisk




Gochuumon wa Usagi Desu ka??




Hacka Doll




Haikyuu!! Second Season




Heavy Object




Hidan no Aria AA




K: Return of Kings




Komori-san wa Kotowarenai!




Lance N' Masques




Lupin III (2015)




Mobile Suit Gundam: Iron-Blooded Orphans




Noragami Aragoto




One Punch Man




Ore ga Ojousama Gakkou ni Shomin Sample Toshite Gets♥Sareta Ken




Osomatsu-san




Owari no Seraph: Nagoya Kessen-hen




Owarimonogatari




Rakudai Kishi no Cavalry




Sakurako-san no Ashimoto ni wa Shitai ga Umatteiru




Shingeki! Kyojin Chuugakkou




Shinmai Maou no Testament Burst




Subete ga F ni Naru: The Perfect Insider




Taimadou Gakuen 35 Shiken Shoutai




Utawarerumono: Itsuwari no Kamen




Valkyrie Drive: Mermaid




Young Black Jack




Yuru Yuri San☆Hai!




Outros
(passe o mouse por cima para ver de onde é a imagem)


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Download: Mediafire (195 MB)

Posts anteriores da seção Anime Arte: Aqui


Meus perfis:

Resenha: Zero no Tsukaima

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Ano:2006-2012
Autor original: Noboru Yamaguchi
Estúdio: J.C. Staff
Episódios:12 por temporada (4 temporadas no total)
Gênero / Temas: Ação / Aventura / Ecchi / Escolar / Fantasia / Harém / Magia / Romance / Slice-of-Life
De onde saiu: Novels (20/22 volumes – incompleto)



Essa resenha faz uso de várias comparações. Se você tem aversão a elas, bem... ops.


Por Xbobx


"n-não é co-como se eu quisesse ser a c-ca-capa dessa resenha ou algo do t-ti-tipo, baka!!"

Ah, Louise.

Dentre todas as tsun-tsun-tsun-deres interpretadas pela mais-que-facilmente reconhecível Kugimiya Rie, provavelmente é uma das mais celebradas e conhecidas delas.


É comum escutar que uma personagem não é suficiente para carregar uma série, da mesma forma que um jogador não carrega um jogo, mas isso se provou aberto a exceções após o sucesso esmagador de Kugimiya com Shana em “Shakugan no Shana”.

Não só foi um sucesso espontâneo mas também o nascimento de um estilo próprio de “tsundere” (mimada, mandona, flat e chibi) em contraste com as garotas que cunharam o termo anteriormente como Rin Tohsaka e Lum.

Seja pela fofura, pela inovação ou pelo que for, nossos colegas orientais amaram e a J.C. Staff, vendo um mercado promissor, em menos de um ano depois de Shana seguiu a premissa de que "em time vencedor não se mexe" e trouxe à TV Louise, Saito e sua história de amor.


“Zero no Tsukaima” é talvez a epítome do ecchi com fantasia. Possui muitas das qualidades de ambos e, ao contrário da esmagadora maioria na indústria, segue de fato uma história decente. Sim, a história é BOA. Não “excelente”, claro, mas muito boa pra um anime desse segmento.

Fanservice? Óbvio, mas não de uma forma exagerada ...bem talvez “um pouco” exagerada. Mas convenhamos, você sabe onde está se metendo quando resolve assistir uma série com essas tags (ecchi/romance/fantasy). Afinal, não é isso que esperamos delas?


Saito, o clichê rapaz comum, com uma vida ordinária, vivendo seus dias ordinariamente, um dia é abduzido por um portal mágico nada ordinário no centro movimentado de Tóquio. Do outro lado, um planeta onde a magia em todas as suas formas é real, e vivendo nele sacerdotisas, magos, elfos, bruxos, espadas falantes, animais também falantes e todo o tipo de criatura saída de Harry Potter.

Mas que por alguma razão, apesar de tamanha evolução na magia, é organizada em uma monarquia e dividido em reinos, cada qual com seus interesses que se estranham como se vivessem exatamente na nossa idade média.

Louise Françoaise le Blanc de la Vallariere, também conhecida como “Zero” Louise, é uma aluna da Tristein Academy of Magic. Seu apelido é fruto dos repetidos fracassos em conjurar qualquer tipo de feitiço. Certo dia, porém, um de seus encantamentos dará absurdamente errado (ou seria certo?) e esse tal garoto ordinário sem nenhum poder aparente será literalmente summonado para esse novo mundo.

Assim, tem-se inicio esse slapstick romance, acompanhando as aventuras de Louise e Saito através desse continente curioso.

Saito descobrirá que talvez não seja por acaso que está nesse mundo, e Louise terá surpresas sobre seu real poder.


Clichê? Clichê... Clichê.

- Embora que, ao mesmo tempo, como muitos clichês, é inegavelmente interessante -


Mudando alguns termos, essa sinopse serviria pra no mínimo outros 5 títulos similares de comédia-romântica/ecchi. Isso é visível e não há porque negar. O interessante é o que a série é capaz de trazer além desse setup comum. Passado a intro clichê e os personagens estereotipados, arrisco dizer que o desenvolvimento chega a ser surpreendente.

O universo da história é inesperadamente grande, detalhado e povoado com personagens interessantes, muitos dos quais com sua história explorada ao longo das 4 temporadas.

Talvez um dos maiores atrativos da série seja mesmo o setup. Ponto base de muitos MMORPGs, é um mundo povoado pela magia, com espadas falantes, fireballs, dragões e todas as tiers de feitiços que você precisaria de um mage lvl 99 pra conjurar.

É interessante também a comparação com Harry Potter. Ambos surgiram no cenário internacional praticamente ao mesmo tempo, e de fato compartilham algumas semelhanças. Ironicamente, uma delas sendo a completa ausência de adultos em certas partes da história, ficando nas mãos de crianças e pré-adolescentes o futuro da humanidade! Heh.

A diferença, porém, é que “Zero no Tsukaima”, conforme progride em temporadas, vai explorando cada vez mais o lado geopolítico da história, com conflitos diplomáticos e problemas que vão além de uma “boss fight” como no caso de muitos MMORPGs e Harry Potter em si.


A temática central, claro, se mantém no romance, mas abre espaço também para esse drama político, que lentamente se expande para o cenário militar e culmina em um conflito complexo. Sem contar a clássica das aventuras japonesas: "lutaremos para proteger aqueles que amamos".

Hmm, e não se esqueça do ecchi; algumas cenas sugestivas aqui e ali completam os 23min de cada episódio.

Como até agora essa review se baseou em comparações, junte o bruxinho Harry com George R. R. Martin e agora sim, um equivalente de “Zero no Tsukaima” com a televisão ocidental.


Temática mágica/medieval e ecchi de lado, outro grande trunfo da série é definitivamente a composição musical.

Não só há OSTs perfeitamente posicionadas em algumas cenas, como também o instrumental usado e o ritmo escolhido são divinos.

Composta principalmente de violinos, pianos e violões acústicos nas cenas maismelancólicas e barrocas no estilo “Spice & Wolf”, mas também com remixes eletrônicos em cenas típicas de slapstick como em “Toradora!”.

Em termos de animação, na há nada muito de original. J.C. Staff fez um bom trabalho mantendo as personagens com suas características fiéis ao material original (novels), porém sem nada de espetacular. Dado que o orçamento da franquia aumentou da 1ª a 4ª temporada, é notável a mudança de qualidade de mediana para BEM melhor, assim como os shots ecchi ficaram mais provocantes.


Por fim, o que realmente quero dizer aqui é: “Zero no Tsukaima” é interessantemente surpreendente. Algo que tinha muitas chances para o fracasso, mas que acabou se tornando uma série única e especial.

“Mas então como podem haver tantas comparações nessa resenha?” Exatamente pelo fato de me faltarem palavras para descrever o quão diferenciado dos demais essa franquia está. Se você notar, todas as comparações são de alguma forma positivas, pois no fundo essa história é um emaranhado de vários elementos. Elementos os quais, foram pontos de sucesso em todas essas outras produções. Você tem magia, romance, guerras, conflitos econômicos, beach episodes, comédia e um grande mistério que se desenrola até o final.

ZnT não é uma grande história por ter atingido um patamar divino e sublime de qualidade, mas por ser algo peculiar, que juntou várias qualidades interessantes em uma salada de entretenimento, que, por criatividade do autor e a mágica da animação, trouxeram à vida muitas das fantasias e sonhos que muitos de nós temos. Se você está nesse momento lendo uma review num blog sobre anime/mangá certamente também já foi em algum instante de sua vida (ou ainda é) fascinado por histórias/contos medievais, mundos mágicos, mmorpgs de fantasia, elfos, dragões, e é claro, essa criatura:

No fundo, esse é um anime mediano, de uma franquia mediana, mas que por pura magia, continuou me fascinando por 6 anos, da 1ª a 4ª temporada. E não sou o único a pensar assim. São notáveis algumas falhas no enredo e durante a 2/3ª temporadas a J.C. Staff deu uma relaxada na qualidade, com vários fillers e episódios desnecessários, mas ainda assim, conseguiam te deixar esperando para saber o que aconteceria a seguir.


É algo que todo fã do gênero deveria assistir, mesmo que seja para depois dizer “vi, e não gostei”. Afinal, o que são 23 minutos? Eu perco 3h da minha vida por dia no transporte público; esse tempo para ver os primeiros episódios pode ser um pequeno desperdício de vida OU, a chance de conhecer uma bela história.


Nota numérica: 7
Um redondo 7 em todos os quesitos. Arte, OST, personagens e roteiro.

Por outro lado, um 9 em enjoyment, 10 em fofura e um 11 em “fator viciante”.


Addendum:Em relação a eterna questão de “devo ver o anime ou ler os livros”, sou forçado a dizer que nesse caso, o anime talvez seja uma melhor opção.

Em Abril de 2013 o autor das novels de ZnT, Noboru Yamaguchi, faleceu de câncer, e assim deixou incompleto o último volume, sem uma conclusão para a história. Os livros com certeza possuem uma história bem mais aprofundada, e acontecem infinitamente mais coisas entre a 3ª e 4ª temp do anime, mas para quem não é um fã (ainda) o anime faz um bom trabalho, e a J.C. Staff deu uma conclusão que combina bem com o estilo da história.

Claro que se você tiver interesse, as novels são uma boa leitura, e muito mais seria que a atmosfera “easy-going” do anime em diversos momentos. Só saiba que ao chegar ao fim do 20º volume estará em suas mãos imaginar o final.**


** - Em Julho desse ano (alguns meses atrás), foi anunciado que os últimos 2 volumes finais (Noboru tinha planejado 22) seriam escritos baseados em anotações deixadas pelo autor com seus editores. Quem sabe há a chance de uma conclusão em um futuro próximo. 



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Mangacotecast #1: 5 mangás adaptados para anime na temporada de outono de 2015

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Olá! Está no ar a primeira edição do Mangacotecast, o podcast de mangá do Animecote e do Yopinando que também conta com a participação de pessoas de outros blogs/sites. Nessa primeira edição Eu (Evilasio Junior) me uno ao Tadashi, do Animecote, ao Ian, do Shoujismo, e ao André, do Intersect News, para falar sobre 5 mangás que foram adaptados para anime na temporada de animes atual.

Nos ajude a melhorar o podcast e interaja conosco comentando o que achou do podcast e falem também quais seus mangás e mangakás favoritos. Ah! Sugiram temas também.


Duração: 02:08:18

Podcast:Download Alta Qualidade (88,2 mb) | Download Média Qualidade (58,8 mb)
Feed de Podcasts do Yopinando:http://feeds.rapidfeeds.com/45097/ | Clique aqui para ver os podcasts do Yopinando no Itunes.

Blocos:
00:00:00 - Introdução
00:24:39 - Opinião sobre os mangás selecionados
01:32:10 - Opinião sobre as adaptações para anime
01:59:01 - Considerações finais

Mangás Lidos Nessa Edição:
  • Komori-san wa Kotowarenai
  • Shingeki Kyojin Chuugakkou
  • Hidan no Aria AA
  • Onsen Yosei Hakone-chan
  • One-Punch Man

Músicas das Transições:
  • Transição para Bloco 1 - "Hikari", Elisa 
  • Transição para Bloco 2 - "The Hero!!", JAM Project
  • Transição para Considerações finais - "Guren no Yumiya", Linked Horizon

BGM's:
  • Álbum Power of Life - Bradio
  • Single Hotel Alien - Bradio
  • Álbum Kako Tsunagu Mirai  - Local Connect
  • Álbum HoT! - Keytalk
  • Single Kyouran Hey Kids!! - The Oral Cigarettes

Blogs/Sites Participantes:





Resenha: Shijou Saikyou no Deshi Kenichi

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Quem acompanha a animação japonesa, sabe bem o quanto há títulos e gêneros para todos os gostos; entre tantos, um se destaca por ser a porta de entrada para os animes no meio ocidental: os shounens de batalha, cujas características são “fáceis” de identificar e a revista que traz este gênero em questão, famosa por ser a casa de shounens como os que acompanhamos é a Shounen Jump. Claro que depois de um tempo, a gente pergunta: será que somente a Jump traz este gênero, as outras revistas também não têm? A resposta é sim, no entanto, como ficamos muito presos as histórias da Jump, não damos muitas chances de conhecer outros títulos em outras revistas.

Na verdade, considerando que shounens de batalha tenha suas similaridades, fica complicado saber se há algo novo em cima de tantos clichês. Se correr atrás, dá pra encontrar e quem sabe, se divertir com uma nova velha história de lutas, amizades e superações. O caso abaixo comprova que não é preciso estar nas páginas da Shounen Jump pra chamar a atenção do público, e foi com Kenichi e companhia que me diverti e fiquei empolgada para saber o que ia acontecer com eles. No final, simplesmente amei o contexto do qual a trama foi elaborada e seu núcleo de personagens.

Por isso, nos acompanhe nesta resenha e entenda: há shounens de batalha fora da Jump sim! E este é um destes casos, acreditem...


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Ano: 2006
Diretor: Hajime Kamegaki
Estúdio:TMS Entertaiment
Episódios:50
Gênero:Ação / Aventura / Comédia
De onde saiu:Mangá, 61 volumes, finalizado


Por Escritora Otaku


Os famosos shounens de batalha: entre tantos gêneros de mangás este é certamente o mais conhecido, mais assimilado e ao mesmo tempo, tão comum que passando o tempo podemos deixá-lo de lado pelos seus clichês óbvios. Claro que a fórmula é simples; o que torna cada história diferente é a forma que seus criadores transmitem aquilo que desenvolveram, lidando com os clichês e a forma que trazem os personagens e a ambientação ao seu público. Se quiser uma série que traga lutas aos montes, personagens que têm de superar seus maiores medos e desafios, acreditar na força da amizade e que haja rivalidades está na demografia certa. Se não, ao menos, dê uma chance e quem sabe se identificará com um shounen de batalha.

Das páginas da Shounen Sunday, lar de diversos mangás, entre conhecidos e desconhecidos, podemos encontrar um leque menos exigente à primeira vista. Ao conhecer mais das obras, note-se o trabalho que boa parte de seus mangakás tem em transmitir suas histórias e o esforço de deixar o público tirar suas próprias conclusões. E é aí que “Shijou Saikyou no Deshi Kenichi” ou apenas Kenichi (pra encurtar) teve seu enredo e estética apresentados. Nas mãos de Syun Matsuena, a série passou nos anos de 2002 a 2014, com 61 volumes e seguindo a clássica fórmula dos shounens de batalha que conhecemos. Numa visão superficial, não parece ter nada de inédito, e é aí que se enganam... em clichês consagrados dá pra tirar algo novo e que vai trazer sua própria personalidade, senão, não teria durado tanto assim.

Shirahara Kenichi, nosso protagonista, é um rapaz fracassado: nada o faz se destacar e onde poderia ser melhor, mais fracasso em sua cola. Mesmo fazendo parte do Clube de Judô, nunca conseguiu ganhar uma luta e é motivo de chacota dos membros de lá. Cansado e na base do sem querer, é desafiado por um dos melhores membros a uma luta e caso perca, terá de sair do clube, ou seja, mostrar que não é o fracassado que demonstra. Totalmente sem esperanças, eis que acaba vendo uma colega de classe sendo ameaçada pelos valentões, a novata Furingi Miu; só não esperava o Kenichi descobrir que ela não era apenas um rosto bonitinho ao ver, entre choque e espanto, ela dando uma surra nos caras. Passado o susto inicial e vendo que tudo terminara bem, a jovem nota o bom coração do rapaz e ao saber do seu desafio, se propõe a treinar em um dojo, o Ryouzanpaku. O local é lar dos maiores mestres de artes marciais, sendo que o dono é avô da Miu; ao ir lá, Kenichi fica morrendo de medo ao ver que os mestres são um bando de caras mal-encarados – quem os vê, realmente são isso mesmo – e muito bons no que são especialistas. Mesmo desconfiando do estilo deles, Kenichi não desiste e passa a treinar lá, na intenção de melhorar suas habilidades marciais e proteger a Miu.

A partir daí, acompanhamos nosso protagonista treinando com estes mestres e enfrentando lutas atrás de outras, regadas a muita comédia, uma pitadinha de romance e muito trabalho árduo. A decisão de Kenichi o leva a entender o que o motiva a treinar com aquele bando de loucos, como saber de cara que não é expert em nenhuma arte marcial. Isso mesmo que leu: o cara não tem nenhum talento pra isso, nem um pouquinho... Só isso diferencia dos protagonistas de shounens de batalha que estamos habituados a ver por aí.


Os mestres que fazem parte do Ryouzanpaku são um dos destaques da série: cada um tem uma personalidade e estilo de lutar, que usam suas habilidades já refinadas em ensinar as artes marciais a quem aguentar o treinamento; só vendo pra entender o que tem nestes treinos... E conforme passa, Kenichi fica mais forte e chama a atenção de um grupo, a Ragnarok, que quer saber o que um cara fracassado e sem talento passou a ser tão forte em tão pouco tempo.

Só isto dá pra resumir o que tem Kenichi de tão comum e incomum; pode preparar para lutas bem pé no chão (não há poderes) claro que o exagero dos golpes apresentados é bem shounen de batalha; um grande elenco de personagens principais e secundários; a ala feminina não é ficada a ver navios, umas até lutam e não são frágeis como dizem por aí; comédia recorrente até quando a coisa fica séria e outros fatores colocam a série num patamar acima da demografia apresentada.

A animação é bem estável, com destaque à forma que mostram os elementos chaves da trama sem soar forçado e adapta uma parte da obra original; o elenco de vozes foi bem escolhida, cada dublador desempenhou seu papel (quem for assistir não pule os créditos do último episódio, pois é posto os nomes dos personagens que aparecem e seus respectivos dubladores ) e é bem direto em sua proposta.

Na sua trilha sonora, destaque para as aberturas usadas em sua exibição: “Be Strong” e “Yahoo” por mostrar bem o estilo de Kenichi, a primeira mais introdutória e a segunda mais animada, revelando as facetas apresentadas na série de TV. Os encerramentos seguem dois pontos: os traços do mangá e esquetes cômicas, quem ver vai entender.


“Shijou Saikyou no Deshi Kenichi” pode encaixar em um estilo comum, dando uma chance, vai entender que nem todos os shounens de batalha se resumem as obras da Shounen Jump; caso goste, ainda há 11 OVAs que seguem no ponto que a série de TV parou, feitas em outro estúdio e há alguns rumores não confirmados que possa ter uma nova série. Aos que curtem este estilo de história, é uma boa oportunidade de conhecer o que faz Kenichi e companhia serem tão comuns e ao mesmo tempo, terem seus diferenciais.



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Kyoudai Podcast #21: Animes que merecem continuação + One-Punch Man episódios 7 e 8

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Podcast em parceria entre o Netoin e o Animecote com a participação de Evilasio Junior (@JuniorKyon) e Carlírio Neto (@cnetoin), André (@joystickvivant) e Tadashi. Nessa edição falamos sobre alguns animes que em nossa opinião mereciam continuação. Falamos também sobre os episódios 7 e 8 de One-Punch Man.


Blocos:

00:00:00 – Introdução e comentários da última edição
00:19:04 – Animes que merecem continuação
01:33:35 – One-Punch Man episódios 7 e 8
02:06:34 – Considerações Finais

Acessem também:

Atrás das Cortinas 02: Naoki Urasawa

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Saudações da pessoa que acabou de rir horrores com o primeiro episódio de Osomatsu-san. Trago o segundo texto do quadro Atrás das Cortinas, desta vez estrelando o mangaká Naoki Urasawa! Para os leitores de primeira viagem no quadro, aqui tratamos de alguns nomes importantes do Mangá e do Anime no Japão. Adentramos um pouco em suas vidas e falamos de seus grandes feitos profissionais. Sem mais delongas, hoje temos...



Naoki Urasawa



Por Tadashi Katsuren

Famoso, renomado e premiado mangaká, Naoki Urasawa já tem algumas décadas de trabalho publicadas. O autor, nascido em 1960, é formado em Economia pela Meisei University, e teve seu primeiro trabalho oficialmente publicado em 1981, com o one-shot "Return" (1981). Alguns anos mais tarde Naoki Urasawa faz sua primeira serialização: o mangá Yawara!(1986 – 1993), lançado pela Big Comic Spirits

A história é sobre Yawara Inokuma, uma garota que só queria ter uma vida normal, mas acaba sendo uma das grandes esperanças do Japão no judô uma vez que é treinada desde a infância pelo avô – um mestre da arte marcial. A obra, em si, é bem diferente do estilo que Urasawa consolidou no correr do tempo; é leve, e trata dos assuntos sem a densidade que iria se esperar do autor que ganhou o título de “Mestre do Suspense Japonês” de seus fãs anos mais tarde. Até mesmo para a revista em que foi lançada o peso emocional da obra foi considerado leve, visto que o enfoque dela é um público adulto masculino, e este mangá é considerado um dos responsáveis pela popularização de obras de demografia Seinen entre um público mais jovem. Sua série terminou com 29 volumes e ganhou adaptação para televisão pelo estúdio Madhouse.  

Durante quase o mesmo período de tempo, Naoki Urasawa também foi o responsável pela arte de dois outros mangás: Pineapple Army(1986 – 1988), realizada com o roteiro de Kazuya Kudo e rendendo oito volumes; e "Master Keaton(1988 – 1994), com o roteiro de Hokusei Katsushika e um total de 18 volumes. Dali, o próximo passo na carreira de Naoki Urasawa se inicia logo após o fim da serialização de “Yawara!”, sendo este o mangá "Happy! (1993 – 1999), outra série de esporte com um enredo raso e suave. O curioso é que este é como um marco na carreira de Naoki Urasawa, sendo ela a última das séries do autor com essa atmosfera - todas essas obras foram serializadas pela mesma Big Comic Spirits. Especulações sobre a vida do autor afirmam que ele já estava cansado deste tipo de história e desejava criar enredos mais densos e profundos.  



Já com o fim de “Master Keaton”, Naoki Urasawa deixa sua imaginação e criatividade trabalharem como bem deseja, lançando o grandioso mangá "Monster(1994 – 2001), uma obra muito mais densa, pesada e arquitetada que qualquer coisa que desenvolvera até então. A história inicia-se quando Kenzo Tenma, um médico neurocirurgião prodígio alocado num hospital da Alemanha, desobedece as ordens da diretoria clínica ao optar operar um garoto sobrevivente de um massacre familiar no lugar do prefeito da cidade. Como resultado, o prefeito é operado por outro médico e acaba morrendo, e o menino que ele cuidou sobreviveu. A decisão acaba com sua vida, visto que sua desobediência resulta na destruição de qualquer chance que tinha de crescer como profissional, pois Tenma começa a sofrer boicotes e perde status. 

Anos mais tarde, a vida do médico mais uma vez torna-se um caos; ele descobre que o garoto que salvou pode ter sido o causador do massacre de sua própria família. Desaparecido e perigoso, Kenzo Tenma sente-se responsável pelos atos do garoto, Johan, que salvou em troco de sua própria carreira e começa uma jornada para tentar encontrá-lo antes que a existência dele seja causadora de mais mortes.

A premiada obra é um thiller sensacional, cheia de suspense, drama, reviravoltas e ação. Junot Días, escritor renomado e consagrado, disse após ter lido “Monster” que “Naoki Urasawa é um tesouro nacional do Japão”. A obra, também serializada pela Big Comic Spirits e compilada em 18 volumes, ganhou adaptação para televisão com um anime de 74 episódios pelo estúdio Madhouse, quantidade significativa de episódios para um anime denso e pesado, ainda mais na época em que fora lançado.

Seguindo adiante, terminamos “Happy!”, e iniciamos agora outra grandiosa e aclamada obra: Naoki Urasawa começa a publicar pela Big Comic Spirits o mangá 20th Century Boys (1999 – 2006), finalizado em 22 volumes com mais um epílogo de dois volumes intitulado “21st Century Boys. Começando a ser lançado em plena virada do século, Naoki Urasawa explora temas como o fim do mundo, o bug do milênio e a expectativa pelo que se esperar do novo século para montar um novo e ainda mais complexo e aberto thriller.


Dividida em três grandes arcos, "20th Century Boys”é um mangá que o leitor nunca seria capaz de imaginar onde pararia. Imagine um grupo de crianças de um bairro em pleno anos 80 do Japão; é comum visualizá-los divertindo-se ao ar livre, com típicas brincadeiras da época, correndo de um lado para o outro e com muita, mas muita, imaginação. Agora imagine que, anos mais tarde, uma destas crianças, por algum motivo até então desconhecido, tenta destruir o mundo utilizando de planos e brincadeiras arquitetadas pela mente do jovem grupo.

Encontramo-nos então com o protagonista Kenji Endou, um simples rapaz que mora com a mãe e cuida da sobrinha e de uma pequena loja de conveniências. Kenji era, durante a sua infância, o líder da molecada do bairro. Corajoso, destemido e protetor, agora Kenji é só um bom amigo de um grupo que se espalhou pela cidade e pelo mundo, porém tudo começa a mudar quando uma figura misteriosa e enigmática, chamada O Amigo, aparece como líder de uma nova seita religiosa que prega o ano 2000 como o fim do mundo. A curiosidade é que todas as pregações do homem mascarado se baseiam nas brincadeiras do grupo de Kenji durante sua infância, e agora caberia a eles parar estas profecias, que cada vez mais se tornavam realidade.
A premiada obra termina sua publicação em 2006, com o epílogo "21st Century Boys" que se alonga até 2007, fechando algumas poucas pontas soltas e completando o entendimento geral do enredo. Aclamada pela crítica dentro e fora do Japão a obra teve publicação em mais de vinte países, dando a Naoki Urasawa a considerável quantia de mais de cem milhões de cópias vendidas de suas obras no decorrer dos anos até então. Esse título recebeu adaptação em live-action, dividida numa trilogia de filmes, com cada qual esboçando um dos grandes arcos da série.

Recuando um pouco na progressão de tempo, algum tempo após a finalização de Monster, Naoki Urasawa inicia em seu lugar a obra "Pluto" (2003 – 2009) que tem, além de toda a criatividade e engenhosidade das tramas do autor, mais um ponto de destaque: "Pluto" se trata da adaptação de uma das histórias mais famosas do mangá "Astro Boy", precisamente o arco que leva o nome “O Maior Robô da Terra” - ele é de autoria do tão famoso “Deus do Mangá” Osamu Tezuka. A obra de Naoki Urasawa, que também é uma homenagem ao ídolo, adapta a história e o mundo tecnológico criada por Osamu Tezuka nos olhos do Mestre do Suspense Japonês; o mangá conta a história de Gesicht, um famoso detetive robô que tenta capturar um provável robô serial-killer, que anda assassinando humanos e robôs poderosos do mundo todo. Na adaptação, Naoki faz questão de incorporar o personagem Astro, de Tezuka, em sua personificação chamada Atom.

Cada uma das obras de Naoki Urasawa, após a sua libertação, merece uma review própria e bem mais embasada e minuciosa, dada a riqueza de detalhes que o autor traz em todas elas. Até então, não é possível adentrar tanto em cada uma de suas obras neste quadro; por fim, mas não menos importante, entre algumas obras mais recentes do autor, encontramos: "Billy Bat(2008 – Ainda lançando), que conta a história de um autor japonês chamado Kevin Yamagata em 1949, famoso por lançar um famoso cartoon no ocidente chamado Billy Bat. Quando descobre que ele inconscientemente criou seu personagem a partir de uma imagem já existente, Kevin volta para o Japão para tentar descobrir de onde surgiu seu desenho. Em minha opinião, esta é a história mais mirabolante e multifacetada que já vi Naoki Urasawa fazer, ela vai e volta para tantos pontos da trama que muitas vezes preciso parar e revisar o que li para compreender onde a peça do quebra-cabeças se encaixa. Como é uma obra ainda em lançamento, sou um dos leitores que aguarda ansiosamente para o fechamento da mesma.

E temos, por fim, uma de suas últimas publicações recentes, "Master Keaton Remaster" (2012 – 2014), que revisita sua obra feita em parceria com Hokusei Katsushika. Em entrevista, o autor confessa que ele queria revisitar tal título porque, na época de seu lançamento, eles tinham muito pouco tempo e liberdade para trabalharem nele como desejavam.


É claro que, muito além destas que foram citadas, Naoki Urasawa já produziu diversos trabalhos menores e interligados com suas maiores obras, como são "Jigoro!(1994), tratando-se de um spin-off de "Yawara!"; "Another Monster: The Investigative Report"(2002), que trata "Monster" do ponto de vista de um repórter investigativo; "20 Seiki Shounen: Ujiko Ujio Sakuhinshuu"(2009), como um spin-off, de "20th Century Boys"; e algumas outras não tratadas por aqui.

Finalizada essa breve análise por cima das obras do Autor, voltamos ao próprio: Naoki Urasawa é um homem simples, que ama Rock e Blues, sendo um grande fã de Bob Dylan e John Lennon, tendo até feito muitas referências a astros do rock no correr de seus mangás. Em "20th Century Boys" o autor até mesmo criou uma canção para o protagonista, ao qual deu a composição da letra e os arranjos musicais para dar vida à música em nosso mundo. Em entrevistas dadas, ele diz que, após a fase de criação dos quadros e cenas, seu ateliê de trabalho vive ao som de Bob Dylan.

Com cinco assistentes, Naoki brinca, tendo feições relaxadas no rosto mesmo com os prazos fatais se aproximando mais de uma vez no mês. “A regra básica de serviço aqui é dizer algo engraçado, pra aliviar a tensão”, diz o autor nas suas entrevistas. E quando volta a tratar-se de suas obras, ele explica o que considera uma boa face desenhada: “Este personagem acaba de encarar a morte de alguém importante pra ele. Mas se você vê a cara dele, você não sabe se ele está com raiva, se está sofrendo, se quer chorar, se ainda está em choque. Gosto de rostos assim, porque as pessoas não são  simples”, diz o Naoki Urasawa, ao que completa dizendo que expressões simples e fáceis de se entender não refletem a realidade humana.



A lista de premiações de Naoki Urasawa não é pequena:
  • 1982– Prêmio de Novo Mangaká da Shogakukan Manga Award (com Return)
  • 1989– Prêmio de Melhor Mangá da Shogakukan Manga Award, categoria Geral (com Yawara!)[
  • 1997– Prêmio por Excelência  da Japan Media Arts Festival (com Monster)
  • 1999– Prêmio de Melhor Mangá da Osamu Tezuka Cultural Prize, categoria Geral (com Monster)
  • 2000– Prêmio de Melhor Mangá da Shogakukan Manga Award, categoria Geral (com Monster)
  • 2001– Prêmio de Melhor Mangá da Kodansha Manga Award, categoria Geral (com 20th Century Boys)[12]
  • 2002– Prêmio por Excelência  da Japan Media Arts Festival (com 20th Century Boys)
  • 2002– Prêmio de Melhor Mangá da Kodansha Manga Award, categoria Geral (com 20th Century Boys)
  • 2004– Prêmio de Melhor Série da Angoulême International Comics Festival (com 20th Century Boys)
  • 2005– Prêmio de Melhor Mangá da Osamu Tezuka Cultural Prize, categoria Geral (com Pluto)
  • 2005– Prêmio por Excelência  da Japan Media Arts Festival (com Pluto)
  • 2008– Prêmio de Melhor Mangá da Japan Cartoonists Association Award, categoria Geral (com 20th Century Boys e 21st Century Boys)
  • 2008– Prêmio de Melhor Quadrinho da Seiun Award (com 20th Century Boys e 21st Century Boys)
  • 2010– Prêmio de Melhor Quadrinho da Seiun Award (com Pluto)
  • 2011– Prêmio de Melhor Edição Internacional, categoria Asiática do  Eisner Award (com 20th Century Boys)
  • 2011– Prêmio de Intergerações do Angoulême International Comics Festival (com Pluto)
  • 2012– Prêmio da Association des Critiques et des journalistes de Bande Dessinée, Prix Asie-ACBD (com Pluto)
  • 2013– Prêmio de Melhor Edição Internacional, categoria Asiática do  Eisner Award(com 20th Century Boys)

E assim chega ao fim a segunda edição do Atrás das Cortinas. Para vocês que ainda não me conhecem pela minha barriga verde no blog, Naoki Urasawa é, e provavelmente sempre será, um dos meus maiores ídolos no que diz respeito de cultura pop japonesa. Sou um grande amante de sua arte e de cada um de seus trabalhos, e devo continuar indicando-a para todos que de repente tem uma vontade de conhecer obras mais profundas, densas e bem arquitetadas.

Um grande abraço, e até a próxima.












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Resenha: Mad Love Chase (mangá)

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Shoujo sempre foi um tipo de mangá que muita gente torce o nariz por conta da estética que possui, o que não significa que todo shoujo seja ruim. Infelizmente, nunca tive interesse em ter um mangá destes e os que me deu vontade ("KareKano" e "Card Captor Sakura)", tava na época sem grana ou o período de publicação havia terminado. Portanto, mesmo não tendo o mesmo potencial dos shoujos mais consagrados, me arrisquei a colecionar o “Mad Love Chase” e não me arrependo com a compra.

E o que fez esta redatora a colecioná-lo e gostar? Apenas leiam a análise e vão entender...

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Alternativo: Harlem Beat Wa Yoake made
Número de Volumes:5
Editora:Kadokawa Shoten (Japão) / Panini (Brasil)
Gênero: Aventura / Comédia / Fantasia / Escolar


Por Escritora Otaku

Dê graças que ao menos a Panini tem lançado shoujos, sejam de curta ou longa duração, porque dizer que shoujo não vende não justifica os motivos que a grande maioria do público brasileiro optar mais pelos shounens. Muitos não entendem qual é a graça de ler tais obras, mesmo com muitos sites de animes e mangás escrevendo sobre esta demografia, dando exemplos famosos ou desconhecidos; o preconceito ainda existe e como mangás são mais lidos pela ala masculina do que a feminina, isto se torna um assunto a ser pensado com mais atenção.

Passado o momento de indignação, a análise é sobre um desses mangás curtos que a editora tem costume de lançar, que não possui anime pra representar, mas, tem seu charme e seu lugar ao sol. O que chama atenção é que o volume um tem a história fechada, ou seja, se não gostou não precisa continuar com o mangá em si. Caso tenha se identificado com a trama de “Mad Love Chase”, a história continua nos volumes seguintes até seu derradeiro final.

Seguiremos com a análise e com o depoimento da redatora sobre como foi colecionar este mangá curto...


Enredo
“Mad Love Chase” conta a história de Yamato Kujo, um jovem rapaz que leva sua vida de maneira livre, leve e solta; sua personalidade avoada e jovial escondem sua real identidade: a do príncipe dos demônios, Kaito. O próprio fugiu do Makai e veio para o mundo humano – Japão pra sermos exatos –, onde tenta seguir uma vida normal ao lado da Enfermeira Haga, uma mulher bem farta de seios grandes, séria e que na verdade é a mascote de estimação de Kaito, a Rebun que tem forma de uma gata.

Pra trazer de volta o príncipe fujão, o pai de Kaito envia três demônios para o mundo humano: o vampiro galanteador Souya; o morto-vivo forte e gentil Taiki e o lobisomem pavio-curto Touma que tem de procurar por Kaito. A única coisa que pode servir pra identificar o príncipe é uma tatuagem tribal que possui nas costas, que Yamato tem de esconder pra não descobrirem a sua identidade. E juntando com as confusões e perseguições, a história prossegue sem perder o bom humor...

A principal característica deste mangá é a comédia e as confusões relacionadas a identidade do Yamato, que está nem aí pra voltar ao Makai. E aliado as atrapalhadas do trio e de outros personagens isso dão toque no mangá, que segue o contexto até o seu final.


Contexto, Traço e personagens
Como manda o figurino, “Mad Love Chase” possui um traço bem detalhista típico dos shoujos, cortesia de sua mangaká, a Kazusa Takashima. O interessante é que foi o primeiro shoujo da mangaká e em seus posfácios (representada sob a forma de uma cadelinha com rosto humano) ela retrata suas dificuldades e alegrias em desenvolver o mangá em si. Estes posfácios são bem engraçados e explicam melhor certos pontos existentes da trama.

Os personagens da história são bem clichês, então, não espere por nada e tampouco por romances açucarados: o ponto central é a comédia e trapalhadas de Yamato e companhia, passando por raros momentos de impacto. E por ser um mangá de curta duração, o elenco de personagens é pequeno e coerente ao contexto abordado, seja nos momentos cômicos – que tem aos montes –, como nos momentos que entrelaçam a trama principal.

Se for pra destacar um personagem em “Mad Love Chase” seria o próprio protagonista, o Yamato, que ao mesmo tempo que tenta ter uma vida tranquila, tem de esconder sua origem real. O típico personagem de dupla identidade, com um visual humano sem grandes atrativos – ele é baixinho, avoado, atrapalhado e muito entusiasmado – totalmente o oposto de sua real forma – alto, forte e de semblante sério – que mesmo sendo óbvio consegue convencer a quem acompanha suas desventuras.


Aspectos do mangá e a edição brasileira
O mangá teve início nas páginas da revista Asuka ("Trinity Blood", "D.N.Angel", "X") da Kadokawa Shoten (“Chrno Crusade”; “Sora no Otoshimono”, “Karin” entre outros) durante os anos de 2002 a 2008, totalizando cinco volumes encadernados. Durante o período que foi publicado, a série teve apenas um Drama CD, trazendo a narrativa do mangá em vozes – similar as rádios novelas no Brasil - e eventos pra promover a obra.

No Brasil, o mangá foi lançado de forma bimestral durante os anos de 2012 e 2013, com distribuição setorizada. Em aspectos técnicos, o mangá segue o padrão dos títulos da Panini, com uma excelente tradução, posfácios da mangaká e glossário com termos usados; cada volume custa em torno de R$ 10,90, preço que era padrão dos mangás da editora. Sobre o título usado, “Mad Love Chase” é o subtítulo da obra e o nome ocidental por onde foi publicado, pois dizer “Harlem Beat Wa Yoakemade” é deveras complicado. A tradução do título original é “Ritmo do Harlem até o Amanhecer”, ou seja, ainda bem que ficou como “Mad Love Chase” por aqui.


Depoimento pessoal sobre o mangá
Como havia dito lá no meu comentário pessoal, nunca tive a oportunidade de colecionar mangás shoujos e já tinha visto a sinopse desse pela net. Quando o mangá deu as caras, decidi dar uma chance e o primeiro volume é uma história fechada – na verdade, esta era a intenção da própria editora japonesa -, e no fim acabei achando legalzinho e bem engraçado. Acontece que como eram apenas cinco volumes e minhas excursões com mangás da Panini (“Chrno Crusade”, “Witchblade”, “Slayers” e atualmente “Psychic Detective Yakumo”) foram satisfatórias, tomei coragem e colecionei - e como nunca havia colecionado shoujos, mesmo não sendo grande coisa, me apaixonei com as atrapalhadas do Yamato e companhia.

Claro que como estamos falando de distribuição setorizada, houve atrasos em torno dos volumes três ao final – caso bem similar quando colecionei “Chrno Crusade” –, e todas as edições vieram nas bancas da cidade onde compro. Ao menos, dá pra confiar mais nos checklists da Panini do que os da JBC no Espírito Santo. Se soubessem a raiva que passei por causa do “Magi”, que acabei desistindo de colecionar... Melhor nem comentar.


Considerações finais
“Mad Love Chase” pode não ser um grande shoujo como certos títulos que conhecemos por aí, porém cumpre a proposta e me diverti em seus cinco volumes. A vantagem de mangás de curta duração é ter a coleção completa mais rapidamente que mangás mais longos, que possuem a possibilidade de serem cancelados a qualquer momento pelo desinteresse das editoras em mantê-los.

Se for dos que curtem shoujos cômicos e personagens clichês agradáveis de acompanhar, este mangá segue a ótica sem ser cansativo. Quem sabe acabe se identificando com o Yamato e companhia, como foi no meu caso?



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Sorteio: Concorra a dois jogos no Animecote!

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Igual ao que já foi feito no natal do ano passado e no aniversário de 3 anos do Animecote, eis mais um sorteio de jogos que podem ser acrescentados na sua biblioteca do Steam. Dessa vez estou trazendo apenas dois prêmios e não três, mas será que isso significa que no aniversário de 4 anos do blog haverão sorteios de ainda mais jogos, será?

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Entre ninjas e garotas neko, repito que os dois jogos em questão só poderão ser ativados e jogados através da plataforma Steam; logo, antes de tudo, será necessário ter uma conta por lá. Confira como participar do sorteio:


1 - Como já mencionado, é necessário ter uma conta na plataforma Steam.

2 - Curta a página do Animecote no Facebook (obrigatório).

Para a escolha dos vencedores será usado o site Gleam, que gerencia eventos desse tipo e disponibiliza diversos critérios para se participar deles. Logo abaixo, nas citações dos jogos, haverá uma janela para se inscrever em seus respectivos sorteios.

3 - Em cada janela haverá um aviso pedindo para logar com sua conta do Facebook, a fim de poder visualizar os critérios de participação.

4 - Fazendo isso, surgirão dois critérios para participar. O primeiro, obrigatório, será "Participe usando sua conta no Steam", que já lhe garantirá a entrada no sorteio caso você logue na sua conta através do link na página. Após fazer isso, aparecerá como alternativa para adquirir uma segunda entrada a opção de curtir o perfil do Animecote no Twitter. 

5 - Depois de realizar pelo menos as duas ações obrigatórias, pronto, resta somente esperar pelo resultado do sorteio!



Por fim, algumas observações:

- O sorteio será refeito caso o ganhador não esteja mais curtindo o Animecote no Facebook ou no Twitter, isso se ele tiver realizado essa ação alternativa na hora de se inscrever.

- As inscrições se encerrarão dia 23 de dezembro, às 22:00 horas, com o sorteio sendo feito logo em seguida no site GleamApós isso entrarei em contato com cada vencedor, via Steam (meu perfil é Dard Drak) e e-mail, e estes terão até 72 horas para me responder de volta, sendo que os que não fizerem isso serão desclassificados também.

- No dia 24 ou 25 de dezembro publicarei um post aqui no Animecote anunciando os vencedores, e quaisquer mudanças a serem feitas quanto ao sorteio serão relatadas nele.

- Só para não haver confusão, será sorteada apenas UMA cópia de cada jogo, e todos podem participar dos dois sorteios simultaneamente, não precisando escolher só um para entrar. Também não há restrições para os vencedores dos últimos sorteios realizados pelo blog.

- E um detalhe importante quanto a ativação dos jogos: Somente moradores da América Latina poderão participar dos sorteios, devido a restrições de região impostas pelo Steam. 


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Conheça agora os jogos a serem sorteados:


1) Naruto Shippuden: Ultimate Ninja STORM Revolution

Clique aqui para visitar a página do jogo no Steam e ler a seu respeito. Já para participar do sorteio siga as instruções da janela abaixo:

Sorteio do jogo NARUTO SHIPPUDEN: Ultimate Ninja STORM Revolution



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2) NEKOPARA Vol. 1
Clique aqui para visitar a página do jogo no Steam e ler a seu respeito. Já para participar do sorteio siga as instruções da janela abaixo:

Caso as janelas demorem a carregar tente se inscrever mais tarde.



E é isso, boa sorte! Qualquer dúvida é só deixar um comentário.


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Meus perfis:

Sobre Músicas e Animes 52: Melhores de 2015

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Yo! Está no ar mais uma edição do podcast Sobre Músicas e Animes, o melhor podcast de 2015 (também)! Nessa edição estiveram presentes Eu, Evilasio Junior, do Yopinando, o Carlírio Neto, do blog Netoin, o Erick, do Animecote, a "Natália" (Natthr), do Elfen Lied Brasil, o Ian, do Shoujismo e o Luklucas do Chuva de Nanquim.

O tema dessa edição são os Melhores temas musicais de 2015 (que não foram citadas em nenhuma edição anterior), o já clássico tema de fim de ano. E novamente tivemos mais um excelente cast com muitas risadas e boas músicas. Vale destacar que a parte de considerações finais ficou um pouco grande, mas ha também outras indicações de músicas durante a mesma. Enfim, junte-se a nós em mais essa divertidíssima edição e visitem o My Anime List do Luk e escrevam "Boku no Pico" na caixa de mensagens dele.

Não deixem de votar também no tema da edição de janeiro até o dia 3 de janeiro.




Duração: 01:34:32

Podcast:Download Alta Qualidade (64.9 MB) | Download Média Qualidade (43.4 MB)

Feed de Podcasts do Yopinando:http://feeds.rapidfeeds.com/45097/ | Clique aqui para ver os podcasts do Yopinando no Itunes.


Blogs participantes desta edição:

Músicas na Abertura:
  • “We Wish You A Merry Christmas Japanese Version” 

BGM’s:
  • Álbum Christmas For You!, The Idolmaster 
  • Álbum Christmas Love Letter, Park Ki Young 
  • Single Cheese "Pizza", Judy And Marry 
  • Single Christmas List, Ayaka Hirahara 

Músicas indicadas neste podcast:
  • "Mikazuki", Ranpo Kitan: Game of Lapalace 
  • "Miraikei Answer", Ore Monogatari 
  • "Sugar Song to Bitter Step", Kekkai Sensen 
  • "Hotel Alien", Peeping Life TV Season 1?? 
  • "Stay With Me", Dog Days'' 
  • "Seven Deadly Sins", Nanatsu no Taizai 
  • "Kishi Koushinkyoku", Sidonia no Kishi 


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Cliquem aqui para ouvir a playlist no youtube

Outras indicações desse podcast:

  • "Kyokugen Dreamer", Yoru no Yatterman 
  • "Chanto Iwanakya Ai Sanai", Lupin III (2015) 
  • "Hello, shooting-star", Assassination Classroom 
  • "Hello, world!", Kekkai Sensen 
  • "&Z", Aldnoah.Zero Second Season 
  • "&Z -English ver.-" Aldnoah.Zero Second Season 
  • "GENESIS", Aldnoah.Zero Second Season 
  • "Harmonious", Aldnoah.Zero Second Season 
  • "heavenly blue", Aldnoah.Zero Second Season 
  • "Seishun wa Hanabi no You ni", Shingeki! Kyojin Chugakkou 
  • "One Light", Arslan Senki 
  • "Insight", Gatchaman Crowds Insight 
  • "Kyōran Hey Kids!!", Noragami Aragoto 
  • "Kuchiduke Diamond", Yamada-kun to 7-nin no Majo 
  • "Tsuki no Bakugekiki", The Rolling Girls 
  • "DREAM SOLISTER", Hibike! Euphonium 
  • "Speed to Masatsu", Ranpo Kitan: Game of Lapalace 
  • "Clattanoia", Overlord 
  • "Hajimete Girls!", Wakaba Girl 
  • "Saikosoku Fall in Love", Monster Musume 
  • "Kakushinteki Metamorphose!", Himouto! Umaruchan 
  • "talking", Subete ga F ni Naru 
  • "Hoshi Yori Saki ni Mitsukete Ageru", One-Punch Man 
  • "Shiawase no Ari ka", Ore Monogatari 
  • "Spice", Shokugeki no Souma 
  • "Orphans no Namida", Mobile Suit Gundam: Iron-Blooded Orphans 
  • "No Limit" , Dog Days'' 
  • "The hero", One-Punch Man 
  • “Chouzetsu Dynamic”, Dragon Ball Super 
  • “Ouka Ranman”, Kyoukai no Rinne 
  • “Kimero!!”, Daiya no Ace Second Season 
  • "Raise your flag", Mobile Suit Gundam: Iron-Blooded Orphans 
  • "Waiting for the rain", Gakusen Toshi Asterisk 
  • OST deTokyo Ghoul √A 
  • Banda BRADIO

    Especial: Temporada de Inverno 2016

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    Nunca antes deixei tanto anime para adicionar após a publicação do guia em comparação com os que já estão adicionados desde o início, porém prometo fazer horas extras nos próximos dias como compensação!

    ...

    Mas só de imaginar que ainda tenho 3 light novels para ler, ah não...



    Deixemos isso de lado, e vamos falar dessa temporada de inverno que, olha só, até que está muito decente - bem, os mais pessimistas dirão que isso é impressão por culpa do quão frustrantes foram, sei lá, todas as quatro temporadas de 2015, mas okay. Entre as estreias temos as sempre presentes continuações, como a persistência de um grupo de alunos tentando assassinar seu bizarro professor para salvar a Terra, um príncipe aprofundando sua relação com uma farmacêutica, seres de um mundo fantástico mantendo contato com o Japão e criando nisso conflitos políticos e a "extravagante", para não dizer perigosa, rotina de Ikebukuro com seus eventos sobrenaturais e frenéticos - há ainda novos contos de terror, a sétima série de TV (sétima!) daquelas garotas membros de um clube de tênis que na realidade não veem uma raquete há no mínimo três temporadas, e, vá entender o porquê, mais três meses de tipos sanguíneos antropomorfizados fazendo piadinhas sem graça. Do outro lado da ponte vislumbramos não continuações, mas projetos de profissionais, franquias e estúdios famosos que às vezes jogam para primeiro plano aquilo que geralmente nem daríamos bola, tais como Kyoto Animation e sua nova animação que traz a sinopse mais genérica das genéricas em light novels, P.A. Works e um clube prestes a fechar cujos membros parecem brincar de detetives, e Madhouse e seu bando de rapazes integrantes de um clube que é reaberto (os alunos não se importam mais com clubes no Japão, é isso?) e no qual seu tema é a prática de um esporte que exige grande preparo físico - desculpa esfarrapada para apresentar lindos rapazes ofegantes e suados. De resto, o criador de "Code Geass" retorna com um anime que não promete ser melhor que "Code Geass", e a franquia "Macross" volta à vida com um projeto que parece mais dedicado em divulgar singles, álbuns e idols novatas do que contar uma boa história com mechas - ah, sim, aqui também terá rapazes bishounen para atrair o público feminino, para vocês verem o quão eles estão por dentro das tendências atuais.


    Em relação a novidades, novidades mesmo, talvez as mais absurdas sejam a de quatro bustos feitos de gesso formando um grupo de idols (São Jorge, Hermes, Ares e Médici, celebridades de peso!) e a de uma polícia que viaja mundo afora para combater... Restaurantes picaretas que ofereçam comida japonesa ilegítima ou de baixa qualidade, algo que de fato é um crime inafiançável! Falando em comida, conheçam o maravilhoso mundo dos doces japoneses de baixo custo tendo como guia uma garota exótica e louquinha, ou então acompanhem o às vezes engraçado e meigo, às vezes nonsense e meio pervertido, relacionamento entre um senhor gordinho que adora marshmallows e sua colega de trabalho que gosta dele, porém expressa isso com ações não muito sensatas. Garota mágica que usa trajes de banho quando se transforma, e outra que tem de trabalhar como idol enquanto enfrenta monstros bizarros são alguns dos temas mais otakus, ao passo que a história sobre 3 garotas e 9 rapazes viajando em uma embarcação misteriosa deverá ser outro anime a atrair a atenção da ala feminina. Por fim, o drama de um jovem que descobre ser imortal e é caçado por várias pessoas por diferentes motivos, além da missão de um rapaz que viaja no tempo para impedir que no futuro ocorra um crime do qual ele será acusado injustamente, serão talvez as apostas mais seguras da temporada - temporada essa que realmente promete ser melhor que as anteriores, mesmo que não seja preciso lá muito esforço para alcançar isso...

    *****

    São por enquanto 26 estreias, porém esse número aumentará, no mínimo, para 41. A razão disso é que há mais 15 animações já confirmadas que preferi ir adicionando aos poucos nos próximos dias, para que o post não atrasasse. Na tabela do Neregate tem listada quase todas elas, mas segue abaixo a relação dos títulos faltantes:

    Ooyasan wa Shishunki! (adicionado)


    Como de praxe, a cartela do Neregate ainda tem à disposição, para quem quiser, os anúncios de OVAs, Movies, Specials e OADs que virão nos próximos meses. Já para séries de TV e ONAs, continuarei com comentários pessoais meus em boa parte dos animes, principalmente naqueles cuja obra original eu pude conhecer um pouco - nessa temporada deverei chegar a 12 títulos lidos considerando os que ainda adicionarei, quantidade razoável para uma temporada de inverno.  Certamente um anime que estou aguardando muito agora poderá ser uma droga, ou um que só menosprezei poderá se mostrar muito bom (e às vezes eu também acerto, vai!); mas enfim, são apenas especulações, de acordo com a visão que tive do material original ou da equipe envolvida na produção.

    *****

    Como esse post está sendo feito com certa antecedência, muitos dados novos surgirão ou terão de ser corrigidos; desse modo, manterei logo a frente uma relação das atualizações realizadas aqui. A propósito, todos os animes possuem em seu título um link que o leva às suas respectivas páginas no MyAnimeList.

    Concluindo, as datas de estreia se referem ao dia exato da primeira exibição do anime (excluindo pré-estreias), não importando o horário. Ex: em alguns sites colocam que anime X estreará dia 6 de janeiro, sendo que sua estreia será à 1:00 da manhã já do dia 7; mas aqui a data estará como dia 7 de janeiro mesmo.

    PS: Comentários são bem-vindos; ou, para ser exato, eu quero que comentem! Claro, só estou sendo um pouco exagerado, mas feedbacks para algo que levou semanas para ser montado (e que nem chegou ao fim ainda) é, assim, um ótimo "pagamento", que me motiva a continuar com essa postagem em temporadas futuras. Não se preocupe com o tamanho ou conteúdo do comentário, somente deixar seu suporte, crítica ou sugestão já me será o suficiente.

    PS (2): Dê o seu voto: No final do post há uma enquete perguntando quais animes você pretende ver nessa temporada, apenas para ver qual é a predileção do público do Animecote. O resultado será divulgado no início de janeiro. 

    PS (3): PARTICIPE DO SORTEIO DE NATAL DO ANIMECOTE E CONCORRA A DOIS JOGOS! Para isso basta curtir nossa página no Facebook e possuir uma conta na plataforma Steam. Veja o post sobre o sorteio clicando aqui. As inscrições ficarão abertas até o dia 23 de dezembro!

    Esses serão os jogos sorteados:

    Naruto Shippuden: Ultimate Ninja STORM Revolution

    NEKOPARA Vol. 1


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    Como colocar o link direto da imagem causava lentidão no carregamento do post e problemas na hora de realizar atualizações, clique aqui para ser direcionado à página do site Neregate, onde pode visualizar ou baixar a cartela nos formatos JPEG e PNG.


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    Atualizações:

    15/12: Corrigidos alguns erros de formatação e digitação.
    14/12: Adicionado o anime "Ooyasan wa Shinshuki!".
    14/12: Adicionadas novas informações no texto do anime "Ansatsu Kyoushitsu (TV) 2nd Season". 
    14/12: Revisão de todos os textos e links em andamento.



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    Active Raid: Kidou Kyoushuushitsu Dai Hakkei
    Formato: TV 
    Data de estreia: 07/01
    Estúdio: Production IMS
    Diretor: Goro Taniguchi ("Code Geass: Hangyaku no Lelouch", "Gun x Sword", "Infinte Ryvius", "Junketsu no Maria", "Planetes")
    Gênero: Ação / Sci-fi
    Tema: Policial
    De onde saiu: Animação original.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui

    A ser dirigido por Goro Taniguchi durante duas temporadas em separado, profissional que ganhou fama por ter participado de diversas animações com elementos sci-fi e mechas, das quais podem ver algumas nas informações acima (se bem que seu último trabalho, "Junketsu no Maria", fugiu um pouco de seu estilo habitual), a respeito de "Active Raid" foi dito pouco sobre sua ambientação: nesse caso, a trama se passa em uma região de Tóquio de grande perigo vigiada pela Unidade 8 da 3ª Divisão de Assalto Móvel da 5ª Divisão de Segurança Pública Especial, ou popularmente conhecida como "O Oitavo", que usa as armaduras exoesqueletos "Willwear" para combater o aumento do crime. Nela, Asami Kazari se apresenta com a suposta tarefa de avaliar o estado da unidade e reporta-la para seus superiores, porém seu objetivo real é reabilitar esse grupo desleixado e corrupto. Acabou a introdução, segue em frente.

    Agentes usando armaduras para combater o crime, um elenco inchado de garotas com visual moe e, o que deverá ser um dos maiores "atributos" desse anime, uma personagem chamada Liko que é uma garota virtual empregada que pode ser instalada em qualquer smartphone ou computador, sem esquecer ainda a frase "Tchau, tchau, bom senso!" destacada em sua página oficial; claro que é só especulação, entretanto não creio que temas tão recorrentes em outros trabalhos de Taniguchi como política e conflitos sociais terão grande significância aqui, dando espaço para uma descompromissada obra policial sci-fi com possíveis pitadas de comédia e argumentos bem mais modestos do que sua sinopse sugere. E nem vejo isso lá como ponto negativo, pois Taniguchi já mostrou por várias vezes saber montar atraentes e empolgantes sequências de ação.

    Oitavo anime a ser comandado pelo Production IMS e com animação em CG (não muito boa no trailer, mas é de se esperar já que o Production IMS produz animes com orçamentos bastante baixos) a cargo do estúdio Orange ("Rokka no Yuusha", "Rail Wars!", "Zankyou no Terror"), "Active Raid" terá, junto a Goro Taniguchi como diretor chefe, Noriaki Akitaya ("Joukamachi no Dandelion") de diretor assistente, Naruhisa Arakawa ("Kingdom", "Outbreak Company") na supervisão de roteiros, Kotaro Nakagawa ("Code Geass", "Prison School, "Gosick") na trilha sonora e Asako Nishida ("Denpa Onna to Seishun Otoko", "Love Live! School Idol Project") na adaptação do "character design" originalmente criado por Shun Saeki, o artista por trás do mangá "Shoukugeki no Souma" e também autor de várias obras hentai.


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    Ajin
    Formato: TV 
    Data de estreia: 16/01
    Estúdio: Polygon Pictures
    Diretor: Hiroyuki Seshita ("Sidonia no Kishi: Daikyuu Wakusei Seneki")
    Gênero: Ação / Horror / Suspense
    De onde saiu: Mangá, 7 volumes, em andamento.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui

    Documentados pela primeira vez há 17 anos durante um conflito na África, "Ajin" é o nome dado a seres humanos que são imortais - porém, fora o fato de não poderem morrer, eles se parecem e vivem como pessoas normais e por conta disso são difíceis de serem identificados. Totalmente dedicado aos estudos para poder no futuro se tornar um médico, o adolescente Kei Nagai acaba em certa tarde sendo atropelado por um caminhão ao sair da escola; o rapaz morre na hora, contudo retorna à vida instantes depois como se nada tivesse acontecido, descobrindo desse modo que ele próprio é também um Ajin, o terceiro a ser encontrado no Japão. Alvo de grande interesse da mídia e perseguido pelo governo, agora resta a Nagai fugir e se esconder enquanto, com o passar dos dias, lhes são revelados vários segredos em torno dos humanos imortais.

    Baseado em um mangá seinen publicado desde 2012 na revista "good! Afternoon" ("Witch Craft Works", "Billionaire Girl"), "Ajin" será seu anime violento da temporada, e ainda todo feito em CGI pela Polygon Pictures ("Sidonia no Kishi", "Sanzoku no Musume Ronja") para variar, estúdio esse que é especializado em tal técnica de animação - muitos fãs tem chiado quanto a isso após a divulgação dos trailers, o que é compreensível considerando as limitações técnicas para uma série de TV de baixo orçamento e a perda de qualidade em comparação com os traços detalhados da obra original. Aliás, Polygon também lançará uma trilogia de filmes que recapitulará o que será visto na televisão; o primeiro estreou nos cinemas no último dia 27, ao passo que o segundo está programado para o mês de maio e o terceiro, ainda não tem previsão de lançamento.

    Pude ler três volumes do mangá antes da publicação desse guia, mas confesso que não tenho muito de relevante a falar dele; após um primeiro volume que me soou artificial demais e monótono devido ao modo como alguns personagens se comportavam e a maneira que ocorriam certos acontecimentos (a explicação sobre os Ajins, o raciocínio e reação das pessoas diante de um, a série de eventos posteriores a isso e etc), admito que da metade do segundo volume em diante fui fisgado pelos desdobramentos quanto ao crescente drama de Nagai e as diversas explicações e descobertas em relação aos Ajin, havendo nisso vários conflitos de interesses em seu redor - ah, claro, as muito bem desenhadas e explícitas sequências de ação também ajudaram nisso, sem dúvida, a maioria com humanos sendo massacrados por esses seres imortais, porém já teve inclusive uma cena onde dois deles acabaram se enfrentando como podem ver pelas imagens (para evitar exagero nos spoils prefiro não explicar melhor o que seriam exatamente essas, digamos assim, "múmias" em destaque numa delas). Honestamente, na maior parte do tempo senti que estava antes lendo não uma obra de demografia seinen, mas sim de shounen por conta da sua simplicidade nos diálogos e narração, e só em raros momentos, quando por exemplo surgiam comentários mais profundos a respeito do que são os Ajin e o tratamento dado a eles pela sociedade, ou então nas horas em que Nagai refletia sobre a angústia de aos poucos estar deixando de ser alguém "normal" (praticamente um Ken Kaneki de "Tokyo Ghoul", apesar de terem personalidades bem opostas em alguns pontos), é que o mangá mostrou maior maturidade. Ponto negativo? De forma alguma: com um protagonista metódico disposto a não perder a sanidade em meio a essa nova e conturbada fase de sua vida, um amigo do mesmo que fará de tudo para protegê-lo e grupos e organizações que possuem visões e objetivos opostos para com os Ajin, o mangá pode não ter a complexidade prevista para a sua demografia (e claro que isso não é regra, eu apenas queria deixar essa questão esclarecida), estando mais nela por culpa da violência crua, entretanto isso não diminui sua qualidade como história de ação e suspense. Diverte, emociona um pouco que seja nos devidos momentos, instiga o interesse do leitor com suas reviravoltas e ao liberar em pedaços novas informações a respeito dos Ajin; enfim, faz jus a expectativa que está havendo em cima do anime. 

    Já tendo sido declarado que a série de TV pretende apresentar detalhes inéditos sobre o mundo em que a história se passa, e previsto ainda para ser disponibilizada no Netflix por inteiro na metade do ano (fizeram o mesmo com "Sidonia no Kishi"), entre a equipe de produção de "Ajin", junto a Hiroyuki Seshita no comando de sua segunda série de TV, temos também Hiroaki Ando de diretor assistente, Yuugo Kanno ("Psycho-Pass", "Jojo's Bizarre Adventure: Stardust Crusaders") na trilha sonora e Yuki Moriyama ("Sidonia no Kishi") no "character design"

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    Akagami no Shirayuki-hime 2nd Season
    Formato: TV 
    Data de estreia: 12/01
    Estúdio: Bones
    Diretor: Masahiro Ando ("Hanasaku Iroha", "Zetsuen no Tempest")
    Gênero: Drama / Fantasia / Romance
    Tema: Histórico
    De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um mangá com atuais 14 volumes.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui

    Segunda temporada de "Akagami no Shirayuki-hime", anime cujo mangá, hoje com 14 volumes, é publicado desde 2006 na revista shoujo Lala DX ("Natsume Yuunjichou"). Narrando a história de amor entre um príncipe e uma farmacêutica que trabalha em seu castelo, a animação continuará na direção de Masahiro Ando e com produção do estúdio BONES; não foi detalhado ainda o restante da equipe, mas, como trata-se de um anime na qual a primeira temporada foi exibida há poucos meses, não deverá haver grandes mudanças nisso.


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    Ansatsu Kyoushitsu (TV) 2nd Season
    Formato: TV
    Data de estreia: 08/01
    Estúdio: Lerche
    Diretor: Seiji Kishi ("Angel Beats!", "Hamatora", "Jinrui wa Suitai Shimashita", "Seto no Hanayome", "Yuuki Yuuna wa Yuusha de Aru")
    Gênero: Ação / Comédia
    Tema: Escolar
    De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um mangá com atuais 16 volumes.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui

    Segunda temporada de "Ansatsu Kyoushitsu (TV)", anime cujo mangá, hoje com 16 volumes, é publicado desde 2012 na revista shounen Weekly Shounen Jump ("One Piece", "Haikyuu!!", "Shokugeki no Souma") - sendo que desses, 9 já foram lançados aqui no Brasil pela editora Panini. A equipe principal segue a mesma, com o estúdio Lerche ("Gakkou Gurashi!", "Monster Musume no Iru Nichijou") na produção do anime, Seiji Kishi ("Angel Beats!", "Yuuki Yuuna wa Yuusha de Aru") na direção, Makoto Uezu ("Akame ga Kill", "D-Frag!") na supervisão de roteiros, Naoki Satou ("Eureka Seven", "Blood-C", "Moyashimon") na trilha sonora e Kazuaki Morita ("Persona 4 The Animation", "Seto no Hanayome") no "character design". Já está definido que essa continuação será composta por 25 episódios.

    A propósito, em março do ano passado estreou um filme em live-action do mangá (clique aqui para ver um trailer), enquanto que no mesmo mês também teve o lançamento de um jogo para Nintendo 3DS - no qual seu objetivo, claro, é tentar assassinar o Koro-sensei; clique aqui para ver um vídeo de alguém jogando as primeiras fases. Para 2016 está previsto um segundo filme em live-action, que estreará no Japão durante a estação de primavera, e um novo jogo para Nintendo 3DS em março.


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    Boku dake ga Inai Machi
    Formato: TV 
    Data de estreia: 08/01
    Estúdio: A-1 Pictures
    Diretor: Tomohiko Ito ("Gin no Saji", "Seikimatsu Occult Gakuin", "Sword Art Online")
    Gênero: Drama / Suspense
    De onde saiu: Mangá, 6 volumes, em andamento.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui

    Aos 28 anos a carreira de mangaká de Satoru Fujinuma não se encontra em boa situação, pois, enquanto recebe seguidas rejeições e críticas sobre o quão seus manuscritos não parecem ter uma identidade própria ou não são bons o suficiente para serem publicados, ele se vê dependente de um emprego como entregador de pizza para poder se sustentar. Todavia, sua rotina está longe de ser tão ordinária quanto parece: por algum motivo, Fujinuma possui uma habilidade sobrenatural que o força a voltar no tempo para evitar mortes e catástrofes, sendo sempre enviado para momentos antes do incidente ocorrer e obrigado a repetir esse loop temporal até que consiga impedir a tragédia. Tal anomalia gera algumas dores de cabeça em sua vida, mas em contrapartida ele já conseguiu salvar várias pessoas graças a ela.

    Porém, em certo dia Fujinuma é envolvido em um caso de assassinato no qual é visto como o principal suspeito; querendo salvar a vítima, ele tenta voltar alguns momentos no tempo, contudo acaba retornando 18 anos no passado, se tornando agora, mais uma vez, um estudante do ensino fundamental. Fujinuma logo percebe que a data para a qual ele voltou é um mês antes do desaparecimento de sua colega de classe Kayo Hinazuki, e dessa forma decide prevenir que isso ocorra uma vez que esse evento parece ter ligação com o que viria lhe acontecer anos depois.

    Baseado em um mangá seinen publicado na Young Ace ("Blood Lad", "Isuca") desde 2012, "Boku dake ga Inai Machi" é o mangá / light novel que mais li para o guia dessa temporada; foram 5 volumes consumidos em poucos dias, mas, apesar disso, o texto sobre ele será bem enxuto. O motivo é que enquanto com obras mais focadas na comédia, ação, ecchi e etc não tem muito problema em eu ficar postando imagens e dando spoil de acontecimentos diversos, desse mangá, pelo contrário, quanto menos se souber a seu respeito será melhor para não prejudicar a experiência com o anime - a sinopse mesmo já engloba quase um volume inteiro devido à lenta introdução de cenário e construção de caracterização do protagonista no início, mas logo abaixo só comentarei superficialmente o que já deve ser esperado desse argumento.

    Uma coisa é ficar preso em um loop temporal de poucos minutos até que salve a vida de alguém, e outra, muito mais arriscada e complexa, é retornar vários anos no passado para evitar um acontecimento que mudará drasticamente o futuro: totalmente óbvio, mas é claro que a intervenção de Fujinuma não sairá da maneira que ele espera - será uma bagunça de fatos se sobrepondo, na realidade. Seja não repetindo uma única ação que na sua ausência será benéfica para alguém, mas que terminará não sendo nada boa para outra pessoa, ou seja modificando uma sequência de atos que no final, apesar de parecer que mudará algo, na realidade apenas no máximo retardará um pouco a fatídica tragédia, Fujinuma logo descobre o quão delicado é manipular e reparar uma grande cadeia de eventos com tantas pessoas e pormenores envolvidos, principalmente estando no corpo de uma criança no ano de 1988, cujas limitações físicas e sociais enfraquecem a vantagem de ainda possuir a consciência de um adulto de 28 anos. Adulto esse, aliás, que no ano de 2006 não passa de um mangaká desiludido trabalhando em um subemprego para viver; tendo se tornado um antissocial que desconfia dos outros e que não ostenta uma relação muito amistosa com sua mãe, o que mais me chamou a atenção em "Boku dake ga Inai Machi" foi o alto teor psicológico da trama, onde um sujeito amargurado com a vida, ao revisitar e reviver eventos de sua infância, tem a chance de analisar e alterar os fatos que o tornaram na pessoa que é hoje. A mãe mais jovem e ainda agradável de se conversar antes que o elo entre os dois se deteriorasse, seu grupo de amigos quase já esquecido, o adulto que lhe serviu de companhia quando se encontrava isolado, e, chave central nesse problema, a colega de classe com a qual Fujinuma mal conversava em sua "primeira vida", mas que agora terá de criar e forçar algum contato de maior intimidade para conhecê-la melhor e tentar salva-la... Tudo começou com a ideia de voltar uns poucos minutos que fossem no passado para prevenir um assassinato, porém o que se vê aqui é um protagonista numa viagem de autoconhecimento enquanto se vê diante de algo muito maior do que ele imaginava que seria. Erros serão repetidos e falhas serão constantes, segredos desagradáveis virão à tona, novos momentos de felicidade e tristeza serão criados, e sabe-se lá até que ponto, por quanto tempo, será necessário intervir no passado: mesmo que seja de se questionar os inevitáveis paradoxos temporais em certos trechos, tenho achado o mangá de "Boku dake ga Inai Machi" bastante equilibrado e coeso em relação ao drama de Fujinuma e o suspense com diversos desdobramentos em torno do desaparecimento de Hinazuki e suas consequências. Chega, mangá é bom, já foi inclusive indicado a premiações como o "Tezuka Osamu Cultural Prize" em 2014 e o "Manga Taishou" em 2014 e 2015 e ponto final, se eu esmiuçar um mínimo além disso estarei dando uma de chato.

    A ser produzido por A-1 Pictures e dirigido pelo mediano Tomohiko Itou, o anime contará também com o bom Taku Kishimoto ("Usagi Drop", "Haikyuu!!") na supervisão de roteiros, Yuki Kajiura ("Fate/Zero", "Noir", "Sword Art Online") na trilha sonora e Kaeigo Sasaki ("Ao no Exorcist", "Nanatsu no Taizai") no "character design".

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    Dagashi Kashi
    Formato: TV
    Data de estreia: 07/01
    Estúdio: feel.
    Diretor: Shigehito Takayanagi ("Kami Nomi zo Shiru Sekai", "Kanameno", "Tokyo ESP")
    Gênero: Comédia / Slice-of-Life
    De onde saiu: Mangá, 3 volumes, em andamento.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui

    Um jovem que não deseja herdar o negócio de família, uma garota "um pouco" maluquinha e muitos, muitos doces.

    O pai de Shikada Kokonotsu deseja que seu filho seja o orgulhoso nono herdeiro de uma respeitável... Loja minúscula de doces baratos, conhecidos como "dagashi", localizada numa região rural do Japão, porém o rapaz se recusa totalmente a seguir tais planos uma vez que sonha em se tornar mangaká - contudo, em breve seu pai ganha uma nova "aliada" nisso chamada Shidare Hotaru, garota de bela aparência, mas de comportamento um tanto excêntrico, cuja família é dona da "Shidare Company", uma grande e famosa produtora de doces no país. Fazendo um acordo no qual o pai de Kokonotsu, pessoa prestigiada no ramo, terá de trabalhar na empresa deles caso consiga convencer seu filho a herdar o negócio de família, já que ele mesmo afirma que só aceitaria a oferta se isso acontecesse, Hotaru passará agora a frequentar (e tumultuar) a pequena loja de doces para apresentar ao garoto as maravilhas desse mundo de guloseimas de baixo custo, mas em pouco tempo percebe que não será tão fácil e rápido fazê-lo mudar de ideia quanto imaginava.

    Apesar de ser publicado na revista shounen "Weekly Shounen Sunday" ("Hayate no Gotoku!", "Magi","Denpa Kyoushi") há somente um ano e meio, "Dagashi Kashi" e seus curtos capítulos de em média 10 páginas cada já obteve elogiável popularidade graças, em grande parte, a essa garota de cabelos roxos e unhas pintadas na imagem acima, que engloba vários atributos de considerável apelo aos otakus numa só personagem - admito ter me surpreendido com o número de fanarts e doujins que achei dela pela internet, numa quantidade normalmente existente apenas para obras que já receberam suas versões animadas (visto que isso aumenta e muito a visibilidade delas). Claro, estou citando esse lado não tão "honrado" do mundo otaku mais como informação extra para tentar explicar um dos motivos de o mangá ser tão popular, contudo eu não teria lido todos os capítulos traduzidos por ora se não tivesse me atraído também o bom e (inusitado) educativo humor em volta dela e dos demais personagens.

    Os pequenos capítulos de "Dagashi Kashi" seguem uma fórmula que por ora continuam atraentes, porém questiono por quanto mais tempo o mangá conseguirá seguir nesse ritmo e, em especial, se a repetição não ficará menos aturável no anime. Basicamente, a cada capítulo, com raras exceções que fogem do padrão, vemos Hotaru apresentar a Kokonotsu algum "dagashi" qualquer e começar a discuti-lo de forma apaixonada seja a respeito do melhor modo de comê-lo, suas (para ela) inúmeras e admiráveis características ou então sobre curiosidades diversas - a palavra "dagashi" se refere a doces de baixo custo que possam ser comprados pelas crianças com o pouco dinheiro que recebem dos pais, geralmente não acima de 50 ienes; até uma ou duas décadas atrás haviam em todo canto lojas dedicadas a esses produtos (chamadas "dagashiya") onde eles compartilhavam espaço com brinquedos de igual valor e inclusive ofereciam, no caso de alguns, a chance de a pessoa ganhar outro doce caso viesse algum palitinho ou embalagem premiada, mas o aumento da soma de dinheiro recebido pelas crianças (que acabam preferindo comprar guloseimas mais caras em outros lugares) e a ininterrupta queda na taxa de natalidade do país tem feito muitos desses comércios fecharem as portas. E é de se esperar que a situação esteja ainda pior para uma lojinha perdida numa cidadezinha sem nenhum atrativo turístico, o que justifica o nosso protagonista masculino em se mostrar tão teimoso no assunto e querer se tornar um mangaká de obras shoujo - e até que ele desenha e escreve bem segundo as minuciosas opiniões de seu intrometido pai, que também chegou a tentar usar da mesma ferramenta para fazer o filho mudar de ideia, em vão. Nisso, entram os """planos""", com várias aspas mesmo, de Hotaru para convencê-lo do contrário, dos quais podemos resumi-los como várias ideias distorcidas, ações incoerentes e explanações delirantes em relação a vários doces, e é de se elogiar como ela permanece tão confiante e imponente mesmo após vê-los falhar...

    Descubra os "segredos" por trás do "Morocco Fruit Yogul", um doce parecido com iogurte que, para compreender melhor a razão de haver um elefante como mascote e Marrocos no nome, impeliu Hotaru a viajar para o país africano (gente rica é outra coisa...) com o intuito de desvendar suas influências, entretanto no fim foi Kokonotsu quem lhe trouxe à tona a maior revelação; entenda, nas palavras dessa mesma garota, a razão de o barato e singelo "Kinako Bou" (um doce de palitinho que se esfarela facilmente) ser tão adorado mesmo não possuindo mascote ou embalagens coloridas de apelo visual, confiando unicamente na força de seu sabor, e durante o andar do capítulo Hotaru mostrará "técnicas" questionáveis de como degusta-lo propriamente e Kokonotsu terá um embaraçoso momento disso gravado em sua mente; veja Hotaru, de novo, divagando sobre por que na hora de comprar um "Butamen" (simulacro de lámen) as crianças preferem não arriscar muito na escolha dos sabores, visto que se trata de um dagashi de preço elevado, custando "altos" 70 ienes - se bem que não precisava para isso desligar o ar condicionado da loja, em pleno verão, para criar um ambiente "propício" à degustação desse alimento, creio eu. Pai e filho conversando enquanto repartem alguns cigarros... de chocolate; "Bontan Ame" e sua embalagem feita de papel de arroz que pode ser consumida junto com a bala; o charme de "Fue Ramune" e dagashi semelhantes que podem ser usados como brinquedos, no caso desse um apito; Hotaru ficando incompreensivelmente bêbada apos tomar "Namaiki Beer", um pozinho que ao ser dissolvido em água simula o sabor de uma cerveja; a experiência de comer bolinhas coloridas de chocolate enquanto se lê adivinhações com o "Puchi Puchi Uranai Chocco", algo que o torna um favorito entre as garotas; a chance que o dagashi em forma de macarrão "Yatta! Men" lhe dá em ganhar "dinheiro" para comprar qualquer outro doce; o pai de Kokonotsu contando uma história nada factível para retratar a origem da bebida "Ramune", que segundo ele causou a abertura do Japão ao ocidente no século XIX; e, claro, nesse endeusamento a tudo que é doce não faltaria aquele que todos vocês devem ter presenciado ao menos uma vez em qualquer anime, o famoso Umai Bou, e aqui Hotaru salienta e enfatiza sua genialidade em tornar capaz de experimentar em simultâneo sabores de alimentos que seriam incompatíveis de provar juntos, como pizza e nattou, por exemplo (não, obrigado). 

    Ufa! Chega, né? Em dois volumes que eu li esse foi o material predominante, uma série de narrações e comentários parciais a respeito de dagashi, do qual o próprio autor, Kotoyama, se mostra tão fã que constantemente faz recomendações e tece elogios de lojas reais e produtos. Como deve ter ficado evidente a Hotaru rouba de fato a cena na maior parte do tempo devido a sua empolgação inesgotável por dagashi, realizando nesse processo as mais diferentes e cômicas expressões, como podem ver nessa colagem com várias imagens; fora isso, temos um Kokonotsu desempenhando muito bem o papel de tsukkomi ao replicar as loucuras dela e de seu pai (outra figura que tem a cara de pau em falar asneiras com profunda seriedade), a amiga de infância do protagonista que, coitada, não parece ter esperança alguma num futuro próximo em conseguir ganhar a atenção do rapaz, e seguidos momentos de duplo sentido entre os dois personagens principais, já que Kokonotsu se interessou por ela à primeira vista e essa, frequentemente, o confunde com frases e ações dúbias que sempre no final ele percebe (dolorosamente) serem voltadas a mais dagashi - e Hotaru está longe de pensar em outro assunto a não ser nisso, valendo por fim ressaltar que mesmo tendo potencial e aberturas para tal, os momentos de fanservice em cima dessa garota são tão (ao meu ver) insignificantes e esparsos que nem merecem ser destacados com imagens. É pura comédia, puro slice-of-life no interior do Japão sem evolução no argumento apresentado na premissa, pura fonte de sabedoria sobre uma ínfima parte da cultura japonesa que temos a oportunidade em conhecer melhor. Digo-lhes que me simpatizei com o mangá, mas admito que já estou ficando meio cansado desse seu estilo, e imagino se o estúdio feel., que vem numa sequência de quatro séries de TV com episódios curtos, não fará o mesmo aqui com essa fórmula um tanto engessada - mas acho ser mais provável mesmo produzirem episódios de tamanho normal por conta da propaganda em cima dele e do quão o mangá é popular, o que em contrapartida fará o anime correr o risco de ficar repetitivo e monótono em pouco tempo caso não saibam unir bem suas várias historinhas.

    Com a queridinha Ayana Taketatsu (Kirino em "Ore no Imouto", Azusa em "K-ON!") dublando Hotaru, "Dagashi Kashi" terá S
    higehito Takayanagi na direção, nome um tanto contestado devido às suas adaptações de obras vindas de mangás - sendo a última o fraquíssimo "Tokyo ESP" -, e ele, mais Yasuko Kamo, cuidarão da supervisão dos roteiros a serem criados por Michiko Yokote ("Genshiken", "Prison School", "xxxHOLIC"), Tatsuhiko Urahata ("GATE", "Boku wa Tomodachi ga Sukunai") e o próprio Yasuko. Kanetoshi Kamimoto ("Burst Angel", "Dakara Boku wa, H ga Dekinai.") fará o "character design", e agora dia 18 de dezembro será lançada uma versão em light novel do mangá, de volume único, com ilustrações do autor Kotoyama e história por Manta Aisora, criador da light novel "Haiyore! Nyaruko-san".

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    Divine Gate
    Formato: TV 
    Data de estreia: 08/01
    Estúdio: Studio Pierrot
    Diretor: Noriyuki Abe ("Arslan Senki", "Bleach", "Gakkou no Kaidan", "Great Teacher Onizuka", "Yuyu Hakusho")
    Gênero: Ação / Fantasia / Sci-fi
    De onde saiu: Jogo para dispositivos móveis.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui e aqui

    Lançado gratuitamente em 2013 para dispositivos móveis com sistemas iOS e Android, "Divine Gate" é um jogo de cartas, com elementos de RPG e puzzle, onde você atravessa tabuleiros repletos de monstros, armadilhas e tesouros para pode chegar a um portão do outro lado da tela e assim avançar à próxima fase. Criado pelas empresas Gung-Ho Online Entertainment e Acquire, em "Divine Gate" já passaram mais de mil personagens com visuais estilizados nesses dois anos, e com frequência há eventos especiais que adicionam temporariamente elencos de outros jogos, mangás e animes populares, tais como "Fate/stay night", "Fairy Tail", "Steins;Gate", "Danganronpa", "Nisekoi", "Shingeki no Kyojin", "Date A Live" e "Mahou Shoujo Madoka Magica", e por aí vai - clique aqui, aqui e aqui para assistir alguns vídeos de pessoas o jogando, no qual em certos momentos poderão flagrar alguns personagens dessas obras.

    Claro que não veremos esses crossovers no anime, que, aliás, teve divulgado até o momento somente uma sinopse vaga e cheia de firulas. Segue sua tradução na íntegra:

    Quando o Portão Divino é aberto, o mundo dos vivos, dos céus e o submundo acabam se conectando, dando início a uma era de caos onde os desejos e conflitos se cruzam. A fim de restaurar a ordem, é criado o Conselho Mundial, e conforme a paz é recuperada o Portão Divino vai se tornando uma lenda urbana.

    Nesse mundo, garotos e garotas considerados aptos pelo Conselho Mundial são reunidos. Eles almejam alcançar o portão por objetivos pessoais, visto que aquele que for capaz de chegar até ele poderá refazer o mundo.

    O que há além do portão? Quando eles o alcançarem, o mundo mudará? Será o passado que sofrerá mudanças, ou será o futuro?

    E é isso.

    Uma espécie de survival game com visual estilizado, vindo de um jogo, e nenhum sinal de Seiji Kishi na direção? Pois é, isso é o que mais surpreende! Em seu lugar temos o ótimo Noriyuki Abe, profissional que pode ter comandado um bom número de animações elogiadas como as citadas acima, contudo isso não adianta muito se o roteiro que ele tiver em mãos para trabalhar for tão fino quanto uma folha de sulfite, e bem sabemos como adaptações de jogos são amaldiçoadas nesse assunto. Caberá a Natsuko Takahashi ("Moyashimon", "Yuyushiki", "Ore Monogatari!!") essa tarefa, ao passo que Takumi Ozawa ("Hidan no Aria") cuidará da trilha sonora e Ichiro Uno ("Soredemo Sekai wa Utsukushii") do "character design". Além disso, é de se destacar o elenco de dubladores, um dos mais "estelares" da temporada, com nomes como Hiroyuki Yoshino, Ayana Taketatsu, Kanae Itou, Sora Amamiya, Yuuichi Nakamura, Ami Koshimizu, Asumi Kana e KENN.


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    Durarara!!x2 Ketsu
    Formato: TV 
    Data de estreia: 09/01
    Estúdio: Studio Shuka
    Diretor: Takahiro Omori ("Baccano!", "Kuragehime", "Natsume Yuunjichou")
    Gênero: Ação / Suspense
    Tema: Sobrenatural
    De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de uma light novel finalizada com 13 volumes.
    Site oficial: Clique aqui

    Quarta temporada de "Durarara!!", anime de 2010 do estúdio Brains Base que narra a conturbada rotina do distrito de Ikebukuro, em Tóquio, onde ocorrem diversos eventos sobrenaturais e conflitos entre gangues. Baseado em uma light novel encerrada em janeiro de 2014 com 13 volumes escrita por Ryohgo Narita - autor que teve outra excelente obra sua, "Baccano!", também adaptada pelo Brains Base em 2007 -, "Durarara!!x2 Ketsu" é a última parte da trilogia que está sendo produzida pelo Shuka, estúdio recém fundado por um produtor do anime de 2010 responsável pelos projetos do diretor Takahiro Omori, que segue no comando da franquia. A primeira, "Durarara!!x2 Shou", teve seu espaço durante a temporada de inverno desse ano, enquanto que a segunda, "Durarara!!x2 Ten", foi exibida na temporada de verão.

    Junto a Takahiro Omori todo o restante da equipe segue em frente, com 
    Noboru Takagi ("Sankarea", "Tonari no Kaibutsu-kun") na supervisão de roteiros, Yoshimori Makoto ("Natsume Yuunjichou", "Baccano!") na trilha sonora e Kishida Takahiro ("Haikyuu!!") no "character design". 


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    Ganbare! Lulu Lolo 3rd Season
    Formato: TV 
    Data de estreia: 21/01
    Estúdio: Fanworks
    Diretor: Yuuji Omoto
    Gênero: Comédia / Slice-of-Life
    De onde saiu: Continuação do anime de 2014, vindo de um livro infantil.
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    Trailer: Clique aqui

    Terceira temporada de "Ganbare! Lulu Lolo", anime de 2013 baseado em um livro infantil que narra a vida de dois irmãos ursos trabalhadores, o de cor laranja Lulu e o de cor amarela Lolo. Esse mesmo livro também rendeu um curta-metragem em 2010.

    A produção segue nas mãos do estúdio Fanworks ("Eikoku Ikke, Nihon o Taberu", "Medamayaki no kimi Itsu Tsubusu?"), e com Yuuji Omoto na direção.


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    Gate: Jieitai Kanochi nite, Kaku Tatakaeri - Enryuu-hen
    Formato: TV
    Data de estreia: 09/01
    Estúdio: A-1 Pictures
    Diretor: Takahiko Kyogoku ("Love Live! School Idol Project")
    Gênero: Ação / Aventura / Fantasia
    Tema: Militar
    De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de uma novel com atuais 10 volumes.
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    Segunda temporada de "Gate: Jieitai Kanochi nite, Kaku Tatakaeri", anime que tem como base uma novel publicada pela internet por um ex-militar desde 2006 e que possui, hoje, 5 volumes principais e outros 5 com histórias paralelas - há ainda uma adaptação em light novel, de conteúdo mais ameno, com atuais 16 volumes lançados a partir de 2010 (cada volume do original está sendo dividido em dois nesse formato), além de uma versão em mangá que já rendeu 7 volumes desde 2011. 

    Por ser um anime que apenas teve seus episódios separados em duas partes, com a primeira temporada tendo sido exibida há poucos meses, a equipe principal segue a mesma, havendo o estúdio A-1 Pictures na produção, Takahiko Kyogoku de diretor, Tatsuhiko Urahata ("Kuroshitsuji", "Monster") na supervisão de roteiros, Yoshiaki Fujisawa ("Uchouten Kazoku", "Love Live! School Idol Project") na trilha sonora e Jun Nakai ("Gin no Saji") no "character design.


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    Haruchika: Haruta to Chika wa Seishun Suru
    Formato: TV 
    Estúdio: P.A. Works
    Diretor: Masakazu Hashimoto ("Soul Eater Not!", "Tari Tari")
    Gênero: Romance / Slice-of-Life / Suspense
    Tema: Escolar / Música
    De onde saiu: Novel, 5 volumes, em andamento.
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    Trailer: Clique aqui e aqui

    Haruta Kamijou e Chika Homura são dois amigos de infância e integrantes do clube de instrumentos de sopro de sua escola, que está prestes a fechar por falta de membros. Gastando a maior parte do tempo praticando enquanto tentam recrutar novos colegas, em certo dia um incidente ocorre nos limites da escola, e os dois se juntarão para resolver esse caso.

    Décima terceira série de TV do estúdio P.A. Works, sendo a sexta que não se trata de produção original, "Haruchika" é baseado em uma novel que de 2008 até 2012 teve 4 volumes publicados - e após três anos parada teve um quinto livro lançado há poucos meses. Mesclando tramas de suspense com tema musical e o típico argumento inicial "clube prestes a fechar por ter pouca gente, vamos procurar novos membros o quanto antes", não consegui achar nada a respeito das novels a não ser suas respectivas capas, porém o que tem chamado atenção maior mesmo pra cima do anime é a descrição vaga sobre a situação amorosa dos protagonistas no site oficial, junto a comentários de quem diz conhecer a obra original, que indicam haver aqui um triângulo amoroso com personagem homossexual no meio.

    Explicando: no site do anime, entre breves descrições de boa parte do elenco como a do professor de 26 anos conselheiro do clube que já foi maestro, ex membros que agora estão em clubes diferentes, outros que sonham em se tornar profissionais no ramo da música e alunos mais velhos que chegaram a participar do "Fumonkan", que seria aqui uma grande competição de instrumentos musicais de sopro, nos pequenos textos tanto de Chika (tocadora de flauta que almeja chegar ao Fumonkan também, para variar), quanto de Haruta (tocador de trompa) há menções quanto a eles estarem preocupados em relação a um triângulo amoroso que se encontram envolvidos. Tudo bem, isso seria de se esperar (ou não, pois em animes do P.A. Works é mais comum ver quadrados, pentágonos ou hexágonos amorosos!), contudo comentários de leitores da novel afirmam que o terceiro elemento nisso seria o professor citado acima, do qual os dois amigos de infância estariam interessados. Apesar disso, além de soar uma paixonite entre alunos e professor que não parece ser correspondida, também é dito por boa parte desses mesmos leitores que esse detalhe quanto a opção sexual de Haruta sequer chega a ser algo de grande importância na trama do anime como um todo, afirmando inclusive que o foco mesmo da obra é no suspense e, em segundo lugar, a música. Especulações, boatos, diz-que-me-diz; não ponho minha mão no fogo para essas declarações, mas de todo modo temos aqui mais um slice-of-life juvenil visualmente atraente do P.A. Works.

    Com Masakazu Hashimoto de diretor, profissional que em 2012 comandou "Tari Tari", animação original do próprio estúdio P.A. Works que tinha a música como um de seus temas, "Haruchika" terá ainda a ótima Reiko Yoshida ("Bakuman.", "K-ON!', "Kaleido Star", "Yowamushi Pedal") na supervisão de roteiros, Shiroh Hamaguchi ("Tari Tari", "Shirobako", "Galilei Donna") na trilha sonora e Asako Nishida ("Love Live! School Idol Project", "Vampire Knight") no "character design".


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    Ketsuekigata-kun! 4
    Formato: TV (2 min. por episódio)
    Data de estreia: 11/01
    Estúdio: Assez Finaud Fabric / feel. / Zexcs
    Diretor: Yoshihisa Oyama
    Gênero: Comédia
    De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um mangá com atuais 5 volumes.
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    O anime mais sangrento da temporada (pare de usar essa piada, por favor!).

    Quarta temporada de "Ketsuekigata-kun!", anime curto que possui como protagonistas tipos sanguíneos antropomorfizados, nesse caso o A, B, AB e O. No Japão há um bom número de pessoas que acreditam que seu tipo de sangue revela sua personalidade, e o anime faz repetitivas piadas justamente em cima disso: o A é uma pessoa atenciosa e gentil, contudo indecisa; o O é trabalhador e romântico, porém de pavio-curto; o B é despreocupado e individualista, mas insensível; e o AB possui os bons traços de A e B, entretanto carrega uma personalidade difícil de ser compreendida.

    Curiosamente, quatro dubladores populares dão voz aos seus próprios tipos sanguíneos, sendo eles Fukuyama Jun (Lelouch de "Code Geass"), Yuuichi Nakamura (Tomoya de "Clannad"), Tetsuya Kakihara (Natsu de "Fairy Tail") e Akira Ishida (Gaara de "Naruto") - eles dublam A, B, AB e O, respectivamente, valendo ressaltar ainda que da segunda temporada em diante surgiram suas contrapartes femininas (também possuidoras de tipos sanguíneos compatíveis com seus personagens), que seriam Aoi Yuuki (A), Horie Yui (B) Mai Nakahara (AB) e Yuu Kobayashi (O). Permanecendo na produção o estúdio Zexcs ao lado do feel. e Assez Finaud Fabric, a direção continua com Yoshihisa Oyama, tendo novamente Kenichi Yamashita ("Jitsu wa Watashi wa") na supervisão de roteiros e Yoshihiro Hiramine no "character design".

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    Macross Δ
    Formato: TV 
    Estúdio: Satelight
    Diretor: Shoji Kawamori ("AKB0048", "Aquarion", "Macross F")
    Gênero: Ação / Romance / Sci-fi
    Tema: Mecha / Militar / Música
    De onde saiu: Continuação de "Macross F", animação original de 2008 integrante da franquia "Macross".
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    Quarta série de TV de "Macross", famosa franquia de mechas criada por Shoji Kawamori que teve início numa animação de 36 episódios em 1982 e que, desde então, gerou várias continuações e spin-offs em diversos formatos - as últimas produções foram a série "Macross F" em 2008 e seus dois filmes em 2009 e 2011, isso caso desconsideremos o horroroso "Macross FB7: Ore no Uta wo Kike!", longa que foi feito para (tirar dinheiro dos fãs) "comemorar" o 30º aniversário da franquia em 2012. Como curiosidade, essa será a primeira animação que Kawamori dirigirá em três anos, quando comandou a segunda temporada do anime de mechas e idols "AKB0048: Next Stage" no início de 2013.

    Se passando oito anos após os eventos de "Macross F", precisamente em 2067, sobre "Macross Δ" (lê-se "Macross Delta") Shoji Kawamori declarou que ele trará os elementos básicos da franquia: música, triângulo amoroso e Valkyries, que no universo de "Macross" são as populares naves capazes de se transformar em robôs gigantes. Nas últimas semanas tem ocorrido vários pequenos eventos onde a equipe de produção do anime revelou detalhes quanto aos novos modelos que aparecerão nessa série, bem como certos pormenores, tais como o fato de que aqui serão vistas batalhas entre Valkyries (isso nunca aconteceu em outras séries de TV, somente em dois OVAs); não julgo necessário citar todos aqui por considerar essas informações algo de interesse unicamente dos fãs mais entusiastas, logo a maior notícia que eu teria dos bastidores dessa animação é que, igual ao que foi feito para a personagem cantora Ranka Lee em "Macross F", onde realizaram audições para escolher uma novata que a dublasse - dando assim início à carreira de Megumi Nakajima -, em "Macross Delta" também organizaram audições para achar algum rostinho novo que fosse apto ao papel de heroína. Havendo mais de 8,000 candidatas, a jovem de poucos 18 anos Minori Suzuki se saiu vencedora, e ela dublará Freyja Wion, uma aspirante a idol que por ora é a única personagem do anime cujo nome foi revelado.

    Outro detalhe é que haverão mais quatro garotas cantoras que formarão o primeiro grupo musical feminino de "Macross", chamado "Tactical Sound Unit Walküre"isso em animações, pois já houve antes as "Milky Dolls" em um jogo para Playstation em 1997. Dessa forma chegamos a sinopse do anime, que na verdade se mostra apenas, por enquanto, o esboço de um argumento que deverá ser explicado melhor nas próximas semanas: é dito que essas meninas lutarão contra os "Var Sydrome", que estariam desgastando a galáxia, tendo ainda um grupo misterioso de belos rapazes combatentes do "Reino do Vento" intitulados "Aerial Knights Valkyrie". Ah, vale ressaltar também que diversas empresas, como a Bandai e a Max Factory, estão lançando juntas uma nova linha de modelos de plástico de aeronaves da franquia, das quais podem ver imagens de alguns nos links dessa página. Quanto a brinquedos isso é natural, mas, grupo feminino de idols e personagens bishounen com "character design" moe e genérico, além de um CG meia boca nos mechas? Seja bem-vindo a 2016, "Macross".

    No dia 31 de dezembro haverá um especial que divulgará mais informações sobre o anime e, talvez, chegará a exibir o primeiro episódio por inteiro - não tenho certeza, por isso ainda não inseri sua data de estreia lá em cima. A ser produzido pelo estúdio "Satelight", o diretor chefe Shoji Kawamori terá ao seu lado Kenji Yasuda ("Arata Kangatari", "Shugo Chara!") de diretor assistente, Toshizo Nemoto ("Log Horizon") na supervisão de roteiros, Majiro ("Barakamon") e Yuu Shindou ("Persona 4 The Golden Animation") no "character design" e Stanilas Brunet ("AKB0048", "Aquarion Evol") nos desenhos mecânicos.


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    Mahou Shoujo Nante Mou Ii Desukara.
    Formato: TV 
    Data de estreia: 12/01
    Estúdio: Pine Jam
    Diretor: Kazuhiro Yoneda ("Akatsuki no Yona")
    Gênero: Comédia / Ecchi / Slice-of-Life
    Tema: Mahou Shoujo
    De onde saiu: Mangá digital, sem divisão de volumes.
    Site oficial: Clique aqui

    Garota mágica que usa trajes de banho quando se transforma. Perfeito. 

    Certa tarde a jovem Yuzuka Hanami encontra uma estranha criatura vasculhando sacos de lixo, que por sua vez, ao perceber que alguém consegue enxerga-lo, passa a aborda-la perguntando se deseja tornar-se uma garota mágica, visto que ela seria ideal para esse papel. Após muita insistência desse ser suspeito chamado Miton, Yuzuka acaba cedendo aos seus pedidos e aceita usar um bracelete para liberar seus poderes, porém logo se arrepende ao ver que, ao se transformar numa garota mágica, sua roupa é substituída por um delicado traje de banho...

    Baseado em um mangá publicado no site da revista shounen "Comic Earth Star" ("Teekyuu", "Mangirl!", "Yama no Susume", "Pupa") desde março desse ano, "Mahou Shoujo Nante Mou Ii Desukara.", ou em tradução literal "Eu já tive o bastante quanto a ser uma garota mágica", possui somente 3 míseros capítulos traduzidos pela internet - começaram a trabalhar nele esse mês -, então não há praticamente nada que eu possa discorrer sobre ele. Composto por poucas 12 páginas, o capítulo inicial apresentou o que parece ser outra obra parodiando o subgênero mahou shoujo, já que logo de cara conhecemos uma criatura mágica duvidosa vasculhando sacos de lixo (a situação atual não está nada fácil para mascotes...), e depois abordando uma garotinha na rua quase como se estivesse vendendo algum produto ou serviço, salientando inclusive que as mahou shoujo de antigamente poderiam até enfrentar seres de outro mundo que ameaçavam a Terra e etc, mas que hoje nada mais disso existe e ela poderia aproveitar seus poderes tranquilamente sem precisar lutar com ninguém.Caindo na lábia de Miton após este fingir não estar mais interessado nela - e voltando sua atenção para os sacos de lixo! - ao vê-la indecisa, Yuzuka enfim forma um "contrato" com ele que causará, pelo que eu li dos capítulos 2 e 3 (esses ainda menores, 4 páginas cada) e de comentários dos seguintes, vários e leves momentos de fanservice - ao menos nas obras impressas que conheço da revista Comic Earth Star não há uso de teor ecchi mais abusivo, com exceção de no máximo duas delas, então não creio que o anime trará algo tão "polêmico" assim nessa questão. O seu conteúdo e comédia deverão ser consideravelmente otakus que nem é de praxe, também, nas publicações dessa revista; e por fim, no meio de tantas especulações, a que tem maiores chances de se concretizar é o fato de que teremos aqui uma animação de episódios curtos, pois o mangá digital possui apenas 17 capítulos lançados e, além disso, TODAS as adaptações de obras da Comic Earth Star só receberam animes nesse formato até hoje.

    A ser produzido pelo novato estúdio Pine Jam, "Mahou Shoujo Nante Mou Ii Desukara." terá Kazuhiro Yoneda dirigindo sua segunda série de TV (a primeira foi o ótimo "Akatsuki no Yona"), Kazuyuki Fudeyasu ("Yoru no Yatterman", "Miss Monochrome", "Ben-To", "Denkigai no Honya-san") na supervisão e criação de roteiros, - esse último ao lado de Momoko Murakami ("Million Doll") -, Masato Nakayama ("Kimi to Boku.", "Tonari no Kaibutsu-kun") na trilha sonora e Kazuaki Shimada no "character design".


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    Musaigen no Phantom World
    Formato: TV 
    Data de estreia: 07/01
    Estúdio: Kyoto Animation
    Diretor: Tatsuya Ishihara ("Chuunibyou Demo Koi ga Shitai!", "Clannad", "Hibike! Euphonium", "Kanon 2006", "Suzumiya Haruhi no Yuuutsu")
    Gênero: Ação / Fantasia
    Tema: Escolar / Sobrenatural
    De onde saiu: Light novel, 2 volumes, finalizada.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui e aqui

    A história se passa em um futuro próximo onde existem monstros que são chamados de "phantoms". O personagem principal, Haruhiko Ichijou, é um estudante do primeiro ano da Hosea Academy que tem como colegas a Mai Kawakami, garota que combate phantoms usando a habilidade "Spirit of Five Elements"; Reina Izuma, possuidora do "Phantom Eater"; e Koito Minase, que luta sozinha. Eles experimentam vários contratempos em suas vidas escolares até ocorrer certo incidente que os levará a conhecer a verdade por trás do mundo no qual vivem.


    Nova adaptação de uma novel / light novel lançada por ele próprio, o Kyoto Animation traz dessa vez "Musaigen no Phantom World", light novel que teve um volume publicado em 2013 e um segundo em outubro desse ano. Escrita por Souchirou Hatano e com ilustrações de Shirabi, ela recebeu uma menção honrosa na 4ª edição do "Kyoto Animation Award" de 2012, aquela premiação do estúdio que se tornou famosa por não premiar quase ninguém (como é?) em seis edições desde 2009 - com três categorias (novel, mangá e enredo), a única obra que sagrou-se vencedora em alguma delas foi "Violet Evergarden" na categoria novel em 2013 (e ela inclusive começará a ser publicada agora em dezembro), enquanto que em todas as outras ocasiões houveram no máximo menções honrosas, das quais cerca de um terço, ou seis trabalhos para ser preciso, acabaram sendo ou serão publicados pelo estúdio e, desses, 4 terminaram ganhando uma adaptação animada logo em seguida, como foi o caso de "Free!", "Chuunibyou demo Koi ga Shitai!", "Kyoukai no Kanata" e o próprio "Musaigen no Phantom World". Na edição desse ano não houveram sequer menções honrosas, o que poupou Kyoto de conceder premiações que chegam a 1 milhão de ienes, mas por outro lado ficarão por um bom tempo em posse dos direitos autorais dos trabalhos inscritos para poderem fazer o que bem entender com eles caso haja interesse...

    Enfim, que sinopse mais sem sal, não? Caso se encontrasse nas mãos de um Diomedea ou 8bit da vida quase ninguém estaria dando a mínima para essa estreia, porém o "Selo Kyoto Animation de Qualidade Técnica" está fazendo o pessoal aguardar por, pelo menos, um anime de tema sobrenatural com cenas de ação de encher os olhos - em um primeiro momento ele lembra bastante, para o bem ou para o mal (no meu caso seria o segundo...), o já citado "Kyoukai no Kanata", animação de 2013 que trouxe elementos de fantasia e poderes e que deu uma pausa na sequência de animes puramente slice-of-life do estúdio, que já vinha se seguindo há alguns anos. Saindo de uma fonte obscura sem tradução da qual não pude achar uma mínima ilustração de maior importância, tem-se no máximo as fichas do elenco no site oficial que também não trazem nada de informativo; além dos linkados no início do texto, há ainda de personagens relevantes a professora de 26 anos Arisu Himeno, a pequenina fada phantom Ruru, que cabe na palma da mão de uma pessoa, e a garotinha de dez anos Kurumi Kumamakura, que tem chamado atenção por conta dessas horríveis tranças jogadas na frente do seu rosto - como que ela consegue enxergar algo, como? E convenhamos que, se tratando de Kyoto adaptando qualquer obra, e principalmente obras pequenas publicadas por ela mesma, não adiantaria muito pesquisar o teor da light novel porque eles adicionam conteúdo inédito aos montes para compensar a carência de material, muitas vezes ocasionando em diferenças bem drásticas entre uma versão e outra; o bom diretor Tatsuya Ishihara e o supervisor de roteiros Fumihiko Shimo ("Amagi Brilliant Park", "Clannad", "Golden Time", "Air") são opostos quanto a isso, sendo o primeiro mais solto na criação (contudo seu último projeto, "Hibike! Euphonium", até que foi fiel a novel, apenas dando uma exagerada, beeela exagerada, na ambiguidade da relação entre as personagens principais para motivos de fanservice), e o segundo mais comedido e preso ao que está adaptando, todavia pesará contra o fato de que dois volumes da light novel não serão mesmo suficientes para um anime de possíveis 12 episódios. Pessoalmente, se não fossem as credenciais do estúdio sequer me daria ao trabalho de assistir o anime, mas ainda assim não espero ver aqui grande salvação e reviravolta quanto a insossa primeira impressão causada pelo argumento inicial.

    Encerrando, junto aos nomes mencionados acima, EFFY ficará a cargo da trilha sonora e Kazumi Ikeda ("Clannad", "Kanon 2006", "Chuunibyou demo Koi ga Shitai!") do "character design"

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    Norn9: Norn+Nonet
    Formato: TV 
    Data de estreia: 07/01
    Estúdio: Kinema Citrus
    Diretor: Takao Abo
    Gênero: Aventura / Fantasia / Romance
    De onde saiu: Jogo para PSP.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui

    Produzida em 2013 pela Otomate, divisão do estúdio Ideia Factory que é responsável em criar jogos voltados às mulheres, a visual novel de "Norn9: Norn+Nonet" possui 3 protagonistas femininas, cada qual com rotas para 3 rapazes diferentes - ou seja, 9 bonitões no total, que se encontram na imagem ao lado. No prólogo do jogo você, na visão do garoto Sora (calma, esse tem só 12 anos mas não faz parte dos personagens "pegáveis"), é guiado por uma música e acaba viajando no tempo, parando em um mundo estranho que se assemelha ao Japão da Era MeijiTaishou. Aqui conhecemos três garotas e nove rapazes que são tripulantes da peculiar Norn, uma gigante embarcação esférica e flutuante que os está levando para um certo lugar, e desse trecho em diante escolhemos uma das três personagens femininas para continuar a história do ponto de vista dela e assim desvendar o mistério por trás de alguns tripulantes e o objetivo dessa viagem.

    A alegre e burrinha Koharu e os garotos Senri Ichinose, Kakeru Yuiga e Masamune Tooya; a calma e orgulhosa Mikoto Kuga e o trio Natsuhiko AzumaSakuya Nijou e Itsuki Kagami; e a descendente de uma família de ninjas Nanami Shiranui com seus "selecionáveis" Akito Shukuri, Heishi Otomaru e Ron Muroboshi; essas são as garotas e os integrantes de suas respectivas rotas. Também em 2013 foi lançada uma versão em mangá da visual novel, que em volume único cobre a história na visão de Koharu seguindo a rota de Kakeru, e após lê-lo devo dizer que... Bem, eu não estarei a bordo da Norn durante a temporada de inverno, isso é certo. Se fosse só questão do quão corrido e mal resumido é o mangá (afinal, ele tenta "adaptar" do início ao fim sabe lá quantas horas da rota de um jogo), daria para relevar, mas a quantidade de spoils avançados que ele me deu já foi o suficiente para notar que, surpresa alguma, o importante aqui mesmo é o desfile de bonitos rostinhos masculinos, ao passo que a trama em si é cheia de furos e firulas.

    Não explanarei cada evento em detalhes, senão seria como se lhes contassem praticamente tudo que vá aparecer na série de TV, mas no mangá é explicado que os tripulantes da Norn são todos usuários de habilidades especiais; Koharu, por exemplo, é capaz de manipular o fogo, um poder de grande teor destrutivo que é exceção entre eles, como o de criar campos de força da Mikoto, o de apagar memórias da Nanami, o de visualizar o passado dos outros de Masamune, o de controlar a água do hikikomori Senri, o de telepatia de Heishi, o de manipular sonhos de Itsuki e por aí vai - o mocinho em evidência no mangá, Kakeru (que no anime será dublado pelo queridinho Yuuki Kaji), controla a natureza, se mostrando capaz de fazer flores desabrocharem e árvores crescerem do nada. E por que todos eles foram reunidos num só lugar? Obviamente, por razões desconhecidas, tais pessoas com poderes especiais surgem somente no Japão (...) e, como seria perigoso mantê-los em posse de um único país, a maioria desses jovens apenas têm noção de que estão sendo levados para o "The World", local controlado por várias nações que definirá o destino de cada um - é dito que eles serão divididos entre os países por questões de manter a paz mundial, mas dependendo da situação podem inclusive acabar se tornando inimigos daqueles que conheceram e fizeram amizade há pouco tempo, segundo informado por alguns personagens. Porém, como uma viagem sem contratempos seria monótona, a embarcação sofre misteriosos ataques, aos poucos se percebe que alguns tripulantes ali sabem mais do que contam, surge desconfiança entre eles quanto a quem ali seria um traidor e, oh, o objetivo de todos em seu destino é algo muito mais obscuro e grandioso do que se esperava - e estúpido e ridículo, para ser franco, mas fecharei a boca (dedos?) para não ir além com os spoils. Quanto a Koharu, há um habitual drama pessoal e passado triste que envolve o quão ela foi discriminada, e assim isolada, por temerem seu poder, e dessa forma a garota tenta escondê-lo dos companheiros de viagem (poucos ali têm suas habilidades reveladas aos demais) enquanto sua relação com Kakeru vai se aprofundando, já que ela acaba se identificando com ele devido a sua personalidade e o fato de também estar escondendo algo de seu passado que não deseja que os outros descubram. Como mencionei antes, nem posso criticar tanto a evolução da trama que vi no mangá uma vez que ela é tão pessimamente contada, chegando a ser cômico os diálogos, o modo como o casal desenvolve seus sentimentos e a maneira que os eventos e revelações se desenrolam praticamente se atropelando, todavia o cenário e argumentos apresentados me soaram tão vagos, afetados e nada convincentes que em nenhum momento deixou de parecer somente um pretexto mal feito de romance para juntar um bando de homens bonitos de arquétipos diversos com algumas garotas. Pra piorar, a história do mangá chega a um "happy end" e traz uma resolução "mágica" e morna para os personagens, porém se encerra com vários buracos no roteiro que não foram explicados; achei pessoas dizendo que só após jogar todas as rotas na visual novel é que dá para se entender o enredo completamente, mas ainda assim sobram algumas pontas soltas que viriam a ser atadas apenas com o lançamento do fandisc "Norn9: Last Era" em abril desse ano.

    A propósito, pra quem ficou em dúvida, o pobre garoto Sora citado no início do texto acaba esquecido mesmo e relegado a segundo plano no meio desse harém reverso e as suas três líderes femininas; contudo, enquanto isso não é mostrado no mangá, na visual novel descobrimos que ele possui grande relevância na trama central

    Resumindo: o anime adaptará uma ou outra rota e deixará muitas perguntas sem respostas, se tornando uma bagunça como é de praxe nessas adaptações - mas sua "missão" estará cumprida desde que ele ajude na divulgação de "Norn9: Act Tune", novo jogo a ser lançado em 2016 para PS Vita.

    Obs: Espero que as leitoras não pensem que estou sendo exagerado e tendencioso nas opiniões por se tratar de um otome game: a questão é que realmente achei as ideias dessa obra muito ruins, ao menos no mangá, e de todo modo a minha postura é a mesma quando se tem o oposto, uma visual novel direcionada aos homens que traz um fiapo de argumento só para justificar várias garotas ao redor de um rapaz, isso sem falar nas eternas light novels de harém com suas fórmulas igualmente insossas e engessadas...

    Finaliando, a ser produzido pelo Kinema Citrus, o novato Takao Abo cuidará da direção, Natsuko Takahashi ("Moyashimon", "Yuyushiki", "Ore Monogatari!!") da supervisão de roteiros - ele fará isso também em "Divine Gate", outro jogo; quanta dor de cabeça numa só temporada! - e Yukari Takeuchi do "character design". Já em relação ao elenco de dubladores, Yuuki Kaji terá a companhia de bons nomes como Ono Daisuke, Hiro Shimono, Tomokazu Sugita e Hiroyuki Yoshino.


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    Nurse Witch Komugi-chan R
    Formato: TV 
    Data de estreia: 10/01
    Estúdio: Tatsunoko Production
    Diretor: Keiichiro Kawaguchi ("Hayate no Gotoku!", "Mayo Chiki!", "Minami-ke Tadaima", "Sket Dance")
    Gênero: Ação / Comédia
    Tema: Escolar / Mahou Shoujo / Paródia
    De onde saiu: Spin-off do anime "Nurse Witch Komugi" de 2002, que por sua vez é spin-off da série de TV "The SoulTaker"
    Site oficial: Clique aqui

    Tudo começou em 2001 com "The SoulTaker", animação original de terror produzida pelo Tatsunoko Production em conjunto com Akiyuki Shinbou, diretor que pouco tempo depois iria para o estúdio Shaft e se tornaria o profissional conhecido que é hoje - tal anime foi uma tentativa do Tatsunoko em criar algo voltado a um público mais adulto, porém o retorno não foi lá essas coisas. Entretanto, a popularidade obtida por certa enfermeira mutante e coadjuvante chamada Komugi Nakahara fez ela ser protagonista de "Nurse Witch Komugi-chan Magikarte", série de 5 OVAs lançada entre 2002 e 2004, e sua continuação "Nurse Witch Komugi-chan Magikarte Z", composta por mais dois OVAs. Nesses spin-offs temos como fiapo de história inicial a fuga do Rei dos Vírus, Ungrar, de uma prisão localizada no "Vaccine World" (Mundo da Vacina...); indo parar na Terra, a Deusa de "Vaccine World", Maya, envia a criatura Mugimaru com a missão de captura-lo de volta, mas, impossibilitado de usar magia no mundo dos humanos, ele sai à busca de alguém que possa ajuda-lo, e é desse modo que conhece Komugi, uma idol cosplayer em início de carreira. Se tornando a "Magical Nurse", essa garota preguiçosa, brincalhona e fácil de se distrair terá de conciliar sua rotina de idol com os frequentes embates contra a seguidora mais fiel de Ungrar, a empregada mágica Koyori - inimiga que, por pura coincidência e conveniência, é uma gentil (e peituda) colega de trabalho de Komugi que nunca se lembra de seus atos quando está no "modo vilã"...

    E então chegamos a "Nurse Witch Komugi-chan R" mais de dez anos depois.

    A ideia segue inalterada, o cenário idem, mas há algumas mudanças, a começar que a personagem principal terá um novo nome de família, se chamando agora Komugi Yoshida, sobrenome de um dos fundadores do Tatsunoko, Tatsuo Yoshida - o mesmo se passará com sua rival (se chamará Saionji Kokona), seu parceiro mágico (Usa-P ao invés de Mugimaru) e mais alguns outros. Junto a isso e a óbvia incrementada no "character design", é de se notar ainda que, se os OVAs traziam no elenco vários personagens da série "The SoulTaker" além da Komugi, essa nova animação os substituirá por "anônimos", como é o caso da presidente e do empresário da agência onde a protagonista trabalha, conforme podem ver nessa imagem. Todas essas mudanças são um esforço visível para renovar a franquia e apresenta-la a uma nova geração de consumidores, valendo nesse processo até mesmo trocar as dubladoras antigas e colocar no lugar novatas (Makoto Koichi, Kei Tomoe, Madoka Asahina, Meemu Tachibana etc) que, podem ser inexperientes no ramo da dublagem, porém possuem certa base de fãs já formada com suas respectivas carreiras artísticas em outras áreas, e a presença delas no anime servirá justamente tanto para atrair de início algum público para o anime, quanto para alavancar a popularidade delas devido à visibilidade que a série de TV as trará. E quanto a história, se é que alguém se importa com isso? Como se garotas mágicas e idols não fosse o suficiente, dessa vez haverá também um tema escolar, pois no começo veremos Komugi Naka... Digo, Yoshida, dividindo seu tempo entre o trabalho de idol iniciante e o de uma atrapalhada estudante do segundo ano do ensino médio. Enquanto suas duas colegas de escola e trabalho, Kokona Saionji e Tsubasa Kisaragi, tem se saído bem como idols, Komugi permanece realizando shows de baixo nível, mas sua vida mudará drasticamente após conhecer Usa-P, uma criatura cujos ferimentos ela ajudou a tratar e da qual recebeu, como gratidão, poderes mágicos que a transformarão na "Magical Nurse". Fadada a batalhar contra monstros bizarros que surgem do nada (esse será o oponente do primeiro episódio, vejam que estiloso!), Komugi agora terá de lidar com uma vida tripla de estudante mediana, idol impopular e garota mágica inexperiente, ao mesmo tempo que vê outras meninas com poderes mágicos surgirem no seu dia a dia.

    E para encerrar antes de citar rapidamente a equipe de produção, digo que assisti somente dois episódios da primeira série de OVAs, e deles pude ver o que se espera de uma sinopse tão boba: uma comédia de teor deveras otaku que tira sarro do subgênero mahou shoujo e ainda parodia algumas obras de terceiros, havendo nisso ironias e acidez quanto ao comportamento dos integrantes dessa subcultura, mascote visualmente fofinho cuja voz fina engrossa do nada em alguns momentos e que possui a mentalidade de um senhor pervertido, e personagens quebrando a quarta barreira ao se mostrarem totalmente conscientes dos lugares comuns inerentes a animes de garotas mágicas, dentre outras piadas semelhantes. Confesso que achei o humor do primeiro episódio idiota demais, quase desisti de seguir em frente, mas o segundo já me foi bem melhor e mais cômico apesar de ter continuado a achar que, às vezes, há um exagero no nível de otakice e estupidez em certas piadas.

    Com Keiichiro Kawaguchi na direção, "Nurse Witch Komugi-chan R" terá Momoko Murakami("Million Doll") na supervisão de roteiros, ela e Kazuyuki Fudeyasu (alguns episódios de "Monster" e "Claymore") na criação dos mesmos, Kousuke Yamashita ("Chihayafuru") na trilha sonora e Takao Sano ("Ore ga Ojou-sama Gakkou ni "Shomin Sample" Toshite Gets Sareta Ken") no "character design".


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    Ojisan to Marshmallow
    Formato: TV (5 min. por episódio)
    Data de estreia: 08/01
    Estúdio: Creators in Pack
    Diretor: Hisayoshi Hirasawa
    Gênero: Comédia / Slice-of-Life
    De onde saiu: Mangá, 2 volumes, finalizado.
    Site oficial: Clique aqui

    Um tiozinho simpático e bigodudo que adora marshmallows, olha quanto moe.

    Baseado num mangá todo em cores publicado pela internet que rendeu dois volumes entre 2014 e 2015, "Ojisan to Marshamallow" é focado nas interações que Habahiro Kusaka (apelidado de "Hige" devido ao seu bigode), um homem de meia idade fascinado por marshmallows, tem no local de trabalho com sua subordinada Iori Wakabayashi, mulher que ama Habahiro, porém não sabe expressar seus sentimentos de uma forma "normal", digamos assim. Como na prática esse mangá não foi tratado e traduzido por nenhum scanlator, e logo ele não será achado em sites convencionais do tipo, abrirei uma exceção aqui e disponibilizarei esse link, do fórum de imagens Danbooru, caso alguém queira dar uma olhada na tradução em inglês realizada por meio de anotações em cima dos balões de cada página - mais da metade da obra se encontra disponível dessa forma.

    Continuando, não esperava que fosse nesse caminho, mas "Ojisan to Marshmallow" praticamente se resume a uma mulher "trollando" o homem que gosta com incontáveis diretas e indiretas em ações e frases um tanto anormais, e esse não vendo nada à sua frente a não ser uma paixão desenfreada por marshmallows... Da marca Tabekko, bom deixar claro. Para se ter uma ideia, logo nas primeiras páginas já vemos, em sequência, ela se fingindo de surda e recusando em dar um pedaço do doce favorito de Hige mesmo o ouvindo timidamente pedir por um, depois oferecendo o último que sobrou o segurando "naturalmente" pela boca e, estratégia genial e injusta, comprando todos os pacotes de marshmallow da marca que o pobre homem gosta, vendidos em apenas um mercado da região, para logo em seguida poder chantageá-lo - mas no fim isso só resulta num corre corre (aliás, estranho como ele se exercita tanto nesse mangá por culpa dela e mesmo assim permanece gordinho!) entre os dois que termina com Wakabayashi simples e ousadamente falando sobre terem bebês e Hige entendendo algo relacionado a comida; pois é, tente de novo na próxima página...

    Após um volume e meio deu pra notar que "Ojisan to Marshmallow" é um gag mangá que vai se alternando tanto com acontecimentos e diálogos um pouco nonsense, quanto com piadas de frequente cunho sexual e usualmente questionáveis ou, apenas, pequenas interações bobas e bonitinhas entre esses dois e demais personagens coadjuvantes. Se por um lado a inexpressiva Wakabayashi se mostra bastante atrevida - e insana - em atos como dizer de propósito frases de duplo sentido envolvendo marshmallows, lamber sem reservas outro marshmallow que ela fez Hige apertar em sua mão ou então tentar presenteá-lo com "dois marshmallows que não são da marca Tabekko, mas que tenho desenvolvido durante 24 anos" (a jovem estava bêbada nesse último, então perdoemos), do outro flagramos cenas mais suaves onde ela "atrai" um Hige dorminhoco com o adocicado cheiro de marshmallows para fazê-lo se aconchegar em seu ombroou, logicamente se preocupando que o amado possa se machucar e acordar, deixa um prato repleto de marshmallows em cima do seu teclado enquanto ele dorme para que sirvam de fofas mini almofadas. Cansou de ouvir a palavra marshmallow? Não é culpa minha, visto que ele serve como pilar essencial para essa relação na qual temos um homem que chega a chorar de emoção sempre que visita (mensalmente) a fábrica que produz seu adorável doce.É, em suma, um simpático casal que dá mil e uma voltas e do qual, a julgar pelo que pude ler do mangá e o que ficou faltando, não deverá chegar a uma conclusão desse rolo, mas ao menos entretém em seus poucos capítulos. Quanto ao restante do elenco que ajuda e/ou atrapalha tal relacionamento, destaco dois personagens em particular, sendo um deles o carente - e virgem - Isamu, irmão de Wakabayashi que de início não concorda em ver a irmã apaixonada por um cara desses (tradução: gordo), chegando a realizar certos planos duvidosos para "desmascara-lo", tais como se travestir e dar em cima dele a fim de provar que Hige não é confiável (essa cena parece estranha, mas podem verificar aqui que haviam marshmallows no meio da confusão toda, para variar!); e MIO5, colega de trabalho que passa a se interessar por Hige após esse salva-la sem querer de um molestador no trem - a ser dublada por Hanazawa Kana, ela até tentará usar tanto marshmallows, quanto o seu generoso corpo, para ganhar terreno sobre Wakabayashi, porém não tardará a perceber que está lidando com uma profissional conhecedora de todos os pontos fracos de seu alvo (mas dizer um "eu te amo" que é bom, nem pensar, né...).

    Com produção do Creators in Pack, estúdio que fará aqui sua quarta série de TV com episódios de curta duração (as anteriores foram "Military!", "Danchigai" e "Hacka Doll"), "Ojisan to Marshmallow" traz o estreante Hisayoshi Hirasawa de diretor chefe, com Noriyoshi Sasaki de diretor assistente, Atsushi Oka ("Galilei Donna") nos roteiros, shusei ("Danchigai") na trilha sonora e Mari Shirakawa no "character design".


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    Ooyasan wa Shishunki!
    Formato: TV 
    Estúdio: Seven Arcs Pictures
    Diretor: Yuki Ogawa
    Gênero: Comédia / Slice-of-Life
    De onde saiu: Mangá, 4 volumes, em andamento.
    Site oficial: Clique aqui

    Da série "deixa eu adicionar um anime do qual não tenho nada a falar enquanto enrolo com os que tem material para ler", "Ooyasan wa Shishunki!" segue a história de um rapaz que, após passar a morar sozinho em um pequeno apartamento que sequer possui banheiro próprio, terá como senhoria uma radiante garotinha - ela cozinha e realiza todo tipo de serviço doméstico ao mesmo tempo que aproveita seus dias estudando e saindo com as amigas. Publicado desde 2012 na revista "Manga Time Family", tal obra é de autoria de Ruruu Minase, mangaká conhecida pelo seu traço tão fofo e histórias de teor yuri, como podem ver na página dela no MyAnimeList.

    Olhem só que capas bonitinhas mostrando o quão uma senhoria pode ser tão moe e prestativa; fora essas imagens e algumas tirinhas avulsas que sem tradução se tornam inúteis de exibir aqui, não pude achar mais nada de concreto a respeito da fonte dessa animação - bem que poderia ter esperado mais algum tempo para adiciona-la, já que daqui a poucos dias deverão divulgar qualquer trailer, data de estreia e detalhes sobre os personagens, visto que até o site oficial está seco, seco, no momento. Contudo, vendo por cima o estilo das outras obras da revista de onde o mangá saiu, esse anime parece que será bem "inofensivo", por assim dizer, só abusando mesmo do moe sem trazer algum conteúdo mais apelativo.

    A ser produzido pelo Seven Arc Pictures ("Mushibugyou", "Trinity Seven"), estúdio formado em 2012 que é subsidiário da tradicional Seven Arcs, "Ooyasan wa Shinshunki!" ("A senhoria está na puberdade!") terá o novato Yuki Ogawa na direção junto ao grupo Arte Refact ("BlazBlue Alter Memory", "Komori-san wa Kotowarenai!") na trilha sonora e Atsuki Shimizu no "character design".

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    Oshiete! Galko-chan
    Formato: TV (7 min. por episódio)
    Data de estreia: 08/01
    Estúdio: feel.
    Diretor: Keiichiro Kawaguchi ("Hayate the Combat Butler", "Jinsei", "Mayo Chiki!", "Million Doll", "Minami-ke Tadaima", "Sket Dance")
    Gênero: Comédia / Slice-of-Life
    Tema: Escolar
    De onde saiu: Mangá, 2 volumes, em andamento.
    Site oficial: Clique aqui

    Outro anime do estúdio feel. a estrear nessa temporada, "Oshiete! Galko-chan" vem de um mangá todo em cores publicado desde o ano passado que teve narrado até agora, em dois volumes, a rotina escolar das garotas Gyaruko-chan, Otako e Ojyo, tendo como maior destaque a primeira. Apesar do intimidador estilo gyaru e de seu vocabulário e modo de agir às vezes um tanto rude, Gyaruko-chan é no fim uma garota bondosa, bastante amigável e popular, enquanto que Otako é uma menina solitária não muito comunicativa e Ojyo é uma estudante riquinha e meio lerdinha que fala com naturalidade tudo que lhe vem à mente.

    Igual a "Dagashi Kashi", o mangá de "Oshiete! Galko-chan" também possui capítulos curtos, só que ainda menores: são em média 4 páginas em cada um, e enquanto é dúvida se o anime dos doces ganhará episódios pequenos (mas não acredito que ganhe), esse é certeza: ele fará parte da quarta edição do "Ultra Super Anime Time", bloco que ganhou vida em 2015 e que é dedicado a animações de curta duração - os demais estreantes dessa nova leva serão "Sekkou Boys", cujo texto podem ver logo abaixo e que junto com "Oshiete! Galko-chan" será exibido durante toda a temporada, e mais três animações que terão poucos episódios e se alternarão entre os meses de janeiro, fevereiro e março (essas adicionarei em breve). 

    Pude ler somente os meros 3 primeiros capítulos traduzidos por ora de seu mangá, e o que vi corrobora a sinopse oficial; Gyaruko-chan pode estar longe de ser uma adolescente educada com os mais velhos e dedicada nos estudos, além de ser capaz de conversar sem reservas com os garotos de sua sala da mesma forma que fala com as meninas, contudo ela também não faz jus ao estereótipo que seu visual com maquiagem pesada indica. Gyaruko chegou mais uma vez com sono no meio da sala de aula? Ah, os colegas murmuram que só pode ter passado a noite com algum homem, só pode... Ou então, talvez tenha apenas varado a madrugada toda assistindo o anime que sua amiga otaku Otako emprestou.É óbvio que ela não é assim "experiente" nesse assunto, algo que se torna evidente, por exemplo, ao flagrarmos como fica toda ruborizada ao ter de narrar uma cena de beijo em um livro na frente dos outros, sendo que até para falar de seu próprio corpo Gyaruko acaba sentindo vergonha - Otako não fica para trás em termos de inocência, e só mesmo a tonta da Ojyo para vir em alguns momentos com frases desconcertantes e fora de hora. Como li pouquíssimo material não dá para descrever muito além do que isso, mas deve ter dado para perceber que se trata de um singelo slice-of-life de garotinhas que traz uma daquelas protagonistas cuja aparência engana quem não a conhece mais intimamente.

    O bom e veterano Keiichirou Kawaguchi, que entretanto não vem numa boa fase já há algum tempo, dirigirá e cuidará dos roteiros de mais uma animação no modesto feel., tendo ainda Kenji Fujisaki ("Blood Lad") no "character design".


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    Phantasy Star Online 2 The Animation
    Formato: TV 
    Data de estreia: 08/01
    Estúdio: Telecom Animation Film
    Diretor: Keiichiro Kawaguchi ("Hayate the Combat Butler", "Jinsei", "Mayo Chiki!", "Million Doll", "Minami-ke Tadaima", "Sket Dance")
    Gênero: Ação / Fantasia / Sci-fi
    Tema: Escolar
    De onde saiu: Jogo para PC.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui e aqui

    Iniciada em 1987 no console Master System da Sega, a franquia de jogos RPG "Phantasy Star" já rendeu em quase trinta anos cerca de dezoito títulos, contando continuações, spin-offs e remakes. "Phantasy Star Online 2", precisamente, é um MMORPG gratuito lançado em 2012 para PC, tendo depois disso adaptações para PS Vita em 2013, dispositivos iOS e Android em 2014 e, por fim, Playstation 4 agora em janeiro - e é aí que entra o anime, para divulgar um jogo que, por enquanto, só está previsto de ser lançado no Japão. Clique aqui para ver o vídeo de um simpático senhor jogando a versão para PC, aqui para visitar seu site oficial americano e aqui para dar uma breve olhada em um trailer do título para PS4.

    Considerado um dos pioneiros no gênero RPG ao lado de "Final Fantasy" e "Dragon Quest", após ler sinopses de boa parte dos jogos da franquia deu para notar que seria um tanto difícil e infrutífero detalhar o mundo de "Phantasy Star", mesmo porque o jogo no qual o anime se baseia vem de uma série interna que é independente dos demais, possuindo 4 títulos lançados desde 2000 que trazem temas e estilos próprios, apenas se aproveitando de alguns elementos e conceitos comuns ao restante da franquia. Em resumo, temos aqui um cenário futurista que se passa em diferentes épocas e planetas, e no caso de "Phantasy Star Online 2" seu prólogo começa nos apresentando a Oracle, uma frota gigantesca de naves que vaga pelo espaço viajando de um planeta a outro - e nela existe a organização mercenária Arks, responsável em explorar esses lugares recém descobertos. Você, que acabou de chegar nesse grupo, inicia sua jornada em Naberius, planeta não habitado por nenhuma civilização inteligente, porém repleto de criaturas selvagens: tendo 4 opções de raças disponíveis, que seriam os eternos Humanos que são medianos em tudo, os Newman (humanos geneticamente modificados que se parecem com elfos e possuem destreza no controle de photons, espécie de magia no jogo), os CASTs (robôs) e os Dewman (humanos mutantes que usam photons para incrementar seus ataques físicos), o jogador é então inserido em um típico MMORPG com diversas quests, dungeons em diferentes planetas e um sistema de batalha focado na ação.

    E é isso que deverá se esperar do anime em si: ação, já que quanto a história ela possivelmente se mostrará ser seu ponto fraco. Nesse quesito, a propósito, só foi dito até agora que a animação trará um enredo totalmente original, e aqui traduzo na íntegra um anúncio oficial que tem causado barulho em vários sites, nesse caso "a história seguirá jogadores de Phantasy Star Online 2 (que podem estar ao seu lado) na Terra em um futuro próximo". Como? Ela dá a entender que o anime não se passará dentro do mundo do jogo como se ele fosse real, mas sim focará em jogadores do mesmo, e confesso que os trailers, primeiro mostrando estudantes em um cenário escolar bastante normal (não se parecem, ao menos, absolutamente nada com recrutas de uma organização que explora planetas distantes), e em seguida uma sequência como se estivessem fazendo login (igualzinho ao que se vê no jogo de verdade) e aparecendo em um lobby para depois enfrentar inúmeros monstros, também termina por sugerir essa ideia. Deixou de ser novidade ver em animes pessoas entrando de cabeça em um MMORPG, seja por vontade própria ou não, mas quanto a se basear numa franquia de jogos já existente, bem, o mais próximo disso que me vem à mente seria o caso de ".hack", série de jogos que teve início no Playstation 2 em 2002 e cujo protagonista joga um MMORPG chamado "The World" - você pode inclusive "deslogar" dele e realizar outras atividades e etc, sendo que no mesmo ano foi produzido ".hack//Sign", anime que muda um pouco a situação e mostra um jovem despertando dentro do "The World" sem saber o motivo. Vai, creio que outra animação que podemos considerar semelhante seria o curtinho "Hi☆sCoool! SeHa Girls", onde (coincidência?) garotas que personificam consoles da Sega invadem diversos jogos clássicos ou recentes da empresa (mas, obviamente, a grande maioria não possui modo online).

    De qualquer forma, "Phantasy Star Online 2 The Animation" não parece que terá uma produção muito caprichada através do pequeno estúdio Telecom Animation Film ("Lupin III 2015", "Moyashimon Returns"), havendo ainda o veterano Keiichiro Kawaguchi na direção (que comandará nessa mesma temporada "Oshiete! Galko-chan" logo acima), Mitsutaka Hirota ("X-Men", alguns episódios em "Yowamushi Pedal" e "Akagi") na criação e supervisão de roteiros e Mino Takasu ("Ojii-san no Lamp") no "character design". Esse mesmo jogo também já inspirou uma peça de teatro em 2014, do qual podem ver algumas cenas clicando aqui.


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    Prince of Stride: Alternative
    Formato: TV 
    Data de estreia: 05/01
    Estúdio: Madhouse
    Diretor: Atsuko Ishizuka ("Hanayamata", "No Game No Life", "Sakurasou no Pet na Kanojo")
    Gênero: Drama / Slice-of-Life
    Tema: Escolar/ Esportes
    De onde saiu: Novel.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui e aqui

    Os rapazes de "Free!" com mais roupa.

    A série tem como foco a prática de um esporte que exige grande preparo físico conhecido pelo nome de "Stride", no qual times formados por 6 atletas realizam corridas de revezamento pela cidade. Decididos a reviver o clube dedicado a esse esporte na Honan Academy, que fora fechado por falta de membros, os primeiranistas Nana Sakurai e Takeru Fujiwara saem em busca de novos integrantes, e inicialmente tentam convencer Riku Yagami a participar dele, jovem que não tem lá um bom relacionamento com Takeru. Uma vez completo, o objetivo final do clube é poder participar e vencer o "End of Summer", a maior competição de Stride onde escolas disputam entre si.

    Uma mocinha esforçada e vigorosa, um bando de dubladores populares dando vida a rapazes bonitões, rivalidade, amizade, companheirismo, superação, torneio interescolar, cenas exageradas que extrapolam o limite do corpo humano, homens suados e ofegantes (como é?); baseado em uma série de novels iniciada em 2012 que depois recebeu um Drama CD em 2013 e uma visual novel, sem conteúdo explícito, há apenas quatro meses para PS Vita, "Prince of Stride: Alternative" parece à primeira vista a sua habitual adaptação de harém reverso voltado às mulheres mesclado a uma temática esportiva com pegada shounen. Não consegui achar um só vídeo ou descrições mais detalhadas de sua fonte, exceto vídeos promocionais; porém, através de esparsos comentários pela internet aqui e ali, é dito que a visual novel, pelo menos, realmente possui um estilo narrativo que mais se assemelha a um mangá de esporte masculino do que a um jogo direcionado ao público feminino - talvez por isso, então, que suas vendas tenham sido tão baixas até agora como vários sites têm divulgado? De todo modo, além do que já foi citado, essa franquia também possui um mangá em tirinhas 4-koma e, desde o final de novembro, teve início também um novo mangá chamado "Prince of Stride: Galaxy Rush" que é focado na Nishihoshi Academy, escola rival da Honan Academy destacada na sinopse - aliás, pelo que pesquisei a respeito, o "stride" do título se trata de uma aceleração de curta duração feita a passos largos depois de uma corrida leve ou antes de uma corrida ou exercício mais pesado, porém aqui esses rapazes parecem apenas praticar um tipo de revezamento com dois integrantes a mais e sem bastão, e ponto final.

    Apresentando um elenco gigantesco (clique aqui para ver um vídeo promocional da visual novel que mostra todos os personagens, divididos entre os grupos de corrida de suas respectivas escolas), "Prince os Stride: Alternative" trará a diva Hanazawa Kana dublando a heroína Nana Sakurai, garota que decidiu estudar na Honan Academy por influência de um vídeo que viu na internet onde veteranos dessa escola participavam de uma corrida - sendo que após se juntar ao clube de Stride ela acabou virando gerente dele; já na ala masculina temos um sem fim de nomes conhecidos, como por exemplo Mamoru Miyano, Ono Daisuke, Takahiro Sakurai, Yoshitsugu Matsuoka, Junichi Suwabe, Hiro Shimono, Nobuhiko Okamoto, Natsuki Hanae, Ryotaro Okiayu e Yuuki Ono. Quanto a equipe de produção reunida pela superestimada Madhouse (que desde 2013, com o horroroso "Photokano", não fazia uma série de TV que tivesse como base algum jogo), o maior destaque vai para a diretora Atsuko Ishizuka, prata da casa que carrega no currículo "No game No Life", "Hanayamata", uma das histórias de "Aoi Bungaku", metade dos episódios de "Supernatural: The Anime Series" e "Sakurasou no Pet na Kanojo" (esse último pelo J.C. Staff), todos animes nos quais um dos pontos comuns entre si é a animação com cores de tons fortes, igual ao que pode ser visto no trailer de sua nova empreitada. Taku Kishimoto ("Usagi Drop", "Haikyuu!!", "Gin no Saji") cuidará da supervisão de roteiros, e Kokunen Ou adaptará o "character design".


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    Schwarzesmarken
    Formato: TV
    Data de estreia: 11/01
    Estúdio: Sanzigen
    Diretor: Tetsuya Watanabe ("Kimi ga Nozomu Eien", "Zone of the Enders")
    Gênero: Ação / Drama / Sci-fi
    Tema: Mecha / Militar
    De onde saiu: Novel, 7 volumes, finalizada - spin-off de outra novel, "Muv-Luv Alternative: Total Eclipse", que recebeu uma série de TV em 2012.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui e aqui

    Baseada na novel homônima publicada entre 2010 e 2014, "Schwarzesmarken" é spin-off de "Muv-Luv", franquia iniciada como visual novel adulta em 2003 (pela empresa Âge, mesma criadora de "Kimi ga Nozomu Eien") que recebeu uma continuação, "Muv Luv Alternative", em 2006, sendo que ao longo dos anos essas duas obras foram adaptadas em diversos mangás, novels e light novels - para não se perder em tantos títulos destaco somente "Muv-Luv Alternative: Total Eclipse", novel com 7 volumes lançados de 2007 a 2013 cujos eventos são posteriores ao que é visto em "Schwarzesmarken", precisamente 18 anos já que um se passa em 2001, e o outro em 1983. "Muv-Luv Alternative: Total Eclipse" já chegou a receber uma série de TV em 2012 através do estúdio Satelight, na época muito criticada por distorcer a obra original e adicionar vários eventos fillers a fim de seguir em frente com 24 episódios, quando metade disso seria o suficiente para adaptar o material existente na ocasião.

    Focado nos integrantes de um batalhão do exército da Alemanha Oriental, o sugestivo 666th TSF Squadron, que são dedicados a enfrentar determinados tipos de alienígenas existentes no mundo da franquia "Muv-Luv", ficarei devendo a pequena sinopse que foi divulgada já que exigiria explicações de alguns termos que surgem nela - e além disso continuações e spin-offs possuem baixa prioridade nesses guias, a não ser que tenham informações relevantes quanto a sua produção. Com um jogo para PC lançado em novembro, intitulado "Schwarzesmarken Kouketsu no Monshou", e com outro previsto para o ano que vem chamado "Schwarzesmarken Junkyousha-tachi", além de uma nova versão em light novel que está sendo publicada desde julho desse ano, "Schwarzesmarken" terá o mesmo diretor da versão animada de "Kimi ga Nozomu Eien" em 2003, Tetsuya Watanabe, junto a Tatsuto Higuchi ("Cross Ange") na supervisão de roteiros, o grupo Elements Garden ("Grisaia no Kajitsu", "Dance with Devils", "Senki Zesshou Symphogear") na trilha sonora e Shuichi Hara no "character design".

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    Sekkou Boys
    Formato: TV (7 min. por episódio)
    Data de estreia: 08/01
    Estúdio: LIDENFILMS
    Diretor: Tomoki Takuno
    Gênero: Comédia
    Tema: Música
    De onde saiu: Animação original.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aquiaqui e aqui

    Gente, confesso que estou petrificado com a ideia desse anime. 

    Saindo das mentes geniais dos empresários da Kadokawa, da fabricante de produtos personalizáveis de personagens Zargiani Works e da fornecedora de materiais artísticos Holbein Artist Materials, "Sekkou Boys" trará como protagonistas quatro bustos feitos de gesso que formarão um grupo de idols liderados por Miki Ishimoto, uma gerente em início de carreiraque terá como missão guiar esse quarteto tão peculiar no ramo do entretenimento, um mundo cujo caminho ao topo é cheio de obstáculos, armadilhas... E pedras.

    E não pensem que acompanharemos aqui qualquer estatuazinha de parque público não, que isso;Tomokazu Sugita terá a honra de dublar São Jorge, um santo guerreiro estoico e de forte senso de justiça, porém bastante amigável; Fukuyama Jun emprestará sua voz à eloquência de Hermes, astuto e belo deus grego, que servia de mensageiro aos deuses do Olimpo e de guia para as almas dos mortos ao reino de Hades; por sua vez, Ono Daisuke encarnará a ira e a paixão intensa de Ares, outro morador do Monte Olimpo que sempre teve seu nome ligado a violência da guerra e que possuiu várias amantes que lhe geraram uma prole numerosa; e Shinnosuke Tachibana, o menos conhecido entre dubladores tão populares, viverá um dos descendentes dos Médici, riquíssima família que durante séculos dominou o cenário político italiano - a pessoa que vos escreve esse texto pede humildes desculpas por não ter descoberto quem exatamente dessa família aparecerá no anime, mas basta dizer que muitos de seus membros eram apreciadores das Artes e conhecidos hedonistas. Formado por figuras histórias e mitológicas tão impactantes, não duvido nada que esse grupo fará imenso sucesso, independente do lugar para onde seus membros sejam carregados com a ajuda de sua esforçada empresária...

    Pois é, nem mesmo ela (que, aliás, é dublada pela novata Shiho Kokidoparece acreditar na situação em que se meteu, como podem ver (ouvir) pelos seus surtos no segundo trailer acima que na verdade é o primeiro - já que antes desse lançaram um vídeo com pessoas e bustos reais (...) no qual simularam uma coletiva de imprensa entrevistando os personagens e anunciando o anime, com direito a repórteres espantados com certas declarações polêmicas, anunciante do evento quase não conseguindo fingir seriedade e segurar o riso e breves cenas deles realizando um show enquanto são carregados por pessoas vestidas de preto nada difíceis de serem notadas. Oras, o que mais dá para dizer dessa maluquice toda? Sabe lá Deus como será o anime (que é um dos integrantes do bloco de animações curtas "Ultra Super Anime Time"), contudo já foi dado início ao comércio de produtos diversos ligados a esses quatro sublimes idols, indo desde botons a porta retratos, chaveiros, materiais de arte personalizados e até mesmo almofadas, sem contar o que deverá ser lançado de singles e álbuns musicais aproveitando os nomes por trás de suas vozes. E olha, o anime poderá acabar se tornando uma porcaria, porém duvido que qualquer outra animação da temporada tenha "bastidores" tão criativos e tontos igual ao que podemos ver nas contas oficiais de "Sekkou Boys" no Twitter e no Facebook; nos mostrando o dia a dia cansativo de São Jorge e companhia, nessas páginas podemos ver fotos de momentos mais íntimos como Ares tomando água durante uma pausa ou sendo flagrado cochilando, bem como um vislumbre deles gravando alguma cena ou então esperando o atrasado Médici para começarem mais um dia de trabalho - nada melhor para a relação ídolo e fã do que manter um contato mais descontraído e aberto!

    A ser produzido pelo LIDENFILMS, "Sekkou Boys" terá o estreante Tomoki Takuno na direção junto ao trio feminino Michiko Yokote ("Genshiken", "Kyoukai no Rinne", "Prison School", "xxxHOLIC") na supervisão de roteiros e Eriko Itou ("Danchigai", "Hamatora") no character design dos personagens humanos.


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    Sushi Police
    Formato: TV 
    Data de estreia: 07/01
    Estúdio: KOO-KI
    Diretor: Tatsushi Momen
    Gênero: Comédia
    Tema: Culinária / Policial
    De onde saiu: Animação original.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui

    Uma luta sem fim contra restaurantes impostores!

    Os jogos Olímpicos de 2020 em Tóquio estão se aproximando, e isso tem causado um boom de restaurantes oferecendo sushi e outros alimentos japoneses pelo mundo afora, fazendo com que surgisse em seguida uma preocupação quanto a isso: como agir diante dos ilegítimos pratos que não representam a essência da culinária japonesa?

    A resposta do governo do Japão para esse problema foi juntar forças com outras potências do globo para estabelecer a "Organização Mundial de Conservação da Cultura Alimentar" - ou WFCO abreviado em inglês - a fim de proteger e promover culinárias locais autênticas. Sendo responsável em inspecionar a culinária japonesa mundo afora, a 9ª Divisão do WFCO, também chamada de "Sushi Police", é conhecida pela conduta agressiva de seus membros frente a qualquer um que sirva comida japonesa ilegítima ou de baixa qualidade tanto nos Estados Unidos, quanto na Rússia, França, China e qualquer demais país que seja necessário fiscalizar. Por conta dessa disposição em eliminar sushis e outros alimentos ruins, os três japoneses dessa divisão são aos poucos desprezados e temidos por donos de restaurantes no mundo todo.

    Essa ideia maluca não saiu do nada: "Sushi Police" é um termo irônico criado por jornais ocidentais para se referir a uma iniciativa, idealizada pelo então Ministro da Agricultura Toshikatsu Matsuoka em meados de 2006, na qual seriam concedidos selos oficiais de aprovação aos restaurantes estrangeiros que servissem pratos japoneses de qualidade - ele começou a pensar nisso justamente após uma viagem ao Colorado (Estados Unidos), onde flagrou em um dito restaurante japonês algo que ele considerou um "grave crime culinário", pois no local eram oferecidos sushis junto com alimentos típicos não do Japão, mas sim da Coréia do Sul. Reunindo em seguida vários "delitos" semelhantes, indo desde saquês falsos em Paris a bolinhos de alga com ingredientes estranhos no Canadá e estabelecimentos que dizem ser especializados na culinária nipônica, contudo disponibilizam pratos filipinos ou chineses, nesse mesmo ano autoridades do governo japonês passaram a investigar como teste dezenas de restaurantes na França em segredo, no caso de alguns, ou convidados por seus donos no caso de outros, para listar aqueles que se enquadrassem como servidores de pratos "puramente japoneses" - apenas um terço deles foi aprovado e assim dignos de exibir o tal selo em suas dependências, na forma de uma pétala de cerejeira, além de aparecem como um estabelecimento de culinária recomendado num site mantido pelo governo.

    Porém, isso tudo não foi muito longe; criticado principalmente pelos Estados Unidos e até por membros de seu próprio governo, que consideravam tal prática exagerada e discriminatória, Toshikatsu teve de voltar atrás e pausar seu projeto para refazê-lo com o intuito de o deixar mais ameno. Havendo uma nova previsão de ser lançado em 2008, eu não achei depois dessa data nenhuma notícia sobre o programa, e, como esse ministro cometeu suicídio em 2007 após ser acusado de corrupção, não acredito que alguém tenha seguido em frente com a ideia. Bem, antes fiscalizasse suas próprias ações, né...

    Ah, claro, voltemos ao anime. Produzido pelo pequenino KOO-KI, estúdio localizado em Fukuoka que possui experiência com animações em CG e que já foi inclusive premiado no Festival de Cannes em 2007 graças a um divertido comercial da Nike com Power Rangers, "Sushi Police" está sendo mencionado por seus criadores como uma série de TV de episódios curtos, mas não detalharam ainda seu tamanho exato. De estilo bem cartunesco como podem ver pelo trailer, e protagonizado por três dedicados "policiais do sushi", que são o gordinho líder Honda, o analista de dados e usuário de nunchaku Suzuki e o inspetor "androide" Kawasaki, a animação terá, junto a Tatsushi Momen na direção, os roteiristas Ichiro Kusuno e Kotaro Ando na criação e supervisão de roteiros.


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    Teekyuu 7
    Formato: TV (2 min. por episódio)
    Data de estreia: 11/01
    Estúdio: Millenpensee
    Diretor: Shin Itagaki ("Ben-To", "Devil May Cry")
    Gênero: Comédia
    Tema: Escolar
    De onde saiu: Continuação do anime de 2015, vindo de um mangá com atuais 10 volumes.
    Site oficial: Clique aqui

    Forever and ever!

    Sétima temporada de "Teekyuu", anime iniciado em 2012 que mostra, abusando de muito humor nonsense e diálogos insanamente rápidos, a rotina de quatro garotas membros de um clube de tênis. Na verdade, elas podem praticar baseball, jogar video-game, participar de uma guerra ou ficar apenas tagarelando em uma velocidade que o obriga a pausar o vídeo a cada dez segundos (mas calma que os episódios só duram 2 minutos!), porém, jogar tênis mesmo, nem esperem por isso!

    É simplesmente uma comédia totalmente aleatória com um grupo de garotas nada recatadas ou normais, indo desde uma riquinha esnobe que tenta resolver tudo com dinheiro a uma pervertida com tendências lésbicas dublada pela diva Hanazawa Kana. Suas três primeiras temporadas saíram pelo estúdio MAPPA ("Sakamichi no Apollon", "Shingeki no Bahamut: Genesis") e tiveram vendas muito boas considerando seu tamanho e orçamento baixíssimo; pra se ter ideia a terceira temporada, de 2013, vendeu quase 3 mil cópias em seu volume único. Já da quarta temporada em diante exibidas desde 2015 ainda tem-se o mesmo diretor, Shin Itagaki, no comando das animações, porém o nanico Millepensee, estúdio que foi produtor-assistente nos animes anteriores, passou a ser o principal no lugar do MAPPA.


    Aliás, também há "Takamiya Nasuno Desu!: Teekyuu Spin-off", animação spin-off (como o próprio título deixa muito claro...) que foi exibida ao mesmo tempo que a quarta temporada na primavera japonesa de 2015, e que se baseia em um mangá focado numa das personagens da série principal, a podre de rica Takamiya DesuPor fim, eu já cheguei a citar "Teekyuu" no post "Dez animes curtos de 2012", clique aqui caso queira dar uma olhada.

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    Yami Shibai 3rd Season
    Formato: TV (4 min. por episódio)
    Estúdio: ILCA
    Diretor: Takashi Taniguchi / Tomohisa Ishikawa
    Gênero: Terror
    Tema: Sobrenatural
    De onde saiu: Continuação do anime de 2014, vindo de uma produção original.
    Site oficial: Clique aqui
    Trailer: Clique aqui

    Terceira temporada de "Yami Shibai", animação original de 2013 que, em seus curtos episódios, mostra um senhor narrando histórias de terror baseadas em lendas urbanas japonesas. Usando um estilo de animação que imita o kamishibai, no post "Dez animes curto de 2013" eu falei um pouco sobre ele, clique aqui caso queiram ler a respeito.

    Prometendo apresentar nessa sequência mais de cem novas criaturas e continuar se baseando em rumores e lendas urbanas, a franquia "Yami Shibai" trocará de direção pela terceira vez: após o declínio ocorrido na decepcionante segunda temporada quando Noboru Eguchi, Shoichiro Masumoto e Takashi Shimizu (esse último diretor da série de filmes "O Grito", precisamente os originais japoneses e as duas primeiras versões americanas) substituíram Tomoya Takashima ("Kagewani"), dessa vez os que surgirão no comando serão Takashi Taniguchi e Tomohisa Ishikawa. Enquanto que de Taniguchi não pude achar nenhuma informação (alguns sites tem indicado que seria essa pessoa, o que não faz sentido algum porque trata-se de um dublador falecido em 2012), Tomohisa é conhecido tanto por suas trilhas sonoras solos em animes como "Harmonie", "Kite Liberator" e "Innocent Venus", dentre outros, quanto pelas trilhas compostas para "Trinity Seven", "Witch Craft Works" e atualmente "Sakurako-san no Ashimoto ni wa Shitai ga Umatteiru" em conjunto com seu grupo Technoboys Pulcraft Green-Fund, que é focado em música techno - pelo comercial do anime logo acima já dá para ver (ouvir) um pouco de seu estilo, mas questiono isso de ele estar sendo creditado como diretor, posto no qual nunca esteve antes.

    Por outro lado, presente desde o primeiro anime, Hiromu Kumamoto permanece na criação de roteiros, agora ao lado de Satoko Kishi.



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    TOTAL:
    27 estreias

    10 continuações / spin-offs
    07 novas adaptações de mangás
    03 novas animações originais
    03 novas adaptações de jogos (Dispositivos móveis:1; PC:1; PSP:1)
    03 novas adaptações de novels
    01 novas adaptações de light novels


    Alguns dados aleatórios e inúteis sobre a montagem desse guia:
    Número de mangás e light novels que eu li pelo menos um capítulo: 7
    Número de volumes completos lidos: 13 (contando as versões mangás de light novels)
    Número de capítulos lidos: 87 (idem)
    Número de imagens reunidas no post de mangás e light novels que eu li: 96
    Dias passados desde o início da montagem do guia até sua postagem: 17
    Número de postagens do Animecote que foram tiradas do ar, nesse mesmo período, pelo Blogger por suposta violação de direitos autorais: 2 (são só resenhas, meu Deus! Ainda estamos recorrendo quanto a isso)
    Quantidade de jogos que comprei no Steam em igual período: 13 (e ainda tem o evento de fim de ano daqui a alguns dias...)


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    Animações mais - e também menos, por que não - esperadas pela comunidade do MyAnimeList (de acordo com o total de usuários que já adicionaram cada anime às suas listas) (números do dia 13/12):

     Durarara!!x2Ketsu - 38,784
     Ansatsu Kyoushitsu (TV) 2nd Season - 19,644
     Gate: Jieitai Kanochi nite, Kaku Tatakaeri - Enryuu-hen - 16,332
     Akagami no Shirayuki-hime 2nd Season - 12,606
     Ajin - 10,138
     Ao no Kanata no Four Rhythm - 9,315**
     Boku dake ga Inai Machi - 9,255
     Hai to Gensou no Grimgar - 8,855**
     Dagashi Kashi - 8,528
    10º Musaigen no Phantom World - 7,725
    ...
    ...
    ...
    33º Yami Shibai 3rd Season - 834
    34º Nurse Witch Komugi-chan R- 670
    35º Ojisan to Marshmallow - 655
    36º Reikenzan: Hoshikuzu-tachi no Utage - 315**
    37º Ganbare! Lulu Lolo 3rd Season - 25

    ** Ainda não adicionados

    Explicação quanto ao motivo de ter apenas 37 animes listados aqui:Devido a demora do MyAnimeList para realizar atualizações nessas últimas semanas, algumas estreias pequenas sequer possuem página no site até o momento, ao passo que outras já têm as páginas criadas, porém não foram aprovadas ainda e por conta disso os usuários não conseguem adiciona-las em suas listas.





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    Meus perfis:

    AnimecoteCast #94: Animes de 2015

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    E 2015 chega ao fim dando a impressão de que não deixará muitas saudades seja na vida real, seja no mundo 2D, e como de praxe o AnimecoteCast traz em sua última edição do ano os habituais TOPs alguns sérios, outros apenas tontos, a respeito dos animes exibidos nesse período.


    Melhor e Pior Casal, Final mais emocionante, Melhor primeiro episódio, Pior nome de personagem e Plot twist do ano, dentre outras, foram algumas das categorias nada sérias com as quais demos início a edição, para logo depois partir para TOPs normais como Melhor Drama, Melhor Romance, Melhor Trilha Sonora, Melhor Continuação, Melhor Arte/Animação e por aí vai - para um ano tão fraco até que ainda conseguimos citar boas animações nesse caso, mas foi difícil! Por fim, cada participante também apresentou seu TOP 5 pessoal de melhores animes de 2015, além de citar quais foram seus podcasts preferidos tanto do Animecote, quanto do Sobre Músicas e Animes, nesse mesmo ano (a relação se encontra logo abaixo). 

    Eu, Erick Dias, fui o host dessa vez já que o Bebop está com problemas na internet (por isso que o AnimecoteCast ficou sem novidades por mais de um mês), e junto comigo temos Anachan, Carlírio Neto, Evilásio - que foi o responsável pela edição - e Luk.




    Download
    Duração: [01:33:50]
    Link alternativo no Mediafire:Clique aqui 


    Links dos Participantes:
    Chunan
    Netoin!
    YOpinando



    Podcasts Favoritos de 2015:

    AnimecoteCast:
    AnimecoteCast #83: Cine Animecote 4
    AnimecoteCast #84: Animes dos Anos 2000
    AnimecoteCast #87: Melhores Primeiros Episódios e Animes Titanic 
    AnimecoteCast #89: Hayao Miyazaki
    AnimecoteCast #90: Studio Ghibli  


    SMA:
    Sobre Músicas e Animes 41: Animes com Traps masculinos
    Sobre Músicas e Animes 46: Músicas de animes que tenham uma música tema de abertura cujo título ao contrário é Atanak Akurah
    Sobre Músicas e Animes Especial 1: Momentos divertidos das 50(1) primeiras edições
    Sobre Músicas e Animes 52: Melhores de 2015





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    Especial: Desafio D&G #01 - Josei / Ecchi / Fanservice / Hentai / Smut

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    Por Tadashi Katsuren

    Saudações! Cá estou novamente, desta vez para trazer outro dos novos quadros que bolei para o blog. Este, entretanto, requer uma breve explicação sobre como funcionará em cada uma de suas edições – isso caso vocês gostarem desta inicial, obviamente. Chama-se: Desafio D&G, ou por extenso, Desafio Demografia & Gênero. E trata-se, de modo geral, de uma postagem de breves análises, possíveis primeiras impressões e possíveisindicações. 

    Como funciona: Em toda nova postagem deste quadro sortearei dois números aleatórios, o primeiro de 01 a 04 e o outro número de 01 a 24. Sendo estes números correspondentes ao seguinte quadro:


    01
    Shounen
    02
    Shoujo
    03
    Seinen
    04
    Josei

    E o consecutivo:
    01
    Ação
    13
    Sci-fi/Cyberpunk/Steampunk
    02
    Aventura
    14
    Colegial
    03
    Romance
    15
    Psicológico
    04
    Drama
    16
    Esportivo
    05
    Fantasia
    17
    Horror/Terror
    06
    Comédia
    18
    Misc.
    07
    Slice of Life
    19
    Supernatural/Magia
    08
    Mecha
    20
    Ecchi/Fanservice/Hentai/Smut
    09
    Mistério/ Suspense
    21
    Yuri/Yaoi/Shounen Ai/Shoujo Ai
    10
    Histórico
    22
    One-Shot
    11
    Artes Marciais
    23
    Musical
    12
    Harém/Harém Invertido
    24
    Maduro/Gore/Temas Pesados

    É. É isso mesmo.


    E, então, baseado na Demografia e no Gênero sorteados, eu tentarei identificar bons animes e mangás que possam ser indicados - assim como também farei questão de selecionar menções bizarras, engraçadas ou inacreditáveis que tirar do meio disso. Quando disse ali em cima que este é um quadro de possíveisindicações e primeiras impressões, é porque haverá sempre a chance de eu sortear uma Demografia e um Gênero tão absurdamente divergentes que não encontrarei quase nada que se enquadre nele. Ou que, quando se enquadre, seja extremamente indesejável ou indigesto.

    Peço, também, a compreensão dos caros leitores para quando eu realizar uma leve licença poética, para enquadrar um anime ou mangá de outro gênero num similar que se encaixe a minha busca. Prometo não exagerar nas disparidades quando assim o fizer.

    Seguem algumas possíveis dúvidas respondidas sobre o quadro: 

    Como fez as escolhas dos gêneros? E como fará para classificar os animes e mangás?
    Tanto as escolhas dos gêneros pré-selecionados como também as que usarei para classificar os mangás e animes escolhidos de cada edição são tirados do MAL, do Manga Park, do Manga Updates, do Daisuki e do Crunchyroll. Fiz uma pesquisa por todos os gêneros dispostos e os organizei da melhor forma possível. E, por fim, para relacionar Demografia e Animes, usarei de seus originais, sejam estes mangás ou Light Novels. De modo algum considerem estes quadros como verdade absoluta na divisão de gêneros e subgêneros no que tange a animação e os quadrinhos japoneses.

    Os sorteios serão definitivos?
    Não. Vou me esforçar ao máximo para conseguir encontrar indicações ou ao menos citações de obras em qualquer combinação, mas caso notar que realmente ficará impossível realizar uma boa postagem (ou sequer realizar uma postagem) com o sorteio inicial, realizarei um conseguinte. Prometo avisar quando isso ocorrer, até porque, postarei um print de cada sorteio realizado. 

    Sobre algumas divisões:
    Dentro de Demografia, escolhi por incluir apenas as quatro maiores, deixando de lado Kodomo e qualquer outro que possa ser criado por aí. Já dentro das divisões de gêneros, peço para não considerarem sinônimos os temas enquadrados dentro de um mesmo número (como os números 13 e 21, por exemplo). Aloquei-os juntos por similaridade de tema ou alguma facilidade de relacioná-los; dentro do número 13, por exemplo, encontram-se dois subgêneros de Sci-fi mais influentes e destacados. Acho que também é válido ressaltar que o fanservice e o ecchi mencionados no tópico 20 não são exclusivos para obras voltadas ao público masculino, há muito disso em Shoujo e Josei também. Por fim, dentro do tema Misc.(18), dei-me a liberdade de poder abordar qualquer outro gênero ou assunto de menor abrangência, mas que ainda assim podem configurar como um quesito (nonsense, demônio/vampiro, gender bender, gastronomia, etc). Quando sortear um número que possui mais de um gênero em sua descrição, darei-me o livre arbítrio quanto à escolha dos títulos, podendo preferir todos de um único gênero ou alternar entre os apresentados.

    Na prática: serão resenhas, primeiras impressões ou só simples indicações? Quantas serão por quadro? 
    Depende muito. Podem haver casos em que terei a sorte de encontrar um D&G no qual tenho títulos já lidos ou assistidos e tenha tido uma ótima experiência. Nestes casos, posso me alongar um pouco mais em cada um deles, apresentando quase uma pequena resenha da obra. Caso visite um mangá ou anime pela primeira vez em decorrência do quadro, dependendo de seu tamanho, posso trazer apenas minhas primeiras impressões como também posso arriscar lê-la ou assisti-la por um todo, caso não muito longa. Haverão também casos em que posso simplesmente não encontrar nada que me agrade realmente, e por isso não haverão reais indicações, apenas minhas experiências com o título. A cada quadro, devo tentar trazer uma média que varia de três a cinco obras citadas. 

    Caso haja mais alguma dúvida sobre este novo quadro, não hesitem em fazê-las através dos comentários, serão respondidas na próxima postagem D&G. Sem mais delongas, vou sortear os números desta primeira edição! 

    E os números sorteados são...



    JOSEI &ECCHI/FANSERVICE/HENTAI/SMUT

    Dois pensamentos preocupantes me surgiram quando finalmente determinei os gêneros e as demografias utilizadas. O primeiro foi: Não entendo quase nada de Josei, vou penar quando precisar fazer sobre eles. E o segundo pensamento foi: Os tópicos 20 e 21, ao meu ver, serão os mais complicados de filtrar títulos interessantes. Qual foi a surpresa quando sorteei, em ordem, estes dois números abençoados na primeira edição do quadro? É claro que existem muitas outras combinações extremamente perigosas a serem realizadas, mas cheguei a rir de mim mesmo quando surgiram exatamente os dois números mencionados por minha mente alarmada.

    Acabou que, por sorte, pesquisando um pouco mais dentro da demografia, acabei por descobrir que uma parte considerável de mangás Josei abordam o gênero Smut(neste desafio resolvi me afixar nesse tema em específico), algo que desconhecia por pura falta de interesse anterior de minha parte. Também, por graças divinas, veio a calhar que minha digníssima namorada tem uma valiosa experiência com Josei e acabou por atuar como minha conselheira quando busquei algumas das obras que apresentarei mais adiante. No fim, o fardo não foi assim tão pesado, e... olha, até que devo ter me saído relativamente bem. Sem mais delongas: Vamos iniciar!


    *****

    Pude encontrar uma ótima e concisa definição para smutno Urban Dictionary, a qual me baseei para confeccionar esta breve explicação, apenas para adentrar no gênero quem não já o conhecia de alguma forma: Ficção em que há explícitas menções sexuais geralmente enfocadas na figura feminina, genericamente falando, um pornô feminino. Daí, a minha pesquisa e aventura se iniciaram. Minha primeira curiosidade nesta Demografia & Gênero se provou válida logo no início da busca: em avassaladora contrapartida ao Hentai, não encontrei animes do gênero smut. É claro que uma vez que a demografia exige, de maneira geral, uma maior maturidade e sensatez, muitos dos gêneros mais comuns (Drama, Slice-of-Life) trarão momentos de relações sexuais e similares entre personagens; todavia tem-se que aí não pode ser classificado smut como gênero principal da obra, já que ele só está presente para complementar e adornar os temas principais. Dada esta constatação, este D&G é inteiramente composto por mangás.

    Realmente, dentre todos os mangás que li para compor as citações principais desta primeira edição do quadro, nenhum deles demonstrou mais conexão direta com o gênero que as histórias de Kasane Katsumoto. E isso pode literalmente ser provado pelo nome das primeiras obras das quais vou tratar: "Deep Kiss" e "Deep Sex".


    Tente mentalizar esta imagem: Você encontra um shoujo de romance padrão, algo que não sai muito dos estandartes convencionais do mercado, mas que ainda assim pode entretê-lo(a) por algum bom tempo até alcançar o volume mais recente lançado. Remova dele um pouco do seu bittersweet e acrescente em seu lugar a pornografia voltada ao gênero feminino que o Smut se propõe a entregar. Acho que esta é a fórmula que pude encontrar para definir com facilidade as obras de Katsumoto (ao menos dentro deste tema, encontrei outros mangás da autora que visam outros gêneros e demografias diferentes). Suas obras são, de maneira geral, curtas, sendo em grande maioria One-shots, muitas vezes compiladas em mangás que ganham por nome o título mais bem trabalhado dentre eles. No quesito enredo, eu realmente tenho de ser imparcial para fazer a análise: as obras são fracas e possuem histórias muitas vezes rasas, mas elas possuem uma boa solidez e não perdem o nexo, embora algumas vezes eu tenha sentido algumas forçadas para que a história se encaixasse melhor com a finalidade do gênero. Afinal de contas, se for usada a fórmula acima representada, é compreensível que a trama perca força para que o smut ganhe algumas páginas adicionais no capítulo.  


    Vamos falar um pouco dos personagens e da trama em si: em "Deep Sex" temos o casal principal Eisuke e Ako, dois amigos de infância – agora estudantes universitários – da mesma vizinhança. E que, curiosamente, começaram a descobrir sobre seus próprios corpos já desde crianças, e sempre um com o outro, de modo que a história já se inicia com os dois em uma cena de sexo. Muito embora sejam tão íntimos de seus próprios corpos, estes dois não são namorados e, aparentemente, não tem mais nenhum interesse um no outro senão a amizade e o prazer carnal. O ponto chave para o desenvolvimento da trama é que Ako deseja ter uma vida normal, e até se encontra apaixonada por um garoto com quem trabalha, mas seu corpo continua desejando os toques de Eisuke. Parafraseando com a própria obra, nossa protagonista encontra-se numa divisão em que o coração quer uma coisa, e seu corpo quer outra. Considerando que este mangá contém apenas um volume de dois capítulos, deve se considerar que a história não se aprofunda tanto assim para que haja um real apreço por quase qualquer personagem– senão talvez Ako, que ganha na maior parte do tempo a posição de protagonista em foque da trama. Numa análise pessoal, digo que vi muito pouco do personagem Eisuke, dada sua importância como protagonista de uma série em que vemos praticamente três personagens ganhando nomes e um mínimo de background. Mas penso que muito disso deriva da demografia, já que neste ponto o mais importante para o público alvo é espelhar-se na história através do ícone feminino.



    Mesmo sem muita experiência quanto ao traço, devo dizer que me agradou os olhos. De maneira literal os personagens foram desenhados num característico traço shoujo, com o único diferencial da nudez e do tema correlacionado. Não pude encontrar nenhum erro de anatomia ou desproporção gritante, não que seja expert neste quesito, e em destaque pessoal, os olhos grandes, emotivos com cílios bem aparentes são bastante chamativos, assim como alguns enquadramentos em que os lábios dos personagens são bem delineados e vívidos, várias destas nas sequências de relação sexual. De modo geral, o background das cenas não são bem trabalhadas; geralmente em cada novo momento do mangá temos apenas um ou dois quadros apresentando onde estão os personagens e logo depois entramos em desenhos em que ficam à mostra apenas as pessoas e vez ou outra um ou outro móvel do local. Isso nos dá uma maior introspecção nos pensamentos e sentimentos do personagem, mas pergunto-me o quanto disso também ficou assim por uma falta de técnica ou tempo para trabalhar no plano de fundo das cenas.

    Seguindo adiante, porque ainda temos algumas várias menções a serem feitas, falemos agora de "Deep Kiss", mangá de volume único da autora Katsumoto que traz quatro one-shots que abordam o tema Smut como principal, seguido de uma boa dose de romance, como é de se esperar da influência shoujo que eu senti igualmente grande em "Deep Sex". Como há esta pequena variedade de enredos, decidi abordar apenas um deles, e deixar os outros três para quem tem curiosidade sobre o tema ir atrás; citemos a terceira história, "Kare no Mahou no Te / Magic Fingers", cuja tradução literal do título em japonês ficaria algo como "As mãos mágicas dele". O que é beeem sugestivo sobre o que falaremos neste one-shot, não?


    Temos nesta história um casal já formado, os namorados Kazuto e Haruno. Muito embora não saibamos exatamente com o que Haruno trabalha, ou se estuda, ela é nossa personagem principal e também aquela a qual os enquadramentos seguem com destaque (como dito acima, não é surpresa, dada a Demografia). Do outro pólo desta pequena história está Kazuto, seu namorado. Este personagem é um cabelereiro por profissão, que aparentemente ama o seu trabalho e o faz muito bem, daí vem o título da história (claro, isso além das menções sexuais de suas habilidades manuais). Como estas tramas possuem ainda menos páginas que "Deep Sex" teve, considera-se que os enredos delas são ainda menores e menos trabalhados; não há muito tempo para se prender nos personagens, mas o enredo pelo menos é elaborado para que haja uma empatia com a história por um todo. De maneira geral, a trama trata sobre a vida corrida do namorado de Haruno, que tem de dividir seu tempo de serviço e de relacionamento pessoal e de como isso afeta a garota. Pessoalmente, do meu ponto de vista, esse one-shot retrata uma DR de casal, desde a causa até a consequência e resolução. Não há nada de sensacional, mas dou o crédito que há uma história pelo menos para desculpar as cenas de smut do mangá.  Prefiro não adentrar na parte técnica para não me soar repetitivo, visto que este mangá não diferencia-se muito do citado anteriormente.

    Assim, eu completo as obras que trouxe de Kasane Katsumoto. Caso você tenha as lido após estas menções e tenha se interessado, digo que ela possui mais alguns mangás publicados com a mesma vibe. Encontrei boa parte deles scanneada e traduzida no Manga Park, tais quais "Off-time no Kemono" e "Yuuwaku no Bansan", entre mais algumas outras. Também, por curiosidade e fora do gênero, esta autora tem um mangá chamado "Berna to Garland", que não encontrei em nenhum dos sites que costumo frequentar para ler. É um Slice-of-Life e One-Shot com uma impressionante nota 8.0 pelo MyAnimeList e 10.0 pelo MangaUpdates. São pouquíssimas as pessoas que marcaram esta obra como lidas, mas mesmo assim atiçou-me bastante a curiosidade.


    *****

    Não posso comprovar o quanto isso foi vivência para o público feminino que acompanha o blog, mas pelo menos entre boa parte dos homens, eu posso afirmar que este fato deve ter ocorrido alguma vez até hoje: O mercado de filmes pornográficos é mestre em criar paródias, e com certeza já encontrou alguma coisa que nunca imaginava, dos mais diferentes tipos às mais bizarras explicações para levar duas (ou mais) pessoas a terem relações sexuais. É quase aquela premissa da (não tão) famosa Lei 34 da Internet: Se algo existe, existe pornô daquilo. Chega a ser engraçado, mas foi a melhor introdução que surgiu em minha mente para falar desta autora e de sua série de livros. Caros leitores do blog, trataremos agora dos trabalhos de Yumi Takano, e sua pequena compilação de histórias que levam o título "EruMeruhen/ Erotic Fairy Tales".


    Os Contos de Fadas são usados até hoje, das mais diferentes formas possíveis por quase todos os tipos de mídia e modos de entretenimento. As incontáveis adaptações animadas da Disney, assim como as recentes releituras do cinema são apenas alguns exemplos da afirmativa, enquanto na literatura fantástica brasileira Raphael Draccon mescla inúmeros deles em sua trilogia Dragões de Étercom unicidade, tal qual faz a série televisiva Once Upon a Time. Se estas amostras estão muito distantes do nosso mundo otaku que foca na pop culture japonesa, podemos encontrar alguns animes com embasamentos em contos de fada também, exemplo seria o anime "Prétear: The New Legend of Snow White"- acho que o título fala por si próprio neste caso. Por fim, dando passos na direção final desta introdução, encontramos as obras de Yumi Takano.

    "Erotic Fairy Tales" tem um nome que não deixa ninguém se enganar quanto às suas intenções; Takano realiza neles a sua própria releitura do que seriam os mais famosos contos de fadas do mundo contadas com erotismo para mulheres. Fazendo o caminho inverso, falaremos agora primeiramente da arte e ademais quesitos técnicos antes de entrar propriamente dito no enredo de suas histórias.  O traço de Yumi Takano é bonito quando tratamos dos personagens, seus homens são desenhados para parecerem sedutores às mulheres, e curiosamente elas possuem um extremo cuidado em sua construção, não deixando a desejar nas curvas e desenhos íntimos. Seus personagens tem um design mais afinado com braços e pernas longos, do que me recordo, não encontrei nenhum que quebrasse esta proporção, sendo que até a personagens baixinha e animada encontrava-se dentro destes padrões, o que causa uma boa estética, mas que às vezes pode causar algumas falhas de proporção que podem ser notadas caso você pare para analisar página por página com mais calma. Em se tratando do background das cenas, caso comparemos Takano com nossa mangaká anteriormente citada, encontramos que Takano ambienta muito mais suas histórias, nos dando sempre uma exata noção de onde estão os personagens e explicando, com imagens, um pouco do mundo onde se passa a trama. Não são desenhos bem detalhados ou cheios de minúcias, mas não deixam a desejar na identificação de cenário.

    Agora, partiremos para as histórias em si!

    Não que este seja um quesito com o qual se empolgar, na realidade, hahaha... As histórias de Yumi Takano são o que eu achei de mais próximo que um Smut pode chegar de um Hentai neste ponto. Seus enredos são rasos, e mais que rasos, eles muitas vezes chegam a ser extremamente forçados em muitos pontos. É mais como uma fantasia meio-construída para deixar seus leitores entrarem no clima do conto de fadas e aí... BAM! Cena de sexo. Em muitas das histórias, a mangaká simplesmente coloca personagens secundários ou mesmo personagens sem nomes para aparecer pela primeira vez na trama já no meio de uma cena erótica. Quando paro para pensar, muita de nossa empatia pelos personagens apresentados em seus mangás não vem de sua própria obra, mas sim porque já os conhecemos de seus respectivos contos de fadas.  De certo modo isso é bom, porque assim nós conseguimos nos identificar um pouco mais com a história, mesmo que ela seja mal apresentada. Pelo lado negativo, a mangaká perde credibilidade em um dos quesitos que pelo menos eu considero um dos mais importantes quando analisando um mangá ou anime. Dentro de "Erotic Fairy Tales", Takano conta com vários One-shots e duas histórias que até então se encontram ainda em processo de publicação, uma já com mais capítulos lançados. Falaremos aqui de um curto e um longo, brevemente.


    Vamos começar com "Akazuki-chan /Red Riding Hood". Esta curta obra conta com quatro capítulos nos quais a autora nos apresenta a sua versão de Chapeuzinho Vermelho. Nela, encontramos Marie como protagonista, e nossa garota nessa história tem praticamente a mesma missão que a sua idealização, que é levar uma cesta para sua avó, nesse caso contendo vinho e pão. A primeira diferenciação das histórias tradicionais se encontra aqui: nela encontramos Marie (Chapeuzinho Vermelho) como sendo a filha de uma família de destemidos criminosos, sabendo manusear armas de fogo e combater corpo-a-corpo. Em seu caminho para a casa de sua avó, encontramos então Kou, nosso protagonista masculino, um lobo - acalmem-se; quando digo lobo, quero dizer humano com orelhas de lobo, rabo, um pouco de dentes afiados e umas poucas garras.

    Vou tentar não contar muito da história além disso, para que não haja mais graça alguma em ver este mangá senão pelo erotismo, mas preciso salientar que em seu enredo temos alguns pontos que até chamaram um pouco do meu interesse, como a existência de Caçadores de Recompensa que buscam a família criminosa de Marie e a introdução da  avó da garota. Em pontos negativos, temos tudo que é relacionado com a história por trás do Lobo. São tantas explicações vagas e sem nexo que, até mesmo para um erotismo de poucos capítulos, eu fiquei irritado. A história possui dois pequenos arcos rasos e encerra-se sem maiores problemas.

    Adiante, entramos agora em "Ningyou-hime/ The Little Mermaid". Na minha infância, eu acho que o conto de fada da pequena sereia foi de longe o que menos me chamava a atenção, tanto que eu mal conseguia recordar muito sobre o enredo original quando comecei a ler a adaptação da Takano. Lotteé nossa protagonista feminina da vez, ela é uma sereia que (não sei porque diabos) desejava conhecer mais do mundo humano. Todas as coincidências do mundo então fazem convergir  para que a personagem em sua primeira aventura se encontrasse com um náufrago de uma embarcação que afundou próximo da costa. A Sereia então leva-o até a praia, salvando a sua vida, mas logo tem de esconder-se dada a aproximação de mais pessoas. Se afastando da praia um pouco, ela é abordada por um demônio, que oferece a ela a chance de tornar-se humana em custa de um contrato e de algumas condições. Claro, por que não? Como se não houvesse mais nada a perder ela aceita. Lotte chega à praia e toma uma poção dada pelo demônio, e então, uma dor excruciante toma seu corpo e a garota desmaia na praia, com pernas no lugar de suas antigas nadadeiras.


    Quão belo é o destino que Lotte é salva por quem antes havia a salvado, o náufrago desacordado que abordou mais cedo trata-se do protagonista masculino da história, Lorde Abel. Ele a leva para dentro de seus aposentos e cuida dela. Quando perguntado ao seu médico sobre as condições da garota, Abel recebe a mensagem que Lotte sofre de uma condição rara, e que ela precisava com urgência de força vital para se recuperar, caso contrário, a dor aumentaria até o ponto em que morreria. Nessa altura do campeonato, já é meio que muito fácil imaginar como Lotte precisa de energia vital, certo? É, a desculpa inicial para todas as cenas pornôs do mangá são que ela se fortalece com a energia vital que é passada a ela através de sexo. E daí, a história segue. A Pequena Sereira é o mangá de Takano Yumi com mais capítulos até então, contando com mais de 30 publicados, também é um dos únicos que ainda não se fechou e que aparenta não querer findar como One-Shot. Em elogio ao enredo, posso dizer que a extensão do mangá nos leva a um maior desenvolvimento dos personagens, principalmente os secundários que vão aparecendo aos poucos. Temos Deo, o irmão gêmeo de Abel, que tem uma séria rixa com o mesmo desde a infância. Temos também Kaya, uma nobre apaixonada por Abel que faz de tudo pelo seu amado, até tramas mirabolantes, e mais alguns que começam a surgir e ganhar destaque aqui e acolá, mas aparentemente a trama inicial se desenvolve entre os quatro. Muitas das histórias contadas no correr dos capítulos tem relação direta com dois pontos chaves dos protagonistas: a necessidade de Lotte e a mera Existência de Abel, são os carros-forte nos enredos que fazem a história avançar, com tramas regadas com traição, armações, desentendimentos, inveja e falsas intenções. Mas, mesmo assim, nada que você provavelmente já não tenha visto em algum shoujo de romance tradicional.

    Dando um pontapé adiante, vamos sair desta história de Erotic Fairy Tales para falar um pouco sobre todo seu conjunto de forma geral, começando por citar o personagem mais curioso e participativo de Takano Yumi: J.


    Sendo apresentado apenas desta forma, a sua real identidade ou mesmo quais as suas intenções permanecem um mistério até então. Dentre as diversas alcunhas pelas quais já fora chamado, J pode ser o Criador, pode ser o Contador de Histórias, também pode ser um Demônio, ou até mesmo um Anjo Caído. Esta carta coringa é a sacada para Takano Yumi unir todas as histórias em uma maior e um pouco mais complexa e arquitetada. Em diversas obras, vemos J alterando diretamente o caminhar dos personagens, enquanto em algumas outras ele apenas observa ou narra os fatos de longe. Assim como um ponto positivo, dando uma profundidade um pouco maior para a série de mangás de forma geral, J também é uma desculpa da autora. Uma licença poética para que ela possa mudar o rumo de suas histórias como bem entender. Está difícil conectar dois personagens? Pois bem, J vai cuidar disso. Precisamos de ajuda com o vilão? Pois bem, J vai cuidar disso. O Vilão precisa de uma mão? Pois bem J vai cuidar disso TAMBÉM. Chega a ser incômodo em alguns momentos ver a quebra da história contada, por mais que, de maneira geral ele tenha sido um ponto positivo nestas leituras.

    Um julgamento final: Não leia Takano Yumi se busca histórias. Elas são extremamente voltadas para o erotismo, e embora imbuídas de um pouco do que seria uma adaptação em mangá de contos de fada, ainda passam longe de serem boas. No quesito Smut, a obra está de parabéns, afinal de contas, este é o selo que encontrei nas divisões entre capítulos:




    *****

    Ufa! Longa pesquisa e algumas horas lendo histórias não tão agradáveis. Chegamos agora na minha última menção deste desafio. Guardei-a porque esta é a única que deixa de ser uma impressãopara se tornar uma indicação (quase com a mesma exatidão com a qual guardo a cereja do bolo para a última mordida). Falaremos da obra de Tomu Ohmia inesperada pérola "Midnight Secretary"!


    Antes de mais nada... Leia com atenção este parágrafo! O que farei agora é uma impressão dos dois primeiros volumes do mangá, farei o máximo possível para não estragar a obra e as surpresas que estão para vir, mas não vou deixar de dissertar sobre  ela com a minúcia que puder. Aqui vai uma sugestão: Caso não conheça nada sobre este mangá, pule esta parte da postagem e vá direto para as considerações finais. Por que digo isso? Porque li o mangá sem nem ao menos ler sinopse ou ver os demais gêneros que acobertam a obra, e isso foi uma experiência maravilhosa. Uma segunda sugestão seria parar agora esta leitura, ler o primeiro capítulo do mangá e depois voltar aqui para ouvir os comentários conseguintes. Mas, é claro, isso são apenas sugestões, sintam-se a vontade para ler esta postagem como bem desejarem.

    A primeira coisa que me chamou a atenção nesta obra, é que ela caminha para um lado que – aos meus olhos – se entrelaça com a demografia. Uma vez que o público alvo do mangá é o feminino adulto, nada refletiria mais esta correlação do que uma obra que se passa nos dias atuais, tendo como protagonista uma assalariada de uma grande empresa. Sim, isso é meio que óbvio dado o seu título, mas não custa enfatizar: O mangá tem o plano de fundo de uma grande empresa japonesa, dona de diversos estabelecimentos e uma rede de atuação gigantesca. Nela, encontraremos nossa protagonista Kaya Satozuki (No MyAnimeList o nome é Satozuka, estou seguindo o padrão do scannlator que li), uma jovem e eficiente secretária que acaba de ser remanejada para atender a um dos diretores mais famosos da empresa, o competente Kyouhei Touma, que tinha como requisito principal que sua secretária pudesse passar do horário comercial trabalhando (daí Midnight Secretary), visto que seus compromissos muitas vezes se alongavam até depois deste. Filho mais novo do presidente-geral, Kyouhei é conhecido por dois fatos bem distintos: ele é extremamente eficiente e inteligente, adquirindo o seu posto por merecimento e não por indicação; e é um conquistador e galanteador nato, sendo conhecido por passar muito tempo com diversas mulheres poderosas e lindas de diferentes meios.


    Depois de um atrito inicial, Kyouhei aceita Satozuki como sua secretária após esta mostrar sua competência para tal (entrarei em maiores detalhes quando tratar dos personagens em si), e logo em seus primeiros dias de serviço, nossa protagonista acaba por finalmente descobrir o grande segredo de Kyouhei Touma: ele é um vampiro. Vamos parar para respirar aqui. Quando li este mangá, sem spoiler ou sequer sinopses, eu realmente acreditei que não haveria nada de sobrenatural com ele, uma vez que não há indicação inicial alguma. De modo que, a terminar o primeiro capítulo, umas inúmeras coisas se reviraram na minha mente, assim como reviraram na mente de Satozuki. A máscara de garanhão era apenas uma desculpa para conseguir se aproximar de seu alimento. O fato de trabalhar mais de noite. Tudo se montou num pequeno quebra-cabeças que eu adorei construir. Esta surpresaé algo que você perde facilmente, é só uma passada de olhar pelos gêneros ou pela sinopse e bam, todo o fator inusitado se perde. Bom, seguindo adiante:


    A trama principal se prende em três alicerces: O Romance entre os dois personagens principais, O serviço da empresa, O segredo do Diretor. E quando coloco-os tão exaltados, é porque nenhum deles se apaga. Diferente dos inúmeros animes e mangás de romance perdidos por aí que não encontram mais foco algum, este por sua vez apresenta um delicioso plano de fundo. O mundo empresarial não é apenas o local onde a história se passa, ele é também parte do roteiro. A eficiência na construção da agenda e na pesquisa de material da secretária, as jogadas de negócios arquitetadas e alavancadas pelo diretor, o planejamento estratégico, os cargos e a hierarquia empresarial. Mesmo que não gritantes como tema, são abordados com constante frequência e fazem o papel de mergulhar o leitor no mundo dos negócios. O romance entre Kaya e Kyouhei eu vou deixar para tratar adiante no próximo parágrafo em que falarei dos personagens em si. E, por fim, a abordagem sobre o sobrenatural encontrado na série é sutil e vai aumentando conforme é necessitado para o desenvolver dos protagonistas; não senti a barra ser forçada para a história se encaixar até então. Muito embora a construção de vampiro que eles apresentam seja um tanto diferente da convencional, uma vez que ela é verossímil e crível, eu consigo seguir com ela.


    Por fim, nós temos os personagens. Kaya Satozuki é uma garota determinada, esforçada, competente, organizada e muito cuidadosa. Estas acabam por ser as principais características que a fazem se destacar tanto. Diferente de muitas personagens femininas fracas que conheci lendo mangás Josei Smut neste último mês, Kaya é forte. Toda a sua dedicação no emprego tem motivo: o pai de Kaya faleceu logo que ela era criança, forçando a mãe, que nunca tinha ingressado no mercado de trabalho, a procurar um emprego e sustentar e criar a filha por conta própria - visando os cuidados com a mãe, Kaya sempre pensa em seu emprego em primeiro lugar. Em resumo, é uma boa filha que quer fazer com que a mãe possa descansar através de seu próprio crescimento profissional. Não é novo, mas é muito convincente para a construção de sua personalidade e para o enredo da história, quando aceita ser a secretária de um vampiro mesmo sabendo destas condições. Em contradição a tudo que Kyouhei procurava numa companhia até tarde da noite Kaya veste-se com formalidade, prendendo os cabelos firmemente e usando óculos e uma feição séria, tudo para esconder a sua real face, a secretária possui um rosto infantil e é muitas vezes confundida com uma adolescente quando não se porta com a formalidade padrão. Esta personagem pessoalmente me impressiona bastante, quando apareceu pela primeira vez jurava que seria a típica personagem que se faz de durona para revelar o seu lado fraco na primeira oportunidade. Não, a seriedade de Kaya é dificilmente quebrada, e até mesmo quanto às suas decisões da vida pessoal, esta personagem consegue mantê-las e segui-las com o rosto pra frente. Obviamente, a paixão mostra a sua face mais gentil e frágil, mas isso fica longe de alcançar os estereótipos com os quais estamos acostumados. 

    Do outro lado do casal, tempos Kyouhei. O filho do presidente da empresa é um homem que alterna entre a seriedade e a brincadeira com uma boa frequência. Quando trata-se de negócios, ele não brinca e toma as melhores decisões que achar possíveis, e no instante seguinte pode estar provocando sua secretária. Kyouhei é possessivo e olha os humanos com ar de superioridade, além disso, gosta de ter tudo sobre seu controle e costuma não ser inicialmente sincero com seus próprios sentimentos. Um dos pontos que mais gostei desta história é que o romance nascido entre os dois personagens principais não surge a esmo/ ele tem explicação, e uma boa explicação. Com Kaya aceitando trabalhar para Kyouhei mesmo depois de conhecer seu grande segredo, um elo de confiança fora criado. Por um lado, vemos Kaya desvendando os mistérios de um homem que a princípio era só um galinha, passando a se tornar algo que nunca esperava encontrar ou se relacionar. Do outro, vemos Kyouhei encontrando finalmente alguém em quem pode confiar para qualquer coisa, até mesmo para doar de seu próprio sangue se necessário. Esta relação inusitada mexe com seus sentimentos de maneira compreensível, e o que antes era só uma grande utilidade  (uma secretária que organiza sua agenda de bolsas de sangue femininas, seus encontros de negócio e de sobra ainda preocupa-se além da conta com seu estado), passa a se tornar algo mais. Enfim, é um enredo que vale a pena acompanhar, caso você goste de um bom romance.

    Quanto aos personagens secundários, há uma boa gama deles, e aposto que muitos outros ainda devem surgir nos capítulos que ainda não li. Também há desenvolvimento em cima deles, mas geralmente estes se encontram lá para enaltecer o casal principal.

    Mas... Tadashi, e o Smut?

    Finalmente chegamos nele! E já aviso, em questão de nudez e de sexo explícito, este é o mangá em que menos pude encontrar em todos os que pesquisei. Para ser bem sincero, considero o Smut mais como um subgênero deste mangá, mas escolhi abordá-lo mesmo assim, porque o seu papel é bastante importante no correr da história. E, querendo ou não, eu aposto minhas fichas que o público alvo gosta bastantedas cenas. "Midnight Secretary" tem uma carta na manga bem características deste gênero sobrenatural de criatura: O Beijo do Vampiro. É interpretado em muitos estudos sobre a vil criatura que a mordida de um vampiro e a ação de sugar o sangue da vítima causam sensações que se assemelham a um orgasmo na mesma. Este fato é utilizado por Kyouhei para conseguir tomar o sangue de suas refeições no meio de suas relações sexuais; o êxtase do momento é tão grande que as garotas deliram e não sabem bem o que aconteceu, só que foi muito bom. A relação inicial de Kaya e Kyouhei começa a ficar mais íntima por este fato, decorrido alguns eventos em que o vampiro se enfraquece, e Kaya oferece de seu sangue para assegurar o bem estar de seu superior. Ato em que ela primeiro sente a mordida. E, mesmo que a cena em si não possua uma nudez maior que pescoços e um pouco de um decote mais abrangente, continua ela sendo bastante erótica, ato bem interpretado pelo traço, gestos e enquadramento da autora Ohmi. O primeiro volume em si não contém tanto erotismo, ficando um pouco mais intenso nos capítulos finais deste. Contudo, já a partir do segundo volume há mais cenas de relações sexuais, muitas mesclando as mordidas orgasmáticas com a própria copulação. Lendo estes mangás Josei Smut eu pude compreender em partes o que muda na nudez do homem e na nudez para mulher, e a resposta é simples e idiota: O foco. Enquanto nas obras "Deep Sex" e "Deep Kiss" eu pude sentir um foco gigantesco no toque do homem num corpo feminino, em "Midnight Secretary" eu pude encontrar uma atenção maior no que a mulher está sentindo quando recebe estes toques, e os seus gestos, feições e pensamentos por si só são eróticos o suficiente, em minha opinião.


    Quanto ao seu traço... O mangá é de 2006, mas sua arte me lembra muito obras um pouco mais antigas, do fim da década de 90, com homens mais robustos na parte superior do corpo e mulheres com curvas menos delineadas, mas que ainda sim esbanjavam sensualidade. Se eu puder levantar alguma crítica quanto ao seu desenho, posso dizer que algumas vezes, quando seus personagens são colocados em poses não muito usuais, ficam um tanto mais claros erros de anatomia ou proporção. Mas, de maneira geral, muito embora o mangá não transborde Smut, penso que ela vem numa boa medida, auxiliando e implementando a obra que tem o foco no romance. 

    Este mangá possui 07 volumes dos quais já li dois até a presente data de escrita deste quadro. Talvez não seja o mais sujo, erótico e safado dos mangás citados aqui, mas com certeza foi o meu preferido nesta pequena aventura.

    *****

    E, chegamos finalmente às considerações finais!

    Vou fazer uma rápida recordação sobre minhas menções aqui:

    Caso você procure um mangá que se enfoque no corpo feminino reagindo aos toques de um homem, você pode ir com "Deep Sex" ou "Deep Kiss". Só lembrando que as histórias são bem simples, porém conseguem suprir a demanda.

    Caso você procure um mangá voltado principalmente no sexo, de forma geral, dando um destaque enorme para as relações sexuais em qualquer situação possível, vá com "Erotic Fairy Tales". Apenas ressalto que as histórias aqui são mais que rasas, chegando ao ponto de serem forçadas e sem-graça muitas vezes.

    Caso você procure um mangá voltado aos sentimentos e reações de uma mulher durante o ato sexual, eu acho que aí você pode ir com "Midnight Secretary", mas vale notar que o ritmo deste mangá é mais lento, porém possui uma história muito mais bem construída que qualquer outra aqui citada.

    Eu resolvi deixar de lado qualquer referência a Boys Love ou Yaoi enquanto procurava por Josei Smut... simplesmente pelo fato de haver um número de sorteio que é bem mais específico para isso. O curioso é que, mesmo assim, ainda há muita coisa para ser lida dentro desse D&G. Passei por algumas várias outras histórias, mas a maioria não conseguiu me prender por alguma de suas características; pude notar que em muitas histórias também encontramos mulheres já adultas que tem uma reviravolta em sua vida, acho que isso é bem sugestivo para a demografia que atinge, certo?

    Esta experiência foi bem divertida. Foi para mim, espero que seja para vocês também. Só lembrando, todas as opiniões quanto a enredo, traço, personagens e todo o resto são bem pessoais, caso algo dito tenha ido completamente contra o pensamento que vocês tinham sobre a obra, deixem-me saber! É sempre legal ver outros pontos de vista!

    Um grande abraço, e até a próxima!












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